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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

697-OS IRMÃOS DE JESUS ERAM APENAS PRIMOS?.ELE SÓ TEVE PRIMOS?.






OS I
RMÃOS DE JESUS 

“Ainda viviam da FAMÍLIA de nosso Senhor os netos de Judas, chamado IRMÃO DE NOSSO SENHOR DE ACORDO COM A CARNE” (Eusébio de Cesaréia (263-340 d.C), História Eclesiástica, CPAD, 4ª Edição 2003, p. 97 – grifo acrescentado).



Os “irmãos de Jesus”, de que fala a Bíblia, seriam apenas seus primos?
José continuou sem conhecer sua esposa mesmo depois do nascimento de Jesus?
O que dizem os comentaristas nas bíblias aprovadas pela Igreja Católica?
É admissível supor que os irmãos de Jesus, que não criam nele, fossem seus apóstolos?

Tentaremos encontrar respostas para essas indagações. Usaremos as seguintes versões bíblicas:   

(a) A BÍBLIA DE JERUSALÉM, Paulus Editora, 1973, 8a impressão em janeiro/2000, rubricada em 1.11.1980 por Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Metropolitano de São Paulo. O trabalho de tradução foi “realizado por uma equipe de exegetas católicos e protestantes e por um grupo de revisores literários”.            

(b) BÍBLIA SAGRADA, Edição Ecumênica, tradução do padre Antônio Pereira de Figueiredo; notas e dicionário prático pelo Monsenhor José Alberto L. de Castro Pinto, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro; edição aprovada pelo cardeal D. Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro; BARSA, 1964.         

(c) BÍBLIA APOLOGÉTICA, João Ferreira de Almeida, Corrigida e Revisada, ICP Editora, 2000, notas do Instituto Cristão de Pesquisas. [A tradução é o texto da SBTB, a ACF, Almeida Corrigida Fiel]

(d) BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, Almeida, revista e corrigida, Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), 1995.         




Inicialmente, veremos os versículos que falam dos “irmãos de Jesus”, extraídos da Bíblia [católica] de Jerusalém:      

“Não é ele o filho do carpinteiro? E não se chama a mãe dele Maria e seus IRMÃOS Tiago, José, Simão e Judas? E as suas IRMÃS não vivem todas entre nós? Donde então lhe vêm todas essas coisas? E se escandalizavam dele. Mas Jesus lhes disse: “Não há profeta sem honra, exceto em sua pátria e em sua casa” (Mateus 13.55-58; Marcos 6.3-6).       

“Estando ainda a falar às multidões, sua mãe e seus IRMÃOS estavam fora, procurando falar-lhe. Jesus respondeu àquele que o avisou: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E apontando para os discípulos com a mão, disse: “Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos, porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. (Mateus 12.46-50; Marcos 3.32-35; Lucas 8.19-21).    

“Depois disso, desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus IRMÃOS e seus discípulos, e ali ficaram apenas alguns dias”. (João 2.12).      

“Aproximava-se a festa judaica das Tendas. Disseram-lhe, então, os seus IRMÃOS: ‘Parte daqui e vai para a Judéia, para que teus discípulos vejam as obras que fazes, pois ninguém age às ocultas, quando quer ser publicamente conhecido. Já que fazes tais coisas, manifesta-te ao mundo!’ Pois nem mesmo os seus IRMÃOS criam nele”(João 7.2-5).        

“Tendo entrado na cidade, subiram à sala superior, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus;Tiago, filho de Alfeu, e Simão, o Zelota; e Judas, filho de Tiago. Todos estes, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e com os IRMÃOS dele” (Atos 1.13-14). Comentários da Bíblia de Jerusalém: “O apóstolo Judas é distinto de Judas, IRMÃO de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago (Judas 1). Não se deve também, parece, identificar o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, IRMÃO do Senhor (At 12.17; 15.13, etc)”.   

“Não temos o direito de levar conosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os outros apóstolos e os IRMÃOS do Senhor e Cefas?” (1 Coríntios 9.5).        

“Em seguida, após três anos, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e fiquei com ele quinze dias. Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o IRMÃO do Senhor. Isto vos escrevo e vos asseguro diante de Deus que não minto” (Gálatas 1.18-20). Comentários da Bíblia de Jerusalém: “Outros traduzem: “a não ser Tiago”, supondo que Tiago faça parte dos Doze e se identifique com o filho de Alfeu (Mt 10.3p), ou tomando “apóstolo” em sentido lato (cf.Rm 1.1+)”.        



A Igreja Católica assim se manifestou em seu Catecismo:      

“A isto objeta-se por vezes que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus. A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: Com efeito, Tiago e José, “irmãos de Jesus” (Mateus 13.55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo (Mateus 27.56), que significativamente é designada como “a outra Maria” (Mateus 28.1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento (Gênesis 13.8; 14.16; 29.15, etc.)” (Catecismo da Igreja Católica, p. 141. # 500).         

De uma página de apologética católica na Internet colhemos a seguinte explicação extra-oficial: 

“São Lucas esclarece que Tiago e Judas eram filhos de Alfeu ou Cléofas (Lucas 6.15-16). Portanto o eram também José e Simão. Mas não Jesus, que sabemos era filho de “José, o carpinteiro”. Portanto, não poderiam ser irmãos carnais. Por outro lado, São Mateus dá o nome da mãe deles: “Entre as quais estava... Maria, mãe de Tiago e de José” (Mateus 27.56). Não se pode confundir esta Maria com sua homônima, esposa de José, o carpinteiro. São João deixa bem clara essa distinção: “Junto à cruz de Jesus estava sua mãe e a irmã (prima) de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas” (João 19.25), cuja filha se chamava Maria Salomé. São as bem conhecidas “três Marias”. Aliás, atualmente os protestantes mais cultos já nem levantam mais essa objeção”           . 



Vejamos agora quais as “Marias” citadas nos evangelhos (Bíblia [católica] de Jerusalém): 

NA CRUCIFICAÇÃO 
“Estavam ali muitas mulheres, olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, a servi-lo. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27.56).            

“E também ali estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e Salomé” (Mc 15.40). Comentário da referida Bíblia: “Provavelmente, [Salomé] é a mesma que Mt 27.56 denomina a mãe dos filhos de Zebedeu”.  

“Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena” (Jo 19.25). Comentários da referida Bíblia, referindo-se “a irmã de sua mãe”: “Ou se trata de Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu (cf. Mt 27.56p) ou, ligando essa denominação ao que se segue, “Maria, mulher de Clopas”.    

NA RESSURREIÇÃO           
“Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro” (Mt 28.1). Comentário da referida Bíblia sobre a “outra Maria”: “Isto é, “Maria [mãe] de Tiago” (Mc 16.1; Lc 24.10; cf. Mt 27.56)”.  

“Passado o sábado, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ir ungi-lo” (Mc 16.1-2).    

“Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago” (Lc 24.10),             



Vejamos agora quais os “Tiagos” citados nos evangelhos, conforme consta do Dicionário na parte final da Bíblia [católica] Sagrada, item ”b” retro:        

1. Tiago – “O Maior (mais velho), filho de Zebedeu e Salomé e irmão de São João Evangelista (Mt 4.21). era de Betsaida na Galiléia, pescador (Mc 1.19) e companheiro de São Pedro como seus irmaõs (Lc 5.10).”            

2. Tiago - “O Menor (mais moço), filho de Alfeu ou Cléofas (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) e de Maria (Jo 19.25). Foi chamado “irmão do Senhor” (Gl 1.19), no sentido semita [relativo aos judeus] que tem essa palavra que pode se aplicar aos primos e outros consangüíneos em linha colateral mais afastados, e até mesmo aos simples conacionais. Tiago Menor era primo de Jesus por ser sobrinho de S. José. N. Senhor apareceu-lhe uma semana depois da Ressurreição (1 Co 15.7). Foi o primeiro bispo de Jerusalém depois da dispersão dos Apóstolos. O fato de Paulo o ter procurado (Gl 1.19) e de ter ele feito o discurso final no Concílio de Jerusalém parece provar isto (At 15.13) Foi morto no Templo por instigação do sumo Sacerdote Anás II, tendo sido lançado de uma galeria e espancado até à morte (62 depois de Cristo)”       

3. Epístola de S. Tiago – “Uma das epístolas católicas atribuída a São Tiago, o menor...”



Vejamos agora quais os “Judas” citados nos evangelhos, segundo Dicionário da Bíblia [católica] Sagrada, item “b” retro:  

1. Judas – “Habitante de Damasco que hospedou S.Paulo (At 9.11)”        . 

2. Judas Iscariotes – “O Apóstolo que traiu N. Senhor (Mt 10.4; Mc 3.19; Lc 6.16). Iscariot quer dizer “homem de Cariot”, aldeia de Judá”. 

