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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

392-O LIVRO DE 1 PEDRO




CLIQUE NO VÍDEO PARA ASSISTÍ-LO
·    30. Estudo da Bíblia (Esboço: I Pedro)
AUTOR: Esta epístola transmite saudações enviadas pela igreja em Babilônia (5:13). Alguns acham que significa Roma, aí chamada figuradamente, Babilônia. É muito provável que, tal como em Ap 14:8; 17:5, Babilônia nesse caso queria dizer Roma. O Antigo Testamento havia comparado Babilônia como um símbolo de prosperidade ímpia (cf. Is 14). Naqueles tempos de perseguição, os cristãos, por prudência, tinham de ser cautelosos na maneira de se referir às autoridades dominantes, pelo que empregavam uma palavra para significá-las, a qual eles, e não os estranhos podiam compreender. Foi escrita esta carta entre 62 e 69 d.C. Há uma afinidade notável de pensamento entre essa epístola e a epístola de Paulo aos Romanos (56-57 d.C.), e a epístola aos Hebreus (60 d.C.). Provavelmente ambas as epístolas eram conhecidas por Pedro em Roma.
PROPÓSITO: A perseguição de Nero aos cristãos, 64-67 d.C., era muito pesada em Roma e seus arredores, porém não generalizada em todo império. Entretanto, o exemplo do imperador incentivava os inimigos dos cristãos, em toda parte, a se prevalecer do mais leve pretexto para perseguí-los.
Esta bela carta foi escrita às cinco províncias da Ásia Menor: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, igrejas fundadas por Paulo, com o fim de estimulá-los a uma exultante alegria em face da perseguição. Pensa-se que talvez Pedro escrevesse essa Carta logo depois do martírio de Paulo, e por Silas, 5:12, que fôra um dos auxiliares deste Apóstolo, enviou-a a essas igrejas, levando Silas pessoalmente, a notícia do martírio de Paulo às igrejas deste. De modo que, a epístola nasceu numa atmosfera de sofrimentos, pouco antes do próprio martírio de Pedro, para exortar os cristãos que não estranhassem ter de sofrer, lembrando-lhes que Cristo realizara Sua obra pelo sofrimento.
As epístolas de Pedro falam muito a respeito dos últimos dias. Muitas vezes elas são citadas porque falam a respeito dos Céus passando com ardente calor, a respeito do grande julgamento e de muitos outros acontecimentos dos últimos dias que as pessoas estão comumente interessadas em estudar. Os escritos de Pedro foram dedicados aos santos de Deus que estavam sofrendo. Um tema básico percorre ambas as epístolas. Pedro estava tentando confortar os santos que tinham sofrido uma dispersão, dizendo-lhes que o Senhor realmente os amava, que Ele estava vindo para eles e que deviam permanecer firmes até os julgamentos finais. Embora tivessem suportado a perda de tudo e ainda estivessem sofrendo muitas vezes grandes torturas, ele lhes lembrava das coisas que tinham e eram de verdadeiro valor e que ninguém podia tomá-las deles.
Uma das palavras chaves nas cartas de Pedro é: PRECIOSA”. Sete vezes diferentes Pedro falou a respeito de preciosas coisas, por exemplo:você foi redimido por seu precioso sangue. (I Pedro 1:18 e 19) ; Para vocês que crêem que ele é precioso, (I Pedro 2:7) e ele lhes deu grandes e excelentes promessas preciosas para que por elas vocês possam se tornar participantes da natureza divina. (II Pedro 1:4). Lembre-se de que ele estava escrevendo para pessoas que não tinham dinheiro e que eram as pessoas mais hostilizadas e mais pobres de serem encontradas em qualquer lugar. Estarem seguras do que realmente tinham no Senhor era um verdadeiro conforto para elas.
Porque estamos próximos da vinda do Senhor o capítulo 4, de I Pedro parece mais relacionado conosco hoje do que com qualquer geração desde que foi escrito. Suas diretrizes são inestimáveis para nós. No versículo 7 lemos: “Mas já está próximo o fim de todas as coisas, portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” Não há dúvida de que o fim de todas as coisas está realmente próximo. Muitos estudiosos da Bíblia estão tentando determinar a data exata do retorno de Cristo imaginando os números místicos de dias no livro de Daniel ou estudando as datas reveladas na grande pirâmide. Tudo isto, inevitavelmente, leva a um elemento de especulação. O próprio Senhor Jesus Cristo disse que não sabia o dia (Mateus 24:36). Em vez de especular a respeito de datas vamos aderir ao verdadeiro princípio do Novo Testamento de pregar o iminente retorno do Senhor. 
Pedro não estabeleceu uma data, quando pregou a quase dois mil anos atrás: “O fim de todas as coisas está próximo”.  Isto é muito mais verdadeiro agora do que era naquela época. Ele está muito mais próximo agora do que naquela época. Vivamos em prontidão. Esta é a principal ênfase das parábolas de Mateus 24 e 25. Se você estiver pronto e os lombos cingidos, estará preparado quando o Senhor da casa vier. Esta é a condição que a Igreja deve assumir em todas as gerações. Mesmo que eu soubesse que a vinda do Senhor estivesse a mil anos de distância eu não deveria pregar diferente do que eu faço agora, porque devemos viver em prontidão.
