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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

357-O LIVRO DE LAMENTAÇOES DE JEREMIAS




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Livro de Lamentações

 Autor: O Livro de Lamentações não identifica explicitamente o seu autor. A tradição é que o profeta Jeremias escreveu Lamentações. Esta alternativa é muito provável, considerando que o autor foi testemunha dos babilônios destruindo Jerusalém. Jeremias se encaixa nessa qualificação (2 Crônicas 35:25; 36:21-22).

Quando foi escrito: O Livro de Lamentações foi provavelmente escrito entre 586 e 575 AC, durante ou logo após a queda de Jerusalém.

Propósito: Como resultado da idolatria contínua e sem arrependimento de Judá, Deus permitiu que os babilônios assediassem, saqueassem, queimassem e destruíssem a cidade de Jerusalém. O Templo de Salomão, que tinha existido por cerca de 400 anos, foi totalmente queimado. O profeta Jeremias, uma testemunha ocular desses acontecimentos, escreveu o Livro de Lamentações como um lamento pelo que tinha acontecido a Judá e Jerusalém.

Versículos-chave: Lamentações 2:17: “Fez o SENHOR o que intentou; cumpriu a ameaça que pronunciou desde os dias da antiguidade; derrubou e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa e exaltou o poder dos teus adversários.”

Lamentações 3:22-23: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”

Lamentações 5:19-22: “Tu, SENHOR, reinas eternamente, o teu trono subsiste de geração em geração. Por que te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo? Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros?”

Resumo: O Livro de Lamentações é dividido em cinco capítulos. Cada capítulo representa um poema distinto. No hebraico original, os versos são acrósticos, com cada verso começando com uma letra sucessiva do alfabeto hebraico. No Livro de Lamentações, o profeta Jeremias entende que os babilônios foram o instrumento de Deus para trazer juízo sobre Jerusalém (Lamentações 1:12-15, 2:1-8, 4:11). Lamentações deixa claro que o pecado e rebelião foram as causas da ira de Deus sendo demonstrada (1:8-9, 4:13, 5:16). Lamentar é apropriado em um tempo de angústia, mas deve rapidamente dar entrada à contrição e arrependimento (Lamentações 3:40-42, 5:21-22).

Prenúncios: Jeremias era conhecido como o "profeta chorão" por sua paixão profunda e duradoura pelo seu povo e sua cidade (Lamentações 3:48-49). Esta mesma tristeza pelos pecados do povo e por sua rejeição de Deus foi expressada por Jesus quando Ele se aproximou de Jerusalém e olhou à destruição causada pelas mãos dos romanos (Lucas 19:41-44). Por causa da rejeição do Messias por parte dos judeus, Deus usou o cerco romano para punir Seu povo. No entanto, Deus não tem alegria em ter que punir os Seus filhos, e a Sua oferta de Jesus Cristo como uma provisão de perdão do pecado mostra a Sua grande compaixão por Seu povo. Um dia, por causa de Cristo, Deus enxugará todas as lágrimas (Apocalipse 7:17).

Aplicação Prática: Mesmo em julgamento terrível, Deus é um Deus de esperança (Lamentações 3:24-25). Não importa quão longe dEle estejamos, temos a esperança de que podemos voltar-nos a Ele e encontrar Sua compaixão e perdão (1 João 1:9). Nosso Deus é um Deus de amor (Lamentações 3:22) e por causa de Seu grande amor e compaixão, Ele enviou Seu Filho para que nós não tivéssemos que perecer em nossos pecados, mas que pudéssemos viver eternamente com Ele (João 3:16). A fidelidade (Lamentações 3:23) e libertação de Deus (Lamentações 3:26) são atributos que nos dão uma grande esperança e conforto. Ele não é um deus desinteressado e caprichoso, mas um Deus que libertará todos aqueles que se voltam para Ele, admitem que não podem fazer nada para ganhar Seu favor e clamam ao Senhor por Sua misericórdia para que não sejamos consumidos (Lamentações 3:22).

Lamentações (Lm)
 
Escritor: Jeremias.
Lugar da Escrita: Perto de Jerusalém.
Data: 586-585 a.C.

