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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

292-AS BEM-AVENTURANÇÃS

[John_Cable_Mill.JPG]
Ao pronunciar o Sermão da Montanha, Jesus promulgou aquilo que se chamou de a "Carta Magna" do Reino dos Céus. O Mestre e seus discípulos estavam na região do distrito montanhoso, situado à margem noroeste do Mar da Galiléia.

As multidões atraídas pelos milagres, pela palavra e pelo poder da personalidade do Mestre, uniram-se a ele e deram-lhe ocasião para de pronunciar aquele magistral sermão.

Esse lindo tema da moral cristã, comparado ao Antigo testamento, e mais ainda ao judaísmo da época é uma proclamação solene do Messias, fundador e lesgislador da Nova Aliança.

Jesus expõe nas bem-aventuranças as condições essenciais para se obter o direito de cidadania em seu reino.
Neste sentido, as palavras de Jesus são revolucionárias. Aqueles que se julgavam já ricos, cheios de sua prória sabedoria e detentores de honras humanas, achavam que esta era a marca da promessa divina.
Mas o mestre traz uma mensagem de bem-aventurança, que não segue a lógica deste mundo. Uma mensagem de conforto e inclusão social é proferida. Seu discurso encontra lugar cativo no coração dos desvalidos e rejeitados por aquela sociedade excludente.

As Bem-Aventuranças: O Sermão da Montanha

Os pobres de espírito - Aqui o Mestre fala não de uma pobreza econômica, mas exatamente daqueles que conhecem o seu vazio espiritual e a sua miséria moral. Trata-se de reconhecer que necessitamos da graça e da misericórdia, todos os dias.
"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus." "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;"
Mateus 5:3-4
Os que choram, todos os aflitos, os que sofrem com paciência a causa da justiça. Sofrem, mas não desistem e continuam a praticar o bem. O choro que também produz arrependimento para salvação.
O Sermão da Montanha e As Bem-Aventuranças. Ilustração
"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;" Mateus 5:5
A mansidão aqui, nada tem a ver com covardia. Não é fraqueza. É a mansidão escolhida, onde se resolve amar o seu inimigo e pagar o mal com o bem.
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;" Mateus 5:6
Tantas atrocidades são cometidas no mundo. Assassinatos, estupros, genocídios. Quantos não estão sedentos de justiça? O nosso bom Rei afirma que um dia serão todos fartos! Deus irá julgar os homens e a sua justiça prevalecerá!
"Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;" Mateus 5:7
Os misericordiosos são aqueles que se sensibilizam diante da miséria e da necessidade dos outros. Deus promete que os tratará com igual misericórdia, especialmente no último dia.
"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;" Mateus 5:8
Ter um coração limpo é para aqueles, cuja vida foi mudada pela graça de Deus, quando do novo nascimento. Estes são purificados pelo espírito de Deus e buscam a santidade.
"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;" Mateus 5:9-10
O Reino dos Céus é uma Reino de Paz. Jesus é o Príncipe da Paz. Um cidadão do Reino deve ter em si a responsabilidade de promover a paz, pois foram transformados pelo poder do evangelho e tem em si mesmos a paz de Deus. Receberam a paz de Cristo e são embaixadores que levam sua mensagem de paz.
"Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;" Mateus 5:10
Jesus prediz a atitude hostil do mundo em relação aos seus discípulos. A promessa para aqueles que sofrem perseguição por amor a Jesus parece ser difícil de aceitar, mas é a que reserva maiores recompensas.
O Local do Sermão da Montanha e As Bem-Aventuranças.

As Bem Aventuranças e o Sermão do Monte

Somente pela fé no evangelho, pode se modificar o homem interior, abrir os olhos espirituais para se poder enxergar além dos conceitos humanos de vitória e derrota na vida. E o sermão da montanha aborda bem estes temas.
"Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;" Mateus 5:44
Como compreender o sentido da palavra vitória? É mais fácil lutar e tentar despojar o seu inimigo. Difícil é se deixar vencer, para ganhar. É perdendo de que alcança o êxito! Não há lógica, há somente fé!
"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Efésios 6:12
Para o nosso próximo devemos reservar somente a mansidão, a compreensão, o amor e o perdão.
O Reino de Deus, não é para os que se julgam virtuosos ou bons, mas é para o pecador humilde que se chega a Jesus procurando por misericórdia.
O Reino não é para os poderosos que conseguem tudo o que querem atravez da riqueza ou da força, mas o Reino é para homens mansos e humildes que, abrem mão de suas vontades e até dos seus "direitos", se for necessário, para ajudar alguém.

