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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

350-O LIVRO DE JÓ




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Livro de Jó




Autor: O Livro de Jó não revela especificamente o nome do seu autor. Os candidatos mais prováveis são Jó, Eliú, Moisés e Salomão.

Quando foi escrito: A data da autoria do Livro de Jó seria determinado por quem foi o seu autor. Se Moisés foi o autor, a data seria por volta de 1440 AC. Se Salomão foi o autor, a data seria em torno de 950 AC. Já que não sabemos de certeza quem foi o autor, não podemos saber exatamente quando foi escrito.

Propósito: O Livro de Jó nos ajuda a entender o seguinte: Satanás não pode nos afligir com destruição física e financeira sem a permissão de Deus. Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. Isso vai além de nossa capacidade humana de entender o “porquê” por trás de todo o sofrimento no mundo. Os ímpios vão receber o pagamento por suas ações. Nem sempre podemos culpar o nosso sofrimento e pecado em nossos estilos de vida. Sofrimento às vezes pode ser permitido em nossas vidas para purificar, testar, ensinar ou fortalecer a alma. Deus continua a ser suficiente e a merecer e desejar o nosso amor e louvor em todas as circunstâncias da vida.

Versículos-chave: Jó 1:1: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.”

Jó 1:21: “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!”

Jó 38:1-2: “Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?”

Jó 42:5-6: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”

Resumo: O livro inicia com uma cena no céu onde Satanás aparece diante de Deus para acusar Jó. Ele insiste que Jó apenas serve a Deus porque o Senhor o protege. Satanás pede então pela permissão de Deus para testar a fé e lealdade de Jó. Deus concede a Sua permissão, mas apenas dentro de certos limites. Por que os justos sofrem? Esta é a pergunta feita depois que Jó perde sua família, sua riqueza e sua saúde. Os três amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar) aparecem para “confortá-lo” e discutir a sua enorme série de tragédias. Eles insistem que seu sofrimento é em castigo pelo pecado em sua vida. Jó, no entanto, continua a ser dedicado a Deus por tudo isso e afirma que sua vida não tem sido uma de pecado. Um quarto homem, Eliú, diz a Jó que ele precisa se humilhar e submeter ao uso de dificuldades por parte de Deus para purificar a sua vida. Finalmente, Jó questiona o próprio Deus e aprende lições valiosas sobre a Sua soberania e a sua necessidade de confiar totalmente no Senhor. Deus então restabelece a saúde, felicidade e prosperidade para muito além do seu estado anterior.

Prenúncios: À medida que Jó pondera a causa de sua miséria, três perguntas vieram à sua mente, todas as quais são respondidas apenas em nosso Senhor Jesus Cristo. Essas questões ocorrem no capítulo 14. Primeiro, no versículo 4, Jó pergunta: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!?” A pergunta de Jó vem de um coração que reconhece que não pode agradar a Deus ou se justificar diante dEle. Deus é santo, nós não. Portanto, existe um grande abismo entre Deus e o homem que foi causado pelo pecado. Mas a resposta à pergunta angustiada de Jó é encontrada em Jesus Cristo. Ele pagou pela penalidade dos nossos pecados e trocou-a por Sua justiça, tornando-nos assim aceitáveis aos olhos de Deus (Hebreus 10:14, Colossenses 1:21-23, 2 Coríntios 5:17).

A segunda pergunta de Jó: “O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" (Versículo 10) é uma outra pergunta sobre a eternidade, vida e morte que é respondida apenas em Cristo. Com Cristo, a resposta a “expira o homem e onde está?” é vida eterna no céu. Sem Cristo, a resposta é uma eternidade nas “trevas” onde há “choro e ranger de dentes” (Mateus 25:30).

A terceira pergunta de Jó, encontrada no versículo 14, é: “Se um homem morre, viverá outra vez?” Mais uma vez, a resposta é encontrada em Cristo. Nós realmente viveremos de novo se estamos nEle. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54-55).

