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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

106-A FÉ


ESTUDO SOBRE A FÉ


Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vêem de vós; é dom de Deus. (Efésios- 2:8).
Numa linguagem popular: Ninguém é salvo forçado,portanto , é necessário que alguns elementos essenciais para a salvação, fazendo com que a pessoa humana seja aquilo que Deus que quer.
Não é à prestação! A Bíblia não ensina assim; mas, necessário é que certos elementos, tais como a fé, a graça, a regeneração, a justificação, a expiação, o perdão, o arrependimento, a reconciliação, a redenção, a santificação, a adoção, estejam presentes na salvação plena da pessoa humana.
A Bíblia declara que somos salvo pela fé – E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. (Atos- 16:31).
TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; (Romanos- 5:1)
Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei; tropeçaram na pedra de tropeço; (Romanos- 9: 30,31,32).

Enriquecido com o Espírito pela fé. Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, fá-lo-á pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?
(Gálatas- 3:5 à14)Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.
Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá.
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

Santificado pela fé- Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim. (Atos- 26:18).
Guardados pela fé- Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. (Romanos- 11:20).
Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé. (2Corintios -1:24).
Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo (1Pedro- 1:5).
Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé (1João- 5:4).
Estabelecido e curado pela fé.
Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado (Atos- 14:90).
E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago- 5:15).
Novamente consideramos o valor da fé no pensamento de Deus. Ele declara ser a fé necessário para agradá-Lo.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que eEle existe, e que é galardoador dos que o buscam. (Hebreus- 11:6)., e considera a descrença como grande pecado.
Do pecado, porque não crêem em mim; (JOÃO- 16:9).
Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado (ROMANOS- 14:23).
A fé, portanto, além de ser uma operação do Espírito, é também uma reação da alma. Ela é uma operação direta de Deus.
E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (Atos- 11:21).
É preciosa-( 2 PEDRO: 1:1) -SIMÃO Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo.

É santíssima- Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo (Judas- 1:20).
A obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai (1Tess.-1:3).
A fé é ferramenta para a salvação.
E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou (Lucas- 18:42).
Esta fé pode ser chamada também de fé subjetiva (interior), oriunda do coração que, em sua própria natureza, desenvolve essa espécie de fé.
Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos. A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo (Romanos- 10:8,9).
É o principio básico para que o homem se aproxime de Deus, crendo na sua existência. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (Hebreus- 11:6). E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum (Atos- 2:44).

Biblicamente falando, a Escritura define a fé da seguinte maneira: Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hebreus- 11.1).
É a atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva d’Ele, a respeito de tudo quanto está envolvido na salvação.
O efeito da fé: quando o homem é possuído pela fé verdadeira ele, passa a andar num campo espiritual, em que as bênçãos de Deus se tornam sucessivas em sua vida.

É preciso ir além dos sentidos humanos.
Este mundo, entretanto, não pode ser ultrapassado sem que o homem tenha em si o verdadeiro elemento da fé.
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?( LC- 18:8).
E crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém, se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé. (Atos- 6:7).

MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;( 1TM- 4:1).
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.( 1TM -6:10).
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos ( Judas- 3).

Para descrever a fé, crer, etc.
Ela em hebráico significa: buscar refúgio. O SENHOR retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do SENHOR Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar( RT- 2:12).
Apoiar-se: Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti( SL- 56:3).
Esperar : E quanto ao que disseste, que o não verás, juízo há perante ele; por isso espera nele (JÓ-35:14).

No Antigo Testamento, a fé era fundamentadana esperança das promessas de Deus; a religião de Israel se fundamentava na aliança realizada por Deus com seu povo no Sinai.
Esta aliança é o fundamento da fé israelita. Crer é aceitar como verdadeira a existência do Deus vivo e poderoso cujo auxílio era invocado.
No Novo Testamento, a fé era difundida numa dimensão de magnitude; ela, conforme se depende, chega a ser concedida como sendo consubstanciada.
Alguns destes exemplos são: Jesus, vendo,(observando bem a frase- vendo) a fé… E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados( Marcos- 2:5).
Novamente vendo a fé…que tinha… Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado…( Atos- 14:9).
Já em hebreus, define fé, como o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem( Hebreus- 11:1).
Por conhecimento- não queremos dizer aquele conhecimento que percebemos por nossos sentidos naturais; mas um que é tão superior que a mente do homem deve transcender a si mesma para alcançá-Lo. Por isso Paulo fala de conhecer o amor de Cristo. E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (Efésios. 3:19). Além disso, desde que se diz que andamos por fé e não por vista, fica claro que as coisas que aprendemos pela fé estão atualmente ocultas da nossa vista. Daí concluimos que o conhecimento da fé consiste na certeza mais do que na compreensão. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível ( HB -11:27). Temos chamado este conhecimento de firme e certo, porque a fé não se satisfaz com opinião vacilante e percepções confusas, mas procura uma certeza plena e fixa, sem vacilar.