3. Judas Tadeu – “Um dos doze apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.16; Jo 14.22). É o irmão de Tiago o Menor e “irmão”, isto é, primo do Senhor (At 1.13); Mt 13.55; Mc 6.3)”.     

4. Epístola de S. Judas Tadeu – Um dos livros canônicos do Novo Testamento, classificado entre as chamadas “Epístolas Católicas”       . 



A partir dessas informações surgem algumas indagações:           

Primeiro - Os apóstolos Tiago (o Menor) e Judas (Tadeu) são os mesmos chamados de “IRMÃOS de Jesus” em Mateus 13.55 e Marcos 6.3? Que dizem as bíblias católicas retrocitadas?          

O que vimos foram interpretações discordantes. A Bíblia de Jerusalém diz nos comentários sobre Atos 1.13 que “o apóstolo Judas é distinto de Judas, irmão de Jesus”, isto é, não são a mesma pessoa, ou seja, o apóstolo Judas é uma pessoa e o irmão de Jesus, com idêntico nome, é outra pessoa. No mesmo passo, diz que o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, não é o mesmo Tiago, irmão do Senhor. Reiterando a sua posição, referida Bíblia afirma nos comentários sobre Gálatas 1-18-20: “Outros traduzem: “a não ser Tiago”, supondo que Tiago faça parte dos Doze e se identifique com o filho de Alfeu (Mt 10.3p), ou tomando “apóstolo” em sentido lato (cf. Rm 1.1+)”.    

Por outro lado, a Bíblia Sagrada, católica, como discriminada no início deste trabalho, assume posição diferente. O dicionário que compõe essa Bíblia diz que “Tiago, o Menor, filho de Alfeu ou Cléofas (Mt 19.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) e de Maria (Jo 19.25), foi chamado “irmão do Senhor”. Diz mais que “Tiago Menor era primo de Jesus por ser sobrinho de S.José”. Confirmando, diz que “Judas Tadeu, um dos apóstolos (Mt 10.3; Mc 3.18...) é o irmão de Tiago, o Menor, e “irmão”, isto é, primo do Senhor (At 1.13; Mt 13.55; Mc 6.3)”. O descompasso é lamentável, a menos que se configure aí o “livre-exame” – situação em que comentaristas ou exegetas católicos interpretam livremente os textos bíblicos sem guardar coerência com a cúpula do Vaticano. 

No particular, concordo plenamente com a Bíblia [católica] de Jerusalém. Os irmãos de Jesus (Mt 13.55 e Mc 6.3, etc.), não foram apóstolos ou mesmo discípulos, pelo seguinte:  

a) Os irmãos de Jesus não criam nEle. No registro de João 7.2-5 nota-se claramente essa incredulidade. Entende-se, também, que Jesus evitou a companhia deles nesse episódio (Jo 7.8-10). Ao dizerem “para que teus discípulos vejam as obras que fazes” seus irmãos se excluíram do rol dos seguidores de Jesus. Ademais, Jesus não iria escolher para apóstolo alguém que não cria nEle.         

b) A Bíblia estabelece distinção entre ser discípulo e ser irmão de Jesus (Jo 2.12; At 1.13-14; 1 Co 9.5; Gl 1.18-20). Por exemplo, em certa ocasião Jesus estava com seus discípulos em determinado local, e lá fora estavam sua mãe e seus irmãos (Mt 12.46-50; Mc 3.32-35; Lc 8.19-21).             



Segundo, a tia de Jesus – irmã de sua mãe Maria – era Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu, ou era Maria, mulher de Cléofas?        
Vejamos mais uma vez o que relata João 19.25: “Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena”.   

A frase está de tal forma postada que admite duas interpretações. A primeira é a de que “a irmã de sua mãe” é uma pessoa, e Maria, mulher de Cléofas, outra. A segunda hipótese é a de que o nome da tia de Jesus é Maria, a mulher de Cléofas. A Bíblia [católica] de Jerusalém concorda comigo quando diz: “Ou se trata de Salomé, mãe dos filhos de Zebedeu (Mt 27.56) ou, ligando essa denominação ao que se segue, “Maria, mulher de Clopas”.    

A Bíblia Sagrada, edição católica, afirma no seu “dicionário”: “Maria de Cléofas” é irmã da SS. Virgem Maria, i.e. sua prima, pois em hebraico a palavra tem um sentido mais lato. Segundo uns seria a mãe de Tiago (o menor), José, Simão e Judas Tadeu e esposa de Cléofas também chamado Alfeu (Mt 27.56; Mc 3.18; 6;3; 15.40). Segundo outros são duas pessoas com o mesmo nome, uma, irmã de S. José, seria a esposa de Alfeu e mãe de Tiago Menor e José; e a outra seria cunhada de S. José por ser casada com Cléofas, irmão de S. José, e seria a mãe de Simão e Judas Tadeu. Como quer que seja, uma Maria de Cléofas e uma Maria, mãe de Tiago, aparecem nos Evangelhos como tendo acompanhado o Senhor até o Gólgota e preparado os aromas... (Jo 19.25; Lc 24.10; Mt 28.9)”. 



Terceiro, de quem seriam filhos os irmãos de Jesus?      

Não eram filhos de Zebedeu e de sua provável mulher Salomé, porque os filhos destes eram João e Tiago (Mt 4.21). Ora, os irmãos de Jesus foram Tiago, José, Simão e Judas, afora algumas irmãs (Mt 13.55-56, Mc 6.3). João está excluído dessa relação. Além disso, os irmãos de Jesus não criam nEle (Jo 7.5). Logo, João, apóstolo, não foi seu irmão.    

Não eram filhos de Maria, mulher de Alfeu ou Cléofas, cujo filho Tiago, o menor, foi apóstolo (Mt 10.3; Mc 15.40), e como tal não poderia ser irmão de Jesus, porque estes não criam nEle (Jo 7.5). Ademais, não consta que Tiago, José, Simão e Judas, irmãos do Senhor, fossem filhos do referido casal.     

A Bíblia [católica] de Jerusalém é de parecer semelhante quando diz: “O apóstolo Judas é DISTINTO de Judas, irmão de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago (Judas 1). Não se deve também, parece, IDENTIFICAR o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, irmão do Senhor (At 12.17; 15.13, etc)”. Realce acrescentado. Contrapondo-se, a outra Bíblia, católica, diz que Judas, apóstolo, é o irmão de Tiago o menor e “irmão”, isto é, primo do Senhor (Mt 13.55; Mc 6.3). Ou seja, Tiago e Judas, eram ao mesmo tempo irmãos (ou primos) e apóstolos.       

Se os irmãos de Jesus não eram filhos de Zebedeu, nem o eram de Alfeu, seriam da tia de Jesus, não devidamente identificada em João 19.25? Não pode ser porque essa tia de Jesus já foi devidamente identificada pelo catolicismo, ao dizer que ou se chamava Salomé,mãe dos filhos de Zebedeu, ou era Maria, mulher de Cléofas.     



Vamos agora ler o que dizem outros comentaristas a respeito dos irmãos de Jesus. 

IRMÃOS DO SENHOR - “Aqueles de quem se fala em Mateus 12.46 e 13.55, e outros lugares,como irmãos de Jesus, seriam filhos de José e Maria? Segundo uma opinião que já vem do segundo século pelo menos, esses “irmãos de Jesus” eram filhos de um primeiro matrimônio de José. Mais tarde foram, por alguns críticos considerados primos do nosso Salvador. Podem, contudo, ter sido filhos de José e Maria. Em todas as passagens, menos uma, em que esses irmãos de Jesus são mencionados nos Evangelhos, acham-se associados com Maria. Se eram eles filhos mais velhos de José, não seria então Jesus o herdeiro do trono de Davi, segundo as nossas noções de primogenitura. Eles não acreditavam em Jesus no princípio da Sua missão, e até, segundo parece (Jo 7.5), depois que os apóstolos foram escolhidos; e por essa razão eles não puderam ser do número dos Doze, dos quais, na verdade, eles particularmente se distinguem, quando num período posterior são vistos na companhia deles (At 1.14). Não devem, portanto, ser confundidos com os filhos de Alfeu, embora tenham os mesmos nomes. Além disso, as palavras “filho” e “mãe”, sendo empregadas nesta passagem (Mt 13.55) no seu natural e principal sentido, semelhantemente devem ser tomados os nomes “irmão” e “irmã” , pelo menos, até ao ponto de excluir o termo “primo”. O fato de terem os filhos de Alfeu, bem como os irmãos do Senhor, os nomes de Tiago, José e Judas, nada prova, visto que esses nomes eram muito vulgares nas famílias judaicas. Estranha-se que não fossem lembrados estes irmãos , quando Jesus confiou a sua mãe aos cuidados de João; mas isso explica-se pela razão de que a esse tempo ainda eles não criam Nele. A conversão deles parece ter sido quando se realizou a aparição de Jesus a Tiago, depois da Sua ressurreição (1 Co 15.7).” (Dicionário Bíblico Universal, pelo Rev Buckland, Editora Vida, 1993). 

