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AULAS MINISTRADAS NA EBD PARTE 04


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LIÇÃO 09 - A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS / SLIDES DA LIÇÃO / REVISTA DA CLASSE ADULTOS




LIÇÃO 09 - A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS








TEXTO ÁUREO
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que estás nos céus, que um destes pequeninos se perca."(Mt 18.14)





VERDADE PRÁTICA
A evangelização das crianças é urgente, porque delas dependem o presente e o futuro do Reino de Deus.







INTRODUÇÃO

Ao ordenar a pregação do Evangelho a toda criatura, Jesus referia-se também às crianças. Ele jamais as deixaria de fora, pois a vontade do Pai é que nenhuma delas se perca, mas que todas se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Vamos, em nossa ação evangelística, empregar todos os nossos recursos para conduzir as criancinhas a Cristo.

Quanto mais cedo elas forem evangelizadas, maior será a sua chance de escapar aos perigos físicos, morais e espirituais que as rodeiam. A evangelização dos pequeninos é mais do que prioritária; é urgentíssima.









I - A CRIANÇA É PECADORA E PODE PERDER-SE


Enquanto a criança não entrar pela porta da salvação, a sua condição diante de Deus em nada difere da posição de um pecador adulto.

1. A criança é nascida em pecado. Em consequência do pecado de Adão, todos os seres humanos vêm ao mundo na condição de pecadores (Rm 5.12). Veja a confissão de Davi: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51.5).





2. A alma da criança está em perigo. O Senhor Jesus falou claramente acerca da salvação das crianças: "Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" (Mt 18.14). Por que Jesus diria isto se não houvesse a possibilidade de os pequeninos se perderem? Sua declaração leva-nos a crer que a alma infantil está em perigo. Pense nisso.






3. A questão da inocência.  O bebê é inocente apenas no sentido de que não tem consciência do pecado, por ser, ainda, mental e moralmente incapaz de praticá-lo. Embora portador do pecado original, não tem o pecado experimental. Por isso, dizemos que a criança está na "idade da inocência". Se ela vier a morrer nesse estado, irá para o céu, porquanto Deus não leva em "conta os tempos da ignorância" (At 17.30a). Todavia, a partir do momento em que a criança passa a distinguir entre o bem e o mal, torna-se culpada de seus erros e enquadra-se no restante do versículo: "anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam" (At 17.30b).












II - A CRIANÇA PODE CRER E SER SALVA


A Bíblia comprova que a criança pode arrepender-se de seus pecados, crer em Jesus, recebê-lo pela fé e ser salva.

1. Os pequeninos creem em Cristo. Jesus, que sonda mentes e corações, testemunha a capacidade de os pequeninos crerem em seu nome: "E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles" (Mt 18.2). Logo a seguir, advertiu: "Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar" (Mt 18. 6).

Pelo que observamos no relato de Marcos, a criança que Jesus tomou como exemplo era pequena, porque Ele a pegou no colo (Mc 9.36). Sua tenra idade, porém, não constituiu qualquer obstáculo para que ela cresse em Cristo.







2. As crianças das cartas bíblicas. Paulo inicia a Epístola aos Efésios saudando os "santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus" (Ef 1.1). Ao final da carta, ele recomenda aos filhos que sejam obedientes aos pais (Ef 6.1). Logo, a mensagem do apóstolo destinava-se também às crianças que, na introdução da carta, foram incluídas entre os santos e fiéis.

Quem ainda duvida de que uma criança possa experimentar a alegria da salvação? Jesus as salva e batiza-as com o Espírito Santo.





3. Outras crianças da Bíblia. Timóteo era apenas um menininho quando aprendeu as sagradas letras (2 Tm 3.15). E, mais tarde, ao ouvir o Evangelho através de Paulo, aceitou prontamente Cristo, tornando-se útil ao Reino de Deus (At 16.1-4; 2 Tm 3.14-17).

No Antigo Testamento, também encontramos crianças que conheciam a Deus e fielmente o serviam. Haja vista Miriã, irmã de Moisés, Samuel e a escrava de Naamã (Êx 2.4-8; 1 Sm 2.11,18,26; 2 Rs 5.2,3).











III - COMO EVANGELIZAR AS CRIANÇAS


Neste tópico, veremos que podemos evangelizar as crianças através da Escola Dominical, da alfabetização, da Escola Bíblica de Férias e da evangelização personalizada.

1. Escola Dominical. Fundada pelo inglês Robert Raikes, em 1780, o objetivo inicial da Escola Dominical foi a evangelização dos menores que viviam nas ruas da cidade de Gloucester. A iniciativa de Raikes foi tão bem-sucedida, que serviu de modelo ao serviço de ensino público do Reino Unido. Que as escolas dominicais possam trabalhar, em regime prioritário, em prol da evangelização infantil.





2. Alfabetização evangelizadora. Robert Raikes não se limitou a evangelizar as crianças de Gloucester. Juntamente com a Palavra de Deus, ensinava-as a ler e a escrever, a fim de as engajarem na sociedade inglesa.





3. Escola Bíblica de Férias. Preocupada com as crianças que, no período das férias escolares, perambulavam pelas ruas de Nova York, a irmã Elisa Hawes resolveu, em julho de 1898, reuni-las para ensinar-lhes a Bíblia Sagrada. Aqueles meninos e meninas, dos 7 aos 14 anos, tomaram um novo rumo em suas vidas. A partir daquela data, a Escola Bíblica de Férias passou a ser vista como parte essencial das missões urbanas. No Brasil, a primeira EBF foi realizada em 1924, no Colégio Americano Batista de Vitória-ES. Na evangelização das crianças, utilize a EBF.








4. Evangelização infantil personalizada. Desenvolva, em sua igreja, a evangelização infantil personalizada. Cada criança deve ser conhecida por seu nome, por seus problemas e por sua realidade social. Saia às ruas, praças e outros logradouros, e reúna os pequeninos para ouvir a maravilhosa história da salvação. Mas, antes, treine adequadamente a sua equipe. Não esqueça o discipulado. Acompanhe cada criança convertida. Seja o seu pai espiritual.










CONCLUSÃO




Quando se ganha uma criança para Jesus, conquista-se uma vida toda de realizações para o Reino de Deus. Então, por que esperar? Vamos investir mais na evangelização infantil. Para isso, os professores de educação infantil precisam ser preparados e equipados com o que há de melhor nessa área. Treine professores. Num momento tão difícil como o que atravessamos, não podemos deixar as crianças em poder de uma cultura anticristã, pecaminosa e contrária à moral e aos bons costumes. Salve os pequeninos do inferno. Jesus também morreu por eles.












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Referências

Revista Lições Bíblicas. O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃOObedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. Lição 09 – A evangelização das Crianças. I – A criança é pecadora e pode perder-se. 1. A criança é nascida em pecado. 2. A alma da criança está em perigo. 3. A questão da inocência. II – A criança pode crer e ser salva. 1. Os pequeninos creem em Cristo. 2. As crianças das cartas bíblicas. 3. Outras crianças da Bíblia. III – Como evangelizar as crianças. 1. Escola Dominical. 2. Alfabetização evangelizadora. 3. Escola Bíblica de férias. 4. Evangelização infantil personalizada. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2016.

Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.

http://www.escola-dominical.com/



















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LIÇÃO 04 - O TRABALHO E ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS / SLIDES DA LIÇÃO / REVISTA DA CLASSE ADULTOS






LIÇÃO 04 - O TRABALHO E ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS










TEXTO ÁUREO
"Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." (2 Tm 4.5)






VERDADE PRÁTICA

A missão do evangelista é falar de Cristo a todos, em todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.





INTRODUÇÃO


Ganhar almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador.

Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado por Deus, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico. Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos.

Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro tão essencial à expansão do Reino de Deus. 






I - EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS


Se a nossa principal missão é ganhar almas, é inadmissível uma igreja desprovida de evangelistas. Sem esse ministério, a igreja definha e perde a sua mais preciosa razão de ser.

1. Definição. A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por Deus através do Espírito Santo, e confiado à Igreja por Cristo, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação (Ef 4.11; At 8.6).





2. O evangelista no Antigo Testamento. A palavra hebraica que designa o portador de Boas- Novas é basar, que, entre outras coisas, significa mensageiro e pregador (Is 40.9; 52.7). Em hebraico, a palavra evangelho é besorah, que também significa boas notícias, a exemplo de sua congênere em língua grega.




3. O evangelista em o Novo Testamento. Na Igreja Primitiva, o primeiro discípulo de Cristo a receber o título de evangelista foi o diácono Filipe (At 21.8). Todavia, conforme podemos observar por todo o livro de Atos, a igreja, como um todo, agia e reagia evangelisticamente, haja vista a dispersão dos crentes de Jerusalém. Por onde passavam, anunciavam as Boas-Novas do Reino (At 8.4).




4. O evangelista na era da Igreja Cristã. A História da Igreja Cristã mostra que, em todos os reavivamentos, o Espírito Santo destaca a evangelização como o principal evento da igreja. Haja vista o ministério de Wesley, Daniel Berg, Gunnar Vingren e Bernhard Johnson. Ore para que o Senhor da Seara continue a despertar a Igreja a um novo avanço evangelístico.











II - ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA


Do obreiro chamado ao ministério evangelístico, requerem-se os seguintes atributos: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.

1. Amor às almas. Paulo tinha um amor tão grande pelas almas que, por estas, chegava a sentir dores intensas, como se estivesse a dar filhos à luz (Gl 4.19). Por essa razão, afirmou que não poderia deixar de anunciar o Evangelho (1 Co 9.16). Foi esse amor que constrangeu Filipe a evangelizar Samaria e a dirigir-se "ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza" para falar com um etíope (At 8.26).

O evangelista nada é, e nada fará sem o amor às almas perdidas. Pense nisto. E, de imediato, entregue-se em favor dos que caminham para o inferno. Esta é a sua missão.





2. Conhecimento da Palavra de Deus. Conhecendo profundamente a Palavra de Deus, Filipe soube como conduzir a Cristo o mordomo-mor de Candace que, de volta à Etiópia, vinha lendo o profeta Isaías. Eis como ele foi eficiente: "Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus" (At 8.35).

Lembre-se: o anúncio do Evangelho de Cristo exige do evangelista um perfeito manejo da Palavra da Verdade (2 Tm 2.15). Além disso, esteja preparado, com mansidão e temor, para apresentar a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.15).





3. Espiritualidade plena. O batismo com o Espírito Santo é imprescindível ao exercício eficaz do ministério evangelístico (At 1.8). Filipe era um homem cheio do Espírito (At 6.2-4). E, por essa razão, teve um ministério pontilhado de milagres e atos extraordinários (At 8.6,7).

Quem evangeliza não se contenta com uma vida espiritual medíocre, mas busca o poder do alto para proclamar, a todos e em todo tempo e lugar, que Jesus é a única solução.





4. Disponibilidade. Embora fosse casado, o evangelista Filipe estava sempre disponível a cumprir com excelência o seu ministério. Em Atos 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. E, nem por isso, descuidou de sua família; suas quatro filhas eram profetisas (At 21.8,9).

Filipe evangelizava tanto pessoal quanto coletivamente; era um obreiro completo.











III - O TRABALHO DE UM EVANGELISTA


O trabalho básico de um evangelista consiste na proclamação do Evangelho, na apologia da fé cristã e na integração plena do novo convertido.

1. Proclamação do Evangelho. O trabalho prioritário e intransferível do Evangelista, enfatizamos, é pregar Cristo a todos, em todo tempo e lugar. Por esse motivo, não deve ele perder-se em burocracias inúteis e paralisantes. Noutras palavras, que o evangelista faça, de fato, o trabalho de um evangelista (2 Tm 4.5).

Quem foi chamado ao ministério evangelístico deve permanecer fiel à sua vocação (1 Co 7.20).





2. Apologia da fé cristã. A proclamação do Evangelho compreende igualmente a apologia da Fé Cristã (Fp 1.15,16). O verdadeiro evangelista deve estar sempre preparado, objetivando defender a fé cristã ante as nações e os poderosos. Os últimos capítulos de Atos mostram como Paulo, além de anunciar Cristo, soube como defender a esperança evangélica diante das autoridades judaicas e romanas. Destacamos, outrossim, o seu discurso no Areópago de Atenas (At 17).

Não se furte ao seu dever de apresentar a apologia da fé cristã. Estude, prepare-se e confie na presença do Espírito Santo.





3. Integração do novo convertido. Embora o evangelista não tenha responsabilidades pastorais efetivas, ele não pode descuidar-se da integração plena do novo convertido. Que cada alma ganha seja discipulada e incorporada também à igreja visível. O lado social do converso não pode ser ignorado.










CONCLUSÃO


Filipe destacou-se como o maior evangelista da Igreja Primitiva. Evangelizando a Judeia, chegou a Samaria. Portanto, que todos nós façamos com excelência o trabalho de um evangelista. A responsabilidade é de todos. Então, proclamemos Cristo a tempo e fora de tempo.



















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Referências

Revista Lições Bíblicas. O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃOObedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. Lição 04 – O trabalho e atributos do ganhador de almas. I – Evangelista, ganhador de almas. 1. Definição. 2. O evangelista no Antigo Testamento. 3. O Evangelista em o Novo Testamento. 4. O Evangelista na era da Igreja Cristã. II – Atributos de um evangelista. 1. Amor às almas. 2. Conhecimento da Palavra de Deus. 3. Espiritualidade plena. 4. Disponibilidade. III – O trabalho de um evangelista. 1. Proclamação do Evangelho. 2. Apologia da fé cristã. 3. Integração do novo convertido. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 3° Trimestre de 2016.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.















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LIÇÃO 11 - A TOLERÂNCIA CRISTÃ





TEXTO ÁUREO

"Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Rm 14.17)




VERDADE PRÁTICA

Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente, mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.






INTRODUÇÃO



O apóstolo Paulo foi informado de que havia alguns conflitos na igreja de Roma, os quais giravam em torno da liberdade cristã. Alguns crentes, ainda imaturos, se escandalizavam com determinadas atitudes dos crentes, cuja a fé achava-se amadurecida. Esses conflitos, como acredita a maioria dos comentaristas, surgiram com o retorno de alguns judeus cristãos que haviam sido expulsos pelo imperador Cláudio. Estes, ao se juntarem à igreja formada em sua maioria por gentios, se escandalizaram com determinadas práticas. Paulo busca um ponto de equilíbrio a fim de que a obra de Cristo não sofresse nenhum dano. Este é o tema que vamos estudar.







I - UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)


1. A natureza da Igreja. É possível percebermos, nesta seção da Epístola aos Romanos, que Paulo apela para a natureza da Igreja a fim de corrigir o problema que nela surgiu. A Igreja é una, isto é, embora formada por pessoas de grupos diferentes, ela forma o corpo de Cristo. Para ser Igreja, ela precisa atender o critério da unidade. Não há judeus nem gentios, mas a Igreja de Deus. Ela é, portanto, indivisível. Esse é o primeiro aspecto que podemos perceber na linha argumentativa de Paulo. Nisto vemos a natureza heterogênea da Igreja. Essa Igreja una e indivisível é de natureza local e universal. Os crentes judeus e gentios deveriam, portanto, se conscientizar de que problemas de natureza local não poderiam sobrepor-se à universalidade da Igreja. A liberdade deveria ser respeitada, isto é, regulada pela lei do amor.




2. Os fracos na fé. Quem seriam os fracos na fé? Os crentes fracos eram principalmente cristãos judeus que se abstinham de certos tipos de alimentos, e observavam determinados dias em razão de sua contínua lealdade à Lei de Moisés (Rm 14.6,14). Muitos judeus que haviam se convertido não conseguiam se libertar totalmente dos preceitos do judaísmo. Além de observar determinados rituais relacionados ao culto, eles queriam que os gentios fizessem o mesmo. Paulo teve que resolver problemas semelhantes na igreja de Corinto (1 Co 8.1-13), Gálacia e Colossos. Esses cristãos - podemos chamá-los de imaturos - não conseguiram entender por completo a natureza da Nova Aliança em Cristo Jesus. Eram crentes nascidos de novo, mas ainda não haviam conseguido se libertar do legalismo.




3. Os fortes na fé. Se os crentes fracos eram formados por judeus crentes, mas que viviam ainda debaixo da velha aliança, os fortes eram formados tanto por judeus como por gentios que haviam alcançado um entendimento correto das implicações da Nova Aliança. Esse fato é confirmado pela afirmação do apóstolo Paulo que se enfileira com os fortes na fé (Rm 15.1). Portanto, os fortes sabiam que não estavam mais debaixo da Lei, mas da graça.











II - UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)


1. A lei da liberdade. Um tema que Paulo trata com bastante ênfase na Epístola aos Romanos é o da liberdade em Cristo. Em Romanos 7.24 e 25, o apóstolo tinha consciência da incapacidade de o crente se autolibertar. Por isso, ele glorifica a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por prover a libertação das garras do pecado. Em sua espístola endereçada à igreja da Galácia, ele escreveu que foi para a liberdade que Cristo nos chamou (Gl 5.1). A liberdade cristã lhe dava certeza de uma coisa: "Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda" (Rm 14.14). Essa é a lei da liberdade. A palavra grega koinos, traduzida aqui como imunda, se refere às coisas que a Lei Mosaica considerava comuns ou impuras. A lei da liberdade mostrava aos crentes maduros que eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.




2. A lei do amor. O versículo 15 do capítulo 14 de Romanos diz: "Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu". Tendo chamado a atenção para a lei da liberdade, agora o apóstolo passa a falar de outra lei - a lei do amor. É o amor ágape de Deus. A lei da liberdade, exercitada por cristãos mais maduros, mostrou-lhes Paulo, permitia quebrar certas regras ritualísticas. Todavia se isso causasse algum escândalo nos crentes imaturos, então essa liberdade deveria ser restringida.





3. A lei da espiritualidade. Paulo passa a mostrar então o modelo de espiritualidade que deve conduzir tanto os crentes fortes como os fracos (Rm 14.22,23). O crente deve possuir convicção bem definida no exercício da sua fé. Ele deve ter critérios para que não se torne um antinomista ou legalista. A lei que deve regê-lo é a "lei de Cristo"











III - UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)


1. O exemplo dos cristãos maduros. Como então deveriam agir os crentes fortes em relação aos fracos? Paulo respondeu: "Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação" (Rm 15.1,2). Os crentes maduros deveriam dar graças a Deus por entender o real propósito da Nova Aliança. Eles sabiam que "[...] o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). Exatamente por possuírem uma fé mais substancial, eles deveriam servir de modelo para aqueles que ainda não haviam alcançado esse nível de maturidade. O crente maduro, portanto, deve evitar as coisas que fazem aos mais fracos tropeçar. Isso, no entanto, não quer dizer que o crente forte ficará prisioneiro da consciência do crente fraco. Quer dizer que o crente forte é responsável também pelo crescimento e amadurecimento do fraco, mostrando-lhe com amor o que significa ser livre em Cristo.





2. O exemplo de Cristo. O exemplo para essa limitação da liberdade foi dada por Cristo, nosso Senhor (Rm 15.3). O argumento de Paulo é que, se o próprio Salvador não agradou a si mesmo, então por que os crentes que se consideravam mais espirituais não poderiam agir da mesma forma? Em Cristo, Deus mostrou tolerância para com os pecadores. Paulo já havia falado em Romanos 5.8, que o amor de Deus pelos homens foi mostrado de forma graciosa quando Cristo morreu por eles, sendo ainda pecadores.





3. O exemplo das Escrituras. Paulo apela então às Escrituras como instrumento aferidor da espiritualidade (Rm 15.4). Ele chama atenção dos crentes, tanto fortes como fracos, exortando e dizendo que o ensino das Escrituras deve ter um efeito prático em nossa vida. Ela não foi escrita apenas como um livro de valor histórico, mas  é  a inspirada Palavra de Deus e, portanto, deve ser normatizadora da vida do crente. Ela foi escrita não para ser um instrumento de discórdia ou aprisionamento, mas para alimentar a nossa esperança.









CONCLUSÃO



Aprendemos como o apóstolo Paulo procurou pacificar a tensão entre os crentes forte e fracos na igreja de Roma. Esse conflito estava gerando um ponto de tensão que poderia, a curto prazo, pôr em risco a obra de Cristo ali.









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Referências

Revista Lições Bíblicas. MARAVILHOSA GRAÇAO Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Lição 11 – A tolerância Cristã. I – Uma igreja heterogênea. 1. A natureza da Igreja. 2. Os fracos na fé. 3. Os fortes na fé. II – Uma Igreja tolerante. 1. A lei da liberdade. 2. A lei do amor. 3. A lei da espiritualidade. III – Uma igreja acolhedora. 1. O exemplo dos cristãos maduros. 2. O exemplo de Cristo. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2016.

Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 984070979 (Oi) e 63 – 981264038 (Tim), pregação e ensino.
http://www.escola-dominical.com/2016/06/licao-11-tolerancia-crista-slides-da.html


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Lição 11, A Tolerância Cristã
2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
 
TEXTO ÁUREO"Porque o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO." (Rm 14.17)
 
 
VERDADE PRÁTICAOs crentes mais maduros não devem agir egoisticamente, mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mc 12.33 Amar o próximo é melhor que qualquer sacrifício
Terça - 1 Co 13.7 O amor tudo sofre, tudo crê e tudo suporta
Quarta - Rm 14.4 Aquele que ama não julga o seu irmão
Quinta - Rm 14.10 Não desprezemos os nossos irmãos
Sexta - Rm 14.12 Cada um dará conta de si mesmo perante DEUS, o Criador
Sábado - Rm 14.13 Deixemos de lado todo julgamento alheio
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 14.1-6
1 - Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. 2 - Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. 3 - O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque DEUS o recebeu por seu. 4 - Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é DEUS para o firmar.5 - Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo. 6 - Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a DEUS; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a DEUS.
 
OBJETIVO GERALMostrar que o crente maduro precisa atuar como modelo para os mais fracos.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber que a igreja em Roma era uma igreja heterogênea;
Explicar que a igreja em Roma era tolerante com os mais fracos;
Compreender que assim como a igreja em Roma, a igreja atual precisa ser acolhedora.
  
PONTO CENTRALO crente precisa tolerar e amar os mais fracos na fé.
 
Resumo da Lição 11, A Tolerância Cristã
I - UMA IGREJA HETEROGÊNEA (Rm 14.1-12)
1. A natureza da Igreja.
2.Os fracos na fé.
3. Os fortes na fé.
II - UMA IGREJA TOLERANTE (Rm 14.13-23)
1. A lei da liberdade.
2. A lei do amor.
3. A lei da espiritualidade.
III - UMA IGREJA ACOLHEDORA (Rm 15.1-13)
1. O exemplo dos cristãos maduros.
2. O exemplo de CRISTO.
3. O exemplo das Escrituras.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - A Igreja é una, porém é formada por pessoas diferentes
SÍNTESE DO TÓPICO II - O crente, alcançado pela graça, precisa ser tolerante com os fracos na fé.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A igreja precisa ser um lugar de acolhimento e não um tribunal.
  
PARA REFLETIR - A respeito da Carta aos Romanos, responda: O que significa ser uma Igreja una?
Significa que embora seja formada por pessoas de raças diferentes, ela constitui o Corpo de CRISTO. Para ser Igreja, ela precisa atender o critério da unidade. Não há judeus nem gentios, mas a Igreja de DEUS. Ela é, portanto, indivisível.
Segundo a lição, quem são os fracos na fé?
Os crentes fracos eram principalmente cristãos judeus que se abstinham de certos tipos de alimentos, e observavam determinados dias em razão de sua contínua lealdade à Lei de Moisés (Rm 14.6,14).
Segundo a lição, quem são os fortes na fé?
Os fortes eram formados tanto por judeus como por gentios que haviam alcançado um entendimento correto das implicações da Nova Aliança.
O que a lei da liberdade mostrava aos crentes?
A lei da liberdade mostrava aos crentes maduros que eles estavam livres dos rudimentos da Lei de Moisés.
Como deveriam agir os crentes fortes em relação aos fracos?
Paulo respondeu esta questão em Romanos 15.1,2: "Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação."
 
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 66, p41.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos, O Cristão na Cultura de Hoje, As Obras de Armínio
 
Comentários de vários autores com alguma modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
 
 
"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." Romanos 14:17 COMIDA - Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Filipenses 3:19
JUSTIÇA - Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Romanos 5:1
PAZ - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Efésios 2:14
ALEGRIA - Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. Lucas 10:21
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Atos 2:46
 
Não é correto guardar dias, nem o Domingo, mas como nosso dia de descanso concedido pelo governo é o Domingo, então aproveitamos esse dia para nos dedicarmos mais ao Senhor e à sua obra. Nosso verdadeiro descanso é em JESUS CRISTO. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Mateus 11:29 Se fôssemos guardar o Domingo como o judeu guarda o Sábado, não poderíamos nem fazer comida neste dia. Mesmo porque muitos crentes usam este dia para assistir futebol, ir à praia ou passear, não para se dedicar a DEUS.
Não existe nenhum mandamento de DEUS para que guardemos algum dia. As resoluções de Atos 15 são: não comer carne sacrificada a ídolos, não comer carne sufocada e sangue, não viver em prostituição.
Era o dia do Senhor, e eu estava adorando e achei-me no Espírito, quando subitamente ouvi uma forte voz atrás de mim. Era uma voz que soava como um toque de trombeta,
Apocalipse, 10.1
Se referindo ao primeiro dia da semana como referência ao dia em que os cristãos se reuniam para ceiarem juntos
E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite. Atos 20:7
Se fôssemos guardar o Domingo como o judeu guarda o Sábado, não poderíamos nem fazer comida neste dia. Mesmo porque muitos crentes usam este dia para assistir futebol, ir à praia ou passear, não para se dedicar a DEUS.
Portanto, "ninguém ... vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados" (Cl 2:16).
 Veja o jovem Daniel. Sabe o que ele disse a Aspenaz, principal servo de Nabucodonosor? Daniel lhe disse que não queria comer as coisas gostosas da mesa do rei. Mas Aspenaz ficou preocupado. ‘O rei decidiu o que devem comer e beber’, disse ele. ‘E se vocês não tiverem aspecto sadio como os outros rapazes, ele pode me matar.’

Daniel falou, então, com o guarda, a quem Aspenaz mandou tomar conta dele e de seus três amigos. ‘Experimente-nos por 10 dias’, disse. ‘Dê-nos legumes para comer e água para beber. Depois, compare-nos com os outros rapazes que comem a comida do rei, para ver quem parece melhor.
Por que eles não comeram da mesa do rei?
comendo coisas sacrificadas aos ídolos. O motivo é simples: “Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Coríntios 10:21). Vamos fugir da idolatria!
1 Coríntios 8
No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos
 
JUDEUS expulsos de Roma.
Tibério Cláudio Nero César Druso que sucedeu Calígula e antecedeu Nero, teria editado um Decreto expulsando os judeus de Roma, entre os anos de 49 e 50 da era cristã. Eles estavam causando tumulto no império.
Segundo o relato bíblico de Lucas, em Atos, o casal amigo de Paulo de Tarso, Áqüila e Priscila, teriam deixado Roma e se fixado na cidade de Corinto:
"Encontrou ali um judeu chamado Áquila, que era da província do Ponto. Fazia pouco tempo que ele tinha chegado da Itália com Priscila, a sua esposa. Eles tinham saído de lá porque o imperador Cláudio havia mandado que todos os judeus fossem embora de Roma. Paulo foi visitá-los" (Atos 18:2)
Sabe-se que na época de Cláudio ainda não havia uma declarada perseguição do Império Romano aos cristãos embora as províncias da Palestina sempre foram motivo de encrencas para os romanos. Por sua vez, parece-me que o governo de Cláudio, a princípio, teria sido mais equilibrado do que o de Calígula e de Nero.
 
Romanos - Serie Cultura Bíblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A.D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
A- Liberdade Cristã e Amor Cristão (14:1-15:6).
a. Liberdade cristã (14:1-12).
Paulo desfrutou plenamente sua liberdade cristã. Jamais houve um cristão mais emancipado das inibições e tabus anticristãos. Era emancipado tão completamente da escravidão espiritual, que nem sequer era escravo da sua emancipação. Adaptava-se ao modo de viver dos judeus quando se achava numa sociedade judaica, com tão boa disposição como se adaptava ao modo de vida dos gentios quando vivia entre eles. Os interesses do Evangelho e o supremo bem-estar dos homens e mulheres eram considerações da mais alta importância para ele, e lhes subordinava tudo mais.
Mas sabia muito bem que muitos outros cristãos não eram emancipados tão completamente como ele, e insistia em que fossem tratados com delicadeza. Um cristão podia, em muitos aspectos, ter "fé" fraca, imatura e carente de instrução. Mas devia ser bem recebido, com acolhida calorosa, como cristão, e não ser logo desafiado a debater questões sobre aquelas áreas da vida em que não era emancipado ainda.
Paulo menciona duas áreas da vida em que isso era suscetível de acontecer, e depois se estende a respeito de uma delas. Uma era a comida; a outra era a observância religiosa de certos dias. Alguns cristãos (como o próprio Paulo) não tinham dor de consciência quanto a comer qualquer espécie de alimento; outros tinham escrúpulos acerca de certos tipos de comida. Uns (outra vez como Paulo) não faziam distinção entre dias mais ou menos sagrados, considerando todo dia como "santo ao Senhor"; outros achavam que alguns dias eram mais santos do que outros. Que se deve fazer quando cristãos de tão diversas convicções se acham na mesma comunidade?Devem pôr-se a malhar os pontos em questão, cada lado determinado a converter o outro? Não, diz o apóstolo. Cada qual os resolva em sua mente e em sua consciência. Aquele que desfruta maior liberdade não deve menosprezar o outro julgando-o espiritualmente imaturo. Quem tem escrúpulos de consciência não deve criticar o seu irmão na fé por praticar o que aquele não pratica. Cada cristão é servo de CRISTO, e a CRISTO é que terá que prestar contas, aqui e no porvir. CRISTO morreu, e é o Senhor dos mortos; CRISTO vive, e é o Senhor dos que vivem.
Um cristão não deve julgar outro — pode-se ouvir aqui o eco das palavras de nosso Senhor: "Não julgueis, para que não sejais julgados"? — pois é no tribunal de DEUS que teremos todos de comparecer para prestar contas e receber a devida paga.
Com estas palavras, Paulo insiste inflexivelmente no princípio da liberdade cristã. "O cristão é o mais livre senhor de todos, não sujeito a ninguém." (Lutero.) 
1. Não, porém, para discutir opiniões.
AV: "Não para discussões duvidosas". NEB: "Sem tentar resolver pontos duvidosos."
2. O débil come legumes.
AV: "Outro, que é fraco, alimenta-se de legumes." Por princípios vegetarianos ou, mais provavelmente, a fim de evitar comer carne de animais que tinham sido consagrados a deuses pagãos, ou não foram abatidos de acordo com as normas judaicas (verDn 1:8,12). Ver também pp. 201 ss.
4. Quem és tu que julgas o servo alheio? para o seu próprio senhor está em pé ou cai.
Ver Mateus 7:1; Lucas 6:37; e as palavras do próprio Paulo em 1 Coríntios 4:3ss.: "A mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por tribunal humano; nem eu tão pouco julgo a mim mesmo (...) quem me julga é o Senhor. Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor. ..."Na presente passagem, a palavra traduzida por "servo" éoikelês, "servo doméstico", não doulos, "escravo".
5. Outro julga iguais todos os dias.
Não há nenhuma palavra no texto grego para "iguais", posto que acrescentada aqui por RV, RSV, NEB, bem como por AV e AA para completar o sentido. Não significa necessariamente que esse "outro" considera todos os dias como profanos; talvez signifique que trata todos os dias como devendo igualmente ser dedicados ao serviço de DEUS — e esta era certamente a atitude de Paulo.
6. Quem distingue entre dia e dia, para o Senhor o faz; e quem come, para o Senhor come.
Portanto, "ninguém ... vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados" (Cl 2:16).
AV acrescenta: "Quem não distingue entre dia e dia, para o Senhor não o faz." Estas palavras, não obstante façam parte do espírito do seu contexto, não constam do texto original. Localizaram-se nos MSS mais tardios e no "Texto Recebido" para estabelecer equilíbrio com a passagem que vem logo depois do versículo: "quem não come, para o Senhor não come. ..."
7. Nenhum de nós vive para si mesmo.
O que Paulo quer dizer, como o demonstra o versículo 8, é que cada cristão vive sua vida à vista de CRISTO, e como Seu servo. Mas o sentido comum dado às palavras, quando citadas fora do seu contexto, segue-se como um corolário: que a vida de cada cristão influi nos seus irmãos em CRISTO e nos seus semelhantes e, portanto, este deve tomar em consideração a sua responsabilidade para com eles, e não consultar só aos seus próprios interesses.
9. CRISTO morreu e ressurgiu.
AV: "CRISTO morreu, e ressuscitou, e reviveu." A redação mais bem documentada diz simplesmente: "CRISTO morreu e viveu" (i. e., viveu de novo); ver RV, RSV, NEB. Em virtude de Sua morte, Ele é Senhor dos mortos; em virtude de Sua ressurreição, é Senhor dos que vivem.
10. Por que julgas a teu irmão?
Não há pecado que os cristãos — especialmente os cristãos "ardorosos" — sejam mais propensos a cometer do que o de criticar os outros. As palavras do apóstolo têm intenção séria. "Não deve o homem pôr a mão na boca antes de criticar os seus irmãos? Quando lançamos julgamentos apressados, mal informados, sem amor e sem generosidade, por certo esquecemos que, se falamos mal deles, ao mesmo tempo falamos mal do Senhor cujo nome eles levam" (H. St. John). Portanto, "não nos julguemos mais uns aos outros" (v. 13).
Todos compareceremos perante o tribunal de DEUS. AV: "... perante o tribunal de CRISTO." Mas a redação melhor credenciada diz: "... perante o tribunal (grego, bêma) de DEUS", como AA (ver RV, RSV, NEB). Mas a redação da AV vai até à primeira metade do segundo século sendo certificada por Policarpo e Márcion.
11.Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a DEUS.
Assim RSV. AV: "... e toda língua confessará a DEUS." Citação de Isaías 45:23: "Por mim mesmo tenho jurado; ... 'Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua'." Paulo aplica a mesma passagem a CRISTO em Filipenses 2: 10S
 