A fé descansa na certeza.A fé é a certeza…
No beneplácito de Deus, para o qual a fé olha, percebemos que temos a vida eterna; porque se Ele nos assegura do seu amor, nenhum bem pode nos faltar.
Portanto, assim a fé descansa na certeza de que, embora nos faltem mais coisas que pareçam necessárias aqui no mundo, Deus nunca nos faltará.
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará( Salmos- 23:1).
Pelo contrário, se tivermos todas as coisas que desejamos,mas, não tivermos certeza se Deus nos ama ou nos odeia, nossa felicidade estará sob uma maldição e, portanto, em nada melhor do que a miséria.
Onde quer que exista a fé viva, ela necessariamente deve ser acompanhada pela esperança da salvação eterna como doação divina mediante esta fé, pois se não tivermos esta esperança, por mais eloqüentemente que discorramos sobre a fé, fica evidente que não temos fé nenhuma;pois a fé acredita que Deus é verdadeiro, e, portanto, a esperança aguarda que Ele cumpra sua promessa no devido tempo; a fé acredita que Ele é nosso Pai, e a esperança confia que Ele nos trata como seus próprios filhos; sempre estamos a ouvir o soar da voz divina;a tua fé te salvou.
E ainda mais…em esperança somos salvos. E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou( Lucas- 18:42).
O alcance do argumento. Em relação ao homem, a fé é o aspecto positivo da verdadeira conversão, o lado humano da regeneração. E pelo arrependimento.
No arrependimento; são inseparáveis e paralelos.
Tem-se dito que o arrependimento é a fé em ação, e que a fé é o arrependimento em repouso. Os aspectos desta fé são aprofundados nas dimensões da vida espiritual. Neste sentido, a fé em relação aquele que possui, deve ser coerente (não fingida), ou seja, deve ser a expressão de sua vida interna.
A fé se compõe de três elementos essenciais:
Romanos- 10:14,15.
Os versículos chaves para expressar o significado do pensamento são: Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho da paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

A reação favorável do coração (sinônimo de alma). Os versículos principais que descrevem essa parte da fé (Romanos- 10:9,10).
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação( Romanos- 10: 9,10).

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome (JO -1:12).
A essência da fé consiste em receber o que Deus tem revelado e pode ser definida em Deus, e em Jesus Cristo, a quem Ele enviou, que o recebe como Salvador e Senhor, e a seguir produz obediência por amor. E obras de acordo com a revelada vontade de Deus.
João- 1:12- Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Tiago- 2:14- Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?
Neste campo, portanto, a fé se manifesta sobre estes aspectos: No tocante à salvação. Quando analisada deste ponto de vista de observação, a fé é uma confiança pessoal (sem merecimento próprio)no Senhor Jesus Cristo como morto por nossas ofensas e ressurgido para nossa justificação (Romanos- 4:23,24,25). Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta. Mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor. O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
No tocante à oração. Nesse sentido, a fé a confiança que temos nele, se pedimos o que precisamos (não o que merecemos), Deus colocará essa fé em confronto com sua vontade, e assim, ele nos ouve.
1João- 5:14,15- E esta é a confiança que temos n’Ele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
No tocante as coisas invisíveis. Referente às coisas invisíveis de que falam as Escrituras, a fé lhes dá substância, de maneira que agimos na convicção da sua realidade.
Hebreus- 11:3- Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.

A fé é descrita, em suas várias relações e tem diversos graus, que vão desde a crença inicial até confiança dependente. Envolve o intelecto, as sensibilidades e a vontade e se expressa em obras que harmonizam com a verdade crida.
A fé comum. A fé comum conforme determina o tempo, significa aquela essência de confiança que nasce do coração. Costumamos dizer: todo o homem tem fé. Mas também repetimos, nem todo homem usa a fé comum, a saber…Se…em teu coração creres…A idéia primária da existência de Deus no coração humano é
necessariamente o princípio de formação desta fé comum, peculiar a todos os homens.
Alguém pode dizer: Eu não quero Deus. Ao invés de dizer: Eu não creio em Deus.
Romanos- 1:19- Porquanto o que de Deus se pode conhecer nele se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Romanos- 12:2- E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

FÉ ESPECIAL- A fé especial, conforme o significado do pensamento, é vista como sendo um dos donos de poder.
1CO 12:9- E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar. Ela não é permanente na pessoa humana. Em si mesma o é. É momentânea e circunstancial (opera dentro de uma circunstância especial e necessária).Qualquer milagre divino operado na Bíblia, era realizado através da fé especial.
A fé especial é uma capacidade vinda diretamente de Deus, capacitando o homem para este ou para aquele fim. Falando sobre ela, disse nosso Senhor:Ó mulher! (uma pecadora) grande é a tua fé.E para apóstolos… homens de pouca fé. Mateus- 14:31 -E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Alguém poderá então perguntar se a fé de Pedro foi uma fé especial; respondemos que sim! A poucos instantes de ele ouvir Jesus esta exortação, usando a fé, andou sobre as águas. Ninguém pode andar como Pedro andou, sem uma fé especial. Mas, infelizmente, sua confiança desceu, e ele também.
Mateus- 14:30- Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! Em cada grupo dos dons, há um dom de maior magnitude! Por exemplo:
Dom de sabedoria é mais sublime do que os demais dons (ciência e discernimento). Nos dons de expressão vocal, a profecia é mais essencial que os demais ali mencionados (línguas e interpretações). De igual modo, nos dons de poder, a fé está em primeiro lugar; ninguém pode operar maravilhas, curar, etc, se não for possuidor da fé especial.
Mateus- 17:20-E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.