IRMÃOS DO SENHOR – “Relação de parentesco atribuída a Tiago, José, Simão e Judas, Mt 13.55;Mc 6.3, que aparecem em companhia de Maria, Mt 12.47-50; Mc 3.31-35; Lc 8.19-21, foram juntos para Cafarnaum no princípio da vida pública de Jesus, Jo 2.12, mas não creram nele senão no fim de sua carreira. Jo 7.4,5. Depois da ressurreição, eles se acham em companhia dos discípulos, At 1.14, e mais tarde os seus nomes aparecem na lista dos obreiros cristãos, 1 Co 9.5. Tiago, um deles, salientou-se como líder na Igreja de Jerusalém, At 12.7; 15.13; Gl 1.19; 2.9, e foi autor da epístola que traz o seu nome. Em que sentido eram eles irmãos de Jesus? Tem sido assunto de muitas discussões. Nos tempos antigos, julgava-se que eram filhos de José, do primeiro matrimônio. O seu nome não aparece mais na história do evangelho. Sendo José mais velho que Maria é provável que tivesse morrido logo e que tivesse casado antes. Esta opinião é razoável, mas em face das narrativas de Mt 1.25 e Lc 2.7, não é provável. No quarto século, S. Jerônimo deu outra explicação, dizendo que eram primos de Cristo, pelo lado materno, filhos de Alfeu ou Cléofas com Maria, irmã da mãe de Jesus. Esta explicação se infere, comparando Mc 15.40 com Jo 19.25, e a identidade dos nomes Alfeu e Cléofas. Segundo esta idéia, Tiago, filho de Alfeu, e talvez Simão e Judas, contados entre os apóstolos, fossem irmãos de Jesus. Porém, os apóstolos se distinguiam dos irmãos, estes nem ao menos criam nele, e não é provável que duas irmãs tivessem o mesmo nome. Outra idéia muito antiga é que eles eram primos de Jesus pelo lado paterno e outros ainda supõem que eram os filhos da viúva do irmão de José, Dt 25.5-10. Todas estas opiniões ou teorias parecem ter por fim sustentar a perpétua virgindade de Maria. O que parece mais razoável e mais natural é que eles eram filhos de Maria depois de nascido Jesus. Que esta teve mais filhos é claramente deduzido de Mt 1.25 e Lc 2.7 que explica a constante associação dos irmãos do Senhor com Maria” (Dicionário da Bíblia, John D. Davis, 21a Edição/2000, Confederação Evangélica do Brasil).             

SEUS IRMÃOS – “Não há razão para supor que estes irmãos, tanto como as irmãs mencionadas (Mt 13.55-56), não eram filhos de José e Maria” (O Novo Comentário da Bíblia, vol. II, Nova Vida, 1990, 9a Edição).          

IRMÃOS DO SENHOR (Mateus 12.46-50) – “Por insistir na teoria da virgindade perpétua de Maria, o Catolicismo Romano os levou a explicar erroneamente o sentido da expressão irmãos. Assim, eles acreditam que Jesus não tinha irmãos no verdadeiro sentido dessa palavra e o grau de parentesco que ela exprime. No entanto, esse raciocínio não desfruta de nenhum apoio escriturístico. A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus tinha quatro IRMÃOS, além de várias irmãs (Mt 13.55,56; Mc 3.31-35; 6.3; Lc 8.19-21; Jo 2.12; 7.2-10; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19). A teoria desenvolvida pelos católicos romanos e por alguns protestantes, que visa defender que Maria permaneceu virgem, é totalmente fútil. Esse conceito só passou a fazer parte da teologia muitos séculos depois de Jesus. Seu objetivo, é claro, era exaltar Maria, criando, assim, a mariolaria” (Bíblia Apologética, João F. Almeida, ICP Editora, 1a Edição, 2000). 



Quarto, José e Maria se “conheceram” após o nascimento de Jesus?          

A nossa análise terá como base o seguinte registro: “José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher.Mas não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho. E ele o chamou com o nome de Jesus” (Mateus 1.24-25, Bíblia [católica] de Jerusalém). 

A passagem acima diz claramente que José, atendendo ao anjo, recebeu em sua casa a sua esposa Maria, e foram viver como marido e mulher. Está dito que Maria foi a mulher de José; que José não conheceu a sua esposa enquanto ela estava grávida de Jesus; que Jesus nasceu de uma virgem e que José somente conheceu sua mulher – ou seja, teve relações com ela – depois do nascimento de Jesus. 

Católicos há que contestam o que está escrito na Bíblia, e dizem que “nas Sagradas Escrituras a expressão “até que” é empregada muitas vezes para indicar um tempo indeterminado, e não para marcar algo que ainda não aconteceu”. Não iremos nos estender na refutação dessa tese porque as duas bíblias de início citadas, aprovadas pelo catolicismo, interpretam corretamente referido versículo. Vejamos: 

“Mas [José] não a conheceu até o dia em que ela deu à luz um filho, e ele o chamou com o nome de Jesus”: “O texto não considera o período ulterior [depois do parto] e por si não afirma a virgindade perpétua de Maria, mas o resto do Evangelho, bem como a tradição da Igreja, a supõem” (Comentário da Bíblia [católica] de Jerusalém).       

Em outras palavras, os exegetas católicos, que trabalharam na edição da referida Bíblia, reconheceram o óbvio, ou seja, que [somente] até o nascimento de Jesus, José e Maria não se “conheceram”. Todavia, dizem bem quando entendem que a Tradição “supõe”, isto é, o dogma da perpétua virgindade de Maria é uma suposição, não uma realidade bíblica. O comentário acima coloca por terra argumentos outros não oficiais, segundo os quais José não conheceu sua esposa nem antes nem depois do nascimento de Jesus.   

Outro comentário: “Enquanto (ou até que): esta palavra portuguesa traduz o latim donec e o grego heos ou, que por sua vez estão calcados sobre a expressão hebraica ad ki que se refere ao tempo anterior a esse limite sem nada dizer do tempo posterior, cf. Gn 8.7;Sl 109.1; Mt 12.20; 1 Tm 4.13. A tradução exata seria: “sem que ele a tivesse conhecido, deu à luz...”, pois a nossa expressão “sem que” tem o mesmo valor” (Bíblia [católica] Sagrada.      

O que a Bíblia acima está dizendo em seus comentários é que o “ATÉ” não foi ALÉM do nascimento de Jesus, ou seja, enquanto grávida e até dar à luz não houve “conhecimento” mútuo do casal.    

Concordando com as Bíblias Católicas, a Bíblia Apologética, usada pelos evangélicos, assim esclarece: “Veja a preposição “até” em qualquer concordância bíblica e ficará surpreso a respeito do seu significado. Observe alguns exemplos: Levíticos 11.24-25: “E por estes sereis imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, imundo será ATÉ à tarde”. E depois da tarde, eles permaneceriam imundos? Vejamos agora Apocalipse 20.3: “E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, ATÉ que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco tempo”. Assim, a relação existente antes do nascimento de Jesus se modificou [como se modificou a situação de Satanás após os mil anos de prisão], não a conheceu até que ela deu à luz. Essa passagem declara que, depois do nascimento de Jesus, José Maria tiveram uma vida conjugal normal, como qualquer outro casal. Nenhum autor do Novo Testamento ensina a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Se se tratasse de uma doutrina ou ensinamento vital ou essencial como requer o catolicismo romano, certamente Paulo e os outros discípulos teriam mencionado a respeito. Assim resta ao catolicismo romano apegar-se à tradição, porque a Bíblia não aceita essa teoria (Colossenses 2.8)”.            

