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sábado, 8 de dezembro de 2012

267-O CRISTÃO E A MODERNIDADE

A pós-modernidade e os desafios para os nossos dias

Por Marcos Antônio Guimarães

Se houver consenso entre as afirmações que dizem que a verdade e a moral foram substituídas pelo engano e pelo relativismo, estamos, então, diante de um problema estrutural que desafia educadores, líderes e todos aqueles que ainda acreditam na verdade absoluta revelada por Deus nas Escrituras Sagradas.

Temos um cenário moldado pelo pensamento pós-moderno em todas as suas esferas. E suas implicações podem ser detectadas principalmente na religião, na política, na educação e na ética. Para o pós-modernismo, “a única verdade é que não existe verdade”, segundo o escritor colombiano Daniel Salinas.

A narrativa de outro autor nos ajudar a compreender melhor o contexto da pós-modernidade: “Enquanto a modernidade é um manifesto à auto-suficiência humana e à autogratificação, o pós-modernismo é uma confissão de modéstia e, até mesmo, de desesperança. Não há verdade. Há apenas verdades. Não há razão suprema. Só existem razões. Não há uma civilização privilegiada, e muito menos cultura, crença, norma e estilo. Existe somente uma multidão de culturas, de crenças, de normas e de estilos. Não há justiça universal. Existem apenas interesses de grupos. Não há uma grande narrativa do progresso humano. Existem apenas histórias incontáveis, nas quais as culturas e os povos se encontram hoje. Não existe realidade simples, e muito menos a realidade de um conhecimento universal e objetivo. O que existe, de fato, é apenas uma incessante representação de todas as coisas em função de todas as outras”.

Diante desse quadro, não podemos, de forma alguma, ignorar o que está acontecendo à nossa volta, como se não pudéssemos enxergar ou, pior ainda, como se não estivéssemos interessados em enxergar, simplesmente por acharmos que não seremos atingidos por essa avalanche de pensamentos. Mas não é bem assim. Muito pelo contrário. Quando observamos os conteúdos didáticos do ensino fundamental ao acadêmico, conseguimos identificar sim as abordagens sobre os conceitos relativistas e desconstrutivos relacionados aos temas fundamentais da estrutura de uma sociedade, tais como: família, religião e ética.

Identificamos nos livros didáticos baseados no pensamento pós-moderno idéias que propagam reverência à “mãe Natureza” e ainda propõem o fim das diferenças religiosas, morais e éticas, sob a égide do pluralismo e do multiculturalismo. O pluralismo outorga a todas as religiões o mesmo valor soteriológico, moral e espiritual, ressaltando que nenhuma cultura pode ser considerada melhor do que qualquer outra. É justamente esse o ambiente que está formando as novas gerações.

Segundo o escritor Charles Colson, “a maneira como vemos o mundo pode mudar o mundo. Como isso pode acontecer? Quando o cristão se compromete a viver sua fé”. Diante disso, devemos encarar a nossa fé com seriedade e compromisso, sem ignorar que o ser humano é um ser pensante e necessita de respostas. E a única maneira que temos de fornecer respostas que atendam às mais profundas necessidades do ser humano é mediante a verdade absoluta revelada por Deus nas Escrituras Sagradas. Portanto, o desafio está diante de nós, de todos nós, e, principalmente, dos líderes e educadores cristãos.

É tempo de tocar a trombeta em Sião, de alertar sobre os perigos iminentes, antes que seja tarde demais. Não podemos nos sentir satisfeitos com discursos improvisados, simplistas, sem conteúdo. É necessário que haja dedicação e renúncia, para que o povo de Deus se faça mais sábio e preparado para enfrentar um mundo que se transforma a cada dia. O que nos remete à reflexão do escritor Samuel Escobar, com a qual finalizamos este artigo:

“Estamos entrando numa época bem diferente daquela que chamamos de ‘tempos modernos’. Nessa época denominada ‘pós-moderna’, temos a obrigação e o dever, como servos de Deus, de anunciar e viver a fé cristã. Fé esta que tem sobrevivido por vinte séculos, que tem passado de uma cultura para outra. A fé que, há muito, deixou de pertencer somente aos europeus, pois se espalhou por todo o planeta. Se agirmos dessa maneira, o cristianismo deste século será um cristianismo diferente, porque será múltiplo e global. A pessoa central desse cristianismo será o nosso Senhor Jesus Cristo, cuja memória e presença tiveram a capacidade de transcender a todas as culturas. E continuará sendo assim. Essa é a nossa firme esperança”.

