Cisma do Oriente
No século XI um conflito de interesses entre a Igreja Católica do Ocidente e a do Oriente determinou o Cisma do Oriente. O evento estabeleceu o rompimento dentro da Igreja, ambos os lados passaram a defender suas próprias doutrinas, o que persiste até hoje.
Desde o Império Romano e durante a Idade Média a Igreja Católica possuía duas sedes principais, uma localizada em Roma, no Ocidente, e outra na cidade de Constantinopla, no Oriente. Ainda durante o poderio do Império Romano ficou estabelecido e acordado entre as duas partes da Igreja que a capital do Império seria Roma. Mesmo a Igreja do Oriente concordando com a decisão, havia certo ressentimento por conta de algumas exigências jurídicas que os papas insistiam em fazer. Tais exigências foram mais marcantes durante o papado de Leão IX que durou de 1048 até 1054, sendo que seus seguidores preferiram por continuar com suas determinações. A Igreja do Ocidente se opunha também ao sistema adotado no Oriente de cesaropapismo bizantino, que consistia na subordinação da Igreja Oriental a um chefe secular.
As desavenças existentes entre as Igrejas de Roma e de Constantinopla geraram vários conflitos ideológicos. Ainda durante o Império Romano, o patriarca Fócio condenou a inclusão do filioque no Credo da Cristandade Ocidental sob a acusação de heresia. A atitude que envolvia as questões disciplinares e litúrgicas da Igreja foi responsável por uma grave e primeira ruptura que ocorreu entre Ocidente e Oriente Católicos entre os anos de 456 e 867.
Ao longo dos séculos as duas Igrejas cultivaram desigualdades culturais e políticas que através de vários enfrentamentos chegaram a causar a divisão do próprio Império Romano entre Ocidental e Oriental, como aconteceu no século IV.
Situações culturais, políticas e sociais fizeram com que as duas Igrejas desenvolvessem suas características próprias, no Ocidente as invasões bárbaras marcaram uma nova fase, gerando uma nova estruturação a partir do fim do Império Romano. Enquanto isso, no Oriente as tradições do mundo clássico permaneceram presentes na sociedade e na Igreja cultivando a cristandade helenística. A Igreja do Ocidente teve muito contato com a influência e presença dos povos germanos, já a Igreja do Oriente carregou a tradição e o rito grego e integrou especialmente o Império Bizantino.
Foi no segundo milênio que as diferenças e enfrentamentos se acentuaram. No ano de 1043 assumiu a Igreja Bizantina o patriarca Miguel Cerulário, sob sua liderança foi desenvolvida uma campanha que pregava contra as Igrejas Latinas na cidade de Constantinopla. O combate proposto pelo novo patriarca envolvia questões teológicas que versavam sobre o Espírito Santo. Anos mais tarde, em 1054, Roma providenciou o envio do Cardeal Humberto à Constantinopla para tentar entender a crise e solucionar o problema. Entretanto a crise entre os cristãos já havia tomado lugar, como resultado da discussão o Cardeal Humberto decidiu por excomungar o patriarca Miguel Cerulário. O ato do Cardeal foi entendido como extensivo a toda a Igreja Bizantina, que por sua vez reagiu excomungando o papa Leão IX. Configurava-se o Cisma do Oriente, também chamado de O Grande Cisma do Oriente, que daria origem à Igreja Ortodoxa, no Oriente, e a Igreja Católica Apostólica Romana, no Ocidente.
Várias foram as tentativas de reunificar a Igreja, dentre as quais cabe destacar os Concílios Ecumênicos de Lyon em 1274 e de Florença em 1439. Por alguns momentos as duas Igrejas estiveram reunidas novamente, mas sempre por muito pouco tempo. A separação fez com que a cidade de Constantinopla fosse tomada pelos otomanos em 1453 resultando na dominação do Império Bizantino por muito tempo. Somente no dia 7 de dezembro de 1965 que o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras I tentaram aproximar as duas Igrejas novamente levantando a questão das excomunhões, que por sua vez foram retiradas no ano seguinte por ambas as Igrejas.
Na prática os ortodoxos seguem sacramentos típicos da Igreja Ocidental, mas não acreditam na existência do purgatório ou na infalibilidade do papa. Trata-se de uma outra corrente religiosa dentro do cristianismo e dentro do próprio catolicismo, só recentemente as duas partes retomaram os diálogos tentando de alguma forma sanar o Cisma.