A expressão “não coabitou com Maria ATÉ QUE nascesse Jesus” está muito clara. Ligada à fala do anjo que disse a José que RECEBESSE Maria, sua mulher, ficou entendido que passado o período da gravidez e do descanso depois do parto, José e Maria, marido e mulher, continuariam uma vida a dois como todos os casais do mundo. Assim aconteceu, pois tiveram muitos filhos, conforme está em Mateus 13.55-56. José e Maria constituíram um casal muito feliz e foram abençoados por Deus. E por ter filhos, por amar o seu esposo, por ter sido mãe, Maria não pecou nem perdeu a sua santidade. Maternidade e santidade podem caminhar juntas, sem que uma prejudique a outra. Sexo no casamento não pecado.



Quinto, houve ordem divina para que José não “conhecesse” sua mulher?           

Se não havia a intenção formal, nem de José nem de Maria, de viverem sem relações íntimas, embora residissem sob o mesmo teto, teria havido alguma ordem divina nesse sentido? O leitor deverá ler cuidadosamente Mateus 1.18-25 e Lucas 1.26-38 para verificar a inexistência de qualquer tipo de impedimento. A resposta de Maria ao anjo – “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?” (Lc 1.34) - pode ser interpretada como um voto de virgindade? A Bíblia [católica] de Jerusalém, em seus comentários, responde: “A “virgem” Maria é apenas noiva (v.27) e não tem relações conjugais (sentido semítico de “conhecer”, cf. Gn 4.1; etc.). Esse fato, que parece opor-se ao anúncio dos vv. 31-33, induz à explicação do v. 35. NADA NO TEXTO IMPÕE A IDÉIA DE UM VOTO DE VIRGINDADE” (realce acrescentado).           



Sexto, o que diz a Igreja Católica sobre o Matrimônio?    

a) “Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos e a sexualidade é fonte de alegria e prazer” (Catecismo da Igreja Católica, p. 612, # 2362). Por que com Maria seria diferente?          

b) “Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida”, pois que “esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal” (C.I.C. p. 612, # 2363). Por que com o casal José e Maria seria diferente? Esses “valores” não diziam respeito também a eles?        

c) “A sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (C.I.C., p. 615, # 2373). Por que Maria não podia ter muitos filhos?             

d) “Exige a indissolubilidade e a fidelidade da doação recíproca e abre-se à fecundidade” (C.I.C. p. 449 #1643). Por que doação recíproca e fecundidade deveriam ficar fora do casamento de José e Maria? 

e) “O instinto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos... e por causa dessas coisas são como que coroados de sua maior glória” Se “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos próprios pais... pois “Deus mesmo disse: “Crescei e Multiplicai” (Gn 2.18)” (C.I.C. p.452 #1652). José e Maria não deveriam crescer e multiplicar? Eles não tinham essa índole natural à procriação? 

f) “A sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre o homem e a mulher,e no casamento a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal de um penhor de comunhão espiritual” (C.I.C., p.611 #2360). Por que eles não podiam? 

g) “Por causa da prostituição cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido”, e que “a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido”; e que “não vos defraudeis [negar relação íntima] um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; mas que “depois ajuntai-vos outra vez para que Satanás não vos tente por causa da incontinência [ausência de relações sexuais]”, tudo como está escrito nas palavras inspiradas do apóstolo Paulo (1 Coríntios 7.2-5). A abstinência do casal não estaria fora dos propósitos de Deus? Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mt 12.46-50). Lembremo-nos também das palavras de Maria: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2.5)      




OUTRAS CONSIDERAÇÕES     

1) Lemos em João 2.12: “Desceu [Jesus] a Carfanaum, com sua mãe, seus IRMÃOS e seus discípulos. E ficaram ali muitos dias”. Não pode ser outro o entendimento: Jesus com sua família, a mãe com seus filhos ficaram muitos dias naquela cidade. Não há como forçarmos uma interpretação que nos levaria a pensar que Maria, não tendo filhos com José, resolvera criar seis ou mais parentes. Vejam também a distinção entre “discípulos” e “irmãos”.            

2) Quando o termo ”irmãos e irmãs” é empregado em conjunto com “pai” ou “mãe”, o sentido não pode ser o de primos e primas, mas de irmãos biológicos, filhos de um mesmo pai ou mãe. Exemplo: “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e até mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26).   

3) Vejamos quais as palavras usadas no grego – a língua original do Novo Testamento – para designar IRMÃOS, IRMÃS, PARENTES, PRIMOS e SOBRINHOS, conforme a Concordância Fiel do Novo testamento, dois volumes, Editora Fiel, 1a Edição, 1994:   

Adelphos – Usada 343 vezes para designar pessoas que têm em comum pai e mãe, ou apenas pai ou mãe; indicar duas pessoas que têm um ancestral comum ou que faz parte do mesmo povo, ou membros da mesma religião. Com essa palavra são nomeados os irmãos de Jesus (Mt 12.46-4813.55; Mc 6.3; Jo 2.12; 7.3,5,10; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19; Jd 1).       

Adelphe - O termo é traduzido 26 vezes como irmã, indicando (poucas vezes) a participante de uma mesma fé, e (a maioria dos casos) a filha de um mesmo pai ou mãe. Foi usado, por exemplo, para designar as irmãs de Jesus (Mt 13.56; Mc 3.32; 6.3), a irmã da mãe de Jesus (Jo 19.25), as irmãs de Lázaro, Marta e Maria (Jo 11.1,3,5,28,39).   

Syngenis - Usado como o feminino de “parente” para indicar o parentesco de Maria, mãe de Jesus, com Isabel: “Também Isabel, tua parenta...”(Lc 1.36). 

Syngenes – Termo usado para designar pessoa consangüínea, da mesma família, ou da mesma pátria (compatriota). Vejamos alguns dos 11 casos em que o termo foi usado: 
Mc 6.4 – “Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa”. Nota: Quando se trata dos “irmãos de Jesus”, o termo usado é “adelphos” ou “aldephe”.    
Lc 1.36 – “Isabel tua parenta”. Nota: Se Isabel fosse irmã de Maria (filhas de pais comuns) o termo teria sido “adelphe”, de igual modo como foi usado em Jo 19.25 para designar a irmã da santa Maria.      
Lc 2.44 – “ e puseram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos”. 
Lc 21.16 – “Sereis traídos até por vosso pai e mãe, irmãos, parentes, amigos, e farão morrer pessoas do vosso meio...” Nota: Muito importante registrar que nesse versículo são usadas as palavras “adelphos”, para irmãos, e “syngenes”, para parentes. Entende-se que o termo “adelphos”, quando associado às palavras pai ou mãe tem o natural significado de filhos carnais.    

Anepsios – Usada somente uma vez para identificar o termo “primo”, na seguinte passagem: “Saúdam-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, PRIMO de Barnabé...” (Colossenses 4.10, Bíblia [católica] de Jerusalém). Nota: Havia portanto na linguagem grega palavras para identificar irmãos, primos e parentes. Logo, se Tiago, José, Simão, Judas e mais algumas mulheres (Mt 13.55-56; Mc 6.3) fossem parentes de Jesus, e não filhos de Maria, a palavra grega mais correta seria “anepsios” ou “syngenes”.       

4) Gostaria de chamar a atenção dos leitores para o que está em Atos 1.13-14: Tendo chegado, subiram ao cenáculo, onde permaneciam. Os presentes eram Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus IRMÃOS”.

Entendo que Maria, as outras mulheres e os IRMÃOS de Jesus eram pessoas distintas dos apóstolos acima citados. Tiago e Judas, IRMÃOS de Jesus, não estavam incluídos naquela relação. Juntaram-se aos apóstolos naquela ocasião.

Não me parece justo procurarmos uma mãe para os IRMÃOS de Jesus. A outra Maria, que pode ser a de Alfeu ou Cléofas, era mãe de Tiago e de José. Vejam:

“Maria, mãe de Tiago e de José” (Mt 27.56); “Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José” (Mc 15.40); “Maria, mãe de Tiago” (Lc 24.10); “Tiago, filho de Alfeu” (Mt 10.3; Lc 6.15; At 1.13).         