NA FÉ INTELECTUAL. A fé intelectual, conforme sugere o termo é muito importante em si mesma para afirmação da verdade, mas não suficiente para a salvação.
Atos- 17:28- Porque n’Ele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.
Tiago- 2:19 -Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Podemos denominá-la de fé objetiva (fé exterior), que pode vir ao encontro da pessoa humana pelo testemunho e estudo das Escrituras e a manifestação do universo visível.
Assim sendo, a fé intelectual afirma a existência de Deus, mas não descobre o plano da redenção.
Atos- 17:11- Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
Romanos-10:11- Porque a Escritura diz: Todo aquele que n’Ele crer não será confundido.
Os passos da fé em relação ao homem, e, no plano de sua salvação, a fé se apresenta com os seguintes resultados:.
Traz a remissão dos pecados: Atos-10:43- A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que n’Ele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
NA JUSTIFICAÇÃO- Romanos- 5:1- TENDO sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.   NA SANTIFICAÇÃO- Atos- 15:9 -E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.
NA LUZ DA PALAVRA- João- 12:36- Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Estas coisas disse Jesus e, retirando-se, escondeu-se deles.
NA VIDA ESPIRITUAL- JO- 20:31 -Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
NA ADORAÇÃO- Gálatas- 3:26- Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
NA PRESENÇA DE DEUS- Romanos- 5:2 -Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
A fé, portanto, é, um dos atributos da alma, um dos frutos do Espírito Santo.

 

Estudo sobre a fé

Texto: Hb.11.1-6. - Conceito - Fé - uma habilidade do espírito - Fé e confiança. - Fé e obras. - A base da fé. - A origem e o uso da fé. - O objetivo principal da fé. Resumo
conceito sobre fé: certeza daquilo que não se vê. A fé é uma habilidade do espírito. O corpo e a mente estão muito dependentes do que pode ser visto e sentido. O espírito depende da fé. Assim, o cristão deve viver pela fé e não pela vista (II Cor.5.7). O que Deus disse pode até não combinar com a realidade visível (Hb.11.26-27). Porém, o que ele falou é verdade. Por isso é que não dependemos de imagens de escultura para estimular nossa comunhão com Deus. As imagens atendem ao que o corpo quer ver.
A confiança é um estado avançado da fé. Confiar é se entregar pela fé. Crer é importante, mas precisamos alcançar o nível de confiar no Senhor (Salmo 37.5). Crer em Deus até o Diabo crê (Tg.2.19). Ilustração: Um homem esticou um cabo de aço sobre as cataratas do Niágara, que ficam na divisa entre o Canadá e os Estados Unidos. Em seguida, atravessou andando sobre o cabo de aço. Foi e voltou. A multidão, extasiada, aplaudiu. Aproximando-se de uma velha que estava no meio do povo, aquele homem perguntou: "A senhora acredita que eu consiga atravessar novamente?" "É claro!" - respondeu a mulher entusiasmada. "Eu conseguiria atravessar levando um carrinho de mão?" "Tenho certeza que sim!" (Observe que a mulher acreditava). "A senhora acredita que eu poderia levar uma pessoa dentro desse carrinho?" "É claro que eu acredito!" - insistia a mulher. "Então", disse o homem, "a senhora poderia, por favor, entrar no carrinho?" "De jeito nenhum. O senhor está louco????" A mulher cria mas não confiava. Assim, não basta acreditar que Deus existe. Isso é um bom começo. Porém, é necessário o compromisso com ele e a entrega da vida em suas mãos. A fé precisa se mostrada através das obras (Tg.2.15-17). Não dependemos de obras para sermos salvos, mas a nossa fé, se existir, vai produzir obras. Isso não é apenas caridade, mas todo tipo de ação justa e positiva. A base da fé: a palavra de Deus.
Em quê nós vamos crer? Já que a fé é a certeza do que não vemos, então poderíamos acreditar em qualquer coisa, mesmo que ela não existisse. Todavia, a fé do cristão está baseada em um sólido fundamento: a palavra de Deus. Se Deus disse algo, então podemos confiar totalmente. Por isso a bíblia é a nossa regra de fé e prática. Existe muita gente por aí tentando exercer fé sobre algo que Deus não disse. Eu posso crer que Deus vai me dar condições para comprar uma grande empresa? Só poderei acreditar nisso se ele tiver me PROMETIDO isso clara e especificamente. Pedro desceu do barco para andar sobre as águas (Mt.14.28) porque Jesus disse: VEM. Os outros discípulos não poderiam descer pois não foram chamados. Isso nos faz lembrar de pessoas que vão para o campo missionário com toda "fé" e fracassam. Não foram chamadas. Então, sua fé não tinha nenhum fundamento. Em outra passagem, os discípulos estão tentando pescar (Lc.5.5). Então Jesus manda que eles lancem as redes novamente. Pedro disse: "Sobre a tua palavra lançaremos as redes." Isso é AÇÃO baseada numa FÉ fundamentada na PALAVRA de Jesus. A fé deve produzir ação. O resultado é o FRUTO.
A origem e o uso da fé. A nossa capacidade de crer e a medida da nossa fé é algo que Deus nos dá (Rm.12.3). O que fazemos com a fé que Deus nos deu? podemos usá-la, fazendo-a crescer ou podemos perdê-la. Podemos comparar isso à parábola dos talentos. Quem usa, ganha mais, quem não usa perde. (Mt.25.14). (Lc.17.5). Paulo manteve sua fé até o fim (II Tm.4.7). Outros, porém, a perdem. Nossa fé aumenta na medida em que conhecemos a bíblia (Rm.10.17) e também na medida em que exercitamos nossa fé. Isto é semelhante ao que ocorre com os músculos daqueles que fazem exercícios físicos. Se não usarmos nossos músculos eles se atrofiarão. Exercitamos a fé quando oramos e quando agimos de acordo com aquilo que cremos. O resultado ou a resposta irão aumentar a nossa fé.
O objetivo principal da fé é a salvação. Ef.2.8-9; I Pd.2.9 Usamos a fé para alcançar todo tipo de bênção. Porém, seu objetivo maior é a nossa salvação. Precisamos tomar cuidado para não desvirtuarmos o uso da fé como se a mesma existisse simplesmente para atender aos nossos desejos e necessidades temporais. 

