Analise de AP13.1-10
A Besta Emerge do Mar (Apocalipse 13:1-10)
No capítulo 13,
conhecemos os dois principais aliados do dragão. No estudo deste capítulo (esta
lição e a próxima), devemos lembrar que a mensagem foi revelada aos cristãos do
primeiro século, especificamente aos discípulos na Ásia que viviam sob o
domínio romano. Ligando esta personagem com as profecias de Daniel, podemos ver
o poder do governo romano para perseguir os santos. Na identificação desta
besta e dos demais aliados, percebemos que o poder do diabo contra os cristãos
que receberam o Apocalipse foi exercido por meio de forças humanas.
13:1 – Vi emergir do mar uma besta
que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre
as cabeças, nomes de blasfêmia.
Vi emergir do mar: O mar, aqui, traz o mesmo significado de várias passagens do Velho
Testamento. Ele representa as nações ou a sociedade humana. Em Salmo 65:7, o “rugir dos mares” é igual ao “tumulto das gentes”. Outras passagens usam a mesma linguagem: “Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do
rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas!” (Isaías 17:12). “Mas os perversos são como o mar
agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo” (Isaías 57:20). “...a abundância do mar se tornará a
ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo” (Isaías 60:5). Jeremias falou do
castigo da Babilônia, o poder imperial de sua época que dependia das nações que
ela dominava: “Ó tu que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! Chegou o teu
fim, a medida da tua avareza”(Jeremias 51:13).
Quando povos sujeitos se rebelaram contra o império, a Babilônia foi inundada
pelo mar: “Como se tornou Babilônia objeto de espanto entre as nações! O mar é
vindo sobre Babilônia, coberta está com o tumulto das suas ondas.... porque o
SENHOR destrói Babilônia e faz perecer nela a sua grande voz; bramarão as ondas
do inimigo como muitas águas, ouvir-se-á o tumulto da sua voz” (Jeremias 51:41-42,55). Esta besta
surge do mar. Ela acha sua base de poder nas nações, na sociedade dos ímpios.
Observe o contraste entre este servo do diabo que sobe do mar, e o anjo forte
de Deus que desceu do céu e ficou em pé sobre a terra e o mar (10:1-2).
Esse entendimento é apoiado pelo
trecho do Antigo Testamento mais importante na interpretação da besta do mar –
Daniel 7. A visão de Daniel começa com esta descrição: “Eu estava olhando, durante a minha
visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande. Quatro
animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” (Daniel 7:2-3). Veremos mais sobre os
quatro animais nos comentários sobre os próximos versículos. Por enquanto,
precisamos observar que o mar, mais uma vez, representa as nações ou os povos,
especialmente o mundo dos ímpios.
Uma besta que tinha dez chifres e
sete cabeças: O significado dos chifres e das
cabeças será explicado em mais detalhes no capítulo 17. Podemos ver a força ou
o poder da besta nos chifres, e a sua inteligência ou astúcia nas cabeças.
Nesta descrição, já notamos a semelhança da besta com o dragão (12:3). O poder
desta besta depende do diabo, o Adversário do povo de Deus.
Sobre os chifres, dez diademas: O dragão tem diademas sobre as sete cabeças. A besta tem diademas
sobre os chifres, que serão identificados como reis que reinariam com a besta
por pouco tempo (17:12).
Sobre as cabeças, nomes de blasfêmia: A besta é inimiga de Deus e do povo do Senhor. Exalta-se contra Deus
com arrogância, mostrando nomes de blasfêmia e irreverência. Como as cabeças
serão identificadas como reis (17:9), entendemos a arrogância de reis que se
exaltam contra Deus, até aceitando a adoração como deuses. Veremos neste e nos
próximos capítulos mais evidências que estes reis sejam imperadores romanos.
13:2 – A besta que vi era semelhante
a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu
poder, o seu trono e grande autoridade.