ESBOÇO PARA ESTUDO:
(    ) SAUDAÇÃO DE PEDRO A SEUS LEITORES, 1:1,2 – como sempre fazia Paulo, Pedro diz de quem era apóstolo, e se dirige aos escolhidos em várias regiões onde poderiam se encontrar os eleitos.
(    ) A HERANÇA INCORRUPTÍVEL DO CRISTÃO, 1:3-12 – foi pela misericórdia que Deus nos regenerou e nos garante uma herança eterna, apesar de em alguns momentos, se necessário for, surgirem algumas provações, porém, o objetivo destas é nos levar ao aperfeiçoamento para um gozo maior. Provações e glória, v. 7; os sofrimentos de Cristo e as glórias que seguem, v. 11. Era este também o consolo de Paulo, 2 Co 4:17; aflições, depois a glória eterna.
NOSSA RELAÇÃO COM DEUS, 1:13-2:10
(    ) Sede santos em toda vossa conduta, pois Ele é santo, 1:13-21 – o nosso procedimento antigo não deverá jamais tomar lugar novamente em nossas vidas, pois a preciosidade do nosso resgate, o sangue de Cristo, não nos permitirá retornar à vida pecaminosa do passado. O desejo de Cristo é que nos tornemos santos em toda a nossa maneira de viver.
(    ) Amai-vos fervorosamente, pois provastes da bondade do Senhor, 1:22-2:3 – o exemplo de bondade deixado pelo Senhor(Sl 34:8), nós devemos imitá-lo; devemos também amar aos nossos irmãos com amor sincero sem fingimento nem interesse.
(    ) Chegai-vos à Pedra Viva e edificai-vos numa casa espiritual, pois sois raça eleita, 2:4-10  um bom alicerce proporcionará a edificação de uma construção sólida e segura. Se a base é Cristo o edifício será perfeito. Os que O rejeitam tropeçarão em Sua palavra, pois são desobedientes. Nós porém, fomos por Ele eleitos com um propósito definido a cumprir.
NOSSA RELAÇÃO COM OS HOMENS, 2:11-3:12
(    ) Cristãos, sujeitai-vos a toda instituição humana, 2:11-17 – tanto quanto possível devemos ser bons cidadãos, ou súditos do governo terrestre sob o qual vivemos, para que promovamos o bom nome de nossa fé, ainda que o governo se oponha à nossa convicção espiritual.
(    ) Servos, sede submissos aos vossos senhores, 2:18-25 – havia muitos escravos na Igreja do primeiro século, a esses exortava-se a serem fiéis, leais e submissos, até mesmo aos senhores brutais, por amor à profissão de fé – Ef 6:5-9; Cl 3:22-25; Tt 2:9-14. Se depararmos com situações semelhantes devemos nos basear nos conselhos e exemplos dadas pela palavra de Deus.
(   ) Esposas, sede submissos a vossos esposos, 3:1-6 – certamente não se requer aqui escravidão desprezível ao marido, antes dedicação abnegada, de modo a conquistar-lhe a admiração e o afeto – Ef 5:22-23; Cl 3:18; Tt 2:3-5. Nos versos 3-4 não se quer proibir as mulheres de serem atraentes na aparência pessoal, mas como advertência contra os excessos, lembrando que nenhum enfeite pode substituir uma graciosa personalidade cristã.
(    ) Maridos, amai vossas esposas com consideração, 3:7 –é comum ao homem ser delicado para com o sexo oposto. O desejo de Deus é que o amor seja mútuo. A falta de sabedoria no tratamento para com as esposas poderá extinguir o poder e preciosidade da oração feita pelo marido.
(    ) Todos vós, tende unidade no Espírito, 3:8-12 – a unidade no Espírito não deve ser quebrada pela malícia, falatório inútil, fofocas, etc. Deve-se evitar o mal em todas as suas formas, e buscar-se o bem a todo o preço, a fim de preservar-se a unidade no Corpo de Cristo.
BÊNÇÃOS POR CAUSA DA JUSTIÇA, 3:13-5:11
(    ) Manter limpa a consciência quando sofrer pelo erro, 3:13-17 – a calúnia e a difamação poderão vir contra nós, no entanto elas serão destruídas pelo modo correto de vida do cristão. O testemunho da fé aplacará a ira dos adversários que ficarão envergonhados do seu procedimento.
(    ) Assim como Cristo morreu pelo pecado, assim o batismo é sinal de nossa morte para o pecado, 3:18-4:6 – a morte de Cristo veio para nos libertar do pecado e da condenação que nos aguardava; pelo batismo vemos a velha natureza sendo sepultada e dar lugar a uma nova vida com Cristo, sendo nosso Senhor e Salvador.
(    ) Em tempos do fim devemos manter um amor infalível, 4:7-19 – o amor vai permanecer, pois é eterno, por outro lado as provações virão para testar este amor existente entre os irmãos. O caminhar com Deus passa por provas e testes, mas o que perseverar até o fim, este será salvo.
(    ) Anciãos, sede exemplos; irmãos sede humildes em Deus, 5:1-11 – isto soa muito diferente do tom de voz daqueles dignatários eclesiásticos, cuja ambição absorvente tem sido "dominar o rebanho do Senhor". A submissão é a proteção dos que caminham com o Senhor; é o refúgio contra as investidas do adversário.
(    ) SAUDAÇÃO, 5:12-14 – Silas é o mesmo Silvano. Foi o portador da epístola. Talvez ajudasse a escrevê-la, como fizera com algumas cartas de Paulo, I Ts 1:1; 2 Ts 1:1.  Marcos, 5:13, estava com Pedro nessa época. Pensa-se que ele escreveu seu Evangelho sob a direção de Pedro. Estivera em Roma durante a primeira prisão de Paulo, Cl 4:10, e, muito provavelmente estava lá ainda quando esse apóstolo foi preso pela segunda vez, 2 Tm 4:11.
1 Pedro (1 Pe)

