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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

359-O LIVRO DE DANIEL





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Resumo do Livro do Profeta Daniel


LOCALIZAçãO DO LIVRO DE DANIEL NA BíBLIA
A tradução grega do Antigo Testamento conhecida como Septuaginta ou a Versão dos Setenta coloca o livro de Daniel entre os “profetas maiores”, em continuação a Ezequiel. Por sua vez, a Bíblia Hebraica o situa entre os Escritos (ketubim), isto é, no grupo de textos que constituem a terceira parte do cânon. Essa localização é muito significativa, dadas as importantes características que diferem Daniel dos demais Profetas (nebiim), e permitem considerá-lo, com toda propriedade, como um livro pertencente à chamada “literatura apocalíptica” (ver a Introdução ao Apocalipse).

A MENSAGEM DE DANIEL
Este gênero apocalíptico se distingue tanto pelos seus traços formais como de conteúdo. As mensagens se apresentam revestidas de uma rica roupagem simbólica e são comunicadas em forma de visão para o autor literário, o vidente. Este recebe, às vezes, por causa da visão, um forte impacto emocional (cf. 7.28; 10.8,17), que pode levá-lo até à perturbação ou a sofrer algum tipo de transtorno ou doença física de importância (8.27; 10.9; cf. Ap 1.17). Assim Daniel, que vê “uma como semelhança dos filhos dos homens”, diz: “por causa da visão me sobrevieram dores, e não me ficou força alguma. Como, pois, pode o servo do meu senhor falar com o meu senhor? Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim” (10.16-17).
Em termos gerais, as mensagens apocalípticas fazem referência à história humana como se se tratasse de um drama composto de dois atos. O primeiro deles se desenvolve no momento atual e no mundo presente; o segundo, dado numa perspectiva escatológica, revela o que haverá de acontecer no fim de todos os tempos.
Dessa maneira se expressa o livro de Daniel. Na etapa atual, momentânea e passageira, o povo de Deus se encontra sujeito a impérios humanos injustos, autores de normas opostas à vontade de Deus, a governos, que, para conseguirem alcançar os seus próprios objetivos, podem perseguir, torturar e até levar à morte os crentes que confessam abertamente a sua fé (cf. 7.25). Mas virá o dia em que este mundo irá passar e no qual, repentinamente, se manifestará o Reino de Deus. Nesse dia, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão” (12.2), e deixarão de existir os impérios terrenos; assim, no seu lugar, “o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno” (7.27; cf. Is 26.19; Ez 37.1-14).

O LIVRO
O livro de Daniel (Dn) é formado por duas partes: uma, pelos caps. 1—6, e a outra, pelos caps. 7—12. A primeira parte é essencialmente narrativa e tem um propósito didático, orientado a demonstrar que a sabedoria e o poder de Deus estão infinitamente acima de toda possibilidade e compreensão humanas. O protagonista dos relatos é Daniel, um dos jovens judeus levados para a Babilônia em cumprimento às ordens expressamente ditadas pelo rei Nabucodonosor sobre os “filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres” (1.3). Uma vez na Babilônia, Daniel e os seus três companheiros, Hananias, Misael e Azarias (respectivamente chamados por Nabucodonosor de Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego), são educados de maneira especial, com vistas a uma futura prestação de serviço na corte do rei (1.4-7). Daniel aprende o idioma e a literatura do Império Neobabilônico (isso significa aqui o termo “caldeus”), e logo se destaca pela sua sabedoria extraordinária (1.20) e pela firmeza das suas convicções. Ele e os seus amigos, fiéis ao Deus de Israel, se negam a aceitar qualquer tipo de favor que os leve a quebrar a menor das prescrições rituais do Judaísmo, particularmente as relativas à alimentação; e a recompensa que recebem do Senhor é um aspecto melhor do que o de “todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei” (1.8-16). Essa estrita fidelidade aos seus princípios religiosos os leva, contudo, a enfrentar riscos de morte, dos quais são livrados pela mão do Senhor. Quanto à sabedoria de Daniel, esta se evidencia quando, ante o fracasso dos “magos, encantadores e feiticeiros” do reino (2.2,10), Deus lhe concede que descubra e interprete os sonhos de Nabucodonosor (caps. 2 e 4) e também que, na presença de outro rei, Belsazar, decifre o escrito feito na parede por uma mão misteriosa (cap. 5).
A segunda parte (caps. 7—12) contém uma série de visões simbólicas que ampliam e desenvolvem certas noções já esboçadas na primeira seção, mas agora a linguagem da exposição é decididamente apocalíptica.
A primeira visão, de quatro animais monstruosos que sobem do mar, é como uma síntese dos acontecimentos futuros. Trata-se de “quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros” (7.3), representando os grandes impérios que sucessivamente dominam o mundo, que devoram e arrasam a terra (7.23). Mas o Senhor, posteriormente, os deixará sem poder e destruirá por completo (7.26). A conseqüência dessa intervenção divina será a mudança radical da situação do mundo presente e da condição humana: a partir desse momento, nada poderá se opor à sabedoria universal e definitiva de Deus. Pois, se em nosso mundo de hoje a maldade e a injustiça se mostram, freqüentemente, vitoriosas, no dia assinalado e no momento preciso, Deus se revelará como Senhor da história e soberano do Reino eterno. Então, todo o mundo reconhecerá a sua vontade, e o corruptível se revestirá de incorrupção (cf. 1Co 15.53), e “os que a muitos conduzirem à justiça” resplandecerão “como as estrelas, sempre e eternamente” (12.3).
É evidente que o livro de Daniel foi redigido com o objetivo imediato de trazer alento ao povo em meio a todas as desventuras e perseguições sofridas. Não obstante, de acordo com o sentido geral da literatura apocalíptica, pode-se afirmar que a mensagem de esperança contidas no livro e também os ensinamentos que se tiram dele são totalmente aplicáveis a qualquer momento ou a qualquer circunstância em que se encontre o povo de Deus.