O Cisma do Oriente, também chamado de Grande Cisma ou Cisma Ocidente-Oriente, foi o cisma que separou definitivamente a Igreja Católica Apostólica em Igreja Católica Romana e a Igreja Ortodoxa. O cisma ocorreu no século XI, mais especificamente no ano de 1054[1][2], na cidade de Constantinopla.
Índice
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Motivos do Cisma
Uma diferença crescente de pontos de vista entre as duas igrejas resultou da ocupação do oeste pelos outrora invasores bárbaros, enquanto o leste permaneceu herdeiro do mundo clássico. Enquanto a cultura ocidental foi-se paulatinamente transformando pela influência de povos como os germanos, o Oriente permaneceu desde sempre ligado à tradição da cristandade helenística. Era a chamada Igreja de tradição e rito grego. Isto foi exacerbado quando os papas passaram a apoiar o Sacro Império Romano no oeste, em detrimento do Império Bizantino no leste, especialmente no tempo de Carlos Magno. Havia também disputas doutrinárias e acordos sobre a natureza da autoridade papal.
A Igreja de Constantinopla respeitou a posição de Roma como a capital original do império, mas ressentia-se de algumas exigências jurisdicionais feitas pelos papas, reforçadas no pontificado de Leão IX (1048-1054) e depois no dos seus sucessores. Para além disso, existia a oposição do Ocidente em relação ao cesaropapismo bizantino, isto é, a subordinação da Igreja oriental a um chefe secular, como acontecia na Igreja de Bizâncio.
Uma ruptura grave ocorreu de 856 a 867, sob o patriarca Fócio, este sabia que contribuía para aumentar o distanciamento entre gregos e latinos, e usou a questão do filioque como ponto de discórdia, condenou a sua inclusão no Credo da Cristandade ocidental e lançou contra ela a acusação de heresia. Desse modo, para o futuro as pendências não seriam apenas de natureza disciplinar e litúrgica, mas também de natureza dogmática, com o que se comprometia de modo quase irremediável a unidade da igreja.
O Cisma
Roma enviou o Cardeal Humberto a Constantinopla em 1054 para tentar resolver este problema. No entanto, esta visita acabou do pior modo, com a excomunhão do patriarca Miguel Cerulário, um ato entendido como a excomunhão de toda a Igreja bizantina e ao qual o Sínodo e Cerulário responderam do mesmo modo a Roma, excomungando o papa Leão IX. As Igrejas, através de seus representantes oficiais, também anatematizaram (denunciaram formalmente) uma à outra.
A deterioração das relações entre as duas Igrejas contribuiu largamente para o episódio do saque de Constantinopla durante a quarta Cruzada (1204) e o estabelecimento do Império Latino (Ocidental) que durou 55 anos. Isso aprofundou ainda mais a ruptura e a desconfiança mútua.
Houve várias tentativas de reunificação, principalmente nos Concílios Ecumênicos de Lyon (1274) e Florença (1439), mas as reuniões mostraram-se efêmeras. Estas tentativas acabaram efetivamente com a queda de Constantinopla em mãos dos otomanos, em 1453, que ocuparam quase todo o antigo Império Bizantino por muitos séculos. As mútuas excomunhões só foram levantadas em 7 de Dezembro de 1965, pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras I, por forma a aproximar as duas Igrejas, afastadas havia séculos. As excomunhões, entretanto, foram retiradas pelas duas Igrejas em 1966. Somente recentemente o diálogo entre elas foi efetivamente retomado, a fim de tentar sanar o cisma.
Cisma do Ocidente
O grande Cisma do Ocidente ocorreu entre 1378 e 1417. Já anteriormente tinham ocorrido divisões na Igreja Católica mas nenhuma delas com esta importância.
De 1308 a 1378 os papas deixaram Roma para se fixarem em Avinhão (Sul de França), inaugurando um período designado por "Cativeiro de Avinhão". Nesta altura, a autoridade e o prestígio dos papas tinha decaído na Europa e, ao contrário dos séculos anteriores, não tinham autoridade para intervir nos assuntos da política internacional e, a nível interno de cada um dos reinos, essa ingerência era cada vez mais limitada.