Primeira Epístola de Pedro
 
ESBOÇO

1 - Natureza da salvação - 1.1-21
2 - Crescimento do cristão - 1.22 - 2.10.
3 - Vida cristã prática - 2.11 - 3.22.
4 - Exortações diversas - 4.1-19
5 - Admoestações aos líderes - 5.1-14.

Texto chave - 4.1

Palavra chave - sofrimento (1.11; 2.20; 3.17; 4.19; 5.1,9,10)

Autoria
Apesar de ter sido considerado homem inculto e iletrado (At.4.13), Pedro escreveu uma epístola de alto nível. Talvez aquele rótulo advenha do fato de Pedro não ter freqüentado as universidades gregas da época, nem ter sido um escriba ou doutor da lei. Contudo, isso não significa que ele fosse analfabeto e ignorante. Se lhe faltava muito da vasta cultura grega, o mesmo não se pode dizer quanto ao idioma, pois o grego era falado por todas as classes sociais. Além disso, falava o aramaico e talvez o hebraico.

Como todo bom judeu, Pedro tinha todo o conhecimento da lei de Moisés e demais Escrituras do Velho Testamento.

A forma do seu texto pode também ter sido influenciada pela mão de Silvano, que foi seu amanuense (I Pe.5.12).

A autoridade do autor fica evidente. Além de ser apóstolo (I Pe.1.1), Pedro foi "testemunha das aflições de Cristo" (I Pe. 5.1). Seu ensino estava, portanto, bem fundamentado, sendo digno de aceitação.

Além de Silvano, também Marcos estava na companhia de Pedro quando escreveu a primeira epístola (I Pe.5.13).

Data - Os comentaristas sugerem datas entre 63 e 68 d.C. O ano mais indicado é 64.

Destinatários - cristãos dispersos na Ásia Menor (judeus e gentios) - 1.1; 2.10.

Durante algum tempo, Pedro foi contrário à evangelização dos gentios. Vemos, portanto que, por ocasião do envio dessa epístola, tal problema já tinha sido superado. Agora Pedro já aceita os gentios e os considera tão dignos do evangelho e do reino de Deus quanto os judeus.

O apóstolo chega a tomar palavras ditas a Israel no Velho Testamento, aplicando-as aos gentios que fazem parte da igreja. "...Antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus...". (I Pe.2.9-10). Outros textos desenvolvem esse paralelismo entre a igreja e Israel, citando o sacrifício e o templo numa nova perspectiva (I Pe.1.19; 2.4-5).

A epístola foi dirigida aos irmãos que moravam em regiões por onde Paulo passou e fundou igrejas. Por quê Pedro escreveria para eles? Isso faz com que alguns entendam que, quando essa epístola foi produzida, Paulo já teria morrido. O fato Silvano e Marcos, antigos companheiros de Paulo, estarem com Pedro também é usado como argumento a favor dessa hipótese.

Circunstância – A carta foi escrita numa época de grande perseguição imperial contra a igreja após o incêndio em Roma. No livro de Atos, os principais perseguidores eram os judeus. No período em que Pedro escreveu, os perseguidores passaram a ser os gentios (4.3,4,12).

Características – O livro é exortativo, consolador, cristológico, "cristocêntrico". Observamos que Tiago quase não cita Jesus em sua carta. Pedro, porém, cita-o a todo momento. Aquele que o havia negado, agora tem no seu nome a base de sua doutrina.

Pedro apresenta Jesus como:
Fonte de esperança - 1.3 Cordeiro do sacrifício - 1.19. Pedra angular - 2.6 Exemplo perfeito - 2.21-23. Aquele que levou nossos pecados - 2.24. Sumo pastor - 2.25. Bispo das nossas almas – 2.25. Aquele que está assentado à destra de Deus - 3.22.

Coisas preciosas para Pedro
Provas - 1.7 Sangue - 1.19 Pedras - 2.4 Cristo - 2.6 Espírito manso - 3.4

Propósito da carta - firmar, orientar, confortar.