"Ora, os IRMÃOS de Jesus se chamavam Tiago, José, Simão e Judas." O mesmo cuidado com o que os evangelistas Mateus e Marcos citaram os nomes de todos os irmãos de Jesus, um por um, teria usado para descrever os filhos dessa Maria. Entretanto, só foram citados Tiago e José. E Simão, com quem fica? A Bíblia descreve os seguintes: Simão, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Simão, chamado Pedro, apóstolo (Mt 4.18; 10.3); Simão, o Zelote, apóstolo (Mt 10.4; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13). Ainda há outro com o nome Simão, como por exemplo Simão Iscariotes, pai de Judas, o traidor (Jo 6.71). A Bíblia com muita propriedade identifica cada um com o detalhe do apelido ou do parentesco. E Judas? A Bíblia diz que Judas, apóstolo, era filho de Tiago (Lc 6.16). Não há nenhum registro afirmando que a outra Maria ou Maria, de Cléofas, tenha um filho com o nome de Judas. Entendemos que o autor da Epístola de Judas seja o irmão do Senhor, como descrito em Mateus 13.55 e Marcos 6.3, pelos seguintes motivos: 1) Ele não se apresenta como apóstolo de Cristo, mas como “servo” e irmão de Tiago (Jd 1.1); 2) A sua exortação no v. 17 sugere que ele não fazia parte dos Doze.



Os dados levantados apontam para o entendimento de que Tiago, Simão, José, Judas, e mais algumas mulheres, eram realmente IRMÃOS carnais de Jesus, filhos de Maria e de José.  

www.palavradaverdade.com

 

Notas de José Pedro Monteiro de Almeida [Hélio não concorda com elas totalmentes]:

Muito bom artigo, mas precisa de algumas correções:


1. O Escritor da Epístola de Judas é irmão de Tiago o menor, apóstolo (Judas 1).

2. Tiago, o menor, apóstolo, é irmão de Jesus (Gál. 1:19).

3. O Escritor da Epístola de Judas é irmão de Jesus.

4. O Escritor da Epístola de Judas é apóstolo (só apóstolos [e Lucas] escreveram epístolas), Em Judas verso 17, não é prova suficiente para excluir o escritor do grupo de apóstolos. Paulo em Efésios 2:20 faz a mesma coisa!

5. Jesus tinha dois irmãos apóstolos: Um Tiago, o outro Judas, escritor da Epístola (1Co. 9:5).

6. Em Lucas 6:16 consta "Judas irmão de Tiago". A leitura "filho de Tiago" é errada e é extraída da corrupta Bíblia Atualizada ou da Bíblia na Linguagem de Hoje. Cuidado com isso!

 Por: Pr Airton Evangelista da Costa

JESUS TEVE IRMÃOS?

Por Paulo Cristiano

Indubitavelmente, este é um assunto já resolvido no meio protestante tradicional devido à abundância de textos nas Escrituras neotestamentária que o elucidam. Poderíamos até considerá-lo obsoleto se não fosse pelo mariocentrismo, doutrina da Igreja Católica Romana que teima em admitir que Maria permaneceu virgem após o parto (virginitas post partum), o que torna parte dessa teologia um verdadeiro desvario e um grande óbice ao verdadeiro cristianismo ortodoxo.

Durante séculos, a mariologia tem sofrido evoluções cada vez mais ousadas, e o tempo é testemunha disso:

• Em 400 d.C, Maria foi proclamada “Mãe de Deus”;
• Em 1854, a “Imaculada Conceição de Maria” torna-se dogma;
• Em 1950, a “Assunção de Maria” vira artigo de fé.

Hoje, cogita-se em colocar Maria junto à Trindade divina, formando assim uma quaternidade. O catolicismo está criando cada vez mais uma Maria totalmente diferente daquela apresentada pelos evangelhos. Ao inventarem supostos pais para Maria, Santa Ana e São Joaquim, baseados em livros apócrifos, os católicos ao mesmo tempo omitiram a verdadeira família de Maria e roubaram-lhe a nobre missão de mãe.

Origens dessa doutrina

Não se sabe ao certo onde e como começou a acreditar-se que os irmãos de Jesus, de quem tanto a Bíblia fala e “de modo explícito”, eram apenas seus primos ou irmãos em sentido espiritual (versão Romana) ou meio-irmãos de um casamento anterior de José (versão Grega). Parece que isso surgiu com uma deturpação da resposta de um soldado romano chamado Pantera aos judeus que acusavam Maria de cometer adultério (Atos de Pilatos 11.3 e Talmud, séc. II). No ponto de vista católico, Jesus seria um filho bastardo desse suposto soldado.

O fato é que essa doutrina ganhou força somente após o século IV, com Jerônimo. Até então, era praticamente desconhecida pelos antigos escritores pré-niceno. Como de praxe, é mais uma das invencionices da Igreja Católica.

Um dos pais primitivos que mais colaborou para que essa distorção criasse corpo foi Orígenes, que se baseou em duas obras apócrifas: o “Proto-Evangelho de Tiago” e o “Evangelho de Pedro”, de meados do século II. Não demorou muito, Epifânio seguiu os passos de Orígenes e acabou abraçando tal idéia.

É interessante notar que Orígenes, Epifânio e Jerônimo eram adeptos do ascetismo e da vida monástica que incluía a castidade. Orígenes, segundo alguns historiadores, chegou a castrar-se! Mais tarde, porém, essa teoria sobre os irmãos de Jesus foi desenvolvida e aperfeiçoada. Empacotada de modo sofismável pelos teólogos católicos, é agora um dos dogmas do catolicismo romano.

O que muitos protestantes talvez não saibam é que até mesmo os primeiros reformadores como Lutero e Calvino criam na virgindade perpétua de Maria. Mas, por outro lado, é bom frisarmos que muitos pais primitivos como Hegesipo, Tertuliano, Irineu e, posteriormente, Eusébio e Helvídio defendiam a idéia de que os irmãos de Jesus eram de fato seus irmãos carnais. A mesma defesa é feita atualmente por uma maioria esmagadora de protestantes e também por alguns teólogos católicos.

Analisando o evangelho de Mateus

O texto de Mateus 1.25 afirma o seguinte: “e não a conheceu enquanto (até que) ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de Jesus”.

Para os protestantes, a referência bíblica em apreço parece ser, a princípio, uma fortaleza inexpugnável, e não é para menos, pois diz categoricamente que José não a conheceu “até” ou “enquanto” (heos, hou) ela não deu à luz. Ora, o que depreende e subentende-se é que, após o parto, Maria teve relações sexuais com seu marido como qualquer casal judeu normal de seu tempo! Parece ser esta a preocupação principal do evangelista ao transmitir sua mensagem. Mas, por outro lado, devemos concordar com nossos antagonistas romanos em que há casos em que Mateus usa a preposição “até” para dizer que não houve mudança após a ocorrência de determinado evento. Por exemplo, “Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o pavio que fumega, até que faça triunfar o juízo” (Mt 12.20). É claro que o texto não está dizendo que o manso Messias será um ditador cruel após o triunfo do juízo.

Outros textos bíblicos, além de Mateus, podem ser usados como exemplo: Salmo 110.1 e 1 Timóteo 4.13. Mas podemos ver Mateus usando a preposição “até” (que indica um limite de tempo, nos espaços, ou nas ações) quando o contexto diz claramente que há mudança. Vejamos: “E, havendo eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e ali fica até que eu te fale; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mt 2.13).

Assim, tomar este trecho de forma isolada não é de modo nenhum conclusivo para ambas as partes; não resolve o problema. Se quisermos obter uma idéia mais clara do assunto teremos de nos voltar para um contexto maior e achar algo fora desse trecho que complete esta lacuna e dirima a incógnita. Será que Mateus usou a preposição “até” para indicar mudança ou não? Resolveremos isso usando dois princípios de interpretação: o contexto imediato e o contexto mais lato.

É notório que os casamentos orientais da época de Jesus eram, sem sombra de dúvida, bem diferentes dos do nosso tempo. Mateus declara que Maria estava desposada (entenda-se noiva) com José. Diz ainda que ele não a “conheceu até” (Mt 1.18). Algumas vezes a palavra “conhecer” é usada na Bíblia de modo figurado, significando relação sexual (Gn 4.25), e, neste caso, o contexto apóia este sentido.

A voz dos outros evangelistas

Outro fator que corrobora com a interpretação acima é o fato de Lucas ter usado a expressão grega prototokos, que significa “Primogênito”, em relação ao nascimento de Cristo: “e teve a seu filho primogênito...” (Lc 2.7).