b. Amor cristão (14:13-23).
Martinho Lutero, que começa o seu tratado Da Liberdade do Cristão com as palavras acima citadas ("O cristão é o mais livre senhor de todos, não sujeito a ninguém"), prossegue dizendo na sentença seguinte; "O cristão é o mais dócil servo de todos, sujeito a todos."
13 Lutero nunca foí seguidor mais fiel de Paulo — e do Senhor de Paulo e dele — do que na justaposição destas duas afirmações.
Tendo Paulo afirmado inflexivelmente a liberdade do cristão, põe-se a demonstrar como se pode e se deve estabelecer limite voluntário a esta liberdade. Ao fazê-lo, amplia a exposição de um dos assuntos que usara para ilustrar a sua afirmação da liberdade cristã — o assunto relacionado com a comida.
A questão de quais os tipos de comida que se podiam e não se podiam comer agitou a igreja primitiva de várias maneiras. Uma destas maneiras afetou mais particularmente os cristãos judeus. As leis judaicas sobre a alimentação, que tinham sido observadas pela nação desde os seus primeiros dias, eram um dos principais traços que distinguiam os judeus de seus vizinhos gentios. Não somente se proibia absolutamente comer carne de certos animais; o sangue de todos os animais era absolutamente proibido, e os animais "limpos" abatidos para alimento tinham de ser mortos de modo que o sangue fosse totalmente drenado. Desde que nunca se poderia ter certeza de que a carne de que se alimentavam os não-judeus estava livre de toda suspeita de ilegalidade num aspecto ou noutro, para um judeu era impossível partilhar de uma refeição com um gentio. Na verdade, era muito difícil um judeu rigoroso compartilhar de uma refeição com outro judeu suspeito de relaxamento nestas questões.
Em memorável ocasião, JESUS abrogou as leis sobre alimentos declarando "limpas" todas as espécies de alimento (Mc 7:19). Pedro, na visão que teve em Jope, no teto da casa de Simão, o curtidor, aprendeu a não considerar impura pessoa alguma que DEUS tivesse declarado limpa, e graças à lição aprendida, consentiu quase imediatamente em visitar o gentio Cornélio, em Cesaréia, e aceitar sua hospitalidade. Mas ia demorar muito a chegar o dia em que a maior parte dos cristãos judeus pensaria em seguir o exemplo dele. Certa ocasião, quando Pedro residia em Antioquia e desfrutava de irrestrita comunhão com os cristãos gentios de lá, um ou mais visitantes procedentes da igreja de Jerusalém chamaram-no e o persuadiram a retirar-se da mesa da comunhão com os gentios e passar a comer somente com os judeus. Seu exemplo começou a ter efeito devastador; mesmo um homem tão liberal como Barnabé se dispôs a segui-lo. Paulo acusou publicamente a Pedro de "representar" — de fazer um papel que não correspondia às suas convicções últimas (Gl 2:11-14). Quando, pouco depois, o Concilio de Jerusalém concordou em que os gentios fossem admitidos à comunhão da igreja, como os judeus, com base na fé em CRISTO, foi acrescentada a condição de que os conversos gentios se abstivessem de alimentos ofensivos aos seus irmãos judeus e se ajustassem às leis matrimoniais judaicas (At 15:20, 29). Tem-se difundido muito a opinião de que jamais Paulo poderia ter tomado parte na decisão acordada (como a narrativa de Atos declara que sim), porque entrava em conflito com os seus princípios sobre a liberdade cristã, e em particular com o seu princípio de que os conversos gentios estavam livres das obrigações da lei judaica. Mas isso não é bem certo. Sempre que os princípios que considerava básicos estavam em jogo, Paulo era inflexível; mas quando eles estavam protegidos, Paulo era o mais conciliador dos homens. Neste caso, uma vez estabelecido o princípio de que os gentios tinham direito de ser arrolados como membros da igreja, sendo para isso suficiente a base da fé em CRISTO, ele próprio seria o primeiro a lembrar aos gentios a sabedoria em colocar limites voluntários à sua liberdade para manterem comunhão com seus irmãos judeus de nascimento, dos quais não se poderia esperar que todos tivessem entendimento tão completamente emancipado como Paulo tinha. Se os cristãos gentios, principalmente os que conviviam com cristãos judeus, com bondade se refreassem de tomar alimentos que os seus irmãos judeus pudessem achar odiosos, a comunhão dos dois grupos seria fomentada. E o fato é que as cláusulas sobre alimentos estabelecidas pelo Concilio de Jerusalém conservavam sua validade em alguns setores da igreja durante muitas gerações.'
Uma das cláusulas sobre alimentação do Concilio de Jerusalém ordenava a abstenção de carne de animais previamente oferecidos em sacrifício a ídolos. Esta questão foi levantada num ambiente rodeado de paganismo; Paulo tratara disso com alguns pormenores em sua correspondência com a igreja de Corinto, alguns membros da qual lhe tinham pedido orientação sobre o assunto (1 Co8:l-13, 10:19-33).
Comprar carne de açougue em cidades pagâs como Corinto e Roma representava um problema de consciência para alguns cristãos. Grande parte da carne exposta para venda no mercado provinha de animais anteriormente sacrificados a alguma divindade pagâ. A divindade pagâ recebia sua porção simbólica; o restante da carne podia ser vendida pelas autoridades do templo aos comerciantes da venda a varejo, e é possível que muitos consumidores pagãos estivessem dispostos a pagar um pouco mais pela carne porque tinha sido "consagrada" a alguma divindade. Entre os cristãos havia alguns que possuíam consciência robusta e entendiam que a carne não melhorava nem piorava por sua associação com a divindade pagâ. Sentiam-se muito bem ao comê-la. Outros não se sentiam muito bem, achando que de algum modo a carne fora "infeccionada" por sua associação com ídolos.
Ao emitir seu julgamento aos coríntios sobre esta questão, Paulo se nivela, por um lado, com os que entendiam que não havia nenhuma realidade substancial nas divindades pagâs, e que o cristão tinha perfeita liberdade de comer dessa carne. Mas o entendimento não é tudo; as exigências do amor deviam ser levadas em consideração. Ele mesmo estava pronto a renunciar à sua liberdade se, ao insistir nela, desse mau exemplo a um irmão em CRISTO de consciência mais fraca. Se um cristão que achava errado comer carne dada a ídolos fosse incentivado pelo exemplo de seu irmão mais forte a comer dessa carne, o resultante prejuízo à sua consciência seria posto na conta da falta de caridade e de consideração do outro.
Mas parece ter-se levantado em Corinto um aspecto da questão mais sério do que os atos de comprar e comer carne de animais consagrados a ídolos. Transparece de 1 Coríntios 8:10 que alguns membros da igreja de Corinto ficavam muito contentes quando recebiam convites de amigos pagãos para freqüentar banquetes em templos pagãos. Nesses banquetes, não era só a carne que era dedicada a um falso deus; tudo na ocasião era expressamente organizado sob os auspícios desse deus. Poderia um cristão, que se assentava à mesa do Senhor, sentir-se igualmente em casa à mesa de um ídolo que, se representava alguma coisa afinal, representava um demônio? Osultra-libertinos poderiam argumentar que todas as coisas eram lícitas; mas Paulo lhes recordava que nem todas eram úteis, e nem todas edificavam um sólido caráter cristão, quer nos participantes, quer naqueles cujas vidas podiam ser influenciadas pelo seu exemplo. Se, por outro lado, o convite era para participar de uma refeição numa residência particular, o caso era diferente: o cristão estava livre para ir e comer o que servissem, sem fazer perguntas. Mas se via que sua atitude face à carne que fora dedicada a ídolos passava a ser um teste da genuinidade do seu cristianismo, faria bem em deixar de comê-la. A glória de DEUS e o bem-estar espiritual dos outros devem constituir os principais pontos de consideração quanto a comer e beber, e quanto a tudo mais.
Questões de consciência em relação a estas matérias estavam sujeitas a levantar-se também em Roma, como acontecera em Corinto. A igreja de Roma, incluindo cristãos judeus e gentios, podia desintegrar-se rapidamente se alguns grupos insistissem em exercer plenamente sua liberdade cristã sem dar a mínima consideração aos escrúpulos de outros. Se, por outro lado, aqueles cujas consciências se haviam emancipado por completo quanto a isso, restringissem voluntariamente sua liberdade no interesse de outros que não tinham alcançado o mesmo estágio de maturidade espiritual, a igreja se tornaria uma perfeita escola do amor cristão. Foi a isto que Paulo instou com os cristãos de Roma, e o testemunho da história mostra que aprenderam bem a lição.
O bem conhecido exemplo do próprio Paulo deve ter acrescentado grande peso à sua exortação. "Sendo livre de todos", disse ele em outro lugar, "fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível" (1 Co 9:19). Com toda a sua emancipação,estava pronto para restringir sua liberdade sem limites se seu irmão mais fraco recebesse alguma ajuda com isso. Considerava todas as espécies de comida como kosher ("certas", "lícitas"), mas se o seu exemplo, ao comer certas espécies de comida, ia prejudicar alguém, ele as evitaria. A comida é um meio para um fim, não um fim em si mesma. Um tipo de comida serve tanto como outro qualquer, e seria uma pena fazer atrofiar-se uma alma em crescimento, atrofiar-se o desenvolvimento da obra de DEUS, por uma coisa tão sem importância como um tipo particular de comida. Não é de comida e bebida que o reino de DEUS se ocupa, mas de justiça, paz e alegria no ESPÍRITO. Deve-se fazer com que a questão de comida e bebida seja subserviente àquelas coisas que são realmente importantes.
É bom ser forte na fé; é bom ser emancipado de consciência. Mas os. cristãos não são indivíduos isolados, cada qual vivendo para si; são membros de uma comunidade, e é responsabilidade de todos — mormente dos membros mais fortes e mais maduros — promover o bem-estar da comunidade.
13. Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de ...
AV: "Não nos julguemos ... mas julgai ..." Na primeira frase, "julgar" significa "criticar" (exercer juízo crítico); na segunda, significa "decidir". Em grego (krinõ), como em inglês (e em português) a mesma palavra tem os dois sentidos.
Tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo a vosso irmão. A espécie de pedra de tropeço ou impedimento que Paulo tem em mente é o exemplo que poderia levar outra pessoa a pecar. Um cristão vem a "tropeçar" (v. 21) se, ao seguir o exemplo de um cristão mais emancipado, faz alguma coisa que a sua consciência não aprova realmente. Como conseqüência, a vida espiritual sofrerá grave dano. Seria melhor que o cristão mais emancipado auxiliasse o seu irmão "mais fraco" a ter uma consciência mais esclarecida; mas este é um processo que não pode ser apressado.
14. Eu sei, e disso estou persuadido no Senhor JESUS, que nenhuma cousa é de si mesma impura.
Provavelmente Paulo sabia do pronunciamento do nosso Senhor sobre este assunto, registrado para nós em Marcos 7:14-19.
Salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. Este modo de compreender a questão, completamente de acordo com o ensino de CRISTO (Mc 7:20-23), tem implicações de grande alcance. O pecado, a corrupção moral, o mundanismo — e assim por diante — localizam-se na mente das pessoas, e não nos objetos materiais. Ver Tito 1:15.
15. Por causa da tua comida não faças perecer aquele.
RSV: "... não deixe que o que você come arruine aquele ..."; NEB: "Não leve desgraça a um homem com aquilo que você come ..."
A favor de quem CRISTO morreu. A medida divina do valor de um ser humano.
16. não seja, pois, vituperado o vosso bem.
NEB: "O que para você é uma coisa boa, não se torne ocasião para conversação caluniosa."
17. O reino de DEUS não é comida, nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria.
Ver Mateus 6:31 ("Não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos?") Mateus 5:6, 9, 10, 12 ("Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. ... Bem-aventurados os pacificadores. ... Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. ... Regozijai-vos e exultai ..."). Um interessante paralelo da construção deste versículo é-nos dado em 1 Coríntios 4:20: "O reino de DEUS consiste, não em palavra, mas em poder" (sendo que o "poder" é, naturalmente, o do ESPÍRITO SANTO).
No ESPÍRITO SANTO. Como no capítulo 8, o ESPÍRITO SANTO leva os crentes ao usufruto, aqui e agora, dos benefícios da herança vindoura. Para o apóstolo, "o reino de DEUS" (em distinção do presente reino de CRISTO) é a futura herança do povo de DEUS (ver 1 Co 6:9s., 15:50; Gl 5:21; Ef 5:5; 1 Ts 2:12; 2 Ts 1:5); mas "no ESPÍRITO SANTO" as bênçãos da herança futura já podem ser desfrutadas.
19. Seguimos as cousas (...) da edificação de uns para com os outros.
"Edificar outro" é edificar-lhe uma personalidade cristã estável, e assim (quando todos estivermos envolvidos nesta atividade) "edificar a vida comum" (NEB).
20. È mau para o homem o comer com escândalo.
AV: "É mau para o homem que come com ofensa." NhB: "Tudo é mau para o homem que, pelo que come, faz outro cair." Isto é coisa bem diferente de "fazer ofensa" no sentido moderno.
21. [Ou se ofender, ou se enfraquecer].
Estas palavras estão ausentes do texto mais bem credenciado (razão por que AA as coloca entre colchetes). Originalmente é possível que fossem glosas marginais sobre o verbo "tropeçar" que as precede.
22. A fé que tens.
AV: "Tens fé?" "Fé", neste sentido, é uma firme e inteligente convicção perante DEUS, de que se está fazendo o que é certo, a antítese de sentir-se alguém auto-condenado naquilo que se permite a si mesmo fazer.
23. Aquele que tem dúvidas, é condenado, se comer.
"Condenar" aqui significa que o homem que faz algo acerca do que sua consciência fica intranqüila, está condenado em seu coração e contrai sentimento de culpa; o homem que faz algo sabendo que é lícito e correto, faz isso "de fé". Há saudável significação no incidente apócrifo inserido no Codex Bezae em seguida a Lucas 6:4, que conta como o nosso Senhor, "vendo um homem a trabalhar no sábado, disse-lhe: 'Homem, se deveras sabes o que estás fazendo, és bem-aventurado; mas se não sabes, és maldito e transgressor da lei' ".
E tudo o que não provém de fé é pecado. NEB: "Porque a sua ação não provém da sua convicção."
 
c. O exemplo de CRISTO (15:1-6).
Paulo conclui suas palavras sobre a liberdade cristã e sobre o amor cristão aduzindo o exemplo de CRISTO. Quem estava mais livre de tabus e inibiçôes do que Ele? Contudo, quem cuidou mais de tolerar as fraquezas alheias? É bem fácil para um homem cuja consciência vê com absoluta clareza algum curso de ação, estalar os dedos para os que o criticam e dizer: "Farei o que me agrada." Tem todo o direito de fazê-lo, mas não é este o modo de agir de CRISTO. O modo de agir de CRISTO é considerar os outros primeiro, consultar os interesses deles e ajudá-los quanto possível. "Nem mesmo CRISTO agradou-se a Si próprio"; se o tivesse feito, poder-se-ia perguntar em que aspecto Sua vida e Seu ministério teriam seguido curso diferente daquele que seguiram. Mas o sentido é que CRISTO não pôs em primeiro lugar os Seus próprios interesses e o Seu próprio bem-estar (ver Fp 2:5ss.). CRISTO colocou os interesses dos outros antes dos dele, mas talvez Paulo queira dizer aqui que CRISTO colocou a vontade de DEUS antes de tudo mais; esta idéia é sugerida pela citação do Salmo 69:9.
As palavras que se seguem à citação encarnam um princípio presente em todo o Novo Testamento, onde quer que o Velho Testamento seja citado ou mencionado. As lições sobre a tolerância que os escritos do Velho Testamento inculcam, e o estímulo que dão à fidelidade, constituem forte incentivo ao sustento da esperança cristã. Paulo apresenta-lhes também um forte incentivo ao fortalecimento da união fraternal, e ora para que o DEUS que ensina a Seu povo a tolerância e os supre de ânimo, através destes escritos lhes assegure unidade no entendimento, de modo que Ele seja glorificado pelo testemunho unido dado por eles.
1. Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos.
Ver Gálatas 6:Is.: "Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós que sois espirituais, corrigi-o, com o espírito de brandura. (...) Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de CRISTO."
2. Cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.
NEB: "... pense no que é para o seu bem e edifique a vida comum." (Ver 14:19Fp 2:3s.)
3. As injúrias dos que te ultrajavam, caíram sobre mim.
Citação do Salmo 69:9. Este salmo de aflição, como vimos, cedo foi interpretado na igreja como uma profecia da paixão e da retribuição de CRISTO alcançando os Seus perseguidores. Visto que o salmo é dirigido a DEUS, estas palavras implicam em que JESUS suportou injúrias e insultos por Sua fidelidade a DEUS, sendo que podia tê-lo evitado escolhendo um caminho mais fácil.
4. Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito.
Compare-se com a afirmação do mesmo princípio em 1 Coríntios 10:6, 11. As Escrituras (aqui, naturalmente, as Escrituras do Velho Testamento) dão ampla evidência da fidelidade de DEUS, principalmente quando lidas à luz do cumprimento delas feito por CRISTO; daí, os leitores dessas Escrituras são incentivados a pôr sua confiança no Senhor e a esperar pacientemente por Ele.
5. O mesmo sentir de uns para com os outros, segundo CRISTO JESUS.
 