BREVE ESTUDOS SOBRE AS BEM-AVENTURANÇAS DO SERMÃO DO MONTE – MATEUS 5 .1-12

[John_Cable_Mill.JPG]
Quem dentre nós, cristãos, não conhece ou nunca ouviu falar do mais famoso pronunciamento de Jesus, o Sermão do Monte? Um discurso em palavras simples mas com idéias tão profundas, cujas riquezas são inesgotáveis. Certamente, idéias e riquezas também inalcançáveis a pessoas que porventura estejam distantes da graça de nosso Pai.
Vamos enveredar por esta mensagem tão sublime e beber desta fonte que jorra águas vivas, para que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:13).
"1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós".
Antes de fazermos qualquer consideração sobre as bem-aventuranças, precisamos responder à três perguntas: (1) Quem são as pessoas descritas? (2) Quais as qualidades recomendadas a essas pessoas? (3) Quais as bênçãos prometidas?
1. Quem são as pessoas descritas?
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do povo cristão. Não existe uma bem-aventurança para cada grupo distinto entre os discípulos de Jesus, ou seja, um grupo dos mansos, outro dos misericordiosos e outro dos que choram, por exemplo. Antes, são as bem-aventuranças oito qualidades do mesmo grupo de pessoas, que ao mesmo tempo, são mansas e misericordiosas, humildes de espírito e limpas de coração, choram e têm fome, são pacificadoras e perseguidas.
Um grupo que exibe esses sinais está longe de ser uma aristocracia espiritual e elitista distante dos demais membros da igreja. Diferente dos dons espirituais que o Espírito Santo distribui de forma variada entre os membros da igreja, as bem-aventuranças são como os frutos do Espírito Santo que são devidos a todos os cristãos, que devem zelosamente buscá-los e vivê-los. As bem-aventuranças descrevem o caráter ideal para cada um dos que tem a Jesus Cristo como Senhor de sua vida.
2. Quais são as qualidades recomendadas a essas pessoas?
Comparando as bem-aventuranças em Mateus e Lucas notamos algumas diferenças. Em Lucas está escrito: “Bem-aventurados vós os pobres”, enquanto que Mateus declara: “Bem-aventurados os humildes (pobres) de espírito”. Em Lucas temos: “Bem-aventurados vós os que agora tendes fome”, e em Mateus: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”.
Com relação a isto, alguns argumentam que a versão de Lucas é a verdadeira; que Jesus estava julgando os pobres e os famintos do ponto de vista social ou sociológico; que ele estava prometendo alimento aos subnutridos e ao proletariado no reino de Deus; e que Mateus espiritualizou o que constituía originalmente uma promessa material.
Essa interpretação é impossível, pois estaríamos dizendo que Jesus estava contradizendo os evangelistas que ele mesmo preparou. Na tentação do deserto da Judéia, Jesus recusou-se a transformar pedras em pão e repudiou a idéia de estabelecer um reino material. Isso aconteceu durante todo o seu ministério. Ao alimentar os cinco mil, com pães e peixes, a multidão quis proclamá-lo rei e Ele imediatamente se retirou sozinho para o monte. Quando Pilatos perguntou se ele era, ou desejava ser, rei dos judeus sua resposta foi: “O meu reino não é deste mundo”. Isto é, tinha uma origem diferente e, portanto, caráter diferente.
Jesus não se negava a alimentar o faminto, nem de socorrer o oprimido, Ele jamais foi indiferente às mazelas que suportamos nessa vida, porém, as bênçãos de seu reino não são primeiramente uma vantagem econômica. Jesus nunca disse que em seu nome teríamos alívio físico imediato, apesar de sabermos que Ele pode fazê-lo se isto estiver dentro de seus planos e propósitos para nós, nem disse que seríamos lançados de imediato ao céu, tampouco ficava afirmando que os famintos e os pobres eram “bem-aventurados”. Na verdade, em algumas circunstâncias, Deus pode usar a pobreza como instrumento de bênção espiritual, exatamente como a riqueza pode ser um impedimento à mesma. Mas isso não transforma a pobreza num ideal cristão, desejado por Jesus.
A igreja não pode fechar os olhos ante a miséria e a fome das massas, mas também não deve crer que pessoas que fazem voto de pobreza e renúncia total a bens materiais mereçam algum louvor.
A pobreza e a fome a que Jesus se refere nas bem-aventuranças são condições espirituais. São os “humildes (pobres) de espírito” e aqueles que “têm fome e sede de justiça” que ele declara bem-aventurados. Assim todas as outras bem-aventuranças referem-se a qualidades espirituais, de pessoas que tem firmada a sua fé e esperança em Deus.
3. Quais são as bênçãos prometidas?
A Bíblia na Linguagem de Hoje em sua tradução afirma no lugar de “Bem-aventurados”,
“Felizes os pobres...”. Isso representa-nos um erro porque a felicidade é um estado muito subjetivo. Nas bem-aventuranças vimos que Jesus está julgando objetivamente os “Bem-aventurados”. Ele não está declarando como se sentirão (“felizes”), mas sim o que Deus pensa delas e o que são por causa disso: são “bem-aventuradas”.