Se Lucas quisesse dizer que Jesus foi o único filho de Maria, teria usado, de modo inequívoco, a expressão monogenes (unigênito, em português) que significa “[filho] único gerado”, como acontece em João 3.16. Mas não, ele usou, de modo consciente, o termo certo: “primogênito”, indicando que Jesus foi apenas o “primeiro” filho de Maria, e não o “único”.

Se Jesus tivesse sido o único filho de Maria, os evangelistas mostrariam isso, de modo explícito, em seus escritos. Mas não é isso que constatamos no Novo Testamento.

O que diz o Novo Testamento

Uma leitura superficial do Novo Testamento, em especial dos evangelhos, mostrará, sem sombra de dúvida, que Jesus Cristo teve irmãos e irmãs (Mt 12.46,47, 13.55-56; Mc 6.3). E ainda nos dão os nomes dos irmãos: Tiago, José, Simão e Judas. E essas pessoas aparecem sempre relacionadas com Maria, mãe de Jesus, o que nos dá a impressão de que os escritores e os evangelistas quiseram nos transmitir o quadro de uma família composta por mãe e filhos. Vejamos: “Enquanto ele ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe. Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo” (Mt 12.46-47).

Depois do milagre em Caná, Maria e os irmãos do Senhor aparecem juntos: “Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias” (Jo 2.12).

Em outra ocasião, Maria e seus irmãos mandam chamá-lo: “Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando da parte de fora, mandaram chamá-lo” (Mc 3.31). João acrescenta que nem os seus criam em Jesus: “Pois nem seus irmãos criam nele” (Jo 7.5). E, por último, os irmãos de Jesus aparecem no cenáculo orando com Maria: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At 1.14).

Resposta a um suposto argumento

Não conseguindo desmentir o consenso cristalino das Escrituras, os mestres romanistas acabam forjando sofismas cada vez mais mascarados de piedade que, aos poucos, vão alcançando a mente e o coração dos adeptos católicos. Todavia, quando confrontados com a Bíblia, tais disparates revelam ser apenas paliativos ardilosos que, por vezes, acabam sendo pulverizados diante dos fartos argumentos bíblicos. Na tentativa de esquivar-se dos argumentos protestantes, os líderes católicos desenterram, das ruínas medievais, teses falaciosas floreadas com terminologias teológicas modernas para causar impressão. Uma dessas teses tenta transferir os irmãos de Jesus para uma outra Maria e, para alcançar esse objetivo, faz verdadeiro malabarismo com os nomes bíblicos. Consegue fazer uma combinação engenhosa com os textos de Marcos 6.3, 3.18, 15.14, 16.1 e João 19.25. Diz que Maria, mãe de Tiago (o menor) e de José é irmã de Maria (a mãe de Jesus) e mulher de Cleofas, a quem confundem com Alfeu. Resumindo: esses “irmãos” (Tiago e José) de Marcos 6.3, segundo essa teoria, na verdade seriam primos de Jesus. Uma explicação plausível e uma suposta base “bíblica” para a questão. Ledo engano!

Um argumento de fácil refutação

Contudo, não há nada no texto que insinua ser Alfeu cunhado de Maria! Naquela época, esses nomes eram comuns! Demais disso, a Bíblia não relata o nome da irmã de Maria, e é pouco provável que duas irmãs tivessem o mesmo nome. Suponhamos, por um momento, que isso fosse verdade! Não é estranho que esses personagens apareçam sempre junto a Maria, sua “tia”, e nunca junto à sua verdadeira mãe?!

Outros ainda insistem no fato de que aqueles irmãos de Jesus na verdade seriam seus discípulos, simplesmente porque na igreja todos os discípulos de Cristo são chamados de “irmãos”.

Esse parece ser o argumento mais inócuo, pois a Bíblia faz nítida distinção entre ‘seus discípulos” e os “irmãos” do Senhor (Jo 2.12; At 1.13,14). Todavia, a maior dificuldade enfrentada por esse argumento é que o texto diz que nem “seus irmãos criam nele” (Jo 7.3,5,10). Ora, como então poderiam ser seus discípulos?!

O significado de irmãos na Bíblia

Em Mateus 12.47, na Bíblia católica, versão dos “Monges Maredsous”, o tradutor teceu o seguinte comentário sobre os “irmãos” de Jesus no rodapé da página: “Irmãos: na língua hebraica esta palavra pode significar também ‘parentes próximos’ ou ‘primos’, como neste caso. Exemplo: Abraão, tio de Lot, chama-o com a designação de irmão (Gn 11.27; 13.8)”. 

Outro estudioso católico afirma: “Assim sendo, é possível que por detrás dos ‘irmãos’ e ‘irmãs’ de Jesus estejam seus ‘primos’ ou ‘parentes’1.

Refutação bíblica: Não existe um só caso na Bíblia, e principalmente no Novo Testamento, em que a palavra grega adelphós (irmão) é traduzida por primo ou parente. Das 343 vezes em que o N.T usa o termo adelphós, ele apresenta dois sentidos para a palavra “irmão”: a de irmão legítimo (carnal) e o metafórico.

Sentido metafórico: Neste sentido, enquadram-se todos os textos sobre os seguidores de Jesus (Mc 3.35), os cristãos da igreja (1Co 1.1), os judeus (Rm 9.3) e os seres humanos em geral (Hb 2.11,17). É obvio que as referências nos evangelhos e nas epístolas aos “irmãos” (filhos de Maria) de Jesus não se enquadram nesta categoria.

Sentido literal: É justamente neste sentido que a palavra irmãos (no plural) é usada, em sua grande maioria, na Bíblia. Nenhum estudioso católico jamais traduziu esta palavra como primos ou irmãos espirituais. As Escrituras não deixam nenhuma dúvida quanto a esse assunto. Duvido que alguém leia os textos que seguem e consiga empregar o sentido de primo ou irmão espiritual onde aparece a palavra irmãos.

“E, passando mais adiante, viu outros dois (irmãos) Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou” (Mt 4.21).

“E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29).

A Bíblia deixa patente que quando a palavra “irmãos” aparece junto aos termos “pai” e “mãe” ela denota filiação legítima de sangue, e isto ninguém consegue eclipsar. Compare: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?” (Mt 13.55).

Nas quinze ocorrências em que é empregado o termo adelphós em relação a Jesus o sentido básico é de irmãos legítimos. Mas alguns podem objetar dizendo que a palavra hebraica ah (irmão) aparece várias vezes significando irmãos não de sangue, mas primos ou sobrinhos. É verdade que a língua hebraica tinha um vocabulário um pouco pobre e, por isso, não possuía uma palavra específica para primos ou parentes. Então utilizava a expressão “irmão” de modo lato (Gn 29.12, 24.48)

Esse artifício, no entanto, não é suficiente para que os católicos se esquivem da derrocada teológica! A palavra “irmão”, no hebraico, pode significar primo, mas, mesmo neste caso, temos de tomar cuidado. Geralmente, quando a palavra “irmão” é empregada no sentido de parente próximo o contexto esclarece a questão (1Cr 23.21-22). Além disso, o Novo Testamento foi escrito em grego, e não em hebraico. Será que no grego Coiné, língua na qual foi escrito o Novo Testamento, existia esta distinção praticamente ausente no hebraico? Vejamos.

Termos do Novo Testamento para irmãos e primos

Não devemos nos esquecer de que quando o Novo Testamento faz referências aos irmãos de Jesus o contexto não traz nenhum tipo de esclarecimento adicional, como acontece no Antigo Testamento. Além disso, os escritores sabiam a diferença entre os termos irmão (adelphós), primo (anepsiós) e parentes (sungenes). Mesmo Paulo, que usava bastante metáfora, sabia usar com distinção essas palavras. Tanto é que escreveu sobre os “irmãos” de Jesus sem deixar nenhuma dúvida ao laço carnal entre o Senhor e seus irmãos. Vejamos: “Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1Co 9.5). “Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gl 1.19).

Como já falamos, e isso é interessante, o apóstolo Paulo sabia perfeitamente usar a palavra correta para primo (anepsiós) e parente (sungenes) em suas epístolas. Não havia motivo de confusão! “Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o primo de Barnabé...” (Cl 4.10). “Saudai a Herodião, meu parente” (Rm 16.11).