B- CRISTO os Gentios (15:7-13).
Assim, pois, diz o apóstolo, sigam o exemplo de CRISTO que nos acolheu sem discriminação, e abram as portas uns para os outros, sem discriminação.
O que quero dizer é isto, continua ele: CRISTO não veio para receber serviço, mas para prestá-lo — primeiro aos judeus, para cumprir ás promessas que DEUS fizera aos antepassados deles, e depois aos gentis, - para que estes também glorificassem a DEUS por Sua misericórdia. Mas se a dádiva do Evangelho aos judeus cumpriu as promessas do Velho Testamento, o mesmo se pode dizer da evangelização e da conversão dos gentios. E Paulo acrescenta uma cadeia de testimonia do Velho Testamento em que os gentios são apresentados como louvando o DEUS de Israel e colocando sua esperança no Messias de Israel.
A maneira pela qual DEUS daria aos gentios crentes a bênção e a extensão desta — a bênção da sua incorporação ao lado dos judeus na comunidade do povo de DEUS — podia ser um mistério mantido oculto desde as mais primitivas gerações até virem a ser uma realidade mediante o ministério de Paulo (Cl l:25ss.; Ef 3:2ss.). Mas o fato de que os gentios seriam abençoados pelo Evangelho, Paulo vê como algo claramente predito nos tempos do Velho Testamento. Isto significa que ele via o seu ministério como um meio empregado por DEUS para o cumprimento de Suas promessas aos gentios.
Unia oração para que tivessem abundante alegria e paz, fé e esperança, conclui esta divisão da epístola — divisão que apresenta o modo cristão de viver.
7. Portanto, acolhei-vos uns aos outros.
Assim RSV. (AV: "... recebei uns aos outros".) A idéia é: recebam os seus irmãos em CRISTO em seus corações e em seus lares. Se o exemplo de CRISTO for seguido, como Paulo ordena, a acolhida será sem reservas, e DEUS será glorificado pelo amor mútuo e pela bondade mútua dos que são o Seu povo. É possível que Paulo esteja pensando especialmente — embora de modo nenhum exclusivamente — na prática irrestrita da comunhão entre os cristãos judeus e gentios.
Como também CRISTO nos acolheu. Há boa evidência textual em favor de "vos" (humas) contrariamente a "nos" (hêmas); ver RV, RSV (NEB, seguindo o texto de Nestle-Kilpatrick, diz "nos"). "Esta é a razão por que eles devem permanecer unidos, e não desprezar-se uns aos outros, porquanto CRISTO não desprezou nenhum deles." 
8. CRISTO.
Assim também RV, RSV e NEB, e assim deve ser, ao contrário de AV, que diz: "JesusCristo".
Foi constituído ministro da circuncisão. Ver NEB: "Fez-se servo do povo judeu." Segundo o próprio testemunho de CRISTO, durante o Seu ministério terreno não foi "enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt15:24). O substantivo traduzido por "ministro" é diakonos. Podemos comparar isto com as palavras de CRISTO (AV): "O Filho do homem não veio para ser 'ministrado' {diakonêthênai), mas para 'ministrar' (diakonêsai)" (Mc 10:45), e: "No meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22:27).
Em prol da verdade de DEUS. Isto é, "para manter a verdade de DEUS concretizando as promessas por Ele feitas aos patriarcas" (NEB).
9. Por isso eu te glorificarei entre os gentios, e cantarei louvores ao teu mone.
Quanto à primeira parte do versículo, AV diz: "Por esta causa eu te confessarei"; RV diz: "... dar-te-ei louvor". Citação do Salmo 18:49, onde Davi, tendo incluído nações não-israelitas em seu império, conta-as como pertencentes agora à herança do DEUS de Israel. Quanto à aplicação cristã desta idéia, ver a citação que Tiago faz de Amos 9:lis. (LXX) no Concilio de Jerusalém (At 15:16s.).
10. Alegrai-vos, ó gentios, com o seu povo.
Citação do Cântico de Moisés, Deuteronômio 32:43. (Compare-se esta com outras citações anteriores deste Cântico em 10:19, 11:11, 12:19.)
11. Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem. (Observe-se o plural povos, grego laoi). Citação do Salmo 117:1, em que o mundo todo é instado a louvar ao DEUS de Israel por Seu constante amor e fidelidade.
12.Haverá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para governar os gentios; nele os gentios esperarão.
AV: "confiarão"; RV: "esperarão", como AA. Citação de Isaías 11:10, onde o "rebento do tronco de Jessé" (Is 11:1, RSV), i. e., o Messias que há de vir da linhagem de Davi, "se firmará como estandarte dos povos; todas as nações o procurarão" (RSV).
13. E o DEUS da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer. O titulo "DEUS da esperança" talvez tenha sido sugerido pelas palavras de Isaías 11:10 citadas no versículo anterior (AA e RV). Ver 14:17em que se mencionam a paz e a alegria, ou gozo, como bênçãos do reino de DEUS. Porque DEUS é "o DEUS da esperança" — o DEUS que nos dá esperança nele mesmo — os crentes já podem desfrutar estas bênçãos. Para que sejais ricos de esperança no poder do ESPÍRITO SANTO. Uma vez mais, é o ESPÍRITO que capacita os crentes em CRISTO a experimentarem nesta vida as bênçãos da vida por vir. O grande objetivo da sua esperança é a glória de DEUS (5:2).
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A.D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
 
2º Trimestre - Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus - Comentarista: Esequias Soares da Silva
Sugerimos para esta lição o uso da técnica de perguntas e respostas para avaliar o conhecimento prévio da classe com relação a julgamento. O nosso objetivo final é levá-los a serem tolerantes com os fracos. Contudo, se forem juízes de seus irmãos não conseguirão ser tolerantes como Deus deseja. Pergunte se sabem conceituar a palavra julgar. Ouça-os e depois dê o resultado de acordo com o dicionário Aurélio: “Decidir como juiz ou árbitro: julgar uma pendência”. Leve-os a arrazoar sobre a atitude de serem árbitros de alguém. Será que temos este direito? E Jesus como agiria em nosso lugar? Como Ele agiu no caso da mulher adúltera? Se Ele teve uma atitude de perdão para com uma pecadora, como devemos agir com os nossos irmãos em Cristo?
 
INTRODUÇÃO 
Estudamos na primeira parte da Epístola aos Romanos a teologia paulina da justificação pela fé, sem as obras da lei, centrada em 1.17; 3.28. Nas duas últimas lições estudamos a parte prática, começando com a consagração a Deus e depois o nosso compromisso com o Estado. De 14.1 a 15.6 o apóstolo discorre sobre a tolerância — o cristão não deve julgar e nem criticar o outro. É o tema que vamos estudar hoje. 
I. JUDEUS E GENTIOS FORMANDO A IGREJA 
1. A ética judaica. Os judeus tem um alto padrão de conduta e um modus vivendi exemplar, porque isso aprendem nas sinagogas todos os sábados (At 15.21). Uns achavam que o padrão judaico devia ser vivido pelos gentios e não somente isso, que tal procedimento era condição para salvação. Os pontos básicos eram a guarda do sábado, a circuncisão (At 15.1,5) e a prescrição dietética da Lei de Moisés, que os judeus ainda hoje chamam de kash'rut (At 15.20,28).
2. Salvação pelas obras? As seitas e as religiões falsas acrescentam algo mais que a fé para a salvação. Aplicar essa conduta judaica aos gentios era o mesmo que afirmar que a graça do Senhor não era suficiente. A Lei de Moisés seria o complemento para a salvação. Isso reduziria o Cristianismo a uma mera seita do Judaísmo e além disso confundiria aquele com a identidade judaica.
3. A ética dos gentios. Os gentios não aprenderam os bons costumes porque nunca tiveram quem os ensinasse, por essa razão o modus vivendi deles era precário. Agora ambos os povos formam a Igreja (1Co 10.32). Eles foram transformados pelo poder do Espírito Santo. Deviam, portanto, mudar sua maneira de viver, mas nem por isso estavam obrigados a viver como judeus (At 15.10,11). 
II. QUANTO AO ALIMENTO 
1. Enfermo e fraco (vv.1,2). As palavras, “enfermo” e “fraco” não significam, nesse contexto, fé vacilante, mas imaturidade nas questões práticas, pois muitos deles são sinceros e tementes a Deus. A questão não era sobre pontos vitais da doutrina cristã; do contrário, não seriam membros da Igreja, mas sobre assuntos secundários.
a) Não contender. “Recebei-o” significa que devemos receber a cada irmão como ele é e não como queremos que ele seja. Não temos o direito de impor a ele a nossa maneira de ver o Cristianismo, nem discutir na tentativa de convencê-lo do contrário (1Co 11.16; 1Tm 6.4). Devemos recebê-lo com amor sincero dentro da fraternidade cristã.
b) Convivendo com os enfermos e fracos. A questão dos bêbados, por exemplo, a Bíblia diz que os tais não herdarão o reino de Deus — a menos que se convertam (1Co 6.10,11). O crente que se associa com os tais está pecando (1Co 5.11). Não é o caso aqui. Esses enfermos e fracos são nossos irmãos que ainda não se emanciparam de sua escravidão espiritual.
2. Legumes (v.2). Convém lembrar que o vegetarianismo religioso teve a sua origem no hinduísmo. Os gnósticos eram também vegetarianos. Havia até os que considerasse canibais aquele que comesse carne. Talvez alguns judeus tivessem chegado a esse extremo por causa de uma interpretação judaica forçada de Deuteronômio 14.21: “Não cozerás o cabrito com o leite da sua mãe”. Não é permitido ao judeu consumir a carne do cabrito juntamente com o leite da cabra, mãe do animal, como faziam os povos idólatras, vizinhos de Israel. Os judeus, portanto, evitando correr o risco de o leite comercializado ser da mãe do cabrito comprado no açougue, resolveram proibir o consumo de carne com leite.
3. Restrição alimentar dos cristãos. A única restrição alimentar dos cristãos está na determinação do Concílio de Jerusalém (At 15.20,28), com relação ao sangue, carne sufocada e sacrificada aos ídolos. Mesmo assim, essa determinação parece mais injunções do que ordenanças obrigatórias (Rm 14.13-16; 1Co 8.7-13; 10.27-29), pois, Paulo defendia essa liberdade cristã (vv.14,20; 1Co 10.25; 1Tm 4.4,5).
4. Evitando o risco. O crente fraco ou enfermo mencionado nos vv.1,2 deve ser judeu muito escrupuloso quanto à alimentação, o qual resolveu ser vegetariano para evitar o risco de comer carne sacrificada aos ídolos ou sufocada. Abster-se de alimento por questões de saúde é algo pessoal. Praticar, porém, tal coisa como condição para ir ao céu, a ponto de criticar os que não seguem esse padrão, isso caracteriza seita.
III. A QUESTÃO DOS DIAS 
Provavelmente, a expressão “um faz diferença entre dia e dia” (v.5) trata-se dos dias especiais de festa segundo as leis cerimoniais do Antigo Testamento. O comentário da é do parecer que alguns cristãos, mormente os judeus cristãos, ainda consideravam que os dias sagrados do Antigo Testamento continuavam válidos, ao passo que muitos outros os tinham como dias comuns.
1. O sábado. O fim do sábado estava previsto nos profetas (Os 2.11). A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33) e o fim do sábado que se cumpriu em Jesus (Cl 2.14-17). A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Concerto (Hb 8.6-13), por essa razão o sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20,29.
2. O sábado cerimonial. As festas judaicas eram anuais, mensais ou lua nova, e semanais (1Cr 23.31; 2Cr 2.4; 8.13; 31.3; Ez 45.17). O sábado cerimonial ou anual já está incluído na expressão “dias de festa”, que são as festas anuais; “lua nova”, mensais; e “dos sábados”, festas semanais (Cl 2.16). No versículo seguinte o apóstolo diz: “Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17). Isto é: são figuras das coisas futuras, que se cumpriram em Jesus. Por isso que Jesus afirmou ser Senhor do sábado (Mc 2.28).
3. Constantino e o Domingo. Afirmar que o imperador romano, Constantino, substituiu o sábado pelo domingo é uma falácia. A palavra “domingo” significa “dia do Senhor”. Isso porque nesse dia Jesus ressuscitou (Mc 16.9). O primeiro culto cristão aconteceu num domingo (Jo 20.1) e o segundo também (Jo 20.19,20). As reuniões cristãs de adoração aconteciam no primeiro dia da semana (At 20.7; 1Co 16.2). Aos poucos essa prática foi se tornando comum, sem decreto e sem imposição. Foi algo espontâneo. O imperador apenas confirmou uma prática cristã antiga.
4. Lição prática. O apóstolo conclui que “cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo” (v.5b) e que “aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz” (v.6). Isto é: quando adoramos não é tão importante, quanto o que, como e por que adoramos. O que realmente importa é Cristo ser o centro em tudo quanto o crente faz. 
IV. A PREOCUPAÇÃO DO APÓSTOLO 
1. O que o apóstolo condena? (vv.4,10). Nem o crente enfermo ou fraco e nem o mais esclarecido espiritualmente são a preocupação do apóstolo. Isso porque ambos agiam de forma diferente com o propósito de servir a Deus (vv.6,7). O que ele condena é a crítica e não essas práticas: “Quem és tu que julgas o servo alheio?” (v.4) “Mas, tu, por que julgas teu irmão?” (v.10). A preocupação do apóstolo era evitar divisões na Igreja por causa de assuntos secundários.
2. O respeito à consciência cristã. O apelo do apóstolo era que houvesse respeito mútuo entre os crentes. Cada um deve seguir a sua consciência cristã (v.5). Se algo lhe parece pecado, se a consciência lhe acusa, não deve praticar tal coisa, pois se assim fizer estará pecando (v.23). Nem por isso deve criticar os outros (Tg 4.11,12).
3. Cada um prestará contas a Deus (vv.10-12). Com essas palavras o apóstolo está dizendo que devemos deixar as coisas secundárias com a pessoa e Deus. Ninguém tem o direito de interferir na vida privada do cristão. As questões do alimento e dos dias são de somenos importância, mas a crítica Deus não tolera (Pv 6.16-19; Tg 1.26). 
CONCLUSÃO 
Na Igreja atual existe também os mesmos problemas, de maneira ainda mais dilatada, pois as práticas sociais vão aumentando a cada dia que se passa. A melhor solução é olhar para Jesus, Autor e Consumador da fé (Hb 12.1,2) e não à vida alheia. Seu dever é orar por aquele que, por causa de certas práticas, você considera fora da Palavra de Deus, e não criticá-lo, pois em cada crente o desenvolvimento da sua consciência depende do conteúdo bíblico doutrinário nela entesourado e da maturidade espiritual desse crente.
 