Para os irmãos atribulados, Pedro oferece uma palavra de esperança, menciona os fundamentos da fé cristã e o que Deus tem para nós no futuro. Quando as tribulações se multiplicam, é bastante oportuno que essas verdades sejam mencionadas para renovação da fé e do ânimo. A obra de Cristo no passado (1.3) e a herança cristã no futuro (1.4-5) são mencionados como estímulo para se enfrentarem as dificuldades presentes (1.6).

Em tais circunstâncias, é necessário que nos lembremos de quem somos. Nossa identidade pode estar sendo questionada pelos homens, pelo diabo (Mt.4.2) ou até mesmo por nós mesmos. Pedro então enfatiza essa realidade espiritual que, muitas vezes, é desafiada por uma realidade aparente adversa. Ele utiliza enfaticamente o verbo ser: "Não éreis povo..."; "Agora sois... povo de Deus, geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido..." (2.9-10). "Sois guardados, mediante a fé, para a salvação." (1.5). "Sois edificados como casa espiritual." (2.5).

O autor lembra aos seus leitores o que Cristo fez por eles (1.2,3,19; 2.5,21; 3.18). Nos momentos difíceis é bom lembrarmos o que Jesus fez por nós e qual é o nosso vínculo com ele. O inimigo procura colocar tudo isso em dúvida na hora da tentação.
ESBOÇO COMENTADO

Podemos delinear uma seqüência de pensamento na epístola, embora os temas às vezes se intercalem.

1 - Natureza da salvação - 1.1-12

Salvos pela obra de Cristo

O autor começa sua epístola falando sobre a salvação e a herança no céu. Os irmãos que estavam padecendo perseguições poderiam questionar sobre o efeito de sua conversão. Talvez alguns estivessem esperando uma herança na terra, uma vida tranqüila e próspera. Deus pode nos dar todo tipo de bênção material, mas isso não é uma promessa de Cristo para todo aquele que nele crê. Isso depende da vontade de Deus para cada pessoa. O que ele promete a todos nós é a vida eterna, uma herança nos céus.

Não podemos esperar conquistas materiais como efeito obrigatório do evangelho. O resultado pode ser a frustração. Por outro lado, nada impede que o cristão trabalhe para conseguir o que lhe for lícito, assim como também fazem os não salvos. Entretanto, a busca material não se tornará o objetivo principal da nossa vida ou da nossa fé.

2 - Crescimento do cristão - 1.13 - 2.10.

O que somos e o que devemos ser

Tendo falado da salvação, Pedro poderia agora expressar palavras comemorativas e congratulatórias para seus destinatários como se tudo estivesse resolvido. Contudo, não é assim. Agora que estamos salvos, precisamos do crescimento espiritual, que só é possível mediante o legítimo alimento espiritual: a palavra de Deus (1.23-25; 2.1-2). A palavra "portanto", de 1.13, liga as duas seções do texto. O "portanto" indica que considerando tudo o que foi dito antes, seriam apresentadas, a seguir, admoestações que estariam relacionadas às conseqüências naturais ou necessárias ao bom andamento da questão anterior. Como dissemos, Pedro utiliza bastante o verbo "ser". Observamos principalmente as conjugações: "sois" e "sede" em referência ao que já "somos" pelos méritos de Cristo e por nosso compromisso com ele, e o que devemos "ser". Observe na palavra "sede" o modo imperativo indicando uma ordem. Pedro já disse que somos salvos... portanto... precisamos ser:

- Santos (separados da corrupção do mundo) 1.15-16.

- Sóbrios (conscientes, atentos e vigilantes) (1.13).

- Obedientes (1.14).

Essas poucas palavras resumem tudo o que Deus espera de nós.

3 - Vida cristã prática - 2.11 - 3.22.

O risco do pecado; vigilância; oração; serviço; comportamento; sofrimento e glória.

Após a conversão, temos um caminho pela frente: é a vida cristã prática. Pedro menciona situações e relações do cotidiano. O pecado é mencionado como um risco constante (2.11-12; 4.1-6; 1.13-16). Pedro, que um dia disse que não negaria a Cristo e acabou negando três vezes, está bem consciente de que o pecado pode acontecer, embora não deva. Diante desse risco real, o autor nos aconselha a orar e vigiar (4.7; 5.8-9)

Contudo, a vida cristã apresentada por Pedro não é apenas espiritual. Não se resume à oração e à vigilância. Ele ensina o serviço cristão, exemplificado através da hospitalidade e do ministério (4.9-11). Não basta orar; é preciso agir, trabalhar.

Outro item abordado é o comportamento. As falhas nesta área podem invalidar nossas orações (3.7) e nosso serviço. Pedro menciona então a vida social e civil (2.12-17), familiar (3.1-7), profissional (2.18). Aconselha maridos, esposas e servos.