Este livro das Escrituras inspiradas certamente é bem denominado. É uma lamentação que expressa profundo pesar sobre aquele evento calamitoso na história do povo escolhido de Deus, a destruição de Jerusalém, em 586 a.C., por Nabucodonosor, rei de Babilônia. Em hebraico este livro é chamado segundo a sua primeira palavra, ´Eh·kháh!, que significa “Como!”. Os tradutores da Septuaginta grega chamaram o livro de Thré·noi, que quer dizer “Endechas; Lamentos”. O Talmude babilônico usa o termo Qi·nóhth, que significa “Endechas; Elegias”. Foi Jerônimo, escrevendo em latim, que lhe deu o nome de Lamentationes, de onde vem o título em português.

Nas versões em português da Bíblia, Lamentações é colocado depois de Jeremias, mas no cânon hebraico acha-se geralmente nos Hagiógrafos, ou Escritos, juntamente com O Cântico de Salomão, Rute, Eclesiastes e Ester - pequeno grupo conhecido coletivamente por cinco Meghil·lóhth (Rolos). Em algumas Bíblias hebraicas modernas acha-se colocado entre Rute ou Ester e Eclesiastes, mas nas cópias antigas diz-se que vinha depois de Jeremias, como no caso da nossa Bíblia hoje.

O livro não dá o nome do escritor. No entanto, há pouca dúvida de que foi Jeremias. Na Septuaginta grega, o livro tem o seguinte prefácio: “E aconteceu que, depois de Israel ter sido levado cativo e Jerusalém ter sido desolada, Jeremias sentou-se chorando e lamentando com este lamento sobre Jerusalém, e disse.” Jerônimo considerou espúrias estas palavras e omitiu-as de sua versão. No entanto, atribuir Lamentações a Jeremias é a tradição aceita dos judeus e é confirmada pela versão siríaca, pela Vulgata latina, pelo Targum de Jonatã e pelo Talmude babilônico, entre outros.

Alguns críticos tentaram provar que Jeremias não escreveu Lamentações. Contudo, A Commentary on the Holy Bible (Comentário Sobre a Bíblia Sagrada) cita, como evidência de que Jeremias foi o escritor, as “vívidas descrições de Jerusalém, nos caps. 2 e 4, que são evidentemente as descrições da pena de uma testemunha ocular; da mesma forma, o teor de profunda condolência e de espírito profético do princípio ao fim dos poemas, bem como o estilo, a fraseologia e o pensamento deles, são todos muito característicos de Jeremias”. Há muitas expressões paralelas em Lamentações e em Jeremias, tais como as de extremo pesar de ‘olhos dos quais descem águas (lágrimas)’ (Lm. 1:16; 2:11; 3:48, 49; Jr. 9:1; 13:17; 14:17) e de desagrado para com os profetas e sacerdotes por causa de sua corrupção. (Lm. 2:14; 4:13, 14; Jr. 2:34; 5:30, 31; 14:13, 14) As passagens em Jeremias 8:18-22 e 14:17, 18 mostram que Jeremias era de fato qualificado para escrever no estilo pesaroso de Lamentações.

Concorda-se, em geral, que o tempo da escrita foi logo depois da queda de Jerusalém, em 586 a.C.. O horror do sítio e do incêndio da cidade ainda estavam bem vivos na mente de Jeremias, e a sua angústia é vividamente expressa. Certo comentarista observa que nenhuma faceta única de pesar é plenamente explorada em qualquer dado lugar, mas cada uma retorna, vez após vez, nos diversos poemas. Daí, ele diz: “Este tumulto de pensamento . . . é uma das mais fortes evidências de que o livro está perto dos eventos e das emoções que tenciona comunicar.”

A estrutura de Lamentações é de grande interesse para quem estuda a Bíblia. Há cinco capítulos, ou seja, cinco poemas líricos. Os quatro primeiros são acrósticos, cada versículo começando sucessivamente com uma das 22 letras do alfabeto hebraico. Por outro lado, o terceiro capítulo tem 66 versículos, de modo que 3 versículos sucessivos começam com a mesma letra antes de passar para a próxima letra. O quinto poema não é acróstico, embora tenha 22 versículos.

Lamentações expressa extremo pesar por causa do sítio, da captura e da destruição de Jerusalém, efetuados por Nabucodonosor, e é imbatível em qualquer literatura na sua natureza vívida e patética. O escritor expressa profunda tristeza por causa da desolação, miséria e confusão que vê. A fome, a espada e outros horrores trouxeram à cidade um sofrimento pavoroso - tudo uma penalidade direta da parte de Deus, por causa dos pecados do povo, dos profetas e dos sacerdotes. No entanto, a esperança e a fé em Deus permanecem, e a ele são dirigidas as orações pela restauração.