Subsídio Doutrinário 
“O dever do crente sadio para com o ‘enfermo na fé’, é o que trata o apóstolo Paulo. Da mesma forma que hoje nos deparamos com os crentes fracos na fé, que facilmente se ofendem e se escandalizam, também, havia isso entre os crentes em Roma. Era um grupo de crentes, não muito grande, mas que merecia a atenção do grande apóstolo.
14.1. Esses crentes são tratados como ‘enfermos’ na fé, por isso, devem merecer o nosso amor complacente para com as suas fraquezas. Há coisas em que a consciência dos homens diverge e não convém discutir, nem querer provar o contrário. Pelo fato de serem ‘enfermos na fé’ não devem ser rejeitados no meio da igreja, mas Paulo diz: ‘Recebei-os’. Disputar com eles seus preconceitos não vale a pena, não traz benefício a ninguém. A verdade é que dentro da igreja existiam dois grupos bem distintos: os mais abertos e liberais e os extremistas, ou excessivamente escrupulosos.
14.2,3,4. Neste texto o fraco deve ser recebido com amor porque Deus o recebeu (v.3), e é ‘servo do Senhor’ e não servo dos nossos preconceitos e interesses. Diz Paulo: ‘Para seu próprio Senhor está em pé ou cai’ (v.4), isto significa que não temos o direito de julgar os outros, não importa o estado da pessoa, se está em pé ou caído, o julgamento é do Senhor.
14.5,6. A divergência de consciência quanto aos hábitos e costumes existe. Essas questões devem ser tratadas de acordo com a relação com Deus. A questão de certo e errado tem sido uma barreira para muitos, mas isto não nos compete julgar, antes devemos nos basear, para esse julgamento, na responsabilidade pessoal de cada um.
14.7-9. Nestes versículos está a solução apontada. Todos são do Senhor e vivem para o Senhor. Portanto, fracos ou fortes, todos estamos ‘em Cristo’” (Carta aos Romanos, CPAD).
 
Subsídio Teológico 
Dicionário Teológico, CPAD, traz uma definição clara de consciência com aplicação aos cristãos e que se encaixa ao que o apóstolo quis dizer no v.5: “Do latim, conscientia, senso íntimo. Voz secreta que temos na alma que aprova ou reprova nossos atos. E alimentada pelo direito natural que o Todo-Poderoso incutiu em cada ser humano. Se a consciência não for devidamente educada, fatalmente será induzida a esquecer-se dos reclamos divinos. Eis a melhor forma de se educá-la: instrui-la na Palavra Deus”.
 
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A.D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-mgr-2tr16-a-tolerancia-crista.htm

























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LIÇÃO 07 - A VIDA SEGUNDO O ESPÍRITO






TEXTO ÁUREO

"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
(Rm 8.16)




VERDADE PRÁTICA

Viver segundo o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.







INTRODUÇÃO


No capítulo sete da Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele iria tratar no capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um contraste entre a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se libertar, com a nova vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos proporcionou. O que fora impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se tornou possível graças a uma nova lei - a lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. Por intermédio do Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria que, um dia, viveremos ao lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de que, no futuro, desfrutaremos da plenitude da salvação.







I - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À LEI DO PECADO (Rm 8.1-4)


1. A enfermidade da lei. Como pudemos observar no capítulo sete, Paulo exclamou em tom desesperador quando vê diante de si (e de todos os cristãos) o impiedoso jugo do pecado (Rm 7.24). Esse grito pertence a todos nós. Mas qual era a razão desse desespero? É necessário entendermos a argumentação do apóstolo em torno desse assunto. Ele havia dito que todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do pecado. Mesmo os judeus, a quem foi confiada à Lei Mosaica, não conseguiram escapar desse cativeiro. E por que não? Porque a Lei, que fora dada para alertar os homens sobre a malignidade do pecado, acabou servindo de instrumento para aguçar o desejo de pecar. Dessa forma, a Lei, que era uma coisa boa, acabou por se tornar inoperante diante de outra lei - a lei do pecado e da morte. Assim, a Lei ficou doente.




2. A cura da cruz. Ainda no mesmo capítulo sete, já chegando ao seu final, Paulo dá outro grito, agora não mais de desespero, mas de vitória pela graça de Deus revelada na pessoa de Jesus Cristo. O seu grito de vitória também é nosso grito (Rm 7.25). A mesma argumentação, agora em sentido oposto pode ser feita. Em vez do grito de desespero, Paulo dá um brado de vitória. Mas o que ocasionou esse grito de vitória? A resposta está na vida segundo o Espírito relatada em Romanos capitulo oito.




3. A lei do pecado é revogada. A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a Lei, agora foram revogadas pela lei do Espírito da vida. Essa nova lei, muito mais poderosa, porque não operava baseado nas obras da carne, mas no sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus, tornou possível quebrar o jugo da escravidão que a lei do pecado produzia. Agora todos os filhos de Deus podem gozar da liberdade que vem da vida segundo o Espírito.











II - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À NATUREZA ADÂMICA (Rm 8.5-17)


1. A velha inclinação. Paulo usa o verbo grego phroneo, traduzido aqui como inclinar, com o sentido de colocar a mente em algo. A natureza adâmica, mesmo destronada continua requerendo seu antigo lugar. Na carta aos gálatas, Paulo mostra que a carne milita, ou guerreia, contra o Espírito (Gl 5.17). Essa guerra acontece na esfera da mente, quando esta deseja (gr. epithymeo) contra o Espírito. Ainda na epístola aos crentes da Galácia, o apóstolo explica que a carne e o Espírito são duas forças opostas entre si (Gl 5.16,17). Todos os crentes salvos, quer sejam novos convertidos quer não, são objetos dessa inclinação da antiga natureza. Ceder a essa inclinação é ceder à morte (Rm 8.6). Nessa inclinação interna da velha natureza, a carne está no comando.  Quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora.





2. A nova inclinação. Em oposição à velha natureza adâmica, também denominada de natureza pecaminosa, ou ainda, de "velho homem", Paulo mostra a inclinação do Espírito. Ele afirma que a inclinação do Espírito produz vida (Rm 8. 6). A palavra grega inclinação, usada aqui por Paulo é phrón?ma, cuja raiz vem de phroneo, inclinar. Fica bastante evidente a participação do crente no processo da salvação. Ele precisa andar na esfera do Espírito afim de que não ceda aos desejos da carne. Assim como o crente tem seu papel no processo da salvação, escolhendo, ou não, receber a graça de Deus, da mesma forma ele, agora como regenerado em Cristo, também tem a escolha para andar, ou não, no Espírito. Assim como respondemos ao chamado de Deus para a salvação, devemos da mesma forma responder ao chamado de Deus para a santificação. Nessa inclinação da nova criatura em Cristo, o Espírito está por dentro, isto é, no comando, e a carne está por fora. Não está mais no comando, pois foi destronada.





3. A nova filiação. Essa nova inclinação a qual o apóstolo se referiu só se tornou possível porque os justificados em Cristo Jesus passaram a ser guiados pelo Espírito de Deus: "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus" (Rm 8.14). Esse privilégio, que tornou possível ao crente ser orientado ou guiado pelo Espírito aconteceu porque Deus nos deu a adoção de filhos: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8.15). Como filhos, agora somos habitação do Espírito Santo, que em nosso interior dá testemunho dessa nova filiação recebida (Rm 8.16).










III - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39)


1. A manifestação dos filhos de Deus. Os versículos 18 a 30 de Romanos 8 mostram a certeza dos crentes quanto ao futuro: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8.18). Fica evidente que quando o apóstolo falava do futuro, ele também contemplava o passado. O atual estado de coisas mostra os sinais da velha ordem. São marcas que fazem com que a criação tenha gemidos por não poder por si mesma removê-las. Por isso ela geme: "Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8.22). Mas não só ela, nós também que temos as primícias do Espírito também gememos (Rm 8.23). A criação quer voltar ao seu estado original e nós também. O Espírito Santo sente o nosso drama, sente a nossa angústia e também geme por nós (Rm 8.26,27). O melhor é saber que em todas as coisas Deus opera para o bem dos que o amam (Rm 8.28). A palavra grega sünergei (de onde vem sinergismo) traduzida em Romanos 8.28 como coopera, mostra que Deus trabalha, com os que o amam, em direção a seu propósito.





2. Provas do grande amor de Deus. Os versículos 31 a 39 de Romanos 8, são na verdade o fechamento de tudo aquilo que o apóstolo argumentou desde o capítulo cinco. De pecadores perdidos e sem esperança passamos a filhos de Deus através da justificação pela fé. De escravos do pecado passamos ao estado de filhos libertos através da obra do Espírito Santo. De membros de uma velha ordem passamos a ser participantes de uma nova ordem no Espírito.





3. Deus é conosco. Deus nos ama, nos redimiu em Jesus Cristo do jugo do pecado e está ao nosso lado. Paulo afirma que "diremos pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31). Paulo demonstra que nesta vida, enquanto permanecermos em Cristo, nada poderá nos separar do amor de Deus. Somos o objeto de seu grande amor.










CONCLUSÃO


A lição de hoje ajuda-nos a compreender que a graça de Deus é realmente surpreendente. Ela transformou ímpios em santos e nos colocou em um nível de relacionamento com Deus jamais imaginado pelo seu antigo povo, e a graça de ter o Espírito Santo habitando em nosso interior e o privilégio de ser guiado por Ele. Mas não é só isso, agora também somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Isso tudo se chama graça








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Referências

Revista Lições Bíblicas. MARAVILHOSA GRAÇAO Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos. Lição 07 – A vida segundo o Espírito. I – A vida no Espírito pressupõe oposição à lei do pecado. 1. A enfermidade da lei. 2. A cura da cruz. 3. A lei do pecado é revogada. II – A vida no Espírito pressupõe oposição à natureza adâmica. 1. A velha inclinação. 2. A nova inclinação. 3. A nova filiação. III – A vida no Espírito pressupõe oposição a nova ordem e a antiga. 1. A manifestação dos filhos de Deus. 2. Provas do grande amor de Deus. 3. Deus é conosco. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 2° Trimestre de 2016.


Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 – 81264038 (Tim), pregação e ensino.

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Lição 7: A Vida Segundo o Espírito

Lição 7: A Vida Segundo o Espírito
15 de Maio de 2016

TEXTO ÁUREO
"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." (Rm 8.16)[Comentário: O contraste feito por Paulo entre o antigo e o novo padrão de vida entre a vida na carne e a vida no Espírito (7.6), é agora resolvido detalhadamente nos termos de duas atitudes mentais fixas: uma delas sob a influencia da carne e a outra sob a influencia de Cristo, por meio do Espírito que veio habitar nos crentes.]

VERDADE PRÁTICA
Viver segundo o Espírito Santo significa estar sob o seu domínio e seguir suas orientações.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Co 6.19 - Nosso corpo é morada do Espírito Santo.
Terça - 1 Co 6.20 - Fomos comprados por bom preço, vivamos então para Deus
Quarta - Rm 8.14 - Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito de Deus
Quinta - Jo 16.13 - O Espírito Santo nos guia em toda a verdade
Sexta - 1 Co 2.10 - O Espírito examina todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus
Sábado - 1 Co 2.11 - "Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus"

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.1-17
1 - Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
2 - Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 - Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
4 - para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 - Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
6 - Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra  Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
8 - Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 - E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 - E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
12 - De maneira que, irmãos,  somos devedores, não à carne para viver segundo a carne,
13 - porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 - E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com  ele  sejamos glorificados.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que aqueles que pela fé em Jesus Cristo foram salvos pela graça, precisam viver segundo o Espírito Santo.

HINOS SUGERIDOS
75,155,551 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Saber que a vida no Espírito pressupõe a lei do pecado;
II.     Mostrar que a vida no Espírito pressupõe oposição à natureza adâmica;
III.    Explicar que a vida no Espírito pressupõe oposição entre a nova ordem e a antiga.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje estudaremos o capítulo oito da Epístola aos Romanos. Neste capítulo, o apóstolo Paulo apresenta um princípio que deve reger a vida de todos os que foram alcançados pela graça divina: viver segundo o Espírito Santo. A graça de Jesus é maravilhosa, pois transforma o homem pecador em santo. Como novas criaturas, o Consolador passa a morar em nós concedendo-nos recursos para vivermos neste mundo de maneira santa e justa. Aqueles que já experimentaram o novo nascimento já não vivem mais na prática do pecado. Nosso corpo se torna seu templo. Sem o Espírito Santo não poderemos viver de modo a agradar ao Pai. Que possamos nos entregar totalmente a Deus, permitindo que o seu Espírito nos guie.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
No capítulo sete da Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo apresenta um pequeno esboço do que ele iria tratar no capítulo seguinte. Por todo o capítulo oito, o apóstolo faz um contraste entre a velha vida, marcada pelo pecado e sem condições de se libertar, com a nova vida no poder do Espírito Santo, que Cristo nos proporcionou. O que fora impossível à antiga aliança, regida pela Lei, agora se tornou possível graças a uma nova lei - a lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus. Por intermédio do Espírito Santo já temos uma visão prévia da alegria que, um dia, viveremos ao lado do Senhor no céu. Temos também a garantia de que, no futuro, desfrutaremos da plenitude da salvação. [Comentário:Paulo inicia o capítulo oito, dizendo que nenhuma condenação há para os que são de Cristo Jesus, ou seja, aqueles que receberam ao Senhor Jesus, como único e suficiente salvador, e se arrependeram de seus pecados, estão justificados com Cristo, por isso estão livre da condenação do juízo final (Rm 5.1,2). O capítulo 8 nos fala de libertação do pecado e da morte (8.1-11), estamos livres, diz o apóstolo Paulo. A lei do Espírito da vida passou a atuar em nós, uma lei mais forte do que a lei do pecado e da morte, que denunciava nossa impotência. A lei do Espírito e da vida fala do poder que agora atua em nós como resultado do sacrifício de Jesus Cristo. Esse sacrifício não só nos livrou da condenação, porque pagou os nossos débitos, que a lei denunciava na vida de cada um de nós, mas, mais do que isso, tirou-nos da lei do pecado e da morte, ou seja, livrou-nos daquilo que nos mantinha constantemente sob débito. Agora uma nova força atua em nós, a força do Espírito de Deus. Agora, aquilo que a lei exigia, que era a justiça e santidade se tornou possível, por causa do Espírito que habita nessas pessoas. No capítulo 7, a força do pecado em nós era o que nos causava impotência absoluta; no capítulo seis, a marca daqueles que foram afetados pela Graça é buscar cada vez mais crescer na Graça, ou na linguagem do capítulo oito, inclinar-se para as coisas do Espírito. Neste capítulo, é destacada a diferença entre aquele que ainda vive preso a uma vida de pecado, com aquele que pela fé creu no Senhor Jesus e teve seus pecados justificados. Aquele que se mantém rebelde contra Deus e vive no pecado, ele também esta obedecendo a sua carne, se inclina para os desejos dela e vive para satisfazê-la, mas aquele que ouviu a vontade de Deus, crendo que ele mandou seu Filho para que através de sua morte e ressurreição fosse salvo (Jo 3.16), este recebeu o Espírito de Deus e por isso é inclinado a obedecer ao que o Espírito lhe conduz a fazer. E isso não é algo que o Espírito nos obriga a fazer, muito pelo contrário, ele age mansamente, nos convencendo de que aquilo é o melhor para nossa vida e gera em nós um desejo de agradar a Deus, por isso obedecemos, porque o amamos.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