Fonte:

http://estudosbiblicosonline.com.br

http://mensageira.bloguepessoal.com

105- A IDADE MÉDIA

Idade Média
História Medieval, economia, sociedade, influência da Igreja, feudalismo, castelos, guerras,
peste negra, cruzadas, revoltas camponesas, cavaleiros, servos, sistema feudal, arte medieval, resumo

Castelo Medieval: símbolo do poder da nobreza 

Introdução
A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
Estrutura Política Prevaleceu na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todo os poderes jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos
senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).Sociedade MedievalA sociedade era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidades (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Servos trabalhando no feudo
Economia MedievalA economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião na Idade Média Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

Educação, cultura e arte medieval  A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A
arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.
No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.
As CruzadasNo século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa.  Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

Guerra Medieval
As Guerras MedievaisA guerra na Idade Média era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.
Peste Negra ou Peste BubônicaEm meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram desta doença. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos.
Revoltas Camponesas: as JacqueriesApós a Peste Negra, a população européia diminuiu muito. Muitos senhores feudais resolveram aumentar os impostos, taxas e obrigações de trabalho dos servos sobreviventes. Muitos tiveram que trabalhar dobrado para compensar o trabalho daqueles que tinham morrido na epidemia. Em muitas regiões da Inglaterra e da França estouraram revoltas camponesas contra o aumento da exploração dos senhores feudais. Combatidas com violência por partes dos nobres, muitas foram sufocadas e outras conseguiram conquistar seus objetivos, diminuindo a exploração e trazendo conquistas para os camponeses.