Aplicação Prática: O Livro de Jó nos lembra que existe um “conflito cósmico” acontecendo por trás das cenas sobre o qual normalmente não sabemos nada. Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite algo, e acabamos questionando/duvidando da bondade de Deus sem ver a imagem completa. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias. Devemos confiar no Senhor não apenas QUANDO não entendemos, mas PORQUE não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito” (Salmo 18:30). Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente, pois Ele nos lembra “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não.

Livro de Jó

Significado do nome: Voltado sempre para Deus / Hostilizado / O que suporta adversidades.
Introdução
O livro de Jó é o primeiro dos livros poéticos ou sapienciais. Este grupo é formado pelos livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos. Não é certa a autoria do livro, mas existem algumas suposições: uma é que teria sido escrito por Moisés, quando habitou no deserto de Midiã após deixar o Egito, outra de que teria sido escrito num período pós exílio e ainda outra, de que teria sido ecrito por Salomão. O livro nos trás a história de um próspero fazendeiro que é acometido por uma série de fatalidades transformando sua vida de um dia para o outro. A história se passa provavelmente entre 2100 e 1900 a.C, na era dos patriarcas, mas não há uma determinação precisa. O livro trata de uma dúvida muito comum ainda nos dias de hoje: O Sofrimento!! Mais especificamente o sofrimento do justo. Por que um Deus tão bom pode permitir o sofrimento? É até fácil aceitar o sofrimento do ímpio, mas do servo fiel é outra coisa. Por que isso aconteceu comigo se fiz tudo certo?! Estas e outras perguntas acerca do sofrimento de pessoas que se mostram retas e íntegras são muito comuns. Em primeiro lugar devemos lembrar que o Senhor criou o mundo bom e agradável, ou seja, sem o sofrimento, o qual entrou na história depois do desvio do homem. É importante também ter em mente que o sofrimento nos aperfeiçoa nas coisas de Deus.
Quem era Jó (1.1 – 1.5)
As Escrituras dizem que Jó habitava em Uz (localizada provavelmente entre a Arábia e a Palestina na terra de Edom) e que era um homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Logo no começo do livro podemos perceber o quanto este homem era abençoado por Deus. No decorrer do livro podemos perceber nele algumas características, como: integridade, retidão, fidelidade, caráter, intercessão, paciência, humildade, discernimento.
Jó é posto a prova (1.13 – 2.13)
Jó era um servo fiel e as Escrituras revelam que a confiança por parte do Senhor na fidelidade de seu servo era tanta que Ele permite que satanás intente contra sua vida, certo de que seria honrado. A partir deste momento tem início uma série de investidas contra Jó, uma pior do que a outra, pois conforme o servo fiel resistia, o inimigo voltava com um ataque ainda maior.
Devemos sempre ter em mente que a qualquer momento podemos passar por uma provação, mas como nos diz Paulo, o Senhor não nos prova acima do que somos capazes de suportar.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais”.(Coríntios 10.13)
Jó passa grande parte da história procurando explicações para a série de calamidades que o acometeram. Essa busca, porém, se mostra inútil pois é impossível entendermos os planos de Deus.
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55.8, 9).
A Esposa de Jó (2.9 – 2.10)
Ela é citada em apenas um versículo, mas esta pequena passagem lhe rendeu muitos comentários negativos. A atitude da esposa de Jó merece um estudo detalhado, mas farei apenas agumas observações.
Lembrando do texto:
“Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”
1) Algo que acho muito importante, observando o contexto do livro, é que o Senhor repreende a atitude dos três amigos, inclusive ordena que ofereçam sacrifício e peçam oração a Jó, no entanto não repreende, não castiga e nem faz comentário algum a respeito da atitude da esposa do seu servo.
2) Observando as palavras de Jó: “…Como fala qualquer doida…” e analisando a situação de extremo sofrimento em que esta pessoa se encontrava (tudo o que Jó perdeu, inclusive filhos e filhas ela também perdeu), devemos no mínimo considerar que ela não devia estar sã consciência.