Que bênção é essa? A segunda parte de cada bem-aventurança elucida a questão. Possuem o reino dos céus e herdarão a terra. Os que choram são consolados e os famintos satisfeitos. Recebem a misericórdia, vêem a Deus, são chamados filhos de Deus. Sua recompensa celestial é grande. E todas estas bênçãos estão reunidas. Exatamente como as oito qualidades descrevem cada cristão (pelo menos em ideal), da mesma forma as oito bênçãos são concedidas a cada cristão. É verdade que a bênção específica prometida em cada caso é apropriada à qualidade particularmente mencionada. Ao mesmo tempo, é totalmente impossível herdar o reino dos céus sem herdar a terra, ser consolado sem ser satisfeito ou ver a Deus sem alcançar sua misericórdia e ser chamado seu filho. As oito qualidades juntas constituem as responsabilidades; e as oito bênçãos, os privilégios, a condição de cidadão do reino de Deus. Este é o significado do desfrutar do governo de Deus.
Estas bênçãos são para o presente ou para o futuro? Devemos crer que são tanto para o presente quanto para o futuro. Mesmo que a segunda parte pareça ter uma natureza escatológica (futura) e que a segunda parte da última bem-aventurança também refira-se a uma bênção futura, nos céus, é muito claro par aos cristãos fiéis que o reino de Deus é uma realidade presente que podemos “receber”, “herdar” ou “entrar” agora. Do mesmo modo, podemos alcançar misericórdia e consolo agora, podemos nos tornar filhos de Deus agora e podemos, nesta vida, ter a nossa fome satisfeita e a nossa sede mitigada. Jesus prometeu todas estas bênçãos a seus discípulos aqui e agora. A promessa de que “verão Deus” pode parecer uma referência à “visão beatífica” final, e sem dúvida a inclui. Mas nós já começamos a ver Deus nesta vida, na pessoa do seu Cristo e com a visão espiritual. Já começamos a “herdar a terra” nesta vida, considerando que , se somos de Cristo, todas as coisas já são nossas, “seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as cousas presentes, sejam as futuras” (I Co 3.22,23).
Outro problema que devemos enfrentar é que as bem-aventuranças, aparentemente, ensinam uma doutrina de salvação pelos méritos humanos. Seria isso verdade?
Alguns intérpretes tentam apresentar o Sermão do Monte como nada mais que uma débil forma cristianizada da lei do Velho Testamento e da ética do Judaísmo. Prega a lei, não o evangelho, e oferece justiça pelas obras e não pela fé.
Apesar de tantas especulações, na verdade, a primeira das bem-aventuranças proclama a salvação pela graça e não pelas obras, pois ela promete o reino de Deus aos “humildes de espírito”, isto é, às pessoas que são tão pobres espiritualmente que nada têm a oferecer para mérito seu.
Não pode haver dúvidas de que o Sermão do Monte tem, sobre muitas pessoas, o primeiro efeito já notado. Quando o lêem, ficam desesperadas. Vêem nele um ideal inatingível. Como poderiam desenvolver essa justiça de coração, voltar a outra face, amar os seus inimigos? É impossível! Exatamente! Neste sentido, o Sermão é “Moisíssimo Moisés” (expressão de Lutero); “é Moisés quadruplicado, é Moisés multiplicado ao mais alto grau, porque é uma lei de justiça interior a que nenhum filho de Adão jamais poderia obedecer. Portanto, apenas nos condena e torna indispensável o perdão de Deus, em Cristo. Não poderíamos dizer que esta é uma parte do propósito do Sermão? É verdade que Jesus não o disse explicitamente, embora esteja na primeira bem-aventurança. Mas a implicação está em toda a nova lei, exatamente como no antiga.
O segundo propósito do Sermão é descrito por Lutero: “Cristo nada diz neste Sermão sobre como nos tornamos cristãos, mas apenas sobre as obras e os frutos que ninguém pode produzir se já não for um cristão e não estiver em estado de graça. Todo o sermão pressupõe uma aceitação do evangelho, uma experiência de conversão e de novo nascimento, e a habitação do Espírito Santo. Descreve as pessoas nascidas de novo que os cristãos são (ou deveriam ser). Portanto, as bem-aventuranças apresentam as bênçãos que Deus concede (não como uma recompensa aos méritos, mas como um dom da graça) àqueles nos quais ele está desenvolvendo um caráter assim.
Resumindo estes três pontos introdutórios relacionados com as bem-aventuranças, podemos dizer que as pessoas descritas são de modo geral os discípulos cristãos, pelo menos em ideal; que as qualidades elogiadas são qualidades espirituais; e que as bênçãos prometidas (como dons da graça imerecida) são as bênçãos gloriosamente compreendidas pelo governo de Deus, experimentadas agora e consumadas depois, incluindo a herança de ambos, terra e céu, consolo, satisfação e misericórdia, visão e filiação de Deus.
AS BEM-AVENTURANÇAS
E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Mt 5:  1- 11
  