Idade Média

Período histórico entre a Antiguidade e a Época Moderna, a Idade Média, como qualquer outra divisão cronológica, apresenta datas discutíveis quanto ao seu início e fim. Tradicionalmente, os manuais de História apontam para início o ano de 476, data da deposição do último imperador romano do Ocidente, Rómulo Augusto, por Odoacro, que transferiu mesmo as insígnias imperiais para Constantinopla. Porém outras datas são avançadas usualmente: 395, morte de Teodósio I e divisão do império; 406, início das invasões germânicas; 410, queda de Roma às mãos de Alarico, rei germânico. Se o início da Idade Média é polémico, o fim não é claro também: para além de 1453, ocupação de Constantinopla pelos Otomanos, também se aponta 1492, ano da primeira viagem de Colombo à América, ou até as Guerras da Religião, ocorridas após a Reforma Protestante de 1517 até ao Édito de Nantes, em 1598.Mas, afinal, o que foi a Idade Média? A civilização medieval caracterizou-se por um fracionamento da autoridade política e um enfraquecimento da noção de Estado, tendo em conta a organização e centralidade romanas. A economia baseava-se na agricultura, embora o comércio e as manufaturas tenham lentamente progredido. Socialmente, existia uma divisão em três grupos distintos: dois poderosos, a nobreza, guerreira e proprietária, e o clero, dominador mental e culturalmente, e um pobre, servil e maioritariamente camponês, o povo.
A Idade Média pode ser dividida em três períodos, ainda que com variações cronológicas e regionais. Se o Leste da Europa se manteve sob a influência de Constantinopla e da cultura grega, sem grandes mutações políticas e religiosas, o Ocidente europeu acabou por ser a área de definição e desenvolvimento da chamada civilização medieval. Assim, a Alta Idade Média inicia-se com as invasões germânicas e com a gradual rutura com Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, que se manterá até 1453. A oeste, a fusão das populações romanizadas com os invasores germânicos acentua o declínio económico que se verifica desde o século III na região. A insegurança, a falta de mão de obra, os abusos de poder e a estagnação das cidades, que se começam a fortificar então e se resumem cada vez mais a funções episcopais, são traços comuns da época. As populações das cidades retornam ao campo. Os fracos submetem-se aos ricos e poderosos, à aristocracia proprietária, com mais poder que o rei, distante e sem influência. O sistema administrativo romano perde-se gradualmente, restando a Igreja como única herdeira do mundo antigo, voltada agora para a catequização dos campos e dos povos germânicos.Uma das marcas assinaláveis e de maior projeção da Cristandade em crescimento e da própria civilização medieval é a difusão da vida monástica no Ocidente a partir da elaboração da Regra de S. Bento, figura exponencial do seu tempo, fundador da primeira Ordem religiosa ocidental, os beneditinos, e considerado o pai da Europa. Os mosteiros beneditinos passam a ser os herdeiros da cultura latina e fiéis depositários do mundo antigo, criadores do estilo românico e modelo de administração e unidade. A monarquia carolíngia (dinastia a que pertencia Carlos Magno, rei dos Francos) serve-se desse exemplo.O sonho de retorno ao Império Romano ilumina a ação dos reis desses tempos, como Carlos Magno. Porém, as partilhas sucessórias (como em 843, em Verdun, com a divisão da França em três reinos) e o estado da sociedade tornam-no difícil. O período entre os séculos X e XIII marca o apogeu da feudalidade, do senhorialismo. As tentativas centralizadoras - como a dos carolíngios - enfraquecem-se desde o século IX: os reis, para manterem alguma autoridade e fidelidade dos seus vassalos, fazem inúmeras concessões de terras (benefícios), fortalecendo os senhores feudais. Nessa época, regressa a insegurança e o medo das populações, devido às incursões de Normandos, Árabes e Húngaros. A única defesa possível é em torno do castelo senhorial: para se protegerem, os camponeses renegam a sua liberdade e rendem-se à vassalidade ou ao servilismo, fortalecendo ainda mais o senhorialismo. Assim, o poder e a autoridade do rei esfumam-se, com a classe guerreira a dominar, apoiada nos benefícios (os feudos). A Alemanha é um exceção: Otton I restaura em 962 o império, agora designado Sacro Império Romano-Germânico. Também a aproximação do ano 1000 animará o Ocidente, semeando medos e incertezas, tumultos, heresias e radicalismos: o refúgio é a Igreja, que daí tira partido e se torna mais poderosa.O reforço do papado e da Igreja marca o segundo período da Idade Média, compreendido entre o ano 1000 e o século XIII. Com a reforma gregoriana, em finais do século XI, que elimina certos abusos papais, a par da expansão monástica (nascimento de novas ordens - Cister, Premontré, Cartuxa - e reforma de outras - como a beneditina, com Cluny), da suavização da brutalidade militar (com a "paz" ou "tréguas" de Deus e os ideais de cavalaria), do apelo às cruzadas (com S. Bernardo) e da luta contra as heresias (por exemplo, os cátaros no sul de França), a Igreja ganha um grande fulgor e assume-se como o "farol" da Idade Média, moldando mentalidades, difundindo cultura e impondo uma influência política determinante. O papa sobrepõe-se mesmo aos príncipes, entrando em conflito com os imperadores alemães: qualquer rei, para o ser, teria que ter a aprovação de Roma, por exemplo.
As cruzadas e as vitórias no mar sobre o Islão, bem como o crescimento demográfico resultante de certas melhorias na produção agrícola, reanimam o comércio e o artesanato. Dá-se, consequentemente, um grande impulso às cidades, elemento definidor por excelência da Europa dos séculos XII e XIII, anunciando já o Renascimento em certas regiões da Itália e da Provença. Autonomizam-se cada vez mais as cidades, refreando a tutela senhorial e lançando as bases do movimento comunal, principalmente no Norte de Itália e na Flandres. Nasce à margem da sociedade feudal, no povo, um novo grupo social, a burguesia, urbana, mercantil e manufatureira, dedicada à finança, acumulando riquezas, poder e importância cultural.Com o seu apoio, constrói-se um dos baluartes do mundo medieval, principalmente dos séculos XII a XV: a renovação da intelectualidade, desde sempre remetida ao clero e fechada nas abadias europeias. Assim, a atividade intelectual abre-se ao exterior, ainda que de forma lenta, absorvendo elementos das culturas judaica, árabe e persa, redescobrindo os autores clássicos, como Aristóteles e, em menor escala, Platão. Novos focos de cultura e de ensino nascem um pouco por toda a Europa a partir dos séculos XII e XIII: as universidades. Também é de assinalar a importância crescente dos mosteiros medievais, em cujos scriptoriae os copistas e bibliotecários se dedicavam à conservação e tradução dos clássicos: sem eles, não teria havido, talvez, Renascimento e Humanismo. As Ordens Mendicantes são outra marca da civilização medieval, em virtude da sua atividade assistencial, caritativa e apostólica, revolucionando a atitude da Igreja perante o Homem e o mundo: S. Francisco de Assis e S. Domingos de Gusmão são duas das luminárias do seu tempo.A partir do século XIV, começo do fim da Idade Média, enfraquece-se a autoridade moral da Igreja (cismas, papas em Avinhão e Roma simultaneamente, abusos vários). A atividade intelectual laiciza-se em parte: as Ciências começam a rivalizar com a Teologia. A Guerra dos Cem Anos consagra o estilhaçar da Cristandade e o começo da ideia de nação, com tentativas de criação de estados fortes. Na França, a monarquia emancipa-se do papa, com conflitos entre Filipe, o Belo, e o papa Bonifácio VIII. Um duro golpe é inflingido à Europa em 1347-50, com a peste negra a dizimar mais de um terço da população, para além de outras epidemias e mortandades comuns nestes tempos. A sociedade continua maioritariamente rural, com a burguesia citadina cada vez mais ativa, empreendedora e individualista, génese e motor das novas ideias que triunfarão no século XVI, mercê do progresso cultural, intelectual e artístico iniciado na Idade Média, cujo auge é, para muitos, a invenção dos caracteres móveis (a imprensa) por Gutenberg.