PONTO CENTRAL
Como novas criaturas precisamos viver sob o domínio do Espírito Santo.
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I - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À LEI DO PECADO (Rm 8.1-4)
1. A enfermidade da lei. Como pudemos observar no capítulo sete, Paulo exclamou em tom desesperador quando vê diante de si (e de todos os cristãos) o impiedoso jugo do pecado (Rm 7.24). Esse grito pertence a todos nós. Mas qual era a razão desse desespero? É necessário entendermos a argumentação do apóstolo em torno desse assunto. Ele havia dito que todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do pecado. Mesmo os judeus, a quem foi confiada à Lei Mosaica, não conseguiram escapar desse cativeiro. E por que não? Porque a Lei, que fora dada para alertar os homens sobre a malignidade do pecado, acabou servindo de instrumento para aguçar o desejo de pecar. Dessa forma, a Lei, que era uma coisa boa, acabou por se tornar inoperante diante de outra lei - a lei do pecado e da morte. Assim, a Lei ficou doente. [Comentário: A lei do pecado e da morte não se refere à lei de Moisés (veja 7.7,13); Refere-se ao domínio do pecado e da morte sobre nós enquanto estávamos por nossa conta, fora de Cristo (7.23). O papel da lei, determinado por Deus, em um mundo caído, é revelar a natureza do pecado humano. Em Rm 7.24, a figura de linguagem é sobre uma pessoa acorrentada a um cadáver do qual ela não pode ser libertada, desesperançada de libertação. Mas o desespero cede lugar a uma declaração de vitória, não porque a batalha para, mas porque a força humana é superada pelo poder do Espírito Santo. Paulo não está criticando a lei moral, mas observa uma vez mais que, por causa da pecaminosidade da humanidade, a lei não pode dar a salvação ao ser humano (v.3). Em si mesma, a lei, a qual nos leva a reconhecer a realidade do pecado em nosso sistema moral e espiritual (3.20;5.13,20), é santa, boa e justa (v. 12). A lei é uma revelação fiel do que é certo e do que é errado e nunca perde a sua validade para aquilatar e dirigir o nosso comportamento moral. A lei foi usada por Deus para cumprir Seu propósito. Sem a lei, a promessa de Deus não teria sido cumprida. A inadequação da lei não é devida a alguma falha de sua parte, mas é por causa das condições em que ela tem de operar. Nosso pecado impossibilita a libertação pela lei. O comentário ‘Assim, a Lei ficou doente’, deve ser entendido à luz de 7.11-13: o pecado, não a lei, deve ser censurado. A lei de Deus, refletindo seu princípios morais justos, é santa. Ela simplesmente não tem o poder de nos tornar justos.]
2. A cura da cruz. Ainda no mesmo capítulo sete, já chegando ao seu final, Paulo dá outro grito, agora não mais de desespero, mas de vitória pela graça de Deus revelada na pessoa de Jesus Cristo. O seu grito de vitória também é nosso grito (Rm 7.25). A mesma argumentação, agora em sentido oposto pode ser feita. Em vez do grito de desespero, Paulo dá um brado de vitória. Mas o que ocasionou esse grito de vitória? A resposta está na vida segundo o Espírito relatada em Romanos capitulo oito. [Comentário: Paulo aprovava totalmente a boa lei de Deus e, no entanto, na carne ele ainda servia ao pecado. A lei é boa, mas não pode nos dar poder para obedecer, ele não dia que a lei em si mesma é má, mas enfatiza várias vezes que ela é boa e ainda descreve vividamente a impossibilidade de obedecer-lhe com a própria força de alguém. A nova vida no Espírito é experimentada por indivíduos, na mente, no corpo e no espírito, os quais continuam a estampar os sinais do pecado.]
3. A lei do pecado é revogada. A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a Lei, agora foram revogadas pela lei do Espírito da vida. Essa nova lei, muito mais poderosa, porque não operava baseado nas obras da carne, mas no sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus, tornou possível quebrar o jugo da escravidão que a lei do pecado produzia. Agora todos os filhos de Deus podem gozar da liberdade que vem da vida segundo o Espírito. [Comentário: Na lição anterior comentei que algumas vezes o que é proibido automaticamente se torna mais atraente (Pv 9.17) - a Lei aguçou esse desejo de transgredir, não porque ela fosse má, mas por causa da malignidade da humanidade caída. O abuso da lei pelo pecado mostra a malignidade do pecado causando a morte pelo que é bom; mostra a necessidade da salvação. A inclinação da carne, ou seja, a obediência a nossa natureza caída, que é a inclinação para o pecado nos levará para a morte, mas os que se inclinam em obedecer ao Espírito, serão guiados para a vida e paz para com Deus. E é por isso que aqueles que se inclinam para obedecer a carne, ao pecado, acaba se tornando inimigos de Deus, porque rejeitam a vontade de Deus. Todos aqueles que creram no evangelho, já não estão mais presos aos desejos da sua carne, isso se realmente creram e receberam o Espírito de Deus. Porque aquele que não têm o Espírito de Deus, esse não pertence à Deus, ou seja, não foi salvo e justificado pela fé em Cristo Jesus. Deus nos libertou enviando seu Filho, nEle, o pecado foi condenado e o julgamento foi executado. Cristo venceu o pecado em seu próprio reino e a exigência da lei é cumprida em nós. Esta bênção é para aqueles que andam segundo o Espírito, e não a carne.]

SÍNTESE DO TÓPICO I
Como novas criaturas a lei do pecado foi revogada em nossas vidas e agora podemos viver segundo o Espírito Santo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"O capítulo 8 é o ponto alto, o clímax, a conquista da vitória pelo Espírito Santo. O ápice espiritual deste capítulo, portanto, está na vitória do Espírito.
'Portanto, nenhuma condenação  há para os que estão em Cristo Jesus' (v. 1). A palavra portanto no início da declaração vitoriosa refere-se ao capítulo 7, na qual, Paulo argumentou a batalha entre a carne e o espírito. Uma luta que parece infindável, se depara com a conquista da vitória no Espírito. A palavra portanto levanta a bandeira do Espírito para o início da nova vida. A declaração de que 'nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus' indica que a Lei (toda ela), que condenava os pecados, foi cumprida por Jesus. Ele tomou sobre si essa condenação justificando-nos perante Deus Pai (Rm 5.1) e nos colocando sob a lei do Espírito. Portanto, o pecador justificado está debaixo de uma nova lei espiritual que domina e rege a nova vida em Cristo.
'Porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte' (8.2). Paulo fala nesta Carta de várias leis e as trata como: 'lei do pecado', 'lei do entendimento', 'lei de Moisés', 'lei de Deus'. Porém, no capítulo 8, ele fala da 'lei do espírito de vida' que opera no interior do crente e o liberta do domínio da lei do pecado, da carne e da morte. Há uma ligação profunda entre o Espírito Santo e Jesus, pois a nova lei é chamada 'lei do espírito de vida em Cristo Jesus'. É a lei da vida de Jesus que opera no íntimo do crente e o habilita a ter comunhão com Ele" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.88).

CONHEÇA MAIS
* A nova vida
"O princípio dinâmico da nova vida em Cristo sobrepuja o princípio do pecado inerente, capacitando-nos a viver de maneira justa (8.1-4). Se nós, como filhos de Deus, escolhermos viver em harmonia com o Espírito, não com a carne, o poder de ressurreição do Espírito no dará vida, mesmo em nosso presente estado mortal. No futuro, nossos corpos, com toda a criação, serão transformados (Rm 8.18-25). Até então, vivemos no amor do Espírito, que intercede por nós (Rm 8.26,27), do Pai que nos sustenta (Rm 8.28-33) e de Cristo, que nos guarda (Rm 8.34-39)."
Para conhecer mais leia Comentário Devocional da Bíblia, CPAD, p. 778.

II - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO À NATUREZA ADÂMICA (Rm 8.5-17)
1. A velha inclinação. Paulo usa o verbo grego phroneo, traduzido aqui como inclinar, com o sentido de colocar a mente em algo. A natureza adâmica, mesmo destronada continua requerendo seu antigo lugar. Na carta aos gálatas, Paulo mostra que a carne milita, ou guerreia, contra o Espírito (Gl 5.17). Essa guerra acontece na esfera da mente, quando esta deseja (gr. epithymeo) contra o Espírito. Ainda na epístola aos crentes da Galácia, o apóstolo explica que a carne e o Espírito são duas forças opostas entre si (Gl 5.16,17). Todos os crentes salvos, quer sejam novos convertidos quer não, são objetos dessa inclinação da antiga natureza. Ceder a essa inclinação é ceder à morte (Rm 8.6). Nessa inclinação interna da velha natureza, a carne está no comando.  Quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora. [Comentário: É interessante ressaltar que Paulo usa o termo ‘carne’ em pelo menos, três sentidos: em um sentido mais geral, refere-se ao que é humano. Em um outro sentido, refere-se ao corpo físico. Em um sentido mais específico, principalmente quando aparece em oposição a ‘espírito’, refere-se à natureza Adâmica, que envolve também mente e alma. No caso de Gl 5.17, se os gálatas abandonam a Cristo e põem sua confiança na lei, estarão voltando à confiança na carne. Há uma guerra sendo travada na psique humana, isto é, a carne, as vontades pessoais, a razão humana lutam incansavelmente contra o Espírito. São duas vontades lutando em uma só mente. Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm 7.18-19). Paulo afirma: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” – isto é a guerra entre a natureza pecaminosa e a natureza Santa do Espírito. É guerra da vontade própria e contra a vontade de Deus. Na verdade, existe uma resistência involuntária da parte humana, e é esta resistência que cria este atrito espiritual, ou seja, é a nossa carne resistindo à vontade de Deus. Para vencer esta batalha contra a velha inclinação, o crente deve viver no Espírito. Mas o que é viver no Espírito? Paulo responde: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).]
2. A nova inclinação. Em oposição à velha natureza adâmica, também denominada de natureza pecaminosa, ou ainda, de "velho homem", Paulo mostra a inclinação do Espírito. Ele afirma que a inclinação do Espírito produz vida (Rm 8. 6). A palavra grega inclinação, usada aqui por Paulo é phrónma, cuja raiz vem de phroneo, inclinar. Fica bastante evidente a participação do crente no processo da salvação. Ele precisa andar na esfera do Espírito afim de que não ceda aos desejos da carne. Assim como o crente tem seu papel no processo da salvação, escolhendo, ou não, receber a graça de Deus, da mesma forma ele, agora como regenerado em Cristo, também tem a escolha para andar, ou não, no Espírito. Assim como respondemos ao chamado de Deus para a salvação, devemos da mesma forma responder ao chamado de Deus para a santificação. Nessa inclinação da nova criatura em Cristo, o Espírito está por dentro, isto é, no comando, e a carne está por fora. Não está mais no comando, pois foi destronada. [Comentário: O Espírito Santo que agora passa a fazer morada no coração humano quando este aceita a Jesus Cristo como seu Salvador, é o agente responsável em conduzir o crente a fazer a vontade de Deus. A descida do Espírito Santo não foi para que simplesmente falássemos em línguas estranhas. Também foi para auxiliar o cristão a subjugar o próprio eu, para fazer guerra contra a natureza carnal. Por isso, para que o crente ande no Espírito, o apóstolo Paulo recomendou: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Ele docemente constrange o crente a fazer a vontade de Deus. Mas para que obtenha total êxito sobre a carne, é preciso que o crente aprenda a viver na dependência de Deus, que reconheça que o seu querer está contaminado pelo pecado, que assuma, de forma cabal, que é da sua natureza carnal que fluem os desejos pecaminosos (Mt 15.19).]
3. A nova filiação. Essa nova inclinação a qual o apóstolo se referiu só se tornou possível porque os justificados em Cristo Jesus passaram a ser guiados pelo Espírito de Deus: "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus" (Rm 8.14). Esse privilégio, que tornou possível ao crente ser orientado ou guiado pelo Espírito aconteceu porque Deus nos deu a adoção de filhos: "Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rm 8.15). Como filhos, agora somos habitação do Espírito Santo, que em nosso interior dá testemunho dessa nova filiação recebida (Rm 8.16). [Comentário: A vida diferente que nos é dada é a vida de comunhão. Agora somos guiados pelo Espírito de Deus, e a vida que nos é dada, é a vida de filho. Somos filhos de Deus e quem testifica em nós é o Espírito de Deus, Ele mesmo revela isso em nós. Todos aqueles que têm o Espírito Santo foram adotados como filhos de Deus, essa é a marca. E aqueles os que têm o Espírito Santo têm comunhão com o Pai. Como você sabe que é filho de Deus? Por causa da intimidade com o Pai que o Espírito Santo concede, esse é o nosso maior privilégio, maior prêmio, de poder conviver plenamente com o Senhor, em profunda amizade e companheirismo, resultado da obra do Espírito de Deus em nós, e à medida que podemos clamar a Deus, como se clama ‘Paizinho’, o próprio Espírito de Deus que testifica que somos filhos de Deus. É nesse ato de intimidade que essa filiação se manifesta. Também, se somos filhos, somos herdeiros de Deus. Tudo o que Deus propôs a Cristo, propôs a nós. Paulo desenvolve este tema em Efésios, quando fala da igreja como plenitude de Cristo. Portanto, essa comunhão com Deus e essa consciência que vamos herdar as mesmas coisas que Cristo herdou, há de nos dar a coragem necessária para continuarmos firmes em meio ao sofrimento, porque teremos sempre a consciência de que se com Cristo sofremos, também com Ele seremos glorificados.]

SÍNTESE DO TÓPICO II
O Espírito Santo ajuda destronar a natureza adâmica em nossas vidas.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Para que a justiça da Lei se cumprisse em nós' (8.4). Quando Cristo se fez o representante do homem pecador, o poder condenatório do pecado foi desfeito, e, então a justiça foi cumprida por Cristo. Agora, uma vez libertos da lei do pecado, e vivendo segundo o Espírito, a carne  não tem mais direitos sobre nós. Ainda que a inclinação da carne é para as coisas da carne, se vivemos em Espírito, a carne estará sob domínio.
No versículo 4, temos a descrição daqueles que vivem segundo a carne ou segundo o Espírito. No versículo 5, Paulo mostra os que são conforme a carne e conforme o Espírito. De um lado temos aqueles que se ocupam na prática do pecado. Por outro lado, temos aqueles que se ocupam em fazer a vontade do Espírito e estar sob sua direção.
A vitória do Espírito (8.6-13)
Nestes versículos é destacada a operação do Espírito Santo na vida do crente. É a obra santificadora do Espírito Santo, na mente, no espírito e no corpo do crente (1 Ts 5.23,24). O crente anda e vive no Espírito, pois não está mais sob o domínio da carne. Sua vida é regida e regulada pelo Espírito Santo, que mora nele e governa o seu interior" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.89).

III - A VIDA NO ESPÍRITO PRESSUPÕE OPOSIÇÃO ENTRE A NOVA ORDEM E A ANTIGA (Rm 8.18-39)
1. A manifestação dos filhos de Deus. Os versículos 18 a 30 de Romanos 8 mostram a certeza dos crentes quanto ao futuro: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8.18). Fica evidente que quando o apóstolo falava do futuro, ele também contemplava o passado. O atual estado de coisas mostra os sinais da velha ordem. São marcas que fazem com que a criação tenha gemidos por não poder por si mesma removê-las. Por isso ela geme: "Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8.22). Mas não só ela, nós também que temos as primícias do Espírito também gememos (Rm 8.23). A criação quer voltar ao seu estado original e nós também. O Espírito Santo sente o nosso drama, sente a nossa angústia e também geme por nós (Rm 8.26,27). O melhor é saber que em todas as coisas Deus opera para o bem dos que o amam (Rm 8.28). A palavra grega sünergei (de onde vem sinergismo) traduzida em Romanos 8.28 como coopera, mostra que Deus trabalha, com os que o amam, em direção a seu propósito. [Comentário: Já que falamos em sofrimento, é bom lembrar que a vitória do cristão não é não sofrer. A vitória do cristão é não ser derrotado pelo sofrimento. Nesse período, que ainda temos aqui, enquanto aguardamos a volta de Jesus Cristo, vamos sofrer sim, principalmente porque vamos nos levantar contra tudo que se opõe a Deus, portanto vamos estar em confronto direto com as forças das trevas, vamos estar em confronto direto com a rebelião humana, vamos entrar em confronto direto com a injustiça, vamos estar em confronto direto com a maldade, vamos entrar em contato direto com a miséria, e é óbvio que vamos sofrer. É impossível enfrentar batalhas dessa monta, sem experimentar algo de sofrimento ainda que pequeno. Vamos sofrer pelo simples fato de sermos diferentes. Não tem como escapar disso, mas é preciso lembrar que o sofrimento que vamos enfrentar enquanto pregamos o Reino de Deus, e por pregarmos o Reino de Deus, enquanto lutamos pela implantação do Reino de Deus, pela evidenciação dos sinais do Reino, esse sofrimento não se pode comparar com a glória que há de ser revelada a nós, ou seja, não se pode comparar com aquilo que Deus vai fazer no final do processo, dando-nos plenamente aquilo que nos prometeu em Cristo Jesus, dando-nos uma glória  que só será inferior ao do próprio Cristo. Essa glória não é apenas particular, nossa, de cada um de nós, mas é a glória da Igreja, e é também a glória do Planeta, porque com a nossa glorificação, haverá a restauração de todas as coisas, e o Apóstolo Paulo diz que a própria natureza está esperando esse dia, em que a nossa glorificação representará a restauração da própria natureza. Então não somos só nós que estamos sofrendo, todos os seres vivos estão sofrendo de alguma maneira aguardando o dia da redenção. Aguardando quando o projeto de Deus se cumprir em nós. Então nos deixemos amedrontar, não desfaleçamos diante do sofrimento, da angústia porque são inevitáveis, pelo contrário, nutramo-nos de esperança na certeza de que esse sofrimento, fruto natural da postura que tomamos na vida em relação a Deus, há de ser consolado e vai gerar, em nós, eterno peso de glória e, portanto, não pode ser comparado ao que nos aguarda em Cristo Jesus.]
2. Provas do grande amor de Deus. Os versículos 31 a 39 de Romanos 8, são na verdade o fechamento de tudo aquilo que o apóstolo argumentou desde o capítulo cinco. De pecadores perdidos e sem esperança passamos a filhos de Deus através da justificação pela fé. De escravos do pecado passamos ao estado de filhos libertos através da obra do Espírito Santo. De membros de uma velha ordem passamos a ser participantes de uma nova ordem no Espírito. [Comentário: Fechando a questão do sofrimento, o apóstolo Paulo diz: “olha, não tenha medo de viver, não tenha medo do aparente sofrimento,  porque nada  pode  nos  derrotar.  Deus  é  por  nós;  quem  pode  ser  contra  nós?  Quem  pode  nos derrotar?  Ninguém! Quem pode  nos separar do amor de Cristo? Nada!” O que quer dizer que não importa o que aconteça, Cristo nos ama. E, aliás, esta  é   certeza  que  nós  temos  de  ter  diante de  qualquer  sofrimento,  diante  de  qualquer  tribulação.  Estarmos  passando  por tribulação, estarmos passando por dificuldades, estarmos passando por  lutas não significa  que Jesus Cristo deixou de nos amar, não significa que Deus está chateado conosco e por isso estamos sendo punidos; nada disso! Paulo está dizendo: “olha, por amor de  Cristo  nós  somos  mesmo  entregues à morte todo dia”, ou seja, ser cristão é tomar uma posição contra as trevas, contra a morte, contra a injustiça, contra o desespero humano.]
3. Deus é conosco. Deus nos ama, nos redimiu em Jesus Cristo do jugo do pecado e está ao nosso lado. Paulo afirma que "diremos pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31). Paulo demonstra que nesta vida, enquanto permanecermos em Cristo, nada poderá nos separar do amor de Deus. Somos o objeto de seu grande amor. [Comentário: Certamente alguém se oporá a nós, mas Paulo salienta que a essa oposição faltará a capacidade de destituir a fé. Visto que Deus é por nós, é-nos assegurada a sobrevivência espiritual vitoriosa. As palavras ‘por nós’ exprimem o eterno compromisso assumido pelo grande amor que é expresso nos versículos 38-39. Isso é uma profunda garantia de segurança espiritual.]