3) Quando tento imaginar a situação de Jó, fico realmente triste. Ele perdeu seus familiares, seus bens, seus relacionamentos e passa a maior parte da historia sofrendo na carne as investidas do inimigo. Eu já fico sensibilizado, e muitas vezes até indignado, com muito menos. Não consigo me imaginar se acontecesse com algum conhecido meu. É uma situação desesperadora, não é? E é essa a situação em que se encontra a esposa de Jó: desesperada. Uma pessoa desesperada toma atitudes impensadas, infelizmente,  e com ela não foi diferente.
4) Satanás disse: “…e verás se não blasfema contra ti…”  e ela disse: “…Amaldiçoa a Deus, e morre…”. Opa!! Parecem as palavras de satanás na boca da mulher. Ele tenta que Jó blasfeme e a mulher sugere a mesma coisa? É fato que o inimigo de nossas almas usa as pessoas para alcançar seu objetivos, e a esposa de Jó se encontrava em um momento de descontrole, ou seja suscetível a sua ação!  Lembrei até desses desenhos que usam a figura de um diabinho dando um conselho ruim e um anjinho fazendo o contrário, então me veio em mente o diabinho dizendo: “se seu marido amaldiçoar a Deus ele será consumido num instante e então ele se livrará de todo esse mal”!  Será que ela poderia livrar seu amado de enorme sofrimento? CLARO QUE NÃO! Mas ela não estava em condições de discernir e acaba sugerindo um mal maior por amor e compaixão!
Jó é procurado por seus amigos (3.1 – 37.24)
Ao saberem da situação em que Jó se encontrava, seus amigos (Elifaz, Bildade e Zofar) lhe procuraram. Por sete dias ficaram calados diante de Jó, talvez esta tenha sido a melhor atitude que tenham tomado – certamente foram sete dias de conforto para Jó, lembrando que o sete é um dos números que representam a perfeição na Bíblia. Ao oitavo dia decidiram quebrar o silêncio, logo iniciou-se uma seqüência de diálogos entre eles e Jó. Os amigos tentam explicar o porquê do sofrimento de Jó, mas ele rebate suas críticas. Esses diálogos se seguem entre os quatro até o momento que Zofar se cala por considerar que o caso de Jó não teria solução, e a conversa continua com os outros. Um quarto amigo entra em cena: Eliú repreende os outros três pelas acusações injustas que levantaram contra Jó, porém também repreende a Jó que já estava quase chegando ao ponto de dizer que Deus era injusto.
O Senhor Intervém (Jó 38)
Quando chega o momento em que Jó e seus amigos já não têm mais palavras, o Senhor toma a direção dos acontecimentos e passa a repreender a Jó. Na maior parte do discurso Jó, questiona o Senhor sobre o seu sofrimento, mas acontece uma total inversão da situação nesse momento e é Deus quem passa a questionar seu servo. Embora passando por tamanho sofrimento, Jó se arrepende de seus questionamentos e reconhece o Senhor como seu Redentor. Isso demonstrou grande consciência espiritual que o permitiu enxergar a soberania de Deus, mesmo diante da situação em que ele se encontrava, mantendo-se firme em seu propósito.
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19.25).
“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos Teus propósitos podem ser impedidos… ” (Jó 42.2)
Por fim o Senhor repreende os três amigos que não disseram Dele o que era reto, como fez seu servo Jó (O Senhor não repreende a Eliú).
Para Refletir:
Pelo suposto período em que ocorre a história de Jó, podemos deduzir que ele tinha poucos conhecimentos da Palavra de Deus, pois ainda não havia sido escrita, mesmo assim ele se mostra totalmente fiel a Deus mesmo não O conhecendo como O conhecemos hoje. Se fosse nos dias de hoje, talvez um de seus amigos citasse o Livro de Salmos: “Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.”Salmos (37.5) e certamente essa Palavra seria uma injeção de ânimo, mas Jó enfrentou a situação apenas com o conhecimento que tinha e não se desviou do caminho do Senhor  porque guardava no seu coração as Palavras de Deus. Hoje temos muito mais conhecimento do que Jó, mas assim como ele, precisamos guardá-lo em nossos corações, para que não venhamos a nos desviar do que é reto perante o nosso Deus. De que adianta uma Bíblia com capa dura e letras douradas enfeitando a estante? Se a Palavra de Deus é Alimento e “saco vazio não para em pé”, precisamos encher-nos da Palavra de Deus, só assim estaremos preparados para todas as situações.
Para Ler e Refletir:
"…Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro.Os meus pés seguiram as suas pisadas; guardei o seu caminho e não me desviei dele. Do mandamento de seus lábios nunca me apartei, escondi no meu íntimo as palavras da sua boca.” (Jó 23.10, 11, 12, 13).
“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?”(Hebreus 12.5, 6, 7).