CONTEÚDO DE LAMENTAÇÕES

“Como ela veio a ficar sentada sozinha, a cidade que abundava em povo!” Assim começa o seu lamento.

O primeiro poema. A filha de Sião era uma princesa, mas, seus amantes a abandonaram e seu povo foi ao exílio. Seus portões estão desolados. Deus a puniu por causa da abundância de suas transgressões. Ela perdeu seu esplendor. Seus adversários riram-se de sua queda. Sucumbiu de modo espantoso e não tem consolador, e o povo que sobrou está faminto. Ela (a Jerusalém personificada) pergunta: “Existe alguma dor igual à minha dor?” Estende as mãos e diz: “Deus é justo, pois foi contra a sua boca que me rebelei.” (1:1,12,18).
Clama a Deus para que traga calamidade sobre seus inimigos exultantes, assim como trouxe sobre ela.
“Como Deus, na sua ira, enublou a filha de Sião!” (2:1)

O segundo poema mostra que é o próprio Deus quem derrubou por terra a beleza de Israel. Fez que se esquecesse da festividade e do sábado, e deitou fora Seu altar e santuário. Oh! as cenas patéticas em Jerusalém! Jeremias exclama: “Meus olhos acabaram em puras lágrimas. Meus intestinos estão em fermento. Meu fígado se derramou por terra por causa da derrocada da filha do meu povo.” (2:11) A que assemelhará ele a filha de Jerusalém? Como consolará a filha de Sião? Seus próprios profetas mostraram ser imprestáveis e incompetentes. Agora os que passam por ali riem zombeteiramente dela: “É esta a cidade da qual se dizia: ‘Ela é a perfeição da lindeza, uma exultação para toda a terra’?” (2:15) Os seus inimigos abriram a boca e assobiaram, e rangeram os dentes, dizendo: ‘Este é o dia que esperávamos para tragá-la.’ Seus filhos se debilitam devido à fome e mulheres comem seus próprios filhos. Cadáveres estão espalhados pelas ruas. “No dia da ira do Senhor não se mostrou haver nem fugitivo nem sobrevivente.” (2:16, 22).

O terceiro poema, de 66 versículos, frisa a esperança de Sião na misericórdia de Deus. Mediante muitas metáforas, o profeta mostra que foi Deus quem trouxe o cativeiro e a desolação. Na amargura da situação, o escritor pede a Deus que se lembre de sua aflição, e expressa fé na benevolência e nas misericórdias de Deus. Três versículos sucessivos usam no início a palavra “bom”, e mostram que é apropriado esperar a salvação da parte do Senhor. (3:25-27) Deus causou o pesar, mas mostrará também misericórdia. Mas por ora, não obstante a confissão de rebeldia, Deus não perdoou; bloqueou as orações do seu povo, fazendo deste um “mero rebotalho e refugo”. (3:45) Com lágrimas amargas, o profeta relembra que seus inimigos estavam à caça dele como atrás de um pássaro. Entretanto, Deus aproximou-se dele no poço e lhe disse: “Não tenhas medo.” O profeta invoca a Deus para que responda ao vitupério do inimigo: “Perseguirás em ira e os aniquilarás de debaixo dos céus do Senhor Deus.” (3:57, 66).
“Como fica fosco o ouro reluzente, o ouro bom!” (4:1)

O quarto poema lamenta a glória desvanecida do templo de Deus, cujas pedras são derramadas nas ruas. Os filhos preciosos de Sião tornaram-se de pouco valor, semelhantes a talhas de barro. Não há nem água nem pão, e os que foram criados no luxo “tiveram de abraçar montes de cinzas”. (4:5). A punição é até maior do que pelo pecado de Sodoma. Os nazireus, outrora ‘mais puros do que a neve e mais brancos do que o leite’, tornaram-se ‘mais escuros do que o próprio negrume’ e estão todo enrugados. (4:7, 8). Melhor seria ter sido morto pela espada do que pela fome, numa época em que as mulheres cozinharam seus próprios filhos! Deus derramou a sua ira ardente. Sucedeu o inacreditável
-- o adversário entrou pelos portões de Jerusalém! E por quê? “Por causa dos pecados dos seus profetas, pelos erros de seus sacerdotes”, que derramavam sangue justo. (4:13). A face do Senhor não está voltada para eles. Não obstante, o erro da filha de Sião chegou ao seu fim, e não mais será levada ao exílio. Agora, ó filha de Edom, é a sua vez de beber o copo amargo de Deus!