O Crente do 3º Milênio – Modernidade X Santidade

 

Autor: Karla Rego Moura Barros
Atualmente, é muito comum ouvir falar da modernidade do crente. Que o crente não é mais desatualizado, que o crente não é mais tão radical. Quantas vezes eu mesma já me peguei falando que o crente mudou. Não é mais daquele jeito satirizado de antes. Mas será que esta mudança melhorou ou piorou a fé do povo de Deus?
A primeira pergunta que eu faço a você é: ” O nosso Deus pode mudar?”
Se você respondeu que sim, enganou-se completamente caro irmão. A palavra de Deus nos dá prova disto em malaquias 3:6a ” Porque eu, o Senhor não mudo.” E também em Tiago 1:7 ” Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”
Então, podemos com certeza afirmar que o mesmo Deus que criou o céu e a terra, o Deus que falou a Noé acerca de um dilúvio afim de destruir a terra que ficou cheia de violência e corrupção (Gn 6:12,13), enfim este Deus que fez coisas terríveis e admiráveis no velho testamento, é o mesmo Deus que nos vê hoje. Ele não mudou de opinião, ele apenas nos adotou como filhos, como seu povo (Ef 2: 11 a 22). Os mandamentos entregues a Moisés lá no monte Sinai, ainda vigoram. O que nos faz pensar que hoje Deus nos julga com menos rigor que antes? A evolução não justifica o fato de hoje, o crente achar normal ir a bares e danceterias. Muito menos o crente Ter vícios como o cigarro e álcool.
Os argumentos são inúmeros para justificarem estas práticas. É claro que como na atualidade existem os direitos humanos e a liberdade de opinião, todos são livres podendo agir da forma que lhes convém. Mas não devemos confundir livre arbítrio com vida cristã. Deus nos chamou para obediência, para serví-lo. O fato crucial é que o crente de hoje esqueceu de ser sal, para salgar. Esqueceu de ser luz, para iluminar as trevas. Nossas práticas hoje em nada diferem das práticas do mundo. E estamos muito felizes com isto, não é verdade? Pena que Deus não está. Se você pensa que servir a Deus é moleza, olhe bem para sua vida e analise o que tem feito, porque não é nada fácil servir a Deus.
O manual do crente que se encontra em Efésios (caps 4: 17 a 32; e 5: 1 a 33; e 6) nos adverte acerca da mentira; das palavras torpes (quantos se orgulham do vocabulário extremamente vulgar que adquiriram com as amizades do mundo); acerca da ira, de discussões vãs (as conhecidas baixarias); a malícia (que é o verdadeiro câncer das igrejas); as amizades, más companhias (Ef 5: 6 e 7); nos adverte também quanto ao vinho (5: 18); o respeito e honra aos pais para sermos bem sucedidos e não morrermos cedo (6:2 e 3). Enfim, este é apenas um dos inúmeros lugares que existem na Palavra de Deus que explica detalhadamente o comportamento do crente. E em I Tess 5: 22 fala que devemos fugir da aparência do mal; também em I João 2:15 a 17 nos fala que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele.
Acho que o fato de Jesus vir ao mundo, revogando a lei, torceu um pouco na cabeça das pessoas a lei em si. Mas o que Jesus veio nos trazer foi salvação, livre acesso a Deus, vida eterna. Veio trazer oportunidade para nós sermos feitos filhos de Deus, e nos fazer povo de propriedade exclusiva de Deus. Os princípios são os mesmos. Em nenhum momento Jesus aboliu sequer um dos mandamentos, e ao contrário do que pensam, Ele ainda acrescentou que devemos amar os nossos inimigos, dar a outra face. Estamos lendo a palavra de Deus pelo avesso, justificando nossos erros com os erros de personagens bíblicos. Homens de Deus no Velho Testamento pecaram, mas não devemos seguir o pecado deles só porque Deus os perdoou no final da história. Devemos Ter como exemplo o fato de saber o que Deus considera mal aos seus olhos.