Resumo do Livro de Jó


O LIVRO
O livro de Jó é o princípio dos cinco livros chamados, com absoluta propriedade, de poéticos e sapienciais. (Ver a Introdução aos Livros Poéticos e Sapienciais.) A prosa narrativa ocupa nele um espaço muito reduzido; ela se encontra somente no prólogo (caps. 1—2), no epílogo (42.7-17), numa breve passagem de transição (32.1-6) e em alguns versículos introdutórios do diálogo. O resto, praticamente a totalidade do corpo do escrito, é poesia.
O autor desta obra, expoente da literatura universal, se revela um consumado estilista. Com notável destreza, maneja os recursos do idioma, combinando, de maneira extraordinária, a profundidade de pensamento com a beleza de uma linguagem poética, sonora e cheia de ritmo, rica em paralelismos e imagens de singular plasticidade.

O PRóLOGO
O prólogo consiste na apresentação das circunstâncias em que se desenrola o drama e dos personagens que intervêm nele. O protagonista, Jó, é um fazendeiro rico (1.3) que vive, com sua família, em Uz, povoado situado, segundo se crê, na região araméia que se estendia até o sudeste da Palestina. Homem de fé, descrito como “íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (1.1), Jó é vítima de uma cadeia de desgraças que o deixam rapidamente sem filhos e sem a fazenda, enfermo e reduzido a uma condição miserável (7.5). Apesar de todas as desgraças, ele confia em Deus e o bendiz (1.21), não deixa que os seus lábios pequem contra o Senhor e ainda rebate as queixas da esposa perguntando-lhe: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (2.10)
Naquela situação, três amigos do protagonista apressam-se para “condoer-se dele e consolá-lo:” “Elifaz, o temanita, Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita” (2.11). Contestando os lamentos de Jó, os seus visitantes falam um de cada vez, e ele responde a cada intervenção. Desse modo, dispõem-se três séries de discursos (3.1—31.40), em cujo fim aparece outro personagem, o jovem “Eliú, o filho de Baraquel, o buzita” (32.2, cf. v. 6), que toma a palavra para repreender com ironia a Jó e os seus amigos. Nenhum deles responde ao grande e afetado discurso de Eliú (32.6—37.24), depois do qual é o Senhor mesmo que intervém e põe fim a todo o diálogo (38—41), ao que somente seguiram umas palavras de arrependimento pronunciadas por Jó (42.1-6) imediatamente antes do epílogo em prosa.