Há várias teorias que tentam explicar o sermão do monte.
Para alguns estudiosos o sermão do monte é um ‘evangelho' exclusivo do reino de Jesus. Outros compreendem que o sermão apresenta princípios éticos e morais pertinentes ao reino do Messias. Geralmente fazem um comparativo entre a degradação moral do gênero humano e os princípios anunciados no sermão.
Diante das análises e de algumas contradições, ficam as questões: O sermão do monte é um conjunto de normas e princípios de cunho ético e moral? É um estatuto do reino de Cristo? Basta praticar o que Jesus anunciou e o homem terá direito ao reino dos céus?
Para compreendermos a mensagem de Jesus, é necessário observarmos alguns versículos do Antigo Testamento e a dinâmica do aprendizado da Escritura naquela época. Dentre vários versículo destacamos:

“Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas” Dt 33: 29;

“Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” Sl 65: 4;

“Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios” Sl 34: 8;

“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados” Sl 84: 5.

 
Sobre a dinâmica do aprendizado do povo judeu, destacamos:

Vários livros do Antigo Testamento fazem referência à bem-aventurança. Dentre eles o livro de Provérbios e o livro dos Salmos são os que mais fazem referências as bem-aventuranças. Estes livros do Antigo Testamento eram lidos constantemente nas sinagogas, e mesmo aqueles que não sabiam ler conheciam de cor algumas das citações, entre elas as que envolviam a idéia da bem-aventurança.
É importante lembrar que naquela época um livro era caríssimo, e o povo não tinha acesso ou não sabiam ler, o que fortalecia a necessidade de memorizar o que era lido. Eles dependiam da leitura no templo para ouvirem trechos da lei, dos profetas e dos cânticos. O livro de Provérbios e os Cânticos dos Salmos auxiliavam em muito no processo de memorização.
Outra característica dos textos que fazem referência a bem-aventurança é a conexão com o nome do Deus de Israel. No Antigo Testamento a idéia da bem-aventurança decorre do favor de Deus para com os homens.
Um mestre sempre se assentava para ensinar e Jesus assentou sobre o monte cercado pelos seus discípulos e pela multidão. A multidão ao ver que Jesus se assentou, cercou-lhe ansiosa para ouvir o discurso. 