O Sofrimento é o tema principal da epístola. Esse elemento também faz parte da vida cristã. Esta era a situação vivida pelos destinatários da carta. O autor diz que não devemos estranhá-lo, como se fosse algo anormal (4.12). Então, devemos concluir que o mesmo faz parte do plano de Deus para nós, pois ele assim o quer (3.17). Trata-se de algo necessário (1.6). Tais afirmações podem ser chocantes. Por quê Deus quer que soframos? Não é que ele queira o sofrimento em si, mas sim o resultado do processo. Existem virtudes que não serão adquiridas de outra forma. O sofrimento tem grande força didática. "Te deixei ter fome... para te dar a entender que nem só de pão viverá o homem..." (Dt.8.3).

Pedro menciona dois tipos de sofrimento: um pelo evangelho (perseguição, tentações e perseguições) e outro pelo pecado (conseqüências e punições). O autor adverte que se sofremos como cristãos, sem culpa, então somos bem-aventurados. Se sofrermos merecidamente, então nenhuma honra receberemos (2.19-20; 4.14-16). Lembremo-nos do Calvário. Dois tipos de sofrimento ali aconteciam: Jesus morria inocente, enquanto que os ladrões morriam em conseqüência dos seus próprios erros.

O sofrimento pela causa do evangelho trará como conseqüência a glória. Esta é outra palavra importante na epístola, indicando glória presente na vida do cristão, glória futura e também a vanglória (1.24); (1.7,8,11,21; 2.12,20; 4.11,13,14,16; 5.1,4,10). O sofrimento é de pequena duração quando comparado com a glória eterna que nos aguarda (1.6; 5.10. Veja também Rm.8.18).

Queremos a glória (e às vezes até mesmo a vanglória), mas sofrimento... jamais. Queremos colher o fruto sem plantar sua erva. Queremos participar da glória de Cristo em sua vinda, mas não queremos participar dos seus sofrimentos. Pedro vincula tais elementos (1.11; 4.13; 5.1). Para justificar a necessidade e a utilidade do sofrimento, Pedro cita Cristo como exemplo (2.21; 3.18). O mesmo apóstolo se diz testemunha das aflições de Cristo e participante da glória. Com isso, ele deixa subentendida sua própria participação nos sofrimentos pelo evangelho.

Diante do sofrimento somos levados a procurar seus motivos. Perguntamos: por quê está acontecendo isso? O que eu fiz para merecer isso? Assim, olhamos para trás em busca da causa. O sofrimento pelo pecado pode ser assim compreendido. Podemos olhar para trás e reconhecer nossa falha. Muitas vezes, porém, não conseguimos ligar o fato presente ao erro cometido. No caso do sofrimento permitido por Deus sem que tenhamos pecado, devemos olhar para frente e perguntar: para quê está acontecendo isso? Mesmo que não possamos, em muitos casos, saber o propósito específico, sabemos, de modo geral, que toda adversidade que nos ocorre vem para o nosso próprio crescimento. Todo exercício físico, corretamente realizado, contribui para o desenvolvimento e manutenção da boa forma muscular. Tais exercícios não são leves nem suaves. Se assim fossem, seriam inúteis. Assim são as provações e adversidades que enfrentamos. São exercícios para o espírito e para o caráter. Por meio deles nossa fé cresce, nossa paciência e nossa experiência se desenvolvem. O produto do sofrimento faz com ele se justifique e seja até mesmo valorizado por escritores bíblicos como Pedro e Paulo (Rm.5.3-5).

O ouro é retirado da jazida em estado bruto, cheio de sujeira e deformidades. Contudo, não será rejeitado por isso. Da mesma forma Deus nos resgata: sujos e deformados. Ele não rejeita a sua vida, por mais sujo que você esteja. Podemos até lavar aquela pepita de ouro, mas isso não será suficiente. Algumas impurezas estão encrustadas no metal. Então, o ourives precisa levá-lo ao fogo (Malaquias 3.2). Pedro compara o fogo às tribulações e diz que assim como o ouro precisa passar pelo fogo, da mesma forma nossa fé precisa ser provada para que sejamos aprovados (I Pe.1.7). O fogo, por mais destruidor que seja, só destrói as impurezas do ouro. No final do processo, o metal está limpo, brilhante, e muito mais valorizado. Assim acontece conosco.

Em sua primeira epístola, Pedro menciona muitos termos negativos e muitos outros positivos. Pode parecer conflito ou paradoxo, mas não é. Nossa vida é assim. Todos os elementos negativos do processo são necessários para que os positivos se manifestem. É uma relação necessária. Sem morte não haverá ressurreição. Primeiro vem o fogo, depois o brilho e o valor. Só não é necessário o pecado nem o sofrimento que dele advém, já que não produz nenhum benefício, exceto uma lição que deveria ter sido aprendida de outra forma.