Mas este texto não vem para criar “santinhos”, pessoas julgadoras do pecado e atitude de outras. Uns mais santos que outros. Não cometam esta torpeza, caros irmãos. Deus conhece o interior de cada um de nós e ele sabe discernir fé de hipocrisia. Venho aqui, trazer uma verdade que tem sido esquecida dentro das igrejas, que têm pregado o que o mundo quer ouvir. O objetivo de Deus não é nos trazer dinheiro, muito menos nos tornar ricos, nem nos passar na frente de outros. Acima de tudo o nosso Deus é justo, e não vai violar as suas próprias regras. Ele pode nos fazer ricos? Sim, pode. Se, e somente se Ele quiser. E isto vai depender do nosso coração, porque Deus não nos dará algo que futuramente nos afastará dÊle. O objetivo de Deus é nos dar vida, Vida Eterna. Salvação. Deus nos quer como seu povo, separados, trabalhando juntos para que o mundo saiba que aquele que sonda os corações vive em nós. O nosso objetivo em dizimar, não é para cair ouro do céu, mesmo que em Malaquias Deus nos mande que o coloquemos à prova. Nosso objetivo dever ser para não faltar mantimento na casa do Senhor. Para sustentar a obra do Senhor na Terra. Se ele nos abençoar, amém! Mas barganha com Deus, é pecado. Dê o seu dízimo sem querer nada em troca. Dê com o coração aberto e com alegria. E o Deus da Graça que conhece o seu interior lhe recompensará da forma como bem lhe aprouver!
Este último século trouxe muitas novidades, e a igreja tem se atrapalhado um pouco com a velocidade da informação e principalmente com o controle do que é lícito ou ilícito. O apóstolo Paulo nos diz que todas as coisas nos são lícitas, ou seja, podemos fazer tudo o que quisermos, mas… MAS, nem todas nos convém. E não devemos nos deixar dominar por nenhuma delas. A lascívia e luxúria, prostituição, concupiscência dos olhos e soberba da vida, facilmente entram em nossa casa hoje e as aceitamos tão tranqüilamente sem saber o tamanho do mal que estamos adotando no meio de nós. É como criar uma cobrinha pequena que aos poucos vai crescendo e crescendo até que um dia nos morde e a ferida é fatal. Os meios de comunicação são excelentes, para nos trazer notícias, para o nosso lazer, mas tomemos cuidado com quem possui o controle: você ou sua TV? Você ou o seu computador? Você ou a revista com fotos tentadoras que você compra em qualquer banca de revista?
È verdade que temos deixado o mundo nos engolir, mas ainda há tempo de fazer renascer em nós o verdadeiro serviço da causa de Deus. Não é fácil servir a Deus. Servir a Deus não é ir para a igreja aos domingos, não é fazer jejum para pedir algo a Deus e aproveitar para emagrecer, servir a Deus não é só cantar cânticos, lindos cânticos que têm sido divinamente inspirados. Servir a Deus é todos os dias, minutos, segundos. É no seu trabalho, na escola, em casa com seus pais e irmãos, e com a namorada ou o namorado, com esposa ou marido, é sempre. Deus nos vê a todo o instante. A quem queremos enganar? Apenas a nós mesmos. Deus nos conhece e sabe muito bem o que temos feito e a verdadeira intenção dos nossos atos. E Deus, não muda. Sirvamos a Deus como Ele o quer, e incrivelmente veremos verdadeiras mudanças em nossas vidas. Bênção que nenhum jejum nos trará, tais como as que vamos receber se obedecermos a Palavra de Deus.

FONTE:
http://www.icp.com.br
http://www.ejesus.com.br

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