O quinto poema se inicia com uma solicitação para que Deus se lembre de seu povo que se tornou órfão. Representam-se os habitantes de Jerusalém como que falando. Seus antepassados é que pecaram, e é o erro deles que precisam agora levar. Meros servos dominam sobre eles, e são torturados pela agonia da fome. A exultação de seu coração cessou e a sua dança se transformou em luto. Seu coração está enfermo. Reconhecem humildemente a Deus: “Quanto a ti, ó Deus, estarás sentado por tempo indefinido. Teu trono é por geração após geração.” Clamam: “Traze-nos de volta, ó Deus, a ti mesmo, e nós prontamente voltaremos. Traze-nos novos dias como outrora. Todavia, rejeitaste-nos positivamente. Indignaste-te muito conosco.” (5:19-22).

POR QUE É PROVEITOSO
O livro de Lamentações expressa a completa confiança de Jeremias em Deus. Na mais extrema angústia e esmagadora derrota, sem haver absolutamente esperança de conforto de alguma fonte humana, o profeta aguarda a salvação da mão do grande Senhor do universo. Lamentações deve inspirar em todos os verdadeiros adoradores a obediência e integridade, dando ao mesmo tempo aviso temível concernente àqueles que desconsideram o maior dos nomes e o que este representa. Não há registro na história de outra cidade arruinada que tenha sido lamentada em tal linguagem patética e comovente. É, certamente, proveitoso em descrever a severidade de Deus para com os que continuam a ser rebeldes, obstinados e impenitentes.

Lamentações é também de proveito em mostrar o cumprimento de bom número de advertências e profecias divinas. (Lam. 1:2 Jer. 30:14; Lam.2:15 Jer. 18:16; Lam. 2:17 Lev. 26:17; Lam. 2:20 Deut. 28:53) Note, também, que Lamentações fornece um testemunho vívido do cumprimento de Deuteronômio 28:63-65. Outrossim, o livro contém numerosas referências a outras partes das santas Escrituras. (Lam. 2:15 Sal. 48:2; Lam. 3:24 Sal. 119:57) Daniel 9:5-14 confirma Lamentações 1:5 e 3:42 em mostrar que a calamidade veio devido às próprias transgressões do povo.

É realmente confrangedor o trágico flagelo de Jerusalém! No meio de tudo isso, porém, Lamentações expressa confiança de que Deus mostrará benevolência e misericórdia e de que se lembrará de Sião e a trará de volta. (Lam. 3:31, 32; 4:22) Expressa esperança em “novos dias”, como no tempo antigo, quando os reis Davi e Salomão reinavam em Jerusalém. Ainda vigora o pacto de Deus com Davi para um reino eterno! “As suas misericórdias certamente não acabarão. São novas cada manhã.” E continuarão para com os que amam a Deus até que, sob o seu justo domínio do Reino, toda criatura que vive exclame em agradecimentos: “Deus é o meu quinhão.” (5:21; 3:22-24).