Após a morte de Gregório XI, o conclave formado por 16 cardeais foi pressionado pelo povo que exigia um papa romano ou italiano. Foi eleito o arcebispo de Bari que tomou o nome de Urbano VI. Apesar dos tumultos aquando da eleição, nada fazia prever o cisma. A 9 de agosto de 1378 os cardeais assinaram um documento declarando a eleição nula e a 20 de setembro elegeram o cardeal de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. Ambos os papas se declararam legítimos e excomungaram-se mutuamente. Consumou-se assim o cisma - Urbano VI ficou em Roma e Clemente VII instalou-se em Avinhão. A Urbano VI sucederam Bonifácio IX (1389-1404), Inocêncio VII (1404-1406) e Gregório XII (1406-1415). A Clemente VII sucedeu Bento XIII (1406-1423). O mundo católico dividiu-se entre apoiantes de Urbano VI e apoiantes de Clemente VII, de acordo com as alianças políticas ditadas pela Guerra dos Cem Anos. Clemente VII foi apoiado pelos reinos da França, Nápoles e mais tarde por Castela, Aragão, Lorena e Escócia. O imperador da Alemanha, o rei da Inglaterra e o conde da Flandres apoiaram Urbano VI.Foram tentados vários processos para terminar com o cisma que ninguém queria. Um dos processos foi o Concílio de Pisa. Este concílio depôs ambos os papas e elegeu Alexandre V (1409-1410) a quem sucedeu João XXIII (1410-1415). A deposição não foi, no entanto, aceite e a partir desta altura coexistiram três papas. Em 1415, pelo Concílio de Constança, foi finalmente restabelecida a unidade religiosa. João XXIII foi deposto e aceitou humildemente a decisão, Gregório XII abdicou voluntariamente e Bento XIII foi excomungado. Em 1417 foi eleito Martinho V que toda a Igreja reconheceu como sendo o papa legítimo. O sucessor de Bento XIII, Clemente VIII, renunciou e terminou assim definitivamente com o cisma.
Portugal apoiou o papa que mais convinha às suas alianças políticas. Manteve uma posição neutral até 1380, e em janeiro deste ano D. Fernando anunciou, em Évora, a sua adesão a Avinhão. A renovação da aliança portuguesa com Inglaterra levou a que em 1381 D. Fernando declarasse que reconhecia Urbano VI como sendo o papa legítimo. Após a morte de D. Fernando e com a crise de nacionalidade que se lhe seguiu, Portugal manteve-se fiel a Urbano VI, acusando os castelhanos de serem hereges e cismáticos por apoiarem Avinhão. A fidelidade portuguesa a Roma manteve-se até ao Concílio de Pisa, altura em que D. João I, acompanhando a posição da maioria dos países católicos, reconheceu o papa saído deste concílio.
O Grande Cisma da Igreja
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Introdução
O tema do nosso artigo é "O Grande Cisma da Igreja". Existem, na realidade dois episódios na história da igreja que disputam este título: O primeiro, que é o alvo do nosso exame, é a divisão ocorrida em 1054, no seio da igreja Cristã, entre a ala oriental e ocidental, que gerou a chamada Igreja Ortodoxa, ou Grega-ortodoxa. O outro cisma, algumas vezes classificado como "o grande", ocorreu séculos depois, em 1378 a 1417, quando a Igreja Católica teve dois papados - um em Roma e o outro na França.
Os acontecimentos na história da Igreja que vamos examinar, parecem apenas fruto de política e dissensão interna. No entanto, não podemos nos esquecer que o Islamismo surgiu exatamente alguns séculos antes do Grande Cisma. A ameaça externa dos seguidores de Maomé teve muito a ver com o desenrolar dos eventos. É, portanto, aconselhável que tenhamos uma boa compreensão histórica do Islamismo, pois desde o seu início ele tem se constituído numa das maiores ameaças ao cristianismo, como está demonstrado sem sombras de dúvidas, em nossos dias.
Queremos também compreender o gradual afastamento da igreja da singeleza doutrinária que marcou os escritos dos apóstolos e a igreja primitiva, nos primeiros séculos da era cristã.
Vamos começar nosso estudo no ano 800 - um ano "redondo" mas crucial na história do mundo e da igreja. No Natal deste ano o papa Leão III coroou Carlos Magno como o primeiro imperador do Santo Império Romano. Acontece que esse império não era "romano" pois o poder imperial político de Roma não mais existia. A tentativa era estabelecer uma sucessão ao Império Romano e costurar uma aliança com a igreja, mas o centro do poder, agora, era a região que seria, mais tarde, conhecida como a Alemanha. Carlos Magno era o rei dos Francos - designação de várias tribos de "bárbaros" que habitavam a margem direita do rio Reno.