SÍNTESE DO TÓPICO III
Já fomos redimidos em Jesus Cristo do jugo do pecado, por isso, não vivamos mais debaixo do jugo da antiga aliança.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A trindade divina na obra da santificação (8.26-34)
Nestes versículos, Paulo apresenta a Trindade divina empenhada em ajudar o crente na sua esperança. O capítulo 8 conduz o crente no caminho da santificação pela operação do Espírito Santo. Apresenta todos os obstáculos que se deparam com o crente. Coloca o crente no campo de luta espiritual e dá-lhe as armas espirituais para lutar, e  finalmente, apresentar-lhe a razão dessa luta, aconselhando e orientando-o em toda a sua jornada cristã.
O Espírito intercede em nós (8.26,27). Esses dois versículos mostram a missão do Espírito dentro do crente, trabalhando a seu favor. Ele 'ajuda as nossas fraquezas' (v.26). A que se referem as 'nossas fraquezas'? Referem-se às nossas limitações temporais neste corpo mortal, sujeito à natureza pecaminosa. Enquanto estivermos enclausurados dentro deste 'tabernáculo' (corpo) terrenal, somos sujeitos às fraquezas da carne. Por isso, o Espírito Santo habita dentro do crente para ajudá-lo nas suas fraquezas. A ajuda do Espírito dentro de nós é representada pela sua intercessão. A quem Ele intercede? A Deus Pai, e a seu Filho Jesus Cristo" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.94).

CONCLUSÃO
A lição de hoje ajuda-nos a compreender que a graça de Deus é realmente surpreendente. Ela transformou ímpios em santos e nos colocou em um nível de relacionamento com Deus jamais imaginado pelo seu antigo povo, e a graça de ter o Espírito Santo habitando em nosso interior e o privilégio de ser guiado por Ele. Mas não é só isso, agora também somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Isso tudo se chama graça [Comentário: A graça de Deus faz com se seja possível sermos salvos. A Bíblia diz em Efésios 1.7-8 “Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência, fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs.” John Wesley discorrendo sobre ‘A Salvação pela Fé’, escreve: “Pela graça sois salvos, mediante a fé (Ef 2.8) - Todas as bênçãos que Deus tem dado ao homem provêm da sua mera graça, generosidade ou favor; favor totalmente imerecido: o homem não tem nenhum direito à menor misericórdia divina. Foi a graça livre que formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas suas narinas o fôlego da vida e imprimiu na alma a imagem de Deus e “pôs tudo sob seus pés”. (Gn 2,7; Sl 8,6). Agora podemos ter plena confiança no sangue de Cristo, uma confiança nos méritos de sua vida, morte e ressurreição, um descansar nele como nossa propiciação e nossa vida, como dado por nós e vivendo em nós. A segura confiança que temos em Deus e que, através dos méritos de Cristo, nossos pecados estão perdoados, estamos reconciliados ao favor de Deus e, como conseqüência, próximos e apegados a Ele, como nossa “sabedoria, justiça, santificação redenção” ou, numa palavra, nossa salvação] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Hoje, em Campina Grande-PB
Maio de 2016

PARA REFLETIR
A respeito da Carta aos Romanos, responda:
Todos os homens, gentios e judeus estão debaixo do jugo do pecado?
Sim. Todos os homens, quer gentios quer gregos, estavam debaixo da condenação do pecado.
A lei do pecado e da morte foi revogada por qual lei?
A lei do pecado e da morte, que havia neutralizado ou tornado ineficaz a lei, agora foram revogadas pela lei do Espírito da vida.
A lei do Espírito opera baseada em quê?
No sacrifício de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus.
O que acontece quando o crente cede a inclinação da carne?
Ele passa a viver segundo a carne e quando a carne assume o controle o Espírito fica de fora.
Como é denominada a velha natureza adâmica?
Velho homem.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 66, p39.
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Fonte:
http://www.auxilioaomestre.com/2016/05/licao-7-vida-segundo-o-espirito.html
http://www.escola-dominical.com/

























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LIÇÃO 13 - O DESTINO FINAL DOS MORTOS










TEXTO ÁUREO

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Co 15.19).




VERDADE PRÁTICA

Os salvos, que morrerram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.






INTRODUÇÃO


Na lição de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e dos salvos em Jesus Cristo.
A Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus.





I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO


1. O que é? É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos ímpios. Os salvos terão um destino diferente dos ímpios: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.  E  os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação" (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus afirma que não existe purgatório e que também não há o "sono da alma", nem tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino.





2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é um termo hebraico que pode significar sepultura ou "lugar ou estado dos mortos". Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades. Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl 49.15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios que não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17).
 O vocábulo "paraíso" é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2 Co 12.4; Ap 2.7).





3. O lugar dos mortos. Os Teólogos entendem que "o lugar dos mortos", o Hades, estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o "Seio de Abraão", ou ao Paraíso, estando em repouso e felicidade. O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol (Sl 16.10; 49.15), "ao mundo inferior dos espíritos" (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e libertou os santos do Antigo Testamento levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4.8-10). O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2 Co 12.2). Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv 15.24b).









II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS




Qual é a real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte. Vejamos:

1. O estado intermediário dos salvos. Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até o Paraíso (v. 22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus.




2. Os justos são recebidos pelo Senhor. É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como Salvador.

Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias.

A despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é um ganho: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". Paulo tinha o "desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1.21,23).




3. O estado intermediário dos ímpios. Eles vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl 9.17). Nesse "estado intermediário", aguardam seu julgamento final.

O Hades é um lugar "embaixo", ou seja, oposto ao céu ("seio de Abraão"). O rico "ergueu os olhos", vendo "ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio" (v. 23): "Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo" (Pv 15.24).

Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em "tormentos" (v. 23) e clamava pedindo misericórdia (v. 24). Os ímpios que morreram sem Cristo estão "em prisão" (1 Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v. 28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (v. 26).   
Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (v. 27-31).










III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS




Após passarem pelo "estado intermediário", os mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a "vida eterna" e os ímpios, "para desprezo eterno" (Jo 5.28,29).

1. O estado final dos salvos. Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão incorruptíveis (cf. 1 Co 15.42-44). O mesmo corpo que morreu será transformado por Deus e ressuscitará "em glória", semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3.21).




2. O estado final dos ímpios. Os ímpios ressuscitarão para "vergonha e desprezo eterno" (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13).  Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2 Ts 1.9).









CONCLUSÃO


O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento.

Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.







LIÇÃO 13- O DESTINO FINAL DOS MORTOS

27 de Março de 2016
Obs. Escola Dominical  - CPAD / Revista de Mestre – Adultos – 1° trim. de 2016 / Divulgação: Subsídios ebd
Tento Áureo
“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. (1 Co 15.19).
Verdade Prática
Os salvos, que morreram em Cristo, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento  indizível.
LEITURA DIARIA
Segunda – Dn 12.2: Os que dormem no Senhor ressuscitarão
Terça – Sl 9.17: Os ímpios serão lançados no lago de fogo
Quarta – Pv 15.24: Para o tolo o caminho do inferno está "embaixo"
Quinta – Ap 14.13: Felizes os que desde agora morrem no Senhor
Sexta – Fp 1.21: O crente não teme a morte, pois para o salvo "o morrer é ganho"
Sábado – Fp 3.21: O corpo do salvo ressurreto será semelhante ao do Senhor Jesus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 16.19-26
19 Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20 Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
21 E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
26 E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.


HINOS SUGERIDOS: 83, 187, 206 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que os salvos vão aguardar a ressurreição no Paraíso de Deus e os ímpios a esperam no Hades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Explicar o estado intermediário dos mortos;
II. Saber a real situação espiritual do: mortos;
III. Mostrar o destino final dos mortos.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a graça de Deus, chegam os ao final de mais um trimestre. Esperam os que as lições tenham implantado nos corações de seus alunos a esperança de que Jesus voltará a qualquer momento. Essa é a nossa real espera.
Na lição de hoje, estudarem os a respeito do destino final dos crentes e dos ímpios que já morreram. A Palavra de Deus nos assegura que os mortos em Cristo ressuscitarão para a vida eterna ao lado do Salvador.
Esse é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza.
Que possam os anunciar o Evangelho, ganhando pessoas para Cristo e livrando-as da condenação eterna. 
PONTO CENTRAL
Os crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar para a vida eterna e os ímpios para o castigo eterno.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o destino final dos ímpios e dos salvos em Jesus Cristo.
A Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus.

I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO

1. O que é? É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos ímpios.
Os salvos terão um destino diferente dos ímpios: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação" (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus afirma que não existe purgatório e que também não há o "sono da alma", nem tampouco a reencarnação, como creem alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino.

2. O Sheol e o Paraíso.
Sheol é um termo hebraico que pode significar
sepultura ou "lugar ou estado dos mortos". Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades.
Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl 49-15). O Sheol (inferno) é lugar de punição para os ímpios que não se arrependeram dos seus pecados e não entregaram suas vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17).
O vocábulo "paraíso" é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2 Co 12.4; Ap 2.7).

3. O lugar dos mortos.
Os Teólogos entendem que "o lugar dos mortos", o Hades, estava dividido em duas partes.
Estes tomam como base o texto de Lucas 16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus, foi levado para o "Seio de Abraão", ou ao Paraíso, estando em repouso e felicidade.

O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol (Sl 16.10; 49.15), "ao mundo inferior dos espíritos" (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e libertou os santos do AntigoTestamento levando-os consigo para o paraíso celestial (Ef 4.8-10).

O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2 Co 12.2).
Desde então, os espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima (Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv 15.24b).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Os salvos em Jesus Cristo e os ímpios terão um destino final diferente.

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
Seol
O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol 65 vezes para descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta palavra em grego como 'hades', e o Novo Testamento refere-se a isto diversas vezes (Lc 16.23).
Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a palavra aparece variadamente como 'inferno', 'cova' e 'sepultura'.

Seol pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais das profundezas, a antítese dos mais altos céus (3ó 11.8; cf. Pv 9.18).

Seol também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de libertar" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.417).
II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS

Qual é a real situação daqueles que já morreram? O texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos após a morte.
Vejamos:

1. O estado intermediário dos salvos.
Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o estado intermediário dos salvos.
O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até o Paraíso (v. 22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.42,43).

O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus.

2. Os justos são recebidos pelo Senhor.
É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a
morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente os que o aceitaram como Salvador.

Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias.

A despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é um ganho: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". Paulo tinha o "desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1.21,23).

3. O estado intermediário dos ímpios.
Eles vão para o Sheol ou Hades, ou seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl 9.17). Nesse "estado intermediário", aguardam seu julgamento final.
O Hades é um lugar "embaixo", ou seja, oposto ao céu ("seio de Abraão").
O rico "ergueu os olhos", vendo "ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio" (v. 23): "Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo" (Pv 15.24).

Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em "tormentos" (v. 23) e clamava pedindo misericórdia (v. 24).

Os ímpios que morreram sem Cristo estão "em prisão" ( l Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v. 28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: "E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá" (v. 26).

Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (v. 27-31).

SÍNTESE DO TÓPICO II
O salvo em Jesus Cristo ao morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.

SUBSÍDIO ESCATOLÓCICO
O Estado Final dos ímpios

A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as 'trevas exteriores', onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30).

É uma ‘fornalha de fogo' (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou destruição perpétua (2 Tm 1.9), e 'a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre' (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo aplicável a isso.

Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o único lugar onde a morte existirá.
É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1 Co 15.26).
Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)" (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 642,43).

III- O DESTINO FINAL DOS MORTOS

Após passarem pelo "estado intermediário", os mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a "vida eterna" e os ímpios, "para desprezo eterno" (Jo 5.28,29).

1.O estado final dos salvos.
Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se tornarão incorruptíveis (cf. 1 Co 15.42-44).

O mesmo corpo que morreu será transformado por Deus e ressuscitará "em glória", semelhante ao corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3.21).

2. O estado final dos ímpios.
Os ímpios ressuscitarão para "vergonha e desprezo eterno" (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13).

Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal (2 Ts 1.9).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Os salvos em Jesus e os ímpios terão futuros distintos.

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
O Estado Final dos Justos

A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda.

A descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas.
Deus é tão bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a 'comunhão intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos. A vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem
novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?" (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.645).
CONCLUSÃO

O estudo d Escatologia é um dos mais edificantes para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer momento.
Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, Jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:

• O que é o estado intermediário?
É o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos, como dos ímpios.
• O que significa Sheol?
Sheol é um termo hebraico que pode significar sepultura ou "lugar ou estado dos mortos".
• A quem é destinado o Hades?
Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios.
• Qual o significado do vocábulo "Paraíso"?
O vocábulo "paraíso" é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia.
• Quem recebe os justos depois da morte?
É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos justos após a morte.



Como Jesus descreveu o inferno? Jesus Cristo falou mais em inferno que qualquer outro assunto. Então veja como Jesus descreveu o inferno:
"fogo" Mateus 7:19, 13:40, 25:41 
"fogo perpétuo" Mateus 18:8, 25:41
 
"eterno juízo" Marcos 3:29
 
"fogo do inferno" Mateus 5:22, 18:9, Marcos 9:47
 
"juízo" Mateus 23:14, Marcos 12:40, Lucas 20:47
"condenação do inferno" Mateus 23:33
"ressurreição da condenação" João 5:29
 
"fornalha de fogo" Mateus 13:42, 50
 
"o fogo que nunca se apaga" Marcos 9:43, 45
 
"o fogo nunca se apaga" Marcos 9:44, 46, 48
 
"onde o seu verme nunca morre" Marcos 9:44, 46, 48
 
"pranto e ranger de dentes" Mateus 13:42, 50
 
"pranto e ranger de dentes" Mateus 8:12, 22:13, 25:30
 
"tormentos" Lucas 16:23
 
"atormentado nessa chama" Lucas 16:24
 
"lugar de tormentos" Lucas 16:28
 
"trevas exteriores" Mateus 8:12, 22:13
 
"tormento eterno" Mateus 25:46
Você estará diante de algo além de qualquer coisa humanamente imaginável! A Bíblia descreve como prantos (Mateus 8:12), lamento (Mateus 13:42), ranger de dentes (Mateus 13:50), trevas (Mateus 25:30), chamas (Lucas 16:24), queimando (Isaías 33:14), tormentos (Lucas 16:23), castigo perpétuo! Jesus Cristo diz em Mateus 25:41, "Apartai-vos de mim, malditos, PARA O FOGO ETERNO, preparado para o diabo e seus anjos". 

Em Mateus 13:42, diz Jesus: " E os lançará na FORNALHA DE FOGO: ali haverá pranto e ranger de dentes ". 

O INFERNO É PARA SEMPRE! 

Todos que entrarem no inferno — abandonem qualquer esperança! O horror do inferno - durante até mesmo um segundo é insuportável - mas será para SEMPRE!