Resumo do Livro do Profeta Jeremias


O PROFETA E O SEU MEIO
Em meados do séc. VII a.C., provavelmente entre os anos 650 e 645, nasceu no seio de uma família sacerdotal de Anatote, pequeno lugar próximo a Jerusalém, o menino que, mais tarde, seria conhecido como o profeta Jeremias (1.1). Sendo este ainda muito jovem (1.6), o Senhor o chamou para o seu serviço; corria o ano 626, o décimo terceiro do reinado de Josias (1.2), pouco mais de um século depois da época em que viveu e exerceu o seu ministério o profeta Isaías (ver Is 1.1, n.).
Naquele tempo, o domínio da Assíria estava chegando ao seu fim. O Império Neobabilônico acabara de se impor aos restos da grandeza da Assíria, a nação que, especialmente entre os séculos X e VII a.C., conseguiu ampliar os seus limites invadindo enormes espaços da Mesopotâmia, Síria e Ásia Menor. A decadência da Assíria foi muito rápida. O mesmo séc. VII, testemunha das maiores glórias daquele grande império, o foi também da perda da sua hegemonia e do final da sua história como Estado independente. No seu lugar, entre 610 e 605 a.C., se levantou a Babilônia, poderosa e renovada.
O desaparecimento do invasor assírio representou um curto período de liberdade para os povos que por eles foram dominados, os quais foram caindo depois, paulatinamente, debaixo do domínio dos babilônicos. Mas entre um e outro momento, aproveitando algumas circunstâncias favoráveis, o rei Josias, de Judá, começou a desenvolver uma política de nação independente e a promover a reforma religiosa que deu ao seu reinado um destaque especial (2Rs 22.1—23.27; 2Cr 34.1—35.19). Foi um brilhante processo de restauração que foi interrompido no ano de 609 a.C., quando Josias, aos 39 anos de idade, caiu ferido mortalmente em Megido, na batalha contra o exército do Faraó-Neco (2Rs 23.28-30; 2Cr 35.20-27). Os monarcas sucessores de Josias, ineptos e com conselheiros imprudentes, não souberam evitar a desintegração política e moral do reino de Judá, cuja degradação culminou com a destruição de Jerusalém (586 a.C.) e a deportação em massa dos seus habitantes para a Babilônia.
Jeremias iniciou o seu ministério no tempo de Josias e continuou desenvolvendo a sua atividade profética durante o tempo dos últimos reis de Judá: Jeoacaz (também chamado Salum), Jeoaquim (ou Eliaquim), Joaquim (ou Jeconias) e Zedequias (ou Matanias). Os tempos eram difíceis para o povo, cujos dirigentes mantinham posições políticas conflitantes: uns eram partidários de se submeterem com serenidade ao governo da Babilônia como mal menor; outros defendiam a posição de uma aliança com o Egito contra ela. Jeremias, que se viu obrigado a tomar posição no conflito, tratou de convencer Zedequias de que uma aliança com os egípcios acabaria em desastre (27.6-8). Mas os esforços do profeta, além de causar-lhe não poucos sofrimentos (38.1-13), foram totalmente inúteis, pois o rei, inclinando-se a favor do conselho oposto, decidiu solicitar o apoio do Faraó-Neco. O resultado foi catastrófico para Judá, porque as forças egípcias se encontravam em ampla inferioridade diante das babilônicas, como já se havia visto em 605 a.C., na batalha de Carquemis, junto ao Eufrates, “no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá”. Esse triunfo de Nabucodonosor significou a consolidação da supremacia da Babilônia (cf. 46.2) e o seu domínio sobre os países invadidos.