COMPOSIçãO DO LIVRO
Até o momento atual não se pôde estabelecer com certeza a data de composição deste livro. As opiniões dos especialistas estão divididas a esse respeito: enquanto uns o datam nos anos do exílio babilônico, outros o atribuem a uma época bastante posterior.
As repetidas referências à profanação do templo de Jerusalém (9.27; 11.30-35) podem ser relacionadas com a perseguição promovida por Antíoco IV Epífanes.

ESBOçO:
1. Histórias de Daniel e dos seus companheiros (1.1—6.28)
2. Visões apocalípticas (7.1—12.13)
a. Os quatro animais (7.1-28)
b. O carneiro e o bode (8.1—9.27)
c. O mensageiro do céu (10.1—11.45)
d. O tempo do fim (12.1-13)

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA DANIEL


AUTOR
O livro apresenta O profeta Daniel como autor em vários trechos, como 9.2 e 10.2. O fato de Jesus confirmar essa autoria fica claro quando se refere ao “sacrilégio terrível”, do qual falou o profeta Daniel (Mt 24.15), citando 9.27, 11.31 e 12.11. O livro foi provavelmente finalizado em 530 a.C., poucos anos depois de Ciro conquistar a Babilônia, em 539.

QUEM ERA DANIEL
Sábio, interprete de sonhos e visões, que viveu entre os exilados judeus na Babilônia.

Daniel era jovem quando foi levado para a Babilônia, talvez logo no início do domínio de Nabucodonosor sobre Jerusalém, em 605 a.C. Sabe-se pouco sobre ele, mas pelos conhecimentos que demonstrava devia fazer parte das camadas dominantes e dirigentes de Jerusalém. Ele era reconhecidamente um homem de ciência. Nada se sabe a respeito da sua família. A sua piedade diante de Deus e sua integridade nos negócios de Estado (Dn 2,14-23) nos levam a pensar nas instruções do ambiente familiar.

Ele ascendeu rapidamente, tornando-se um dos oficiais mais respeitados do governo. Sua reputação se manteve mesmo com o colapso do Império Babilônico. Já em idade avançada foi um dos homens poderosos do Império Medo-Persa sendo subordinado apenas ao rei.

UM LIVRO POLÊMICO
Daniel é um dos livros mais polêmicos e complexos do Antigo Testamento. Na Bíblia Hebraica aparece entre os “Escritos” e, no cânon cristão das Escrituras, entre os “Proféticos”. O livro de Daniel é o único livro apocalíptico do Antigo Testamento. Por essa razão, de forma rigorosa, o Livro para os hebreus, não cabe no cânon dos profetas. Daniel enfatiza o controle divino sobre as potencias mundiais, e destina-se a animar os judeus na fé e esperança em Deus diante das perseguições de Antíoco Epífanes (Dn 8.23-25).