Caso a tese católica estivesse correta, o apóstolo poderia muito bem ter usado a expressão hoi anepsiós Kyriou (primos do Senhor), e não adelphói tou Kyriou (irmãos do Senhor), até porque os irmãos de Jesus estavam vivos quando o apóstolo escreveu as duas epístolas.

Argumentos contraproducentes

Diante do exposto, a única consideração plausível a que podemos chegar é que os “irmãos” de Jesus eram realmente seus irmãos legítimos. É justamente esse o sentido do termo adelphós no Novo Testamento. Apesar de todo o esforço empregado pelos católicos para defender a virgindade perpétua de Maria, seus argumentos são totalmente contraproducentes. 

O Salmo 69 é um texto profético com força suficiente para desmantelar o arcabouço erigido pelas artimanhas teológicas católicas. Qualquer exegeta que ler esse salmo terá de admitir que se trata de um salmo messiânico, ou seja, um salmo que fala sobre o ministério e a vida de Jesus, o Messias. No verso 8, o autor descreve perfeitamente a família de Jesus sem deixar dúvidas quanto à legitimidade carnal de parentesco entre eles. Vejamos: “Tornei-me como um estranho para os meus irmãos, e um desconhecido para os filhos de minha mãe”.

Quando, então, comparado com alguns textos do Novo Testamento, João 7.3-8 por exemplo, o Salmo 69 torna-se um argumento esmagador contra a teoria católica. “Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem seus irmãos criam nele. Disse-lhes, então, Jesus: Ainda não é chegado o meu tempo; mas o vosso tempo sempre está presente. O mundo não vos pode odiar; mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más. Subi vós à festa; eu não subo ainda a esta festa, porque ainda não é chegado o meu tempo”.

Compreendemos agora, por meio desse texto, o porquê de Jesus ter deixado sua mãe aos cuidados de João, e não de seus irmãos!

Notas:

Tire Suas Dúvidas Sobre a Bíblia – José Bortolini pág. 100, editora Paulus.
Obras Consultadas
O Catolicismo Romano. Adolfo Robleto
Novo Testamento Trilíngüe. Vida Nova
Concordância Fiel do Novo Testamento,
Vols. I e II. Fiel
História Eclesiástica. Eusébio de Cesaréia.CPAD.
Manual popular de dúvidas, enigmas e
“contradições” da Bíblia.
Norman Geisler & Thomas Howe. Mundo Cristãos


Fonte:
http://solascriptura-tt.org/Cristologia/IrmaosDeJesusDeAcordoComCarne-AECosta.htm

http://www.icp.com.br/46materia2.asp

domingo, 28 de dezembro de 2014

696-A BÍBLIA CONDENA O ABORTO?






O que diz a Bíblia sobre o aborto?

“Não existe em todo o mundo, assunto mais controvertido do que a prática do aborto”. Ao considerarmos essa questão, é preciso questionar o que leva uma jovem a se arrepender de sua gravidez ao ponto de provocar o aborto.
O aborto, que é a interrupção espontânea ou provocada da gravidez, antes do tempo normal, na maioria das vezes, torna-se traumático para a mulher e a família, que nem sempre estão preparados para enfrentar “essa barra”. Porque, independente de quaisquer posições filosóficas, morais, religiosas, econômicas, etc., envolve riscos físicos e psicológicos inegáveis.
Todas as vezes que passa pela cabeça de uma gestante a prática do aborto é porque alguma coisa de anormal ocorreu em sua vida: gravidez indesejada, estupro, problemas financeiros para cuidar do futuro filho e tantos outros problemas. Aqui se faz uma ressalva aos abortos espontâneos que acontecem por causas patológicas como sífilis, diabetes, intoxicações e outros tipos de moléstias que a mulher pode sofrer durante a gestação. Os abortos provocados são aqueles que ocorrem com pancadas, massagens, duchas, etc.
Hoje, os meios de comunicação mostram a liberação sexual como algo moderno. O objetivo é atingir a camada mais jovem da população, porque ela representa os consumidores em potencial. Em contrapartida, os jovens mais volúveis acabam seguindo caminhos não recomendados, aumentando as estatísticas da promiscuidade sexual.
Exatamente por estes atos de falso liberalismo da vida moderna que muitas jovens se engravidam e se desesperam. Geralmente a primeira coisa que vem à mente é a prática do aborto. O problema começa a se agravar quando o pai da criança não assume a paternidade.
No Brasil, o aborto é considerado crime, a não ser aqueles códigos previstos no código penal, quando é aplicado para fins terapêuticos e em casos de estupro. O aborto pode ser praticado por médico quando é o único recurso para evitar a morte da gestante.
“O embrião é uma entidade distinta, uma vida humana individual, e não simplesmente um objeto exclusivo do corpo da Mãe”, como alguns defensores do aborto argumentam.
A Bíblia diz em Jeremias 1:5 “Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe te santifiquei; às nações te dei por profeta.”
Deus está ativo na vida de um ser humano enquanto ele está no útero. A Bíblia diz em Salmos 139:13-14 “Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.”
Quase que unanimemente, as religiões condenam o aborto, entendendo que a vida humana é intocável desde o primeiro instante em que é concebida e qualquer alteração afeta a natureza criada pelo Senhor. Do ponto de vista teológico, baseamos nossa posição nos ensinamentos bíblicos, como encontramos no Livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 13, que diz: “Não matarás”, um dos princípios dos dez mandamentos da lei de Deus.
Desde o momento em que o criador soprou vida no primeiro ser humano, as vidas humanas seguintes passaram a dispor da mesma essência. Quando ocorre a concepção, a vida humana é transmitida para sua nova forma individual e singular. Qualquer tentativa para interromper a nova vida, para satisfazer conveniências pessoais, pode ser encarada como desconsideração ou desrespeito a vida humana.
O Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 3, versículo 16 e 17, escreveu: “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus que sois vós é sagrado.” Assim, tanto no antigo testamento como no novo testamento encontramos referências que desaprovam a prática do aborto e de outras atividades que interferem na verdadeira felicidade do ser humano.”

Dez razões porque o aborto é um erro


Isto não é uma defesa à humanidade da criança não-nascida. É um argumento de que, se a criança não-nascida é humana, não deve ser abortada. Existem alguns abortistas que acreditam que a criança não-nascida é um ser humano. Mas estes médicos fazem abortos regularmente de qualquer forma, pois acreditam que tirar uma vida inocente, mesmo sendo algo trágico, é justificável devido às circunstâncias que enfrentam mãe e filho. Alguns destes médicos querem ser cristãos e bíblicos, e não vêem que sua prática é errada. Escrevi este pequeno texto para que estes médicos reconsiderem.

1. O Senhor ordenou, “Não matarás” (Êxodo 20:13).

Eu tenho consciência de que alguns assassinatos são endossados na Bíblia. A palavra “matar” em Êxodo 20:13 é, em hebreu, “rahaz”. É usada 43 vezes no Antigo Testamento hebreu. Sempre significa violência, matança que na verdade é assassinato. Nunca é usada com o sentido de matar na guerra ou (com uma exceção, Números 35:27) em execuções judiciais. Existe uma diferença clara entre a morte legal (sentença de morte) e o assassinato ilegal. Por exemplo, em Números 35:19, “O vingador do sangue matará o homicida.” A palavra “matará” vem de “rahaz” que é proibida nos Dez Mandamentos. A expressão “sentença de morte” é uma expressão geral para descrever as execuções legais.
Quando a Bíblia fala de algum assassinato que seja justificado, está se referindo a Deus partilhar alguns de seus direitos com as autoridades civis. Quando o estado age como preservador da justiça e da paz enviado por Deus, tem o direito de “fazer debalde a espada” como é citado em Romanos 13:1-7. Este direito do estado sempre é exercido para punir o mal, nunca para atacar o inocente (Romanos 13:4).
Portanto, “não matarás,” é uma denúncia clara e retumbante da matança de inocentes crianças ainda não-nascidas.

2. A destruição da vida humana concebida — seja ela embrionária, fetal ou viável — é uma violação da obra única de formar as pessoas que só Deus faz.