Jesus havia percorrido toda a Galiléia curando os enfermos, ensinando nas sinagogas e pregando o evangelho. A noticia de suas ações percorria todas as cidades. Uma grande multidão vinda de várias cidades o seguia Mt 4: 25.

Vendo Jesus a grande multidão subiu a um monte e assentou-se Mt 5: 1; os seus discípulos aproximaram-se e ele passou a ensiná-los!

Há muito tempo que o povo ouvia falar das bem-aventuranças prometidas nas escrituras, mas a situação era de opressão e miséria.
A fama de Jesus havia criado uma expectativa na multidão, e quando Jesus falou sobre a bem-aventurança, materializou-se a esperança dos ouvintes. Anos após anos os pais anunciavam aos filhos uma época de alegria plena, mais ainda não tinham experimentado da alegria prometida por Deus.
O sermão do monte iniciou-se com uma mensagem de alegria a um povo oprimido e sem esperança. Jesus apresenta uma esperança viva, porém, o discurso endurece logo em seguida. O povo esperava refrigério e segurança nesta vida. Esperavam um Messias que os libertasse da escravidão política.
Qual a mensagem Jesus transmitiu ao povo no sermão do monte? Sobre que alegria Jesus falou? Que esperança foi transmitida? A alegria prometida dependia do cumprimento de mais normas e regras?
Conheça um pouco mais sobre este importante sermão!

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
 
As pessoas ao ouvirem: “Bem-aventurados...”, logo fizeram conexão com algumas das citações bíblicas. Será que Ele comentará um dos Provérbios? Será que ele citou Salmos? Ou a abordagem dele será extraída da lei?

A bem-aventurança é um tema que prendeu a atenção dos ouvintes de Jesus e em nossos dias ainda cria expectativa nos leitores. Afinal, quem não quer ser bem-aventurado?

Quando Jesus complementa: “Bem-aventurados OS POBRES...” a mensagem toca ainda mais os ouvintes. Esta seria uma mensagem inesquecível, pois tocou a emoção do povo: "Será uma revolução social? É agora que alcançaremos a hegemonia política e a paz prometida?".
A promessa de alegria aos pobres é plenamente compreensível, mas o que entender do qualificativo adicionado ao substantivo pobre? “Bem-aventurados os pobres de espírito...”. Quem são os pobres de espírito?
Jesus estava rodeado de pobres de várias cidades circunvizinhas. Se a mensagem fosse somente: ‘bem-aventurados os pobres’, ela seria aceita e ovacionada pela multidão! Jesus teria conquistado os seus ouvintes e mais seguidores. Mas, como um povo que professava 'a melhor' religião, com princípios éticos e morais intocáveis e que se consideravam filhos de Abraão  poderia aceitar ou reconhecer ser um ‘pobre de espírito’?
Como alguém observador da lei reconheceria a condição de pobreza espiritual?
No Antigo Testamento não consta o conceito ‘pobre de espírito’. Mas, Aquele que representava uma esperança de mudança na condição do povo, apresenta um novo conceito e uma necessidade de reconhecer uma condição que caracteriza os pecadores ou os incircuncisos. Como um filho de Abraão poderia reconhecer que era pobre de espírito?
Jesus completou a frase: “...porque deles é o reino dos céus”. Muitos se perguntaram: De quem é o reino dos céus? Dos pobres de espírito?
Além do mais, o povo estava a procura de curas, de pães, de peixes, de um reino terreno, mas Jesus estava falando de um outro reino: do reino dos céus!
Onde fica este reino? O que é o reino dos céus?
Para responder essas perguntas devemos observar a mensagem que foi anunciada desde o nascimento de Cristo: “E, naqueles dias, apareceu João batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” Mt 3: 1- 2; “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” Mt 4: 17.
Verifica-se que o reino dos céus diz da pessoa de Cristo, como profetizou Isaias e reafirmou João Batista: “Porque este é o anunciado pelo profeta Isaias, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” Mt 3. 3.
Quando Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”, Ele não estava denunciando a moral do povo. Ele não estava apregoando um reino humano Jo 18. 36. Também não estava em busca de uma melhoria na condição socioeconômica do povo Jo 12. 8. Antes Jesus estava se apresentando ao povo por parábolas.
Com a sua mensagem, Jesus expôs ao povo que Ele é o acesso ao reino dos céus, e que todos aqueles que reconhecessem que eram pobres de espírito, estes seriam bem-aventurados. Aqueles que reconhecessem a precária condição espiritual que se encontravam, a estes pertenciam o reino dos céus, que é Cristo. Eles precisavam reconhecer que eram necessitados espiritualmente.
Enquanto queriam pão, Jesus estava apresentado o pão vivo que desceu dos céus. Enquanto buscavam um reino, Jesus estava lhes abrindo a porta do reino dos céus. A relutância em aceitar a condição de necessitados espiritualmente persistiu até mesmo entre os discípulos que criam nele: "Responderam eles (os judeus que criam nele): somos descendentes de Abraão, e jamais fomos escravos de ninguém" João 8: 31- 33.
Eles acreditavam estar abastados espiritualmente por serem descendentes de Abraão. Ao se auto proclamarem como filhos de Abraão, os judeus estavam cônscios de que eram filhos de Deus Jo 8: 41. Ser filho de Abraão para eles era o mesmo que ter a filiação divina. Por isso João Batista disse que das pedras Deus poderia fazer filhos para si. Em razão desta crença os judeus não admitiam que eram escravos de ninguém, uma vez que se admitissem ser escravos, era o mesmo que admitir que alguém havia conquistado o próprio Deus João 8: 33.
 