Daniel pode ser considerado companheiro do livro de Apocalipse; ambos contêm uma linguagem figurada de difícil interpretação. A tentativa de adaptar as profecias de Daniel e Apocalipse aos fatos da história humana tem produzido ilimitados conflitos de opiniões. A verdadeira interpretação dos detalhes das visões nem sempre é clara.

Dois fatos são geralmente reconhecidos pela maioria dos eruditos:
 
1-  As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da história secular e sagrada.
2-  As visões assinalam o triunfo final do Reino de Deus sobre todos os poderes e do mundo.

No Capítulo 7, muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma (1.7), seguidos por uma visão do Messias.

No capítulo 8, aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta.

O capítulo 9, a oração de Daniel é uma profecia velada do tempo da vinda do Messias.

Os capítulos 10, 11 e 12, contêm predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros. Estes três capítulos tem sido campo de batalha de controvérsia teológica com muitas variadas interpretações.

DATA E COMPOSIÇÃO
Os argumentos apresentados para datar o livro no tempo de Antíoco IV Epifânio envolvem três pontos básicos:

1 – A natureza da profecia do Antigo Testamento;

2 – Problemas históricos;

3 – As línguas hebraica e aramaica do livro.

Em termos gerais, os profetas de Israel estavam preocupados, em primeiro lugar, com as circunstâncias religiosas e sócias nas quais viviam os seus contemporâneos, ao invés de ficar fazendo predições a respeito de acontecimentos futuros. Quando efetivamente prediziam o futuro, tratava-se normalmente de eventos em curto prazo, como as profecias de Jeremias sobre a queda iminente de Jerusalém diante dos babilônios. A visão de Daniel referente ao “rei do Norte” e ao “rei do Sul” traça um paralelo exato à história das relações existentes entre os impérios selêucida e ptolemaico no tempo de Antíoco IV Epifânio (11.2-39). Por outro lado a descrição das circunstâncias que cercam a morte do rei (11.40 – 12.3) não corresponde ao que se conhece sobre o falecimento de Antíoco. Com base nesses dados, alguns estudiosos argumentam que o livro de Daniel foi escrito no tempo de Antíoco, um pouco antes de sua morte. Contudo, a idéia de que os profetas de Israel não predisseram acontecimentos num futuro mais distante depende do pressuposto de que as profecias de Daniel são tardias, como também as de Isaías que se referem a Ciro (Is 44.28; 45.1). Isso também pode significar uma rejeição à profecia em geral.

Os acontecimentos do livro de Daniel situam-se no contexto do século VI a.C. No entanto, muitos estudiosos atuais atribuem a composição do livro a um autor do século II a.C., especificamente entre os anos 168 e 164. O motivo da escolha dessa data e sua precisão derivam-se do capitulo 11 deste livro. Ali Daniel fala acerca de vários reis cujos nomes não são citados, mas, os denomina como já foi citados acima: “Rei do Norte” e "Rei do Sul”. Entretanto os detalhes deste capítulo coincidem com a história do Oriente Médio do período de Alexandre, o Grande, no século IV a.C. ao período de Antíoco Epifânio, no século II a.C.

A realidade de tudo isso é que não temos evidencias que impeçam a datação do século VI a.C. Além disso, as provas lingüísticas (com relação ao hebraico e aramaico de Daniel) indicam um período anterior ao II século. O fato de Daniel escrever na primeira pessoa a partir do capitulo 7 até o fim do livro, sugere naturalmente que ele seja o autor, embora o uso da terceira pessoa na primeira parte possa indicar que outra pessoa tenha determinado a estrutura e organização do livro.

No tocante a datação do idioma utilizado por Daniel, deve-se notar em primeiro lugar, que um grande bloco do texto (2.4 a 7.28) está escrito em aramaico, não em hebraico. A razão para mudança de idioma é desconhecida. Alguns estudiosos têm argumentado que o aramaico utilizado é tardio. Uma outra evidência de data posterior do texto seria o uso de diversos vocábulos emprestados da língua grega ao referir-se a instrumentos musicais (3.5). No entanto, nenhum dos argumentos é realmente convincente. Há inúmeras evidências de contatos entre gregos e o Oriente Próximo, anteriores ao tempo de Alexandre, o Grande. Esses contatos são suficientes para justificar o aparecimento de vocábulos emprestados da língua grega. O aramaico e o hebraico de Daniel podem ser datados em qualquer ocasião situada entre o final do século VI e o início do século II a.C. Em outras palavras, o argumento da língua não tem peso significativo para determinação duma data anterior ou posterior.