A MENSAGEM
O cap. 3 inicia o primeiro dos poemas. Jó se lamenta da sua desgraça em termos que revelam uma amargura profunda, muito distante daquele ânimo sereno com que, no prólogo, enfrentava a adversidade. Agora, predominam em Jó as queixas e os tons de voz apaixonados, e sem cessar pergunta a si mesmo por que Deus envia sofrimentos a alguém que, como ele, sempre o serviu com fidelidade e não fez nada de mal.
A resposta dos seus três amigos se repete uma e outra vez: a desgraça é o castigo do pecado, de modo que um grave pecado deve ter sido cometido por Jó, quando Deus o castiga com tantos males; somente se arrependendo voltará a gozar das bênçãos do Senhor. Mas essa argumentação não satisfaz a Jó; ele sabe que não é culpado e confia que Deus mesmo seja testemunha da sua inocência, e o justifique, e lhe revele, no fim, o porquê de tanto sofrimento (31.35-37; cf. 19.25-27).
Concluída essa série de discursos, intervém Eliú no colóquio para reprovar a ousadia de Jó e o inadequado das respostas dos seus três visitantes. O estilo dessa seção é reiterativo e enfático. Eliú exige a atenção dos presentes, ante os quais se anuncia como um mestre imparcial que, ainda que seja jovem, está bem capacitado para dar lições e emitir sábios juízos (32.6-22) e acusações (34.7-9,34-37).
Não obstante o tom arrogante desse personagem, as suas palavras convidam à reflexão, porque ele exalta a justiça e a sabedoria, a santidade e a grandeza de Deus e coloca uma ênfase particular no valor pedagógico da dor humana. Deus, por meio do sofrimento, pode levar o pecador à conversão e à salvação (cf. 36.5-16).
O último discurso pertence ao Senhor, que fala a Jó “do meio de um redemoinho” (38.1; 40.6). Deus se lhe manifesta assim, rompendo o silêncio que até então havia guardado e do qual Jó havia se queixado freqüentemente. Surpreendentemente, as palavras do Senhor não fazem referência aos sofrimentos de Jó, mas são uma afirmação da grandeza de Deus, do seu poder e da sabedoria insondável do seu governo universal. Jó, tocado na sua consciência, confessa ser um ignorante e atrevido que falava “do que não entendia” (42.3). Tendo aversão a si mesmo e arrependido “no pó e na cinza” (42.6), mantém a sua confiança em Deus, mesmo quando não tenha conseguido decifrar o mistério dos sofrimentos e a infelicidade do inocente (38.1—42.6).
Na conclusão em prosa do livro, o Senhor repreende os visitantes, elogia a fidelidade de Jó e lhe devolve com acréscimos aquilo que havia perdido da fazenda, da família e das amizades (42.7-17).
É evidente que este livro não pretende estabelecer uma teoria geral acerca do sofrimento humano, nem tampouco uma teoria particular em torno da infelicidade de que também são objeto os que amam ao Senhor e agem com retidão. Aquilo que o livro oferece é a colocação dialogada de dois pontos de vista sobre a causa da desgraça: o tradicional sustentado por Elifaz, Bildade e Zofar, segundo o qual Deus premia neste mundo o bom e castiga o mau; e aquele que Jó representa, negando-se a admitir que o seu infortúnio pessoal se deva a um castigo divino. Nessa dupla e contraditória perspectiva, a voz de Deus se deixa ouvir finalmente para levar os dialogadores ao reconhecimento da incapacidade humana de compreender o mistério dos desígnios divinos.

O LIVRO
Quanto ao livro de Jó como fenômeno literário, deve-se dizer, em primeiro lugar, que o seu autor foi um poeta excepcional, tanto no que se refere ao conteúdo da obra quanto ao domínio do idioma. Um poeta que, além disso, possuía grande experiência de vida e uma mente crítica e audaz que o impulsionava a discutir posições doutrinárias tidas naquela época como irrefutáveis.
Não se conhece a identidade do poeta nem a época em que viveu; com respeito a isso e a outros dados pessoais, nada diz o texto. Sem dúvida, partindo de certos indícios, pode-se reconhecer que a obra atravessou diversas etapas antes de atingir a sua forma definitiva, possivelmente próximo do séc. V a.C.

ESBOçO:
1. Jó é posto à prova (1.1—2.13)
2. Jó e os seus amigos (3.1—37.24)
a. Queixa de Jó (3.1-26)
b. Primeiro diálogo (4.1—14.22)
c. Segundo diálogo (15.1—21.34)
d. Terceiro diálogo (22.1—27.23)
e. Elogio da sabedoria (28.1-28)
f. Defesa final de Jó (29.1—31.40)
g. Falas de Eliú (32.1—37.24)
3. Intervenção do Senhor e respostas de Jó (38.1—42.6).
a. Primeira resposta de Deus (38.1—40.2)
b. Primeira resposta de Jó (40.3-5)
c. Segunda resposta de Deus (40.6—41.34)
d. Última resposta de Jó (42.1-6)
4. Cena final (42.7-17)


Fonte:
http://www.gotquestions.org
http://www.vivendoapalavra.com.br/
https://sites.google.com

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