Jesus diz em Mateus 25:41: ". . . Apartai-vos de mim, malditos, para o FOGO ETERNO, . . ." Apocalipse 14:11: "E a fumaça do seu TORMENTO sobe PARA TODO O SEMPRE: e não têm REPOUSO, NEM DE DIA NEM DE NOITE...." 
A palavra grega traduzida por nossa palavra inferno é gehenna. Ela é derivada do Vale de Hinom ao sudoeste de Jerusalém, onde crianças eram sacrificadas nos fogos do deus Moloque durante o reino dividido (2 Crônicas 28:3; 33:6) e foi por essa razão profanado por Josias a fim de terminar o costume (2 Reis 23:20). Jeremias o chamou de Vale da Matança por causa dos cadáveres que em breve ali seriam amontoados pela arremetida babilônica (Jeremias 7:32; 19:6). O vale tornou-se uma metáfora para morte, corrupção e incêndio.

Há várias razões para acreditar na existência do inferno, mas nenhuma tão convincente como a que Jesus mesmo disse. Das onze vezes que gehenna aparece no Novo Testamento, todas, exceto uma, vêm da boca do Senhor (Tiago 3:6). É Jesus que em todo o Novo Testamento pinta a figura mais gráfica do julgamento dos condenados, advertindo aos seus ouvintes severamente de tal destino (Mateus 5:22,29; 10:28; 23:15,33; Marcos 9:45-48; Lucas 12:5). Ele pinta o inferno como uma fornalha de fogo eterno e um processo interminável de corrupção (Mateus 25:41; Marcos 9:48). São trevas enchidas de um choro angustiante, um lugar de castigo eterno (Mateus 8:12; 25:46).
INFERNO
“Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações   que se esquecem de Deus.”  
Sl 9.17
A existência do Inferno é incontestável!
O verdadeiro Servo é aquele que está na presença do Pai, não pelo medo do inferno, sim, pelo prazer e satisfação de honrar e glorificar ao Senhor Deus.

Na Bíblia as palavras: Geena, Hades, Tártaro (grego) e Sheol (hebraico), são traduzidas pela palavra Inferno.
O Inferno é descrito como:

a) Castigo eterno: 
"E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna." Mt 25.46
b) Fogo eterno: "Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos." Mt 25.41
c) Chamas eternas e Fogo devorado: "Os pecadores em Sião se assombram, o tremor se apodera dos ímpios; e eles perguntam: Quem dentre nós habitará com o fogo devorador? Quem dentre nós habitará com chamas eternas?" Is 33.14 
d) Fornalha acesa: "Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes... Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes." Mt 13.41,42,49,50
e) Lago de fogo: "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Ap 20.15
f) Fogo e enxofre: "Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro." Ap 14.9,10
g) Fogo que não apaga: "A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível." Mt 3.12
h) Lugar de punição: "Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;" 2Pe 2.4
i) Lugar de tormento: "No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio." Lc 16.23
Veja mais:
a) 
"Porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até ao mais profundo do inferno, consumirá a terra e suas messes e abrasará os fundamentos dos montes."Dt 32.22
b) "Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus." Sl 9.17
e) "Os seus pés descem à morte; os seus passos conduzem-na ao inferno." Pv 5.5
f) "Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno." Pv 9.18
g) "O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem." Pv 27.20; 
h) "Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno." Pv 23.14
i) "Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição? Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum." Os 13.14
j) "Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo... Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno." Mt 5.22,29; 
k) "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." Mt 10.28; 
l) "Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje." Mt 11.23; 
m) "Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mt 16.18; 
n) "Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo." Mt 18.9; 
o) "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!... Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" Mt 23.15;33
p) "Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno." Lc 10.15; 
q) "Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer." Lc 12.5; 
r) "No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio." Lc 16.23
s) "Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno." Tg 3.6
t) "Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo." 2Pe 2.4
u) "e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno." Ap 1.18; e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.
v) "E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra." Ap 6.8; 
w) "Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo." Ap 20.14
Amados, a nossa preocupação não deve repousar sobre a realidade da existência do Inferno e do sofrimento reservado a este lugar; mas, no desejo de servir ao Eterno com todas as nossas forças, com todo o nosso coração e deixar-nos envolver pelo Espírito Santo, desta forma, seremos instrumentos úteis na proclamação da mensagem de salvação e conseqüente livramento de muitas almas castigo eterno 
Existe mesmo um lugar de fogo literal, onde os pecadores perdidos vão ficar presos, por toda a eternidade?

A Bíblia foi escrita em três línguas: hebreu, caldeu e grego. A Bíblia que temos hoje em dia foi traduzida para o português destas três línguas. Há muitas traduções da Bíblia. A mais popular é a Corrigida. A Corrigida ultrapassa a maioria das versões da Bíblia em exatidão, beleza e legibilidade. Também tem por sua base o manuscrito grego “Texto Recebido”.


A PALAVRA “INFERNO” NA VERSÃO CORRIGIDA

Há quatro palavras para “inferno” na versão corrigida. Destas quatro, só uma é usada no Velho Testamento. É a palavra hebraica “Seol”. No Novo Testamento as outras três palavras para “Inferno” são: “Hades”, “Gehenna” e “Tártaro”; todas naturalmente são palavras gregas.

QUAL O SIGNIFICADO DESTAS PALAVRAS?

Temos de olhar no hebreu e no grego para entender o significado destas palavras. A palavra inferno, no português, não nos dará o significado nem no hebreu nem no grego.

1. A palavra hebraica “Seol”
 no Velho Testamento é traduzida assim:
“Inferno”, 28 vezes: Deuteronômio 32:22; 1 Samuel 22:6; Jó 11:8, 26:6; Salmos 9:17, 16:10, 18:5, 116:3; Provérbios 5:5, 9:18, 15:11, 15:24, 23:14,27:20; Isaías 14:9, 14:11, 14:15, 28:15, 28:18, 57:9; Ezequiel 31:15, 16, 17, 32:21; Oséias duas vezes 13:14; Amós 9:2; Jonas 2:2.
“Sepultura”, 27 vezes: Gênesis 37:35, 42:28, 44:29. 44:31, 1Samuel 2:6; 1Reis 2:6, 2:9, Jó 7:9, 14:13, 17:13, 21:13, 24:19; Salmos 30:3, 31:17, 49:14, 49:15, 86:13, 116:3, 139:8, 141:7; Provérbios 1:12, 7:27, 30:16; Eclesiastes 9:10,Cantares de Salomão 8:6; Isaías 5:14, 38:10, 38:18.
“Sepulcro”, 5 vezes: Números 16:30, 16:33; Salmo 6:5; Ezequiel 32:27; Habacuque 2:5.
“Enterrado”, 1 vez: Salmo 49:14.
“Terra”, 1 vez: Salmo 55:15.
“Seol”, 2 vezes: Jó 17:16; Salmo 139:8.
“Mundo Invisível”, 1 vez: Salmo 89:48.

O Dicionário Hebreu e Caldeu de Strong diz que “Seol” é “o mundo dos mortos”.

A Concordância Analítica de Young diz que “Seol” é “o estado invisível”.

O Dicionário de Smith diz que “Seol” é “sempre a habitação dos espíritos dos mortos”.

O dicionário e Enciclopédia Bíblica de Fausset diz que “Seol” é “o receptáculo comum dos mortos”.

Fica claro, então, que Seol não é só inferno, mas é o lugar dos espíritos, não importa se salvos ou perdidos. É simplesmente um termo “significando o estado do morto, em geral, sem qualquer restrição de felicidade ou miséria”. Contudo, em muitos exemplos onde a palavra é usada, a referência torna claro que era na parte de Seol (Inferno) que os maus eram castigados. Salmo9:17. Em outros exemplos a referência torna claro que era na parte de Seol (Paraíso) que os salvos eram abençoados.

2. “Hades” é a palavra grega no Novo Testamento, que é traduzida deste modo na versão Corrigida:
“Inferno”, 8 vezes: Mateus 11:23, 16:18; Lucas 10:15; 1 Coríntios 15:55;Apocalipse 1:18, 1:18, 6:8, 20:13, 20:14.
“Hades”, 3 vezes: Lucas 16:23; Atos 2:27, 2:31.

Mas “Hades“ como o “Seol” não é só o inferno. Na verdade, “Hades” é a palavra correspondente ao hebraico “Seol” e as duas tem o mesmo significado.

O Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong diz que “Hades” é o lugar (estado) das almas”.

A Concordância de Young afirma: “O mundo invisível”.

A. T. Robertson, mundialmente conhecido como erudito grego, afirma: “O Hades é tecnicamente o mundo invisível, o Seol hebreu, a terra dos mortos”.

Pedimos ao leitor que leia Lucas 16:19-31, onde há uma ilustração para o Seol (Hades).

Esta passagem abre a cortina e nos deixa dar uma olhada na “terra dos mortos”. Portanto, é óbvio que “Hades” (Seol) tem dois lados (compartimentos): um lado que é chamado o “Inferno”, um outro lado que é chamado o “Paraíso”. Lucas 16:19-31. Entre os dois lados tem um grande abismo que está posto, de sorte que os que quisessem passar de um lado para outro não poderiam. O inferno é onde os perdidos estão sofrendo a ira de Deus agora. Eles ficarão no inferno até o Grande Trono Branco quando serão julgados por Deus e lançados no Lago de Fogo (Gehenna) para a eternidade. Antes da ressurreição de Cristo os salvos foram para o Paraíso. Quando Jesus Cristo ressuscitou dos mortos Ele levou todos os crentes que estavam no Paraíso para ficar com Ele lá no céu para sempre. Então, agora todo crente que morre vai logo ficar com Jesus no céu. Efésios 4:8-10. 2 Coríntios 5:8.

3. “Gehenna” ou “Lago de Fogo” é a palavra grega que realmente significa inferno. Ela nunca é traduzida por nenhuma outra palavra. É sempre inferno, e dez das onze vezes em que é usada, foi pronunciada pelo próprio Jesus Cristo. Aqui está uma lista com as passagens onde a palavra “Gehenna” aparece: Mateus 5:22, 5:29, 10:28, 18:9, 23:15, 23:33; Marcos 9:43, 9:45, 9:47;Lucas 12:5; Tiago 3:6.

“A palavra “Gehenna” é de origem hebraica; vem de “vale” e Hinom”. “É o Vale de Hinom, onde o fogo queimava sem cessar”, A. T. Robertson.

O Vale de Hinom era um lugar perto de Jerusalém, onde Acaz iniciou a adoração aos deuses do sol e do fogo, Baal e Moloque. Os judeus sob o domínio do ímpio Manassés, ofereciam seus filhos como ofertas queimadas nesta adoração idólatra, Jeremias 7:31. Esta adoração cruel foi finalmente abolida, e mais tarde, Josias tornou o lugar um receptáculo de carcaças de animais e corpos de malfeitores (criminosos), nos quais os vermes se reproduziram continuamente. Um fogo perpétuo era mantido para consumir a matéria apodrecida. O lugar ainda existia no tempo de Cristo e o Salvador o usou para ilustrar as condições do inferno, “O inferno de fogo”, ao se referir a este vale.

Jesus se referiu ao Inferno como o “inferno de fogo”, no qual tanto “o corpo quanto a alma” serão lançados. Ele disse que lá “o fogo nunca se apaga” e onde “o seu bicho (o homem) não morre”.

O Inferno não é uma lenda como os ateus, Testemunhas de Jeová, Adventistas, Universalistas e Modernistas gostariam que você acreditasse. Cristo não avisou sobre o Inferno só para fazer medo aos homens. Ele fez isto porque o Inferno é real!

4. “Tártaro”, a quarta palavra traduzida por “inferno” é usada só uma vez no Novo Testamento grego, 2 Pedro 2:4.

O Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong diz que “Tártaro” é “o abismo mais profundo do Hades” (exemplo - Apocalipse 20:3) e que a palavra significa “encarcerar (aprisionar) em tormento eterno”.

A. T. Robertson define: “A habitação tenebrosa e sombria dos mortos ímpios, como o Gehenna dos judeus”.

O Dicionário de Fausset define: “O profundo ou abismo ou poço do abismo”.

FOGO NO INFERNO

Deixando as passagens que contém estas quatro palavras traduzidas por ‘Inferno', vamos notar outras que nos ensinarão sobre o inferno com palavras que podemos facilmente entender.

Mateus 13:49-50: “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes”.

Mateus 25:46: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.

Apocalipse 9:2: “E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar”.

Apocalipse 14:10-11: “Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.

Apocalipse 19:20: “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”.

Apocalipse 20:10 e 15: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”.

Não seja enganado por aqueles que negam o fogo do inferno. Estes falsos profetas são inimigos de sua alma. Leia estas passagens sozinho, e jogue no fogo a literatura sem valor, que tenta negar as verdades simples da Palavra de Deus.

O FOGO ETERNO

Tenho uma revista Sentinela (Russelita ou tão chamados Testemunhas de Jeová), que tenta negar o fato de que a Bíblia fala sério em passagens tais como:

Mateus 18:8: “Portanto, se a tua mão ou o teu pé escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno”.

A palavra grega para ‘eterno’ é aionios. Significa “sem começo” e “sem fim”, eterno. É usada em Romanos 16:26 referindo-se a Deus, “do Deus eterno” (aionios). Este uso da palavra devia nos mostrar claramente o significado de “eterno”.

A. T. Robertson diz sobre esta palavra: “É a idéia de eterno mais exato que o grego pode colocar numa palavra. É uma idéia difícil de se traduzir”.

A mesma palavra (aionios) é usada para descrever a vida futura dos justos e o castigo futuro dos maus em Mateus 25:46: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. Se o castigo dos maus for limitado, podemos também limitar a vida dos justos! Mas isto não pode ser feito.

PARA TODO O SEMPRE

Esta frase “PARA TODO O SEMPRE” (eis aionas aionon): ocorre 23 vezes no Novo Testamento: referindo-se a Deus, 19 vezes; as bênçãos futuras dos crentes, 1 vez; ao castigo dos maus e de Satanás, 3 vezes.

Será que uma palavra pode significar eternidade absoluta 20 vezes, e só um período limitado as outras 3 vezes? Que tolice!

A morte nunca é uma aniquilação na Bíblia. É sempre uma separação. A morte de Adão foi uma separação de Deus, Gênesis 2:17, 3:23-24. A morte de Cristo foi uma separação de Deus, Mateus 27:46. A morte física é a separação da alma do corpo, Lucas 16:22-23. A segunda morte é a separação final e eterna das pessoas não salvas no “lago de fogo”. Apocalipse 20:11-15. Para ter a certeza de que a segunda morte não é uma aniquilação leia Apocalipse 20:10.

Destruição também não significa aniquilação. Uma coisa pode ser destruída sem ser aniquilada. Há muita destruição de propriedades, de bens, de edifícios, etc. numa guerra, mas tais coisas não são aniquiladas.

Se você ainda está perdido, leitor amigo, então seu destino será a separação eterna de Deus no Gehenna de fogo, a menos que olhe para Jesus, que foi separado para que os pecadores pudessem ter a vida eterna. Se notar sua culpa diante dEle e ficar ciente de que não merece nada, a não ser o Inferno, por causa dos seus pecados contra o Deus Santo e Justo, há esperança para você. Ouça: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristomorreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos por ele da ira”. Romanos 5:8-9.

Cristo sofreu o inferno, separação de Deus, por todos aqueles que dependem completamente dEle. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus”. I Pedro 3:18.“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 2 Coríntios 5:21. Olhe para Cristo, para ter a redenção do pecado, da morte e do inferno!

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
João 3:16

O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.(Provérbios 11.300
O que estamos fazendo? Milhões de Almas estão morrendo todos os dias.


Muitos são os que vão expirando, sem ter esperança de ver Deus: vai depressa lhes anunciando, que Jesus nos leva para os céus.”

Fonte: Centro apologético Cristão de Pesquisa
http://www.estudosdabiblia.net/d14.htm
http://www.vivos.com.br/18.htm
http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-VerdadeSobreInferno-TWatkins.htm

http://solascriptura-tt.org/Sermoes/E9C-VerdadeSobreInferno-TWatkins.htm

http://sub-ebd.blogspot.com.br/2015/12/licao-13-o-destino-final-dos-mortos.html
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Referências

Revista Lições Bíblicas. O FINAL DE TODAS AS COISASEsperança e glória para os salvos. Lição 13 – O destino final dos mortos. I – O estado intermediário. 1. O que é? 2. O Sheol e o Paraíso. 3. O lugar dos mortos. II – A situação dos mortos. 1. O estado intermediário dos salvos. 2. Os justos são recebidos pelo Senhor. 3. O estado intermediário dos ímpios. III – O destino final dos mortos. 1. O estado final dos santos. 2. O estado final dos ímpios. Editora CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 1° Trimestre de 2016.

Elaboração dos slides: Ismael Pereira de Oliveira. Pastor na Igreja Assembleia de Deus, Convenção CIADSETA, matrícula número 3749-12. Inscrito na CGADB, número do registro 76248. Contatos para agenda: 63 - 84070979 (Oi) e 63 – 81264038 (Tim), pregação e ensino
http://www.escola-dominical.com/
http://sub-ebd.blogspot.com.br/2015/12/licao-13-o-destino-final-dos-mortos.html

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