CONTEXTO HISTÓRICO
Em 626 a.C., Nabopolassar foi entronizado na Babilônia quando os babilônios declararam independência do Império Assírio em declínio. Aliando-se aos medos no leste, começaram a testar a força dos assírios. Em 612, a capital Nínive caiu e, com o colapso do governo após queda da Carquêmis em 605, os assírios antigamente poderosos só ficaram na lembrança do povo do Oriente Médio ao qual aterrorizaram durante quase 150 anos.

Com a morte de Nabopolassar, o trono foi ocupado com habilidade por seu filho, o General Nabucodonosor, em 605. Na época, ele assumiu o controle de todos os territórios perdidos pela Assíria, incluindo Judá. Os filhos de Josias que ocupavam o trono de Judá se mostraram incapazes de aceitar o papel de vassalo, pois nas duas décadas seguintes se envolveram constantemente em conspiração contra os babilônios. Isso resultou em várias deportações e, por fim na destruição de Jerusalém e do templo em 586 a.C., pelos exércitos de Nabucodonosor. Durante esse período, Daniel servia na corte babilônica, pois se encontrava no primeiro grupo de deportados levados para a Babilônia em 605 a.C.

TEMA
O temo teológico do livro é a soberania de Deus: “o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens” (5.21). As visões de Daniel sempre demonstram Deus triunfando (7.11,26,27; 8.25; 9.27; 11.45; 12.13). O apogeu de sua soberania é descrito em Apocalipse: “O reino do mundo se tronou de Nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15; Dn 2.44; 7.27).

DIFICULDADES DE INTERPRETAÇÃO
A autoria e data do livro de Daniel não são as únicas dificuldades do texto. Há divergências significativas na abordagem do livro. Essas divergências se dividem em três categorias principais.

A primeira abordagem é feita por aqueles que concluem que o livro foi escrito no tempo de Antíoco Epifânio. De acordo com esse ponto de vista, todas as referências a eventos anteriores a Antíoco são mera história, escritas em ocasião posterior aos acontecimentos. Para eles a única predição genuína no livro seria a morte de Antíoco e a esperada intervenção de Deus para estabelecer seu Reino (11.36 a 12.3).

Um segundo e mais tradicional ponto de vista atribui à ênfase principal das predições contidas no livro ao primeiro advento de Cristo. Essa abordagem está geralmente associada a uma compreensão escatológica amilenista ou pós-milenista.

Um terceiro ponto de vista considera que Antíoco Epifânio e a perseguição ao povo de Deus durante o seu reinado se constituem o primeiro enfoque do livro. O segundo é a intervenção divina no curso da história da humanidade ao final dos tempos, quando Deus estabelecerá seu Reino. A ênfase do livro não se acha no primeiro advento de Cristo (Cap. 9), mas sim em Antíoco e na segunda posição escatológica pré-milenista . Nessa compreensão, há grandes divergências entre os comentaristas quando se trata da interpretação dos detalhes do texto.

PROPÓSITO E MENSAGEM
A soberania de Deus é o centro deste livro e pode ser vista em ação nos âmbitos espirituais e políticos. No relato dos acontecimentos da vida de Daniel e de seus amigos, a ênfase está na vida de fé em um mundo cada vez mais hostil. A soberania de Deus é vista pela ótica da capacidade de fazer prosperar ou livrar os fiéis.

A soberania de Deus nas questões políticas é demonstrada nas visões do livro. O propósito era lidar com as expectativas da comunidade exílica e pós-exílica. Com base na leitura de profetas anteriores, o povo de Israel acreditava que o Reino de Deus seria estabelecido com o retorno a Jerusalém depois de setenta anos de exílio. As visões de Daniel diziam que ainda haveria quatro reinos antes da chegada do Reino de Deus e que, apesar do retorno do exílio acontecer após setenta anos, conforme profecia de Jeremias, isso não podia ser confundido com a restauração total. Em vez de setenta anos, o período necessário seria de setenta semanas de anos.

Enquanto isso, os israelitas deviam ser fiéis no mundo dos gentios sob circunstâncias cada vez mais difíceis de suportar. Deviam depender da soberania divina para resistir geração após geração, crise após crise. Também deviam confiar no poder de Deus de controlar a ascensão e declínio de impérios mundiais que viriam para dominá-los. Eles deveriam estar preparados para uma resposta de Deus que não viria de imediato.