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
O sermão prossegue: “Bem-aventurados OS QUE CHORAM...”. A bem-aventurança depende da emoção humana? O choro como conseqüência direta de uma emoção humana concede o favor de ser consolado?
Não! A idéia apresentada neste versículo complementa a anterior.

O choro denota a condição de impotência frente a questões impossíveis. Após reconhecer a condição de miserabilidade espiritual, a reação do homem é o choro.
A única ação de um miserável é o choro, e estes serão consolados!
Para que o abatido seja consolado, é preciso que habite com alguém que lhe arranque da miséria: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” Is 57: 15; Sl 51: 17 .
Compare:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” Mt 5: 3.
“...como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” Is 57: 15.
O salmista quando pedia perdão ao Senhor disse: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto" Sl 51: 10.
Quem haveria de consolar os que choram? Os que choram serão consolados por Aquele que tem o reino dos céus. É Ele que enxugará todas as lágrimas!
A resposta está em Isaias: “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes” Is 61: 1- 2.
 
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

A mensagem de Jesus possivelmente formou um impasse na mente dos ouvintes: Moisés, o homem mais manso da terra não conseguiu herdar a terra, como herdar a terra se os ouvintes não se consideravam maiores que Moisés “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” Nm 12: 3.
Se Moisés, considerado um dos homens mais manso da terra, não conseguiu herdar a terra, qual a intenção de Jesus ao declarar que os mansos são felizes?
Mas a pergunta persiste: Quem são os mansos? Qual é a terra a se herdar?
“E os mansos terão gozo sobre gozo no SENHOR; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel” Is 29: 19.
“Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente” Sl 22: 26.
“Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundancia de paz” Sl 37: 11.
À exemplo do Antigo Testamento as bem-aventuranças decorre do Senhor de Israel, mas, como alcançar tamanha alegria e ainda herdar a terra? E qual terra?
Jesus é a resposta: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” Mt 11:  29.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
“....aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas
Observe a relação entre os dois versículos: aqueles que se deixarem instruir por Jesus, o Mestre por excelência, estes serão felizes por alcançar o prometido, descanso para as almas. Estes serão bem-aventurados por alcançar o prometido: a promessa de herdar a terra equivale ao descanso para a alma para aqueles que se deixarem instruir.
Quando Jesus falou ‘bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra’, não foi com o intuito de concitar os ouvintes a que tivessem uma personalidade semelhante ou superior a de Moisés.
A mansidão que Jesus faz referência não é comportamental, antes é a mansidão vinculada ao coração, ou a nova natureza do homem. Após o homem aprender de Jesus haverá uma transformação na natureza do homem, e estes receberão a plenitude de Cristo, e serão semelhantes a Ele: mansos e humildes de coração Cl 2: 10.
Quando Jesus afirmou que os mansos herdarão a terra, Ele não fez referência a elementos deste mundo, mas ao descanso preparado por Deus. A 'terra' representa um lugar de descanso que Deus preparou para os que aprenderem daquele que é por excelência manso de coração "Ora, nós, os que temos crido, entramos no descanso..." Hb 4: 3- 10.