A besta que vi era semelhante a
leopardo, com pés como de urso e boca como de leão: Este versículo ajuda a entender a aplicação principal do livro para os
leitores originais. Esta descrição da besta do mar tem uma forte ligação,
obviamente, com Daniel 7. Antes de continuar aqui, voltemos a observar alguns
fatos importantes nessa profecia de Daniel, uma visão que o profeta teve no
sexto século a.C., perto do final do império babilônico. Como na profecia
anterior relatada em Daniel 2, esta falou de quatro reinos. Três destes reinos
são identificados por nome em Daniel (comparando capítulos 2, 7 e 8): ➊ Babilônia, ➋ Medo-Pérsia, ➌ Grécia. O quarto reino não é chamado por seu nome, mas os outros
detalhes das profecias e da história nos levam a conclusão de que seja ➍ Roma.
Daniel viu quatro animais subirem do
mar. Entre outras características, ele descreveu traços de ➊ leão, ➋ urso, ➌ leopardo e ➍ um animal diferente, terrível e feroz
com 10 chifres. Os quatro animais se levantaram numa sucessão, representando os
quatro impérios já citados.
Eu acredito que Daniel e João viram
os mesmos monstros, mas de pontos de vista bem diferentes. Quando João teve sua
visão, a boa parte da mensagem de Daniel já havia sido cumprida. Os primeiros
três reinos já haviam caído, e o quarto, Roma, dominava o mundo. Da perspectiva
de João, uma única besta tinha características de todos os animais que Daniel
viu mais de 600 anos antes. É como se o urso tivesse devorado o leão, assim
incorporando alguns traços deste. Quando o leopardo devorou o urso, assumiu
algumas características dos dois. Por último, o animal terrível e diferente
devorou o leopardo, e passou a refletir algumas qualidades de todos os predecessores.
Daniel viu os quatro animais como indivíduos. Ele disse que perderiam o seu
domínio, mas que ainda viveriam por algum tempo (Daniel 7:12). João viu uma só
besta com algumas características dos impérios anteriores. Continuam vivos
porque fazem parte do quarto. Assim, João cita os mesmos animais do mais
recente (o reino atual quando ele escreveu) ao mais antigo.
Daniel profetizou sobre os quatro
reinos, mas enfatizou o estabelecimento do domínio do Senhor na época do
quarto. Disse que o quarto reino, e especificamente o seu décimo rei, seria um
reino blasfemador que perseguiria os santos “por um tempo, dois tempos e a metade de um tempo”, antes da vitória total dos “santos do Altíssimo” (Daniel 7:23-27).
A mensagem de João nos próximos
capítulos é uma atualização e ampliação da profecia de Daniel. Ele não precisa
falar sobre os primeiros três reinos, pois já passaram. Ele escreveu aos santos
que viviam na época do quarto animal, a besta do mar, o império romano. Os
cristãos que receberam o Apocalipse veriam logo o décimo rei se levantar contra os fiéis. Eles precisavam do
consolo de saber que a profecia de Daniel não havia falhado, e que a vitória
final viria logo depois da angústia iminente.
E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu
trono e grande autoridade: Há uma ligação fundamental entre o
poder do império romano e o diabo. O poder do grande e irreverente perseguidor
na terra vem de Satanás. O governo romano se tornou um instrumento na mão do
dragão quando este foi pelejar com os descendentes da mulher (12:17). Nos
aspectos espirituais de sua batalha, ele teve o apoio de seus gafanhotos e
anjos. Na batalha terrestre, ele conta com o apoio do poder governante, o
próprio império romano. Em qualquer situação, ele age na esfera limitada pelo
domínio absoluto de Deus.
13:3 – Então, vi uma de suas cabeças
como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se
maravilhou, seguindo a besta;
Vi uma de suas cabeças como golpeada
de morte, mas essa ferida mortal foi curada: As cabeças são
reis (17:9). Um dos reis foi golpeado de morte. Este golpe mortal atinge a
besta (13:12) e seu poder de perseguir e destruir os santos. Considerando as
cabeças como reis da besta ou império perseguidor, a morte de uma cabeça seria
o fim da perseguição daquele rei, talvez pela morte do próprio imperador.