O fato de o Reino de Deus ser o auge do programa divino para Israel e o mundo é transmitido claramente no livro de Daniel. O conceito é introduzido no capitulo 2 como Reino que jamais será destruído (2.44), embora de certa forma, Deus já governe em seu Reino Eterno (4.3,34,35).

No capítulo 7 versículos de 9 a 14, apresenta-se alguém denominado como “Filho do Homem” ao qual o Reino de Deus foi dado. Do nosso ponto de vista, podemos certamente identificá-lo como Jesus, mesmo que isso não estivesse claro para os povos da época de Daniel. Os capítulos 9 e 11 dizem respeito à época que precederá o estabelecimento do Reino de Deus.

Os reinos das nações são descritos como temporários e de domínio limitado. O Império Babilônico é o tema dos capítulos 4 e 56; o Medo-Persa e o Grego estão retratados explicitamente no capítulo 8; O Grego, em especial a Dinastia Selêucida é sem dúvida o comentado no capítulo 11.

Os quatro reinos apresentados nos capítulos 2 e 7 é o tema principal. A identificação dos quatro reinos não é feita no livro, apesar de Nabucodonosor ser identificado como o primeiro reino (2.38) e entendermos que os outros dois reinos mencionados em outras passagens, Medo-Persa e Grego, sejam os dois dos três restantes. Mas esse conhecimento não tem grande importância. O que realmente é importante no contexto do livro de Daniel é o contraste entre impérios humanos e o Reino de Deus.

Além desses temas abrangentes de Daniel, alguns conceitos-chave são relevantes para o estudo do livro. Um deles é o “tempo de angustia” (12.1), geralmente denominado de “grande tribulação” (Mt 24.21; Lc 21.23; Ap 2.22). Mateus relaciona essa grande tribulação com o “abominável da desolação” (Mt 24.15) predito por Daniel (Dn 9.27; 12.11).

O “anticristo” pode ser incluído na teologia de Daniel (Dn 7.8,20-22.24-27). Embora essa palavra só apareça nas epístolas de João (1Jo 2.18,22; 4.3; 2Jo 7), porém referências de uma pessoa de ódio satânico que surgirá no fim dos tempos da história humana, antes da segunda vinda de Cristo, são encontradas em vários textos bíblicos.

A idéia do milênio também ocorre no livro de Daniel. O termo milênio é derivado da palavra latina que significa “mil” e designa o período de mil anos descrito em Apocalipse 20. O caráter desses mil anos é interpretado pelos estudiosos, de três maneiras distintas, como se segue:

1-    Os pré-milenistas acreditam que o milênio é um reino mundial de paz e justiça sobre a terra, que se iniciará após a segunda vinda de Cristo (Is 2.1-5; 11.1-10).
2-    Os pós-milenistas acreditam que o milênio é um período de paz e justiça que será estabelecido pela pregação do Evangelho em todo mundo, resultando nas condições descritas em passagens como Isaías 2.1-5; 11.1-10.
3-    Os amilenistas acreditam que o milênio é uma referencia figurada ao tempo presente do Evangelho. Desta forma o milênio não é visto como uma ordem política futura, mas como o reino espiritual do governo de Cristo sobre a Igreja.

Na interpretação dos pós-milenistas e amilenistas, o número “mil” é geralmente considerado como uma forma figurativa de representar um longo período de tempo, em lugar de mil anos literais.
 
AS SETENTA SEMANAS (9.24-27)
A interpretação desses versículos é discutida em muitos pontos particulares. Há duas abordagens fundamentais quanto à interpretação das “sete semanas”. Seriam períodos simbólicos ou períodos literais de tempo. No ponto de vista simbólico, os setenta anos de punição à Israel foram multiplicados por sete vezes em consonância com as maldições da aliança (Lv 26.18,21,24,28). Os defensores do ponto de vista literal, são de três categorias. Tal como outras profecias de Daniel, alguns estudiosos interpretam estes versículos como se eles se reportassem aos tempos de Antíoco IV. Outros interpretes podem ser divididos em dois grupos:

1 – Os que interpretam a passagem como se o enfoque primário sobre os acontecimentos estivessem associados ao advento de Cristo.
2 – Há os que interpretam a passagem como tendo referencia aos acontecimentos associados tanto com o primeiro como o segundo advento de Cristo, com um intervalo não declarado entre os dois adventos.