O papado estabeleceu uma aliança plena com o novo imperador - cada um exerceria o domínio em sua própria esfera e cooperariam com os interesses um do outro. Esse conceito teria reflexos a longo prazo na história da Europa. Durante o próximo milênio vários imperadores desfilaram os seus exércitos no solo europeu, esforçando-se para se estabelecerem como legítimos sucessores dos Césares romanos - até que, em 1806, Napoleão aboliu formalmente o "Santo Império Romano" - que, na época, virtualmente compreendia apenas a Alemanha.
Alguns anos antes em Constantinopla (onde atualmente encontramos a cidade de Istambul, na Turquia), o imperador Leão Isauriano confrontara o perigo dos exércitos islâmicos e fora bem sucedido em evitar uma invasão. O império bizantino foi se consolidando e, carregando consigo a ala oriental da igreja, expandiu sua influência desde a Grécia até a Arábia. Assim, na parte leste, ou oriental, a igreja era liderada por um patriarca, em Constantinopla (conhecida depois como ramo grego ortodoxo); e na parte oeste, ou ocidental, a liderança era exercida pelos papas, em Roma (conhecida depois como ramo católico romano).
Carlos Magno conseguiu controlar o território da França, Alemanha, Suíça e Itália. Seus três filhos não conseguiram manter a regência conjunta e o Império foi repartido e enfraquecido. Eventualmente, a Europa transformou-se em vários principados independentes e antagônicos entre si. Isso contribuiu para que o papado readquirisse alguma força política e geográfica. O período de 800 até o ano de 1073, entretanto, marca uma era de forte aliança entre igreja e estado com a chamada dinastia carolingiana. Nela o papado se desenvolveu e oscilou em poder na medida que os regentes políticos também oscilavam.
O Islamismo começou a mostrar-se também uma ameaça enorme para a igreja ocidental. Durante o papado de João VIII (872-882), por falta de socorro político e militar, ele teve que fazer um tratado humilhante com os maometanos. Para conserva-los longe de Roma, teve de concordar em pagar tributos a eles. Do ano 880 ao ano 1000, a Itália viveu um estado de quase anarquia e o papado refletia essa instabilidade. Já era grande a corrução na igreja e muitos indivíduos desqualificados ocuparam o papado. Por exemplo, no período de apenas 11 anos (882 a 903) existiram 12 papas. Um dos últimos papas desse período, Benedito IX, assumiu o ofício aos doze anos e cometeu muitos desmandos. Surpreendentemente, entretanto, a igreja estendia sua influência territorial atingindo até a Islândia. Nesse período, também, a Boêmia, Hungria e a Polônia se tornaram nações católicas.
Enquanto isso, o ramo oriental da igreja, que tinha a sua sede em Constantinopla, ia se afastando cada vez mais da ala ocidental, enquanto também se expandia, avançando até ao norte. Em 988 o rei Vladimir, da Rússia, foi batizado. Nas duas frentes, a igreja aumentava sua influência política e os dois ramos iam adquirindo características peculiares e diferenciadas entre si.
No início do segundo milênio da Era Cristã, tanto a igreja católica ocidental, liderada por Roma, como a ala oriental, liderada por Constantinopla, já havia incorporado em suas práticas e liturgias vários pontos que seriam questionados de forma incisiva pela Reforma do século XVI. É interessante notarmos, entretanto, que muitas dessas práticas sofreram contestação ao longo de suas introduções e várias deram lugar à separação entre o leste e o oeste, culminando, em 1054, no Grande Cisma.
Desde o ano de 867 circulavam, na igreja oriental, relações de práticas da igreja ocidental romana que eram doutrinariamente contestadas pela ala do leste. Mas a relação mais importante foi escrita pelo patriarca Cerulárius no ano de 1054. Ela era, na realidade, uma reação a uma relação de erros da igreja oriental, que havia sido enviada pelo papa Leão IX, pelo cardeal Humberto. A lista de Cerulárius continha, entre outras coisas: condenava o uso de pão fermentado na eucaristia; condenava a aprovação de qualquer carne para alimentação; condenava a permissão de se barbear; rejeitava as adições sobre o Espírito Santo ao Credo Niceno; condenava o celibato clerical; condenava a permissão de se; etc., etc. No final Cerulárius escreveu: "Portanto, se eles vivem dessa maneira, enfraquecidos por esses costumes; ousando praticar essas coisas que são obviamente fora da lei, proibidas e abomináveis; então poderá qualquer pessoa, em seu juízo são, incluí-los na categoria de ortodoxos? Claro que não".