Vejamos então as palavras negativas e positivas encontradas em I Pedro
 
NEGATIVAS
POSITIVAS
Sofrimento - 5.9
Fogo - 1.7.
Provação - 4.12
Tristeza - 1.6; 2.19.
Aflição - 4.13; 5.1
Vitupério - 4.14
Padecimento - 5.10
Fé - 1.21; 5.9
Glória, honra - 1.7,8,21; 2.17,20; 4.11,14; 5.1,10
Esperança - 1.21
Alegria, exultação, gozo inefável - 1.8; 4.13
Amor - 1.20,22; 2.17; 3.8; 4.8
Misericórdia - 1.3; 2.10
Paz - 1.2; 3.11; 5.14.
Graça - 1.2; 5.5,12
Louvor - 1.7; 2.14
Dias felizes - 3.10


Muitas vezes, as experiências negativas são presentes, enquanto que o benefício está indicado para o futuro (I Pe.1.4-5; 4.13; 5.1,4,6,10). Contudo, já no tempo presente experimentamos a esperança, a paz, a alegria, o amor, a misericórdia, etc. A glória, ou exaltação, é o principal elemento localizado no futuro, vinculado à segunda vinda de Cristo.

4 - Exortações diversas - 4.1-19

Nesse bloco são incluídos diversos conselhos sobre comportamento, amor mútuo, serviço e novamente sobre o sofrimento.

5 - Admoestações aos líderes - 5.1-14.

Pedro se dirige especialmente aos anciãos, os presbíteros da igreja, dizendo que os mesmos deviam ser exemplo para o rebanho e não dominadores. O líder não deve agir como se fosse dono das ovelhas, como se fosse senhor de suas vidas. Liderança não é manipulação nem opressão, mas orientação amável. A ovelha deve ser vista como alvo de cuidado e proteção e não como fábrica de leite e lã, embora ela os produza.
DESTAQUES DA CARTA
PEDRAS VIVAS
O texto de Mateus 16.16-18 tem sido objeto de muitas discussões. Seria Pedro a pedra fundamental da igreja? Em sua primeira epístola, o apóstolo diz que todos os cristãos são "pedras vivas" e que Cristo é a principal pedra da construção que é a igreja. Se é assim, então Pedro continua pedra, como é o significado do seu nome. A igreja está firmada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas. Eles foram as pedras fundamentais da igreja. Porém, Cristo é a pedra principal. Sem ele, a construção não existiria.

Qual é a relação entre tais pedras e a igreja? Tal fundamento está diretamente ligado às vidas, obras e ensinamentos desses homens, os apóstolos e profetas. Eles foram os primeiros a compor a igreja do Senhor. O próprio Jesus, por sua vez, é a pedra principal pois deu sua própria vida para que a igreja existisse. Foi ele quem resgatou com seu sangue todos aqueles que fariam parte dessa construção espiritual.

Voltando às palavras de Pedro, todos nós somos pedras vivas, fazendo parte da igreja. Não fazemos parte do fundamento, pois a igreja já existia antes de nós. Porém, fazemos parte da obra, estando apoiados sobre os que nos antecederam e servindo de base para os que se inspiram em nosso testemunho e palavra ( I Pe.2.4-8; I Cor.3.11; Ef.2.20-22).
A PREGAÇÃO AOS MORTOS

"Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água." (I Pe.3.18-20).

Este é um dos textos mais misteriosos das Sagradas Escrituras. As polêmicas em torno do seu significado não têm fim. Procuraremos expor resumidamente as principais linhas de interpretação do assunto em questão. Leia também I Pe.4.5-6, Rm.10.7, Salmo 16.10 e Ef.4.9. Neste assunto, além dos católicos não concordarem com os protestantes, estes últimos não concordam entre si. Encontramos posições diferentes de uma denominação evangélica para outra.

A pergunta inicial é: Jesus foi ao inferno? O texto de Pedro não está dizendo isso, mas esta tem sido, muitas vezes, a interpretação adotada, principalmente por causa de outros textos bíblicos, dos credos da igreja católica e dos livros apócrifos, alguns dos quais mencionam explicitamente a descida de Cristo ao inferno entre sua morte e sua ressurreição. Por exemplo podemos citar o chamado "credo dos apóstolos" e os apócrifos: "Evangelho de Bartolomeu" e "Evangelho de Nicodemos". Um paralelo entre tais escritos e os textos bíblicos mencionados produzem a interpretação correspondente.
 
Questão
Respostas encontradas nos comentários
Jesus foi ao inferno?
Sim
Não
Como ele foi?
Em seu espírito humano
em carne e espírito
Através do Espírito Santo
De jeito nenhum. 
A quem ele pregou? 
Aos justos 
Aos ímpios (todos ou só aos da época de Noé)
A justos e ímpios.
Aos anjos caídos.
A ninguém
O que ele pregou?
O evangelho
Sua vitória
O evangelho e sua vitória
Nada
Com que objetivo?
Salvar os justos
Salvar os ímpios
Salvar a todos
Declarar sua vitó-ria
Sofrer
(batismo de fogo?)
Nenhum
Qual foi o efeito?
Salvação e ressurreição dos justos. 
Salvação dos ímpios.
Salvação de todos. 
Conde-nação dos ím-pios

Nenhum
 
O quadro apresentado assemelha-se a uma prova de múltipla escolha onde existem alternativas para todos os gostos, inclusive para quem não gosta de nenhuma. Contudo, trata-se apenas da exposição das diversas interpretações do texto de I Pedro 3.18-20, juntamente com uma série de pressupostos considerados em cada caso.