Obs.: Dentro de cada uma dessas interpretações há diferenças individuais quanto a detalhes.


A maioria dos intérpretes, vêem as unidades de setenta semanas como se representassem 490 anos (9.24-27). Essas setenta semanas de anos são então divididas em três subunidades de 49 anos (sete semanas). Os intérpretes diferem somente acerca da pergunta se essas subunidades devem ser vistas como uma seqüência contínua ou se há intervalos entre elas.

O UNGIDO
Há compreensão entre grande parte dos estudiosos que o “Ungido” é uma clara referencia a Jesus. Ligando as “sete semanas” (49 anos) e as “sessenta e duas semanas” (434 anos) como uma seqüência contínua, resulta em 483 anos, a partir de 457 a.C. até 27 d.C., ou seja, até aproximadamente o começo dos três anos do ministério público de Jesus. Mas há os que entendem que os 483 anos começam com a “ordem” de Artaxerxes no ano vigésimo de seu reinado, para a reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 2), ou seja, no ano 444 a.C., em lugar de sétimo ano de seu governo (Ed 7.12-26). Em 457 a.C. Tomando-se por base o ano lunar de 360 dias (como acontece com o calendário judaico), essa aproximação atinge a data da crucificação de Jesus em 33 d.C. Essa data da crucificação é possível, embora discutível.

Há os que defendem que o “Ungido” é Ciro, usando como base Isaías 45.1. Esse ponto de vista separa as “sete semanas” e as “sessenta e duas semanas”. “As sete semanas” se passaram entre a destruição de Jerusalém, em 586 a.C., e o decreto de Ciro em 538 a.C. E “sessenta e duas semanas” (434 anos) seria o tempo durante o qual a cidade seria reconstruída, mais ou menos 538 a.C. e 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos romanos sob o comando do general Tito.

O certo que todos esses cálculos, não podem ser usados para uma datação da vinda de Cristo, com o fazem algumas seitas.

CONCLUSÃO
O livro de Daniel serviu para lembrar ao povo judeu que suas angústias não terminariam quando voltassem do exílio. Por isso as expectativas ficariam de lado por um tempo e a angústia continuaria. Contudo Deus sempre dá esperanças a seu povo, eles ressuscitariam (12.2). Deus os incentivou a perseverarem em meio a este período importante de purificação (12.10-13).

O cativeiro deveria servir para os deportados e os que ficaram na Jerusalém destruída, como um período de purificação e arrependimento. Não havia motivo para revolta ou cobranças ao Senhor Deus, e sim humilhação e reconhecimento de que os culpados pela desolação de sua pátria era sua desobediência à aliança entre eles e o Senhor, conforme reconhece Daniel em sua oração no capitulo 9.
ESBOÇO DE DANIEL
I. As convicções religiosas de Deus 1.1-21
O exílio de Judá 1.1-2
A decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21
II. O primeiro sonho de Nabucodonosor 2.1-49
O sonho esquecido 2.1-28
A revelação e a interpretação de Daniel 2.29-45
Daniel é honrado através de promoção 2.46-49
III. A libertação da fornalha de fogo 3.1-30
Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7
A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18
Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25
O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30
IV. O segundo sonho de Nabucodonosor 4.1-37
O sonho de Nabucodonosor 4.1-37
A Interpretação da Daniel 4.19-27
O cumprimento do sonho 4.28-33
A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37
V. A festa blasfema de Belsazar 5.1-31
A escrita manual na parede 5.1-9
A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31
VI. Daniel na cova dos leões 6.1-28
Complô contra Daniel 6.1-9
Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17
Daniel é liberado 6.18-28
VII. A primeira visão de Daniel 7.1-28
O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14
A Interpretação de Daniel 7.15-28
VIII. A segunda visão de Daniel 8.1-27
O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14
A interpretação de Gabriel 8.15-27
IX. A profecia das setentas semana 9.1-17
A oração de Daniel 9.1-19
A Visão da Daniel 9.20-27
X. A visão final de Daniel 10.1-12.13
A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9
A visita de um anjo 10.10-21
Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45
O tempo da tribulação 12.1-13


FONTES:
Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra – Sociedade Bíblica do Brasil
Panorama do Antigo Testamento – Editora Vida
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista
Módulo de Teologia da Faculdade Teológica Betesda
Bíbla Plenitude - Editora SBB




FONTE:
https://sites.google.com
http://www.santovivo.net





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