O LIVRO E A SUA MENSAGEM
O livro de Jeremias (Jr) é uma das coleções mais extensas de escritos proféticos. Pode ser dividido em três seções: a primeira compreende do cap. 2 ao 25; a segunda, do 26 ao 45; e a terceira, do 46 ao 51. O livro é iniciado com o chamamento do profeta (cap. 1) e encerrado com um resumo da narrativa da queda de Jerusalém (cap. 52).
A primeira seção, poética na sua maior parte, corresponde aos dois primeiros decênios do ministério de Jeremias, que dirige a sua pregação especialmente a Judá e à cidade de Jerusalém, a fim de que os seus habitantes tomem consciência dos seus próprios pecados. Propõe ao povo o exemplo da maldade de Israel (caps. 2.1—4.2), exorta-o a mudar de conduta (4.3-4) e insiste em denunciar a mentira, a violência, a injustiça e a obstinação de coração do povo de Judá, males cuja raiz se encontra na infidelidade ao Senhor, no tê-lo abandonado para ir atrás de deuses estranhos (2.13,19,27; 3.1; 7.24; 9.3; 11.9-13; 13.10; 16.11-12). A infidelidade à aliança de Deus haveria de implicar, como inevitável conseqüência, o juízo condenatório contra Judá; e assim, o profeta anuncia sem rodeios a iminência do desastre, e até se atreve a predizer abertamente a destruição do templo de Jerusalém (7.14).
Sobretudo depois da morte de Josias, as acusações e advertências de Jeremias eram dia a dia mal recebidas. Os seus concidadãos as rechaçavam com crescente obstinação, e, com isso, repeliam também a presença do profeta (Cf. 11.18-19). O porquê daquela teimosia o afetava dolorosamente, de tal forma que acabou chegando a conclusões cheias de pessimismo: “este povo é de coração rebelde e contumaz” (5.23); “a cegonha no céu conhece as suas estações; a rola, a andorinha e o grou observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor” (8.7); “pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (13.23); “o pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro e com diamante pontiagudo” (17.1).
A expressão mais comovente dessas dolorosas experiências se encontra nas chamadas “Confissões de Jeremias”, contidas nesta seção: 11.18—12.6; 15.10-21; 17.14-18; 18.18-23; 20.7-18. A leitura destas passagens, semelhantes de alguma maneira aos salmos de lamentação (p. ex.: 22; 32; 39; 143), permite descobrir a sinceridade e a profundidade do diálogo que o profeta, nos seus momentos de crise, manteve com o Senhor. Jeremias demonstra a sua decepção e amargura pelos graves sofrimentos derivados do cumprimento da sua missão profética; mas as respostas que recebe do Senhor são desconcertantes: algumas vezes consistem em perguntas, e outras, em fazê-lo entender que as provações não terminaram, e que serão ainda mais difíceis as que virão. Desse modo, o Senhor, gradualmente, revela a Jeremias que sofrer por fidelidade à palavra de Deus é um elemento inseparável do ministério profético.
Na segunda seção predomina o gênero narrativo; portanto, está quase totalmente escrita em prosa. O autor centra a sua atenção no relato de certos incidentes da sua própria vida, entre os quais introduz alguns resumos das suas mensagens proféticas. Estes caps. (26—45) descrevem os dramáticos ataques que Jeremias sofreu, bem como a forma como os suportou sem se desviar da sua missão. Esta seção também contém dados que permitem reconstruir o processo de redação do texto de Jeremias (36.1-4,27-32); além disso, nela se faz referência a Baruque, filho de Nerias, companheiro do profeta, a quem, conforme Jeremias ditou, escreveu “no rolo... todas as palavras que a este o Senhor havia revelado” (36.4).
Mas Jeremias não foi enviado somente para arrancar, derribar, destruir e arruinar, mas também para edificar e plantar (1.10). Por essa razão, a série de relatos de caráter histórico se interrompe nos caps. 30 a 33, para dar lugar a diversas promessas de esperança e salvação. São discursos consoladores colocados junto aos relatos da queda de Jerusalém e da descrição dos sofrimentos de Jeremias, que apontam para a necessidade de que o povo, mesmo em meio às mais infelizes circunstâncias, mantenha firme a sua confiança no Senhor e na sua misericórdia.
Entre tais promessas de salvação, destaca com luz própria o anúncio de que Deus vai restabelecer com Israel o relacionamento que o povo havia perdido por causa das suas infidelidades. Aquela antiga aliança será substituída por outra, por uma nova aliança, não gravada em tábuas de pedra: “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (31.33). O anúncio dessa nova aliança encontra um eco preciso nas palavras que Jesus pronunciou na noite da “última ceia” (Mt 26.27-29; Mc 14.23-25; Lc 22.20) e também na epístola aos Hebreus (8.7-13).
A terceira parte do livro de Jeremias (46—51) é formada por um conjunto de mensagens contra as nações pagãs palestinas, mencionadas essencialmente na mesma ordem em que aparecem em 25.15-38, do Egito à Babilônia. Mas também anúncios de salvação são incluídos para algumas dessas nações (cf. 46.26; 48.47; 49.6,39). Certo é que a atividade do profeta tinha Judá e Jerusalém como primeiro marco do seu compromisso, mas, na sua pregação, não podia esquecer a realidade dos povos vizinhos, bem como o importante significado da sua presença no transcurso da história de Israel (27.1-13). Além disso, as mensagens que Jeremias lhes dirige são testemunho da profunda convicção que o anima e com que declara que o Senhor não é Deus só de Israel, mas também de toda a criação; não é Senhor somente de uma história particular, como a do povo eleito, mas também rege a história de todas as nações e de tudo o que é e existe.
O cap. 52, o último do livro, é uma espécie de apêndice histórico que reproduz, com algumas variantes a narrativa de 2Rs 24.18—25.30 sobre a queda de Jerusalém. Essa narração, assim introduzida, demonstra a autenticidade do ministério de Jeremias, confirmado pelo Senhor mediante os fatos que deram pleno cumprimento à palavra do profeta (cf. Dt 18.21-22).

ESBOçO:
Vocação de Jeremias (1.1-19)
1. Mensagens contra Judá e Jerusalém (2.1—25.38)
2. Relatos autobiográficos e anúncios de salvação (26.1—45.5)
3. Mensagens contra as nações pagãs (46.1—51.64)
Apêndice: a queda de Jerusalém (52.1-34)


Fonte:

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