Quando surgir um outro rei perseguidor, seria como a cura da ferida da besta.
Como já comentamos que esta visão é explicada melhor no capítulo 17, veremos
que cinco reis já caíram, e que João escreveu antes de emergir um oitavo rei “que procede dos sete” (17:11). A força perseguidora
diminuiu, temporariamente, mas ainda surgiria com grande intensidade, como se
fosse a ressurreição da cabeça opressora.
E toda a terra se maravilhou,
seguindo a besta: Demonstrações de poder ganham a
admiração do mundo. As pessoas podem ser persuadidas pela autoridade de
líderes, governos, etc., ou podem simplesmente seguir por intimidação, por
causa do medo do poder dos dominadores. O poder de realmente ressuscitar os mortos
pertence a Deus, não ao diabo. Mas, ele pode enganar pessoas “com todo poder, e sinais, e
prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9-10). Neste caso, não precisa ressuscitar uma
pessoa; ele apenas dá nova vida à causa do governo maligno na perseguição dos
santos. O mundo acha que a besta ganhará, e se maravilha. Foi isso que
aconteceu no intervalo antes da sétima trombeta. A besta mostrou seu poder e o
mundo participou da festa. Infelizmente para eles, a festa não durou (11:7-13).
13:4 – e adoraram o dragão porque deu
a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à
besta? Quem pode pelejar contra ela?
E adoraram o dragão porque deu a sua
autoridade à besta: Para o mundo, demonstrações de
poder são provas do favor de um deus e, por isso, motivos para louvá-lo (Juízes
16:23-24). Qualquer vitória pode ser interpretada como evidência da impotência
do “deus” do inimigo (Isaías 36:18-20). A besta recebeu seu poder do dragão,
até dando nova vida ao poder perseguidor. O mundo admira tal poder e adora o
dragão.
Também adoraram a besta: A própria besta, o governo romano, recebe a adoração do povo.
Quem é semelhante à besta?: Que blasfêmia! O salmista disse ao Senhor: “Ora, a tua justiça, ó Deus, se eleva
até aos céus. Grandes coisas tem feito, ó Deus; quem é semelhante a ti?” (Salmo 71:19). São palavras de
exaltação devidamente oferecidas a Deus. Mas as mesmas palavras, aplicadas à
besta, são blasfêmia inegável.
O contraste nos conflitos no Apocalipse é claro. Na batalha no céu, o exército
dos fiéis é liderado por Miguel, cujo nome quer dizer “Quem é semelhante a Deus?” (12:7). Mas os povos do mundo, tão
impressionados com o poder imperial, negam o poder de Deus e perguntam: “Quem é semelhante à besta?”.
Quem pode pelejar contra ela?: Para os cristãos que receberam este livro, a resposta seria fácil. A
besta recebe seu poder do dragão, e o dragão foi claramente derrotado nas
batalhas do capítulo 12. Os vencedores daquele capítulo podem não somente
pelejar, mas certamente podem vencer!
Mas os povos que admiram a besta não
enxergam a luz da revelação dada aos servos do Senhor. Para eles, não há poder
superior ao do diabo. Suas palavras arrogantes são um desafio que será
respondido nos próximos capítulos, da mesma maneira que o desafio de Rabsaqué
foi respondido pelo poder de Deus (2 Reis 18-19).
13:5 – Foi-lhe dada uma boca que
proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;
Foi-lhe dada uma boca que proferia
arrogâncias e blasfêmias: Novamente, o texto mostra a
arrogância da besta. Ela tem nomes de blasfêmia nas cabeças (13:1) e recebe a
adoração dos povos (13:4). Aqui, ela tem condições de se exaltar e de falar
blasfêmias.