No final, Humberto, comissionado pelo papa, excomungou Cerulários e Cerulárius excomungou Humberto e o papa, e estava sacramentado o Grande Cisma de 1054.
O Cisma, entretanto, não ocorreu em cima de um incidente específico, mas sacramentou uma divisão de doutrina, interesses e estilos que já vinha sendo consolidada ao longo dos últimos séculos. Vejamos seis razões principais para ele ter ocorrido:
Assim, no ano de 1054 a bula papal de excomunhão do Patriarca foi depositada no altar de Santa Sofia, em Constantinopla. Houve retaliação por parte do patriarca de Constantinopla e o Cisma estava configurado. A partir daí a história se divide e passamos a acompanhar muito mais a história da igreja romana, do que a da igreja Grega Ortodoxa e de suas variações e ramos (Russa Ortodoxa, Maronitas, etc.)
A Igreja Ortodoxa é um ajuntamento de igrejas auto-governadas. Elas são administrativamente independentes e possuem vários ramos, embora todas reconheçam a preeminência espiritual do Patriarca de Constantinopla. Elas mantêm comunhão, umas com as outras, embora a vida interna de cada igreja independente seja administrada por seus bispos. Atualmente, existem Igrejas Ortodoxas da Rússia, da Romênia, da Sérvia, da Bulgária, da Geórgia, do Chipre, dos Estados Unidos, etc.
Algumas características doutrinárias e litúrgicas marcam as Igrejas Ortodoxas com mais intensidade:
A importância dada à tradição, não somente diminui a importância da Palavra de Deus, na vida das pessoas e da própria igreja, como chega a subordinar a Bíblia à tradição. Ela afirma que as verdades da salvação são "preservadas na Tradição viva da Igreja" e que as Escrituras são "o coração da tradição". Nesse sentido, consideram também que as suas doutrinas e a "Fé Apostólica" têm sido, no seio da Igreja Ortodoxa, "incólume transmitida aos santos".
Uma publicação da Igreja Ortodoxa diz, textualmente: "As fontes de onde extraímos a nossa Fé Ortodoxa são duas: a Sagrada Escritura e Santa Tradição". Isso contradiz frontalmente a compreensão reformada das Escrituras - Sola Scriptura (somente as Escrituras) foi um dos pilares da Reforma do Século XVI. Nesse sentido, a Igreja Ortodoxa se aproxima muito da Católica Romana.
A Igreja Ortodoxa abriga a idolatria. A alta consideração dada aos ícones, os rituais de beijos e afeição e a sua ampla utilização na vida diária de devoção, demonstram que por mais que se declare uma simples "veneração", não há diferença prática da mera adoração a tais imagens. A rejeição às estátuas não basta para eliminar o câncer da idolatria que persegue a mente carnal, desviando os olhos da intermediação única de Cristo e da simplicidade do culto que deve ser prestado, em espírito e em verdade. Uma publicação da Igreja Ortodoxa diz: "dentro da tradição ortodoxa a palavra ícone assumiu o significado de imagem sagrada". Vemos como a tradição gera a idolatria condenada pela Palavra (Is. 44.9-20)
A visão da Igreja Ortodoxa sobre a pessoa do Espírito Santo, considerando sua obra quase que independente da obra de Cristo, levou ao desenvolvimento de um misticismo que tem a "aparência de piedade", mas que na realidade desvia o foco da pessoa de Cristo Jesus, nosso único mediador entre Deus e os homens. Nesse sentido, ela se aproxima muito de certos segmentos da igreja evangélica contemporânea que têm procurado transformar a fé cristã e a prática litúrgica extraída da Bíblia, em representações místicas da atuação do Espírito, segundo conceitos humanos.
É verdade que a Igreja ortodoxa não aceita a supremacia do papa, e algumas outras práticas da igreja de Roma, mas de uma forma genérica, ela abriga dentro de si muitos dos pontos errados que foram contestados pela Reforma, por terem sido meros frutos do tradicionalismo e não de uma exegese sólida da Palavra de Deus. A Igreja Ortodoxa se orgulha em pregar a unidade, apontando-se a si mesma como a igreja apostólica real, mas a verdadeira unidade se forma ao redor das doutrinas cardeais da fé cristã e não pela tradição.
Fonte:
http://www.infoescola.com
http://www.solanoportela.net
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