Podemos citar alguma coisa das Escrituras relacionada ao que está acontecendo quando uma vida que está no ventre é abortada? Salmos 139:13 diz: “Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.”
O mínimo que podemos extrair deste texto é que a formação da vida de uma pessoa no ventre é uma obra de Deus. Deus é quem “possui” e quem “cobre”, nesta passagem. Além do mais podemos dizer que a formação de vida no ventre não é um mero processo mecânico, é algo semelhante à tecelagem ou até mesmo ao tricô: “cobriste-me no ventre de minha mãe.” A vida da criança ainda não nascida é a tecelagem de Deus, e o que ele está tecendo é um ser humano a sua semelhança, diferente de qualquer outra criatura no universo.
A outra passagem, menos conhecida, está no livro de Jó. Ele atesta nunca ter rejeitado os pedidos de seus serviçais, mesmo que naquela cultura as pessoas considerassem os serviçais meros objetos. O que merece atenção aqui é como Jó argumenta.
Jó 31:13-15 diz: “13)Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo; 14)Então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia? 15) Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele?Ou na nos formou do mesmo modo na madre?”
O versículo 15 nos dá a razão pela qual Jó seria culpado se ele tratasse um de seus serviçais de maneira desigual. A questão não é realmente o fato de que um nasceu livre e o outro nasceu na escravidão. A questão é anterior ao nascimento. Quando Jó e seus serviçais estavam sendo formados no ventre, o encarregado por este trabalho era Deus. Esta é a premissa das palavras de Jó.
Então ambos, Salmo 139 e Jó 31, dão ênfase ao fato de ser Deus o principal trabalhador — cuidador, formador, tecelão, criador — no processo de gestação. Por que isso é importante? É importante porque Deus é o único capaz de criar uma pessoa. As mães e os pais podem contribuir com um óvulo impessoal e com esperma impessoal, mas apenas Deus cria uma pessoa independente. Então, quando as Escrituras dão ênfase ao fato de que Deus é o cuidador e formador no ventre, deve-se destacar que tudo que acontece no ventre é obra de Deus, que é a formação de uma pessoa. Do ponto de vista bíblico, a gestação é a obra de Deus para formar uma pessoa.
Podemos ter uma discussão sem fim sobre o que é uma pessoa completa. Mas podemos dizer com muita confiança: o que está acontecendo no ventre é a obra de Deus para formar uma pessoa, e somente Deus sabe quão profunda e misteriosa é a criação de uma pessoa. Portanto, é arbitrário e injustificado presumir que com relação a qualquer parte tecida desta pessoa, sua destruição não será uma agressão às prerrogativas de Deus o Criador.
Em outras palavras: a destruição de uma vida humana — seja ela embrionária, fetal ou viável — é uma agressão ao trabalho único de formar pessoas, feito por Deus. O aborto é uma agressão a Deus, não só ao homem. Deus faz seu trabalho único no ventre desde o momento da concepção. Este é o testemunho claro do Salmo 139:13 e de Jó 31:15.

3. O aborto está relacionado com o que a Bíblia condena repetidamente: “derramar o sangue dos inocentes.”

A expressão “sangue inocente” aparece cerca de 20 vezes na Bíblia. O contexto é sempre o mesmo: condena aqueles derramam o sangue ou adverte as pessoas para que não o façam. O sangue inocente inclui o sangue das crianças (Salmos 106:38). Jeremias coloca este assunto no contexto de estrangeiros, viúvas e órfãos: “Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor, e não oprimais ao estrangeiro nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocentes neste lugar.” Com certeza o sangue da criança ainda não nascida é inocente.

4. A Bíblia freqüentemente expressa a alta prioridade que Deus coloca na proteção, abastecimento e defesa dos mais fracos e mais oprimidos membros da comunidade.

Por muitas e muitas vezes lemos sobre o estrangeiro, a viúva e o órfão. Esta é principal preocupação de Deus e deveria ser a principal preocupação de seu povo.
“O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. E nenhuma viúva ou órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor. E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos” (Êxodo 22:21-24).
“Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus, no seu lugar santo” (Salmo 68:5).
“Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios” (Salmos 82:3-4).
“Matam a viúva e o estrangeiro, e ao órfão tiram a vida.” “E trará sobre eles a sua própria iniqüidade; e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor nosso Deus os destruirá” (Salmos 94: 6, 23).

5. Ao julgar uma vida humana difícil e trágica como mais maligna do que tirar uma vida, abortistas contradizem os ensinamentos bíblicos de que Deus ama mostrar seu poder de Graça através do sofrimento, não apenas ajudando as pessoas a evitarem o sofrimento.

Isso não quer dizer que devemos procurar o sofrimento para nós mesmos ou para os outros. Quer dizer que o sofrimento é retratado na Bíblia como necessário e ordenado por Deus, apesar de não agradar a Deus a difícil situação deste mundo arruinado (Romanos 8:20-25, Ezequiel 18:32), e especialmente aqueles que irão entrar no paraíso (Atos 14:22; Tessalonicenses 3:3-4) e vivem vidas de deuses (2 Timóteo 3:12). Este sofrimento nunca é visto como mera tragédia. Também é visto como meio para crescimento em Deus e meio para tornar-se forte nesta vida (Romanos 5:3-5; Tiago 1:3-4; Hebreus 12:3-11; 2 Coríntios 1:9; 4:7-12; 12:7-10), para tornar-se glorioso na vida que estará por vir (2 Coríntios 4:17; Romanos 8:18).
Quando abortistas argumentam que tirar uma vida é menos maldoso do que deixar sofrer, estão querendo ser mais sábios do que Deus, que nos ensinou que sua Graça é capaz de atos maravilhosos de amor através do sofrimento daqueles que vivem.

6. É um pecado justificar o aborto no fato de que todas estas crianças irão para o céu ou terão uma vida completa na sua ressurreição.

Esta é uma boa esperança quando o coração está partido por causa das penitências e está à procura de perdão. Mas é maldade justificar o ato de matar com a felicidade da eternidade daquele que irá morrer. A mesma justificativa poderia ser usada para matar crianças de 1 ano de idade, ou qualquer outra pessoa que acreditasse no paraíso. A Bíblia apresenta a seguinte questão: “Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?” (Romanos 6:1). E também: “Façamos males para que venham bens?” (Romanos 3:8). Em ambos os casos ressoa um NÃO. É presunçoso tomar o lugar de Deus e querer controlar o céu ou o inferno. Nosso dever é obedecer a Deus, não querer ser Deus.

7. A Bíblia nos ordena a resgatar nosso vizinho da morte.

“Resgata aqueles que estão sendo levados pela morte; segure aqueles que se deparam com a matança. Se você disser, ‘Não sabemos disso’, será que Ele que conhece o coração das pessoas não irá perceber? Será que Ele, que vigia a sua alma, não saberá, e será que Ele não irá retribui o homem de acordo com o seu trabalho?”
Não existe razão cientifica, médica, social, moral ou religiosa para colocar a criança em uma classe tal que este texto não se aplique a ela. É uma desobediência a este texto abortar uma criança ainda não-nascida.

8. Abortar uma criança ainda não-nascida vai contra a repreensão de Jesus àqueles que desprezam as crianças como sendo não-dignas da atenção do Salvador.

“E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto repreendiam-nos. Mas Jesus, chamando-os para si, disse: ‘Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais porque dos tais é o reino de Deus’” (Lucas 18:15-16). A palavra meninos também é usada para denominar a criança não-nascida no ventre de Isabel em Lucas 1:41,44.
“E lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes: ‘Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou” (Marcos 9:36-37).

9. Cabe somente a Deus, o Criador, dar ou tirar uma vida humana. Não é nosso direito pessoal fazer esta escolha.

Quando Jó ficou sabendo que todos os seus filhos tinham sido mortos, ele ajoelhou-se para adorar ao Senhor, e disse: “Nu sai do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor” (Jó, 1:21).
Quando Jó falou sobre vir do ventre de sua mãe, disse, “o Senhor deu.” E quando Jó falou em morrer, disse, “o Senhor o tomou.” Vida e morte são as prerrogativas de Deus. Ele é que dá e quem tira nesta vida. Não temos o direito de fazer escolhas pessoais sobre este assunto. Nosso dever é cuidar do que nos dá e usar isto em Sua glória.
10-Por fim, ter fé em Jesus Cristo traz o perdão e a consciência limpa e nos ajuda através da vida e para a eternidade. Cercados por um amor tão onipotente, cada seguidor de Jesus está livre da ganância e do medo que podem seduzir uma pessoa a procurar por estas verdades para obter riqueza e evitar a repreensão.

* Texto de Queila Montanari – arquivos da Escola Bíblica da Novo Tempo
Fonte:
http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/aborto/o-que-diz-a-biblia-sobre-o-aborto/
http://estudos.gospelmais.com.br/dez-razoes-porque-o-aborto-e-um-erro.html