Cada alternativa traz uma série de conseqüências naturais (?) ou teologicamente necessárias, formando assim um intrincado conjunto de perguntas intrigantes, respostas incertas e dúvidas crescentes. Uma vez que o próprio texto bíblico não foi claro sobre o assunto, torna-se muito improvável que possamos sê-lo. Contudo, tal exposição poderá ajudar o estudante a tirar suas próprias conclusões.

Algumas alternativas apresentadas podem ser refutadas pelo simples retorno ao texto de I Pedro. A passagem não diz que ele foi pregar aos justos e nem que teria sido a todos os mortos ou a todos os ímpios. São mencionados apenas os ímpios que viveram nos dias de Noé. Alguns comentaristas estendem tal pregação a todos os mortos, utilizando o texto de I Pedro 4.5-6, onde isso fica mais evidente.

Dizer que Cristo foi em carne e espírito ao inferno, seria o mesmo que ele estava vivo antes da ressurreição. Se carne e espírito estão juntos, então não estamos falando de Cristo durante seus três dias em estado de morte.

Dizer que o Espírito Santo foi ao inferno resgatar alguém é fazer uma grande confusão entre as funções das pessoas da trindade. Tal equívoco se dá pelo fato de que algumas traduções usam a palavra "Espírito" com letra maiúscula em I Pe.3.18.

Aqueles que dizem que Cristo não foi ao inferno, afirmam que ele foi se apresentar ao Pai após sua morte. Mencionam como argumento as palavras de Jesus ao ladrão crucificado: "Hoje estarás comigo no paraíso." (Lc.23.43 e 46). Como explicariam então o texto de Pedro? Calvino chegou a afirmar que a cruz foi o "inferno" experimentado por Cristo. Para os anabatistas, este mundo foi o "inferno" ao qual Cristo desceu ao encarnar.

Pelo que ficou registrado nos livros, até o século IV d.C. era plenamente aceita a idéia de que Cristo tenha mesmo descido ao inferno, assim identificado como o "lugar dos mortos". Somente a partir do século V é que passou-se a questionar tal sentido. Nesse tempo, Agostinho propôs o seguinte entendimento para o texto de Pedro: o evangelho teria sido anunciado aos mortos no tempo em que os mesmos estavam vivos. Assim, os contemporâneos de Noé teriam ouvido a pregação antes do dilúvio. O espírito de Cristo, mencionado em I Pe.3.18, estaria agindo através de Noé, o pregoeiro da justiça. Tal interpretação, bastante inteligente, não explica o texto de I Pe.4.5-6, onde todos os mortos parecem estar envolvidos. Além disso, o texto de I Pe.3.18-20 fala que a pregação foi dirigida a "espíritos em prisão" e não a pessoas vivas.

O texto de Atos (2.27-31) talvez seja o mais claro para que se conclua que Cristo foi ao inferno. O autor utiliza a palavra Hades. Esta palavra estaria sendo usada em referência a um lugar espiritual? ou simplesmente à sepultura? (2.29) ou apenas ao estado de morte? (2.31). Algumas versões usam a palavra "hades" (A.R.C.) enquanto outras a traduzem como "morte" (Thompson e A.R.A). A versão católica dos Monges de Maredsous menciona "região dos mortos", o que não indica um sentido estritamente físico ou espiritual. A bíblia das Edições Loyola utiliza a expressão "mansão dos mortos". A versão do padre Antônio Pereira de Figueiredo traduz "hades" como "inferno".

A palavra "hades" é grega e se origina da mitologia dos gregos, sendo utilizada para identificar o lugar espiritual para onde vão os mortos. O hades estaria divido em duas partes: O "elísio" para os bons e o "tártaro" para os maus. Os hebreus tinham uma concepção semelhante sobre a região dos mortos. Chamavam-na de seol, ou sheol, também com um lugar para os justos e outro para os ímpios. Entretanto, sheol também significa sepultura. Como o Novo Testamento foi escrito em grego, então foram usadas as palavras gregas que mais se aproximavam do conceito hebraico. Assim, a dúvida sobre lugar físico ou espiritual prevalece.

Sheol (ás vezes traduzido como inferno ou sepultura): Gn.37.35; Nm.16.30; Jó 21.13; Salmo 9.17; Pv.5.5; 7.27; 9.18; 15.24; 23.14; Dt.32.22; Jó 26.6; Pv.15.11; 27.20; II Sm.22.6; Salmo 18.5; 116.3; Os.13.14.

Hades (às vezes traduzido como inferno): At.2.27,31; Mt.11.23; 16.18; Lc.10.15; Lc.16.23; Ap.1.18; 6.8; 20.13-14.

Geena (às vezes traduzido como inferno): Mt.5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15; 23.33; Lc.12.5; Tg.3.6; Mc.9.43-48.

Tártaro (às vezes traduzido como inferno): II Pe.2.4.

O Velho Testamento passa a idéia de que o Sheol é um lugar para onde vão todos os mortos, bons e maus. É normalmente identificado com o hades do Novo Testamento. Veja que em Atos 2, a citação do Salmo 16, troca Sheol por Hades.