E autoridade para agir quarenta e
dois meses: A imagem da besta é assustadora. O poder
dela é tão grande que a terra toda vai atrás, dando-lhe honra. O mundo pode ser
enganado, mas os leitores do Apocalipse sabem que o poder dela é limitado pelo mesmo Senhor que já venceu o
dragão. Ela terá autoridade para agir por um tempo limitado (42 meses – veja
11:2).
13:6 – e abriu a boca em blasfêmias
contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que
habitam no céu.
E abriu a boca em blasfêmias contra
Deus: A ousadia da besta não tem limites.
Ela abre a boca para falar contra o próprio Senhor. O décimo primeiro rei de
Daniel 7:24-25 faria isso. Vamos ver ainda a relação entre aquele rei e a besta
do mar.
Para lhe difamar o nome: O nome representa a pessoa. O nome de Jesus salva no sentido que o
próprio Jesus salva (Atos 4:12; 13:23). Difamar o nome de Deus é atacar o
próprio Senhor.
13:7 – Foi-lhe dado, também, que
pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre
cada tribo, povo, língua e nação;
Foi-lhe dado, também, que pelejasse
contra os santos e os vencesse: Já tivemos uma
previsão disso no vislumbre do trabalho da besta em 11:7. Ainda teremos
descrições mais completas destas pelejas nos próximos capítulos. Aqui o
comentário é rápido. A besta luta contra os santos e é vitoriosa. Da mesma
maneira que o capítulo 11 nos avisou do ataque e até da vitória da besta, o
mesmo capítulo nos assegura que a história não termina aqui. A besta vence . .
. por enquanto!
Deu-se-lhe ainda autoridade sobre
cada tribo, povo, língua e nação: Como sempre, a
autoridade do diabo e dos seus servos é limitada pelo poder superior de Deus. A
besta recebeu permissão para dominar os povos ímpios. Mas a autoridade da
besta, como a do próprio dragão, é definida pelo Soberano Deus (Daniel 4:32).
13:8 – e adorá-la-ão todos os que
habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida
do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
E adorá-la-ão todos os que habitam
sobre a terra: Quando a besta matou as duas
testemunhas, os povos fizeram sua festa de vitória (11:7-10). Aqui ela se pôs
contra Deus e contra o povo do Senhor, e o mundo dá louvor à besta.
Aqueles cujos nomes não foram
escritos no Livro da Vida: Como observamos acima, os
habitantes da terra, aqui, são os ímpios. O contraste entre esta categoria e “os que habitam no céu” é evidente. Sobre o significado do “Livro da Vida”, veja os comentários em 3:5.
Do Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo: A besta pode
exercer autoridade sobre tribos, povos e nações. Ela pode ser adorada pelos
ímpios. Pode pelejar contra os santos e os vencer. Mas o Livro da Vida está no
poder do Cordeiro (veja comentário sobre o Cordeiro em 5:6). Como foi frisado
na visão das duas testemunhas no intervalo no capítulo 11, o poder do diabo e
de seus aliados não vai além da morte. Podem pelejar, vencer e matar. Mas o
Livro da Vida e o poder para garantir a ressurreição e a vida eterna pertencem
exclusivamente ao Senhor. O Cordeiro tira pecados e salva os fiéis das
conseqüências do pecado. Ele foi morto, conforme o plano eterno de Deus
(Efésios 1:3-8), para a salvação dos homens. Ele foi morto, mas está vivo
(1:18; 5:6). Mostrou seu poder sobre a morte e garante a vida eterna aos santos
fiéis.
13:9 – Se alguém tem ouvidos, ouça.
Se alguém tem ouvidos, ouça: Preste atenção. É importante! Esta frase aparece oito vezes no livro –
em cada uma das cartas às sete igrejas e aqui. Sempre tem o propósito de chamar
atenção à mensagem do Senhor, e incentivar os ouvintes a tomarem a decisão
certa em resposta à palavra. O versículo que segue contém uma mensagem que
oferece consolo para os santos, conforme a conduta deles. É importante prestar
atenção.
13:10 – Se alguém leva para
cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja
morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.