Fonte:
http://www.suapesquisa.com
http://www.infopedia.pt

104-OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS


Ordem dos Templários


Cruz pátea utilizada pelos Templários.

Subordinação

Missão

Denominação
Ordem do Templo
Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão

Criação

Extinção

Patrono

Lema
Não para si, mas para Deus
Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici

Vestimentas
Manto branco com uma cruz vermelha

História

Guerras/batalhas
As Cruzadas, incluindo:
Cerco de Ascalon (1153),
Batalha de Montgisard (1177),
Batalha de Hattin (1187),
Cerco de Acre (1190-1191),
Batalha de Arsuf (1191),
Cerco de Acre (1291)
Reconquista

Logística

Efetivo
15.000–20.000 membros em seu ápice, 10% dos quais eram cavaleiros[1]

Comando

Primeiro Grão-Mestre

Último Grão-Mestre

Contato

Quartel-general

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"),[2] mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria.[3] A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.
Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados públicamente.[4] Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até aos dias atuais.

Índice


               História

Este artigo é parte de ou relacionados com a
série sobre os Cavaleiros Templários
Ordem dos Templários
Associações modernas


A Ordem foi fundada por Hugo de Payens em 1118, com o apoio de mais 8 cavaleiros e do rei Balduíno II de Jerusalém, após a Primeira Cruzada, com a finalidade de proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, vítimas de ladrões[5] em todo o percurso e, já na Terra Santa, dos ataques que os muçulmanos faziam aos reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.
Oficialmente aprovada pelo Papa Honório II em torno de 1128[6][7], a ordem ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas[8] e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário,[9][10] e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.
A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam" (Slm. 115:1 - Vulgata Latina) que significa "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória" (tradução Almeida).
O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa, deveu-se ao grande fervor religioso e à sua poderosa força militar. Os Papas guardaram a Ordem acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer outra jurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os benefícios temporais que o Ordem recebeu dos soberanos da Europa.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a protecção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islã. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o carácter de peregrinações.
"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente, um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para sua alma, é protegida pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de homens."
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood[11]

As cruzadas tomaram Antioquia (1098), Jerusalém (1099), e estabeleceram o principado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada (1145-48) e a Terceira (1188-92) no decorrer da qual Chipre caiu sob domínio latino, sendo governado por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada.
O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139, o papa Inocêncio II emitiu uma bula, Omne datum optimum, declarando que os templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.
Mais tarde outros privilégios foram-lhes dados através das bulas Milites Templi em 1144 e Militia Dei em 1145.
Em 14 de Outubro de 1229 o papa Gregório IX redige uma outra bula, Ipsa nos cogit pietas, dirigida ao mestre e cavaleiros da ordem do Templo que os isenta de pagarem as décimas para as despesas da Terra Santa atendendo "à guerra continua que sustentavam contra os infieis arriscando a vida e a fazenda pela fé e amor de Cristo"[12].
Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos".
Levando uma forma de vida austera, não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos: aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem. Mesmo assim, foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida em troco da apostasia, permanecendo fiéis à fé cristã.

Crescimento da ordem e a perda de sua missão

Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.
Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros templários.
As derrotas sofridas pela ordem reforçaram a ideia nos altos escalões do clero de que os templários já não cumpriam sua missão de liberar e proteger os caminhos para Jerusalém. A principal derrota aconteceu em 1291, quando os mulçumanos conquistaram São João de Acre, a última cidade cristã na Terra Santa, o que levou o deslocamento de muitos de seus membros de volta à Europa. A partir desse período começam as perseguições pelo rei Felipe, o Belo, que, incomodado pela autonomia e poder da ordem, toma diversas medidas para dominá-la. Sem alcançar seus objetivos, decreta a dissolução da ordem, a prisão de seus líderes que, depois de interrogatórios, são condenados a morrer na fogueira em 18 de março de 1314 [13].

Aproximação com o Estado e a Igreja Católica

Templários condenados à fogueira pela Santa Inquisição.
Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.
A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os templários da França. Os templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.
O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V esteve para absolver os templários das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda dessa sua vontade e de razões de oportunismo político que a ultrapassaram.
Dela se aproveitou Filipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

Da Sentença do Papa Clemente V aos nossos dias

Filipe IV da França.
O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V pretendia absolver a Ordem das acusações de heresia, e que poderia ter dado eventualmente a absolvição ao último grão-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia.
Após a descoberta nos Arquivos do Vaticano, da acta de Chinon, assinada por quatro cardeais, declarando a vontade de dar a inocência dos Templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi recordado em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo, na presença de Monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana, de Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial do Arquivo, de Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e escritor, e da escritora Barbara Frale, descobridora do pergaminho e autora do livro "Os templários".
O Grão Priorado de Portugal esteve representado por Alberto da Silva Lopes, Preceptor das Comendadorias e Grão Cruz da Ordem Suprema e Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.[carece de fontes?]

           Considerações finais

A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército da Igreja, o que o tornava senhor rei absoluto, na França.
Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.
Na sua ira, DeMolay teria chamado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não constar em relatos modernos da sua execução. Filipe o Belo e Clemente V morreram ainda no ano de 1314. Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma série de livros históricos de Maurice Druon. Ironicamente, Luís XVI de França (executado em 1793) era um descendente de Felipe O Belo e de sua neta, Joana II de Navarra.

A Ordem do Templo e a historiografia

O fato de nunca ter havido uma oportunidade de acesso aos documentos originais dos julgamentos contra os templários motivou o surgimento de muitos livros e filmes, com grande repercussão pública, porém, sem nenhum fundamento histórico. Por este mesmo motivo, muitas sociedades secretas, como a Maçonaria, se proclamam "herdeiras" dos templários.
A obra "Processos contra templários", publicada pela Biblioteca Vaticana, restaura a verdade histórica sobre Os Cavaleiros da Ordem do Templo, conhecidos como templários, cuja existência e posterior desaparecimento foram motivo de numerosas especulações e lendas.
Os Pergaminho de Chinon são relativos ao processo contra os templários, realizados sob o pontificado do Papa Clemente V, cujos originais são conservados no Arquivo Secreto do Vaticano. O principal valor da publicação reside na perfeita reprodução dos documentos originais do citado processo e nos textos críticos que acompanham o volume; explicam como e por que o pontífice Clemente V absolveu os Templários da acusação de heresia e suspendeu a Ordem sem dissolvê-la, reintegrando os altos dignitários Templários e a própria Ordem na comunhão da Igreja.

Lendas e relíquias

A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha de Chipre) em 1571 pelos otomanos[carece de fontes?] tornou-se o principal motivo da pequena quantidade de informações disponíveis e da quantidade enorme de lendas e versões sobre sua história.
Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre segredos e mistérios, e mais rumores foram adicionados nos romances de ficção populares, como Ivanhoe, O Pêndulo de Foucault, e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do Tesouro Perdido" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", bem como jogos de vídeo, como Broken Sword e Assassin's Creed.
O Domo da Rocha, uma das estruturas do Monte do Templo.
Uma das versões faz ligação entre os Templários e uma das mais influentes e famosas sociedades secretas, a Maçonaria.
Historiadores acreditam na separação dos Templários quando a perseguição na França foi declarada. Um dos lugares prováveis para refúgio teria sido a Escócia, onde apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses. Embora os cavaleiros estivessem em território seguro, sempre havia o medo de serem descobertos e considerados novamente como traidores. Por isso teriam se valido de seus conhecimentos da arquitetura sagrada e assumiram um novo disfarce para fazerem parte da maçonaria (texto do livro Sociedades Secretas - Templários, editora Universo dos Livros).
Muitas das lendas dos Templários estão relacionadas com a ocupação precoce pela Ordem do Monte do Templo em Jerusalém e da especulação sobre as relíquias que os templários podem ter encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No entanto, nos extensos documentos da inquisição dos Templários nunca houve uma única menção de qualquer coisa como uma relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por parte dos Templários. Na realidade, a maioria dos estudiosos concorda que a história do Graal era apenas isso, uma ficção que começou a circular na época medieval.
O tema das relíquias também surgiu durante a Inquisição dos Templários, pois documentos diversos dos julgamento referem-se à adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet. Essa acusação de idolatria contra os templários também levou à crença moderna por alguns de que os templários praticavam bruxaria.
Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registros. Por essa mesma data, o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja e consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adoptando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que planeava apoderar-se da armada Templária para si.
Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para a Suíça, é que antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele país, até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suíça que implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.

      Templários notáveis

Os Nove Fundadores

1.             Hugo de Payens (ou Payns)
2.             Godofredo de Saint-Omer
3.             Godofredo de Bisol ( ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel);
4.             Payen de Montdidier ( ou Nirval de Montdidier);
5.             André de Montbard (tio de S. Bernardo);
6.             Arcimbaldo de Saint-Amand, ou Archambaud de Saint-Aignan;
7.             Hugo Rigaud
8.             Gondemaro, (ou Gondomar);
9.             Arnaldo ou Arnoldo

      Grão-mestres

   Possessões e Propriedades

     Castelos

Planta do Santuário da Rocha (onde outrora se encontrava o Templo de Salomão), com algumas de suas linhas de construção que podem ter servido de inspiração para os templos da Ordem.

 Na Terra Santa

Na Itália

Na Península Ibérica

               Em Espanha

Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta circular evoca a Igreja dos Templários em Jerusalém.
Castelo de Almourol junto ao rio Tejo, fundado pelo mestre Gualdim Pais.
Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126.
Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros.
Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.
Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar.
Através da bula Regnans in coelis (12 de agosto de 1308) o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil (dezembro de 1310) decretou a prisão dos mesmos.
Em Portugal, a partir de 1310 o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta para os Hospitalários. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem no país. Após uma curta passagem por Castro Marim, a nova Ordem viria a sediar-se também em Tomar.
Das várias Comendadorias (casas militares) a maior parte delas recebe o nome de um santo/a, mas também há algumas consagradas com o nome de reis.

Mestres Portugueses

1.             Afonso Henriques, Irmão Templário (13.03.1129)
2.             Guillaume Ricardo (1127 - 1139)
3.             Hugues Martins (1139)
4.             Hugues de Montoire (1143)
5.             Pedro Arnaldo (1155 - 1158)
6.             Gualdim Pais (1158 - 1195)
7.             Lopo Fernandes
8.             Fernando Dias (1202)
9.             Gomes Ramires (1210 - 1212)
11.      Pedro Anes (1223 - 1224)
12.      Martin Sanchez (1224 - 1229)
13.      Estevão Belmonte (1229 - 1237)
15.      Martim Martins (1242 - 1248)
16.      Pedro Gomes (1248 - 1251)
17.      Paio Gomes (1251 - 1253)
18.      Martim Nunes (1253 - 1265)
19.      Gonçalo Martins (1268 - 1271)
20.      Beltrão de Valverde (1273 - 1277)
21.      João Escritor (1280 - 1283)
22.      João Fernandes (1283 - 1288)
23.      Afonso Pais-Gomes (1289 - 1290)
24.      Lourenço Martins (1291 - 1295)
25.      Vasco Fernandes (1295 - 1306).

Os maçons e os cavaleiros templários

Domínio Público
Um cavaleiro templário













Os maçons também foram conectados a uma misteriosa ordem conhecida como cavaleiros templários. Esses cavaleiros eram monges que, em 1118, tomaram armas com o objetivo de proteger peregrinos cristãos viajando de Jafa (uma cidade portuária em Israel (em inglês)) para Jerusalém. De acordo com a lenda, os cavaleiros templários descobriram o maior tesouro da história, enterrado sob as ruínas do templo do rei Salomão. Os cavaleiros se tornaram tão ricos que se tornaram alvo de inveja e suspeitas. Em 1307, o rei Felipe 4º da França ordenou a prisão de todos os templários, de modo que pudesse se apoderar de sua imensa riqueza. O que aconteceu aos templários depois de seu aprisionamento continua sendo um mistério, mas há quem diga que eles passaram a viver na clandestinidade e a realizar seu trabalho em segredo, ressurgindo na Europa do século 18 como os modernos maçons. Existe até uma teoria de que os templários, em seu desejo de vingança contra o rei Felipe 4°, influenciaram o início da Revolução Francesa.
Histórias como essas tendem a emprestar um tom dramático à história dos maçons, mas a explicação mais verossímil quanto à origem da irmandade pode ser encontrada na Idade Média. Na época, os reis e igrejas da Inglaterra, Escócia e França contratavam pedreiros para construir grandes castelos e catedrais. Na época, existiam dois tipos de pedreiros. Aqueles que trabalhavam com pedras comuns eram conhecidos como "pedreiros ordinários", e os que entalhavam formas mais complexas, em pedras menos duras, eram conhecidos como pedreiros livres, ou "free masons", duas palavras que se combinaram no termo "freemason", que designa a maçonaria em inglês. Os maçons desfrutavam de uma espécie de monopólio, em função de suas capacidades especializadas, e queriam preservar essa situação. Estabeleceram guildas comerciais para discutir sua profissão e o pagamento justo por seu trabalho, e fundaram lojas nas quais podiam comer (em inglês) e guardar suas ferramentas. E desenvolveram apertos de mão secretos, palavras-código e outros sinais para que pudessem se distinguir dos pedreiros ordinários.
Mulheres na maçonaria
Os maçons se definem como "irmandade", e os irmãos não permitem a adesão de mulheres. As mulheres passaram a ser excluídas do grupo no século 18, em parte porque os maçons temiam que o belo sexo os distraísse do trabalho a executar e revelasse seus segredos. Há alguns poucos exemplos conhecidos de admissão de mulheres, como o de Elizabeth Aldworth, que foi aceita em uma loja maçônica inglesa no começo do século 18, depois de ser apanhada bisbilhotando uma reunião. Hoje, há alguns grupos de mulheres conectadas aos maçons, como a Ordem da Estrela do Oriente.

 

Fonte:
http://pessoas.hsw.uol.com.br