Os luteranos interpretam hades como sinônimo de inferno e seio de Abraão como paraíso. Utilizam a passagem de Lucas 16.22-25. O paraíso seria o lugar para onde o cristão iria imediatamente após a morte, a encontrar-se com Cristo (Filipenses 1.23).

Os católicos romanos dividem o hades em: inferno, purgatório, limbus patrum e limbus infantum. Eles entendem que Cristo tenha ido ao limbus patrum ou seio de Abraão, onde estariam os justos do Velho Testamento aguardando a salvação cristã. Apesar da boa organização de idéias, tal teoria não tem apoio bíblico, já que a Bíblia não menciona purgatório nem limbus.

É bastante antiga a idéia de que alguém pudesse descer ao hades com alguma missão. De acordo com a mitologia grega, Hércules teria ido até lá. Histórias semelhantes são encontradas na literatura babilônica, egípcia, e romana. Conforme Orígenes, houve entre os judeus a crença de que os profetas do Velho Testamento tenham ido ao seol, onde continuariam seu ministério de pregação. Tal suposição aparece também no Talmude. Assim, a crença de que Cristo teria ido ao inferno não seria de difícil aceitação. Alguns, como Clemente de Alexandria, chegaram a dizer que os apóstolos também teriam ido ao hades após suas mortes para pregar e que também os demais cristãos teriam essa missão. Isso seria usado por alguns para justificar mortes de pessoas jovens (J.Paterson Smith). Afinal, segundo essa tese, essas pessoas teriam grande trabalho a executar na região dos mortos.

Apresentamos, a seguir, outro quadro comparativo sobre o assunto, destacando a posição denominacional e de alguns líderes e teólogos.
 
Cristo foi e salvou os justos
Cristo foi e salvou a todos
Cristo não foi ao inferno. 
Cristo foi mas não salvou ninguém
Cristo salvou apenas algumas pessoas
Defendido por católicos
Algumas igrejas reformadas
Anabatistas
Luteranos
Lutero, mais tarde assumiu essa posição. 
Algumas igrejas reformadas.
Arminianos
* Calvinistas
Flacius

Zwínglio

Agostinho
Calov

Marcion


Wolf

Tertuliano


Buddeus




Aretius




* Calvino
 
Encontramos duas posições distintas atribuídas a Calvino em relação à ida de Cristo ao inferno. Não sabemos se ele mudou de idéia como ocorreu com Lutero. Uma das fontes consultadas foi escrita por um calvinista e nega a ida literal de Cristo ao inferno.

Alguns livros apócrifos afirmam que Cristo esvaziou o inferno, salvando todos os que ali estavam. Essa idéia serve bastante aos que pregam o "universalismo", que consiste na crença em uma salvação universal. Tais teólogos afirmam que ninguém escapará do alcance da graça de Deus e, finalmente, todos serão salvos, até mesmo os anjos caídos. Se assim fosse, então não precisaríamos pregar o evangelho.

Para o melhor entendimento possível a respeito desse assunto é fundamental que consideremos o ensino geral da Bíblia. Qualquer suposição deve ser confrontada com outros textos das escrituras para que se conclua sobre sua prevalência ou não.

Jesus teria ido pregar aos mortos para que estes se salvassem? Tal entendimento não parece coerente com outras passagens das escrituras. Se, depois de viverem e morrerem no pecado, todos os ímpios ainda pudessem se salvar, então de nada teria valido a vida de justiça dos justos, já que todos acabariam no mesmo lugar e na mesma situação: salvos.

É bem provável que Jesus tenha anunciado o evangelho aos justos do Velho Testamento, embora o texto de I Pedro 3.18-20 não os mencione. O fato é que muitos deles ressuscitaram após a ressurreição de Cristo, conforme está em Mateus 27.51-53. Davi disse: "Não deixarás minha alma no hades." Além de estar profetizando sobre Cristo, ele não poderia também estar falando sobre sua própria alma, conforme uma interpretação literal do Salmo?

Os ímpios mortos também teriam ouvido a respeito do evangelho mas não poderiam ser salvos. Contudo, tal conhecimento serviria para legitimar a autoridade de Cristo para julgá-los no último dia. "... Áquele que está preparado para julgar os vivos e os mortos. Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos..." (I Pe.4.5-6).

Jesus teria descido para tomar as chaves da morte e do inferno das mãos do Diabo? Os calvinistas dizem que isso não faz sentido, já que o Diabo nunca teve tais chaves. Por outro lado, podemos também questionar: quem disse que o Diabo mora no inferno? Pelo que sabemos, ele habita o planeta terra e circula pelas regiões celestiais. Muitas vezes o inferno é mencionado pelas pessoas como um lugar onde o Diabo mora e faz suas reuniões estratégicas com os seus demônios. Em algumas dessas supostas reuniões, eles estão eufóricos com seus planos e realizações. Não estaríamos alimentando um folclore religioso com tudo isso? Afinal, a bíblia mostra o inferno como um lugar de tormento e não de reuniões satânicas. Se o Diabo lá estivesse, estaria sofrendo tormentos e não fazendo planos.



Fonte:
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