Se alguém leva para cativeiro, para
cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada: Há diversas interpretações deste versículo, mas parece mais provável
que o Senhor esteja falando aqui sobre os perseguidores – aqueles que prendem
ou até matam os santos. Entendido desta maneira, seria uma promessa de vingança
contra os opressores. Aqueles que levam os outros ao cativeiro ou que usam a
espada para matar, sofrerão os mesmos castigos. Quando a besta se levantou no
capítulo 11 para matar as duas testemunhas, a sua vitória durou pouco tempo e a
cena se encerra com o sofrimento dos inimigos que se regozijavam com a morte
dos servos fiéis. Aqui, também, a besta se levanta para pelejar contra os
santos, e conta com a ajuda dos ímpios. Mas quem participar desta perseguição,
prendendo e matando os santos, enfrentará a vingança justa.
Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos: A promessa da justiça divina traz
conforto aos fiéis. Em termos gerais, os fiéis são perturbados pela injustiça
do mundo, e aguardam o dia de acerto quando a justiça de Deus prevalecerá.
Assim Ló achou livramento na destruição de Sodoma (2 Pedro 2:7), e as águas do
dilúvio serviam de instrumento de salvação para Noé (1 Pedro 3:20). Homens
justos, no Velho Testamento, pediam a justiça de Deus sobre os ímpios: “Até quando, SENHOR, ficarás olhando?
Livra-me a alma das violências deles...” (Salmo 35:17); “Até quando, ó Deus, o adversário nos
afrontará? Acaso, blasfemará o inimigo incessantemente o teu nome?” (Salmo 74:10); “Até quando, SENHOR, os perversos,
até quando exultarão os perversos? ... Esmagam o teu povo, SENHOR, e oprimem a
tua herança” (Salmo 94:3-5); “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e
tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Habacuque 1:2). Veja outros exemplos
em Salmos 6:3-8,10; 13:1-6. Esta mesma preocupação estava nas mentes dos servos
de Deus no Apocalipse: “Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem
vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (6:10). As promessas no Apocalipse de sofrimento por tempo limitado
seguido por vitória total servem para confortar os santos e ajudá-los a
perseverarem. A besta emergirá do mar, mas a vitória é dos servos do Senhor.
Conclusão
O diabo não desiste.
Depois da série de derrotas no capítulo 12, ele esperou na praia para a chegada
da besta do mar, um dos aliados dele. Quando ouviram a descrição da besta do
mar, os conhecedores do Velho Testamento perceberiam a gravidade de sua
situação. O dragão conta com o apoio de uma besta que junta toda a maldade e
ferocidade dos impérios dos últimos seis séculos! O mundo pode ser enganado,
achando a besta invencível e incomparável. Mas os fiéis sabem que ela não se
compara a Deus, e acham consolo na confiança da vitória final sobre a besta,
sobre o dragão e sobre quaisquer outros aliados deles. “Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos.”
Perguntas
1. Quem emergiu do mar?
2. Qual personagem introduzida
anteriormente no Apocalipse teve, também, sete cabeças e dez chifres?
3. Descreva a besta do mar,
observando estes detalhes:
a.
Quantas cabeças?
b.
Quantos chifres?
c.
Quantos diademas?
d.
Que tipo de nomes na cabeça?
e.
Ela tinha traços de quais animais?
f.
Recebeu seu poder de quem?
g.
Qual característica da besta deixou o povo maravilhado?
4. Qual profecia do Antigo
Testamento se torna especialmente importante na interpretação desta visão? Como
podemos entender a diferença entre quatro animais e uma
besta?
5. O que a besta falou durante 42
meses?
6. Dê, pelo menos, duas outras
maneiras de dizer 42 meses?
7. Considerando a comparação citada
acima com a profecia de Daniel, e o contexto histórico do livro, a besta do mar
representa qual poder?
8. Qual a diferença entre os que
habitam no céu e os que habitam sobre a terra?
9. Qual fato – até um tema principal
do Apocalipse – serve para consolar os santos?
FONTE:
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