A terra prometida no Antigo Testamento estava atrelada a idéia de descanso, e no Novo Testamento a referência a terra diz de coisas melhores: do descanso de Deus. Aqueles que aprenderem com Cristo, estes terão descanso para as suas almas.
Aquele que encontra descanso para a sua alma em Cristo não receberá como herança um torrão de terra, antes será herdeiro de novos céus e nova terra “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” II Pe 3: 13 .
O apóstolo Pedro ao referir-se aos mansos de coração, não fala do homem natural, mas daquele homem que não conseguimos visualizar, aquele ‘encoberto no coração’, do homem regenerado, que possui um incorruptível traje de um espírito manso e quieto “Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é  precioso diante de Deus” I Pe 3: 4.
O que é precioso diante de Deus? O que possui valor para com Deus? Segundo o apóstolo Paulo o que tem valor, o que tem virtude diante de Deus, é o ser uma nova Criatura: “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor” Gl 5. 6;  “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura” Gl 6: 15.
Como a fé 'vem pelo ouvir', e o 'ouvir pela palavra de Deus', quando Jesus diz que devemos aprender dele, é porque o seu ensino produz fé que faz os seus ouvintes alcançar uma nova vida com direito a ser herdeiro com Cristo. Como Cristo descansou de suas obras, como herdeiros de Deus, os de novo gerado alcançam a bem-aventurança.
Através da regeneração o homem adquire a natureza de Cristo, ou seja, é gerado segundo Deus um novo homem em verdadeira justiça e santidade, características pertinentes a pessoa de Cristo. Somente através do novo nascimento o homem torna-se humilde e manso de coração.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

Percebe-se que Jesus não estava se referindo à justiça que é administrada nos tribunais dos homens! A abordagem de Jesus em momento algum teve objetivos político. Jesus não estava preocupado com os problemas atrelados as injustiças sociais. Jesus não estava promovendo mais uma obra de caridade.
Em momento algum Jesus expôs os princípios anunciados pela teologia da libertação em que a prática de justiça esteja atrelada a transformações de ordem econômicas, social e políticas. Em momento algum Jesus demonstra que a bem-aventurança dependa de transformações sociais ou que se fundamenta nas relações sociais.
Jesus não estava promovendo diretamente a prática da fraternidade, o equilíbrio nas relações no exercício do poder ou incentivando a partilha de bens no intuito de equilibrar a distribuição de riquezas.
Não! O sermão do monte trata de questões eminentemente espirituais.

Se Jesus estivesse promovendo a solidariedade humana como requisito para se alcançar a verdadeira alegria, ele não teria protocolado um veemente protesto aos seus ouvintes: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus” Mt 5: 20.

Você já observou o conceito dos fariseus e dos escribas frente a multidão? Para o povo os fariseus e os escribas eram o que a sociedade tinha de melhor. Porém, a análise de Cristo é diferente: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” Mt 23: 28.
Os religiosos pareciam justos, mas a natureza deles era incompatível com a divina: estavam plenos de iniqüidade.
Como seria possível as obras dos ouvintes de Jesus alcançar uma posição maior em relação aos fariseus e saduceus? Como entender o ter fome e sede de justiça? Onde os ouvintes de Jesus encontrariam fartura de justiça?
Se conseguirmos responder a estas perguntas, estaremos bem próximo de entender todos os conceitos apresentados por Jesus no sermão do monte.

FONTE:
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