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sábado, 25 de maio de 2013

455-A SEPTUAGINTA





Introdução a História da Septuaginta


Introdução a História da Septuaginta

Quando e sob que circunstâncias a Septuaginta foi preparada? Por que havia necessidade de tal tradução? Qual tem sido sua utilidade no decorrer dos séculos? O que a Septuaginta pode ensinar-nos hoje, se é que nos ensina alguma coisa?

Em 332 AEC, quando Alexandre, o Grande, entrou no Egito, depois de destruir a cidade fenícia de Tiro, ele foi acolhido como libertador. Fundou ali a cidade de Alexandria, um centro de erudição do mundo antigo. Com o objetivo de divulgar a cultura grega nos países conquistados, Alexandre introduziu o grego comum (coiné) em todo o seu vasto domínio.

No terceiro século AEC, Alexandria passou a ter uma grande população de judeus. Muitos deles, que depois do exílio babilônico haviam morado em colônias espalhadas fora da Palestina, migraram para Alexandria. Até que ponto esses judeus conheciam a língua hebraica? A Cyclopedia de McClintock e Strong declara: “É bem conhecido que, depois de os judeus terem voltado do cativeiro da Babilônia, tendo perdido em grande parte a familiaridade com o hebraico antigo, explicava-lhes na língua caldéia a leitura dos livros de Moisés nas sinagogas da Palestina. Os judeus de Alexandria provavelmente conheciam menos ainda o hebraico; sua língua familiar era o grego alexandrino.”

Pelo visto, o ambiente de Alexandria favorecia a tradução das Escrituras Hebraicas para o grego. Aristóbulo, judeu do segundo século AEC, escreveu que uma versão da lei hebraica foi traduzida para o grego e completada durante o reinado de Ptomoleu Filadelfo (285-246 AEC). As opiniões variam quanto a que Aristóbulo queria dizer com “lei”. Alguns acham que ele se referia apenas ao Pentateuco, ao passo que outros dizem que se referia a todas as Escrituras Hebraicas.

De qualquer modo, segundo a tradição, cerca de 72 eruditos judeus estiveram envolvidos naquela primeira tradução escrita das Escrituras do hebraico para o grego. Mais tarde começou-se a usar o número redondo 70. Por isso, a versão foi chamada de Septuaginta, que significa “70”, e recebeu a designação LXX, que representa 70 em algarismos romanos.

No fim do segundo século A.E.C, todos os livros das Escrituras Hebraicas podiam ser lidos em grego. De modo que o nome Septuaginta passou a referir-se às inteiras Escrituras Hebraicas traduzidas para o grego.

A Septuaginta foi usada extensamente pelos judeus de língua grega antes e durante o tempo de Jesus Cristo e seus apóstolos. Muitos dos judeus e dos prosélitos reunidos em Jerusalém no dia de Pentecostes de 33 E.C eram do distrito da Ásia, do Egito, da Líbia, de Roma e de Creta — regiões em que se falava grego. Sem dúvida, eles costumavam ler a Septuaginta. (Atos 2:9-11). De modo que essa versão influiu na divulgação das boas novas no primeiro século.

Por exemplo, ao conversar com homens de Cirene, Alexandria, Cilícia e Ásia, o discípulo Estêvão disse: “José enviou e chamou a Jacó, seu pai, e todos os seus parentes daquele lugar [Canaã], no número de setenta e cinco almas.” (Atos 6:8-10; 7:12-14) O texto hebraico de Gênesis, capítulo 46, diz que o número dos parentes de José era setenta. Mas a Septuaginta usa o número setenta e cinco. Pelo visto, Estêvão citou a Septuaginta. — Gênesis 46:20, 26, 27, nota, NM com Referências.

Ao viajar pela Ásia Menor e pela Grécia na segunda e na terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo pregava a muitos gentios que temiam a Deus e a “gregos que adoravam a Deus”. (Atos 13:16, 26; 17:4) Essas pessoas haviam chegado a temer a Deus ou a adorá-lo por terem obtido conhecimento dele pela Septuaginta. Ao pregar a tais que falavam grego, Paulo muitas vezes citava ou parafraseava partes dessa tradução. — Gênesis 22:18, nota; Gálatas 3:8.

As Escrituras Gregas Cristãs contêm umas 320 citações diretas e o total conjunto de talvez 890 citações e referências das Escrituras Hebraicas. A maioria delas se baseia na Septuaginta. Em resultado disso, as citações tiradas desta tradução, e não dos manuscritos hebraicos, tornaram-se parte das inspiradas Escrituras Gregas Cristãs. Como isso é significativo! Jesus havia predito que as boas novas do Reino seriam pregadas em toda a terra habitada (Mateus 24:14). Para realizar isso, Jeová permitiria que sua Palavra inspirada fosse traduzida para os diversos idiomas lidos por pessoas em todo o mundo.

A Septuaginta continua valiosa hoje e é usada para ajudar a identificar erros de copistas que talvez tenham sido introduzidos em manuscritos hebraicos, copiados numa data posterior. Por exemplo, o relato de Gênesis 4:8 reza: “Depois, Caim disse a Abel, seu irmão: ‘Vamos ao campo.’ Sucedeu, pois, enquanto estavam no campo, que Caim passou a atacar Abel, seu irmão, e o matou.”

A frase entre colchetes “vamos ao campo” não se encontra nos manuscritos hebraicos datados de depois do décimo século E.C. Mas está incluída em manuscritos mais antigos da Septuaginta e em algumas fontes primitivas. Consta no texto hebraico a expressão que costuma introduzir as palavras de alguém, mas não as palavras de Caim. O que teria acontecido? Gênesis 4:8 contém duas orações consecutivas que terminam com as expressões “ao campo” e “no campo”. É provável que o olho do copista tenha sido iludido pela [mesma] palavra . . . que conclui ambas as orações. De modo que o copista pode ter despercebido a oração que termina com a expressão “ao campo”. É evidente que a Septuaginta, bem como outros manuscritos antigos, podem ser úteis para identificar erros em cópias posteriores do texto hebraico.

Por outro lado, as cópias da Septuaginta também estão sujeitas a erros, e às vezes consulta-se o texto hebraico para corrigir o grego. De modo que a comparação dos manuscritos hebraicos com as traduções em grego e em outras línguas resulta em se detectarem erros de tradução, bem como de copistas, e nos assegura uma versão exata da Palavra de Deus.

Existem hoje cópias completas da Septuaginta que datam do quarto século E.C. Esses manuscritos e cópias posteriores não contêm o nome divino, “Jeová”, representado em hebraico pelo Tetragrama (YHWH). Essas cópias usaram em substituição as palavras gregas para “Deus” e “Senhor” sempre que no texto hebraico constasse o Tetragrama. No entanto, uma descoberta feita na Palestina há cerca de 50 anos lançou luz sobre esse assunto. Uma equipe que investigava cavernas perto do litoral ocidental do mar Morto descobriu fragmentos dum antigo rolo de couro dos 12 profetas (de Oséias até Malaquias) escrito em grego. Esses escritos datam de entre 50 A.E.C e 50 E.C. Nesses antigos fragmentos, o Tetragrama não havia sido substituído pelas palavras gregas para “Deus” e “Senhor”. De modo que se confirmou o uso do nome divino na primitiva versão Septuaginta das Escrituras.

Em 1971 foram liberados para publicação fragmentos dum antigo rolo de papiro (Papiros Fouad 266). O que revelaram essas partes da Septuaginta, que datam do segundo ou do primeiro século A.E.C? O nome divino também foi preservado nelas. Esses antigos fragmentos da Septuaginta fornecem forte evidência de que Jesus e seus discípulos do primeiro século conheciam e usavam o nome de Deus.

Hoje em dia, a Bíblia é o livro mais amplamente traduzido na História. Mais de 90 por cento da família humana tem acesso a pelo menos parte dela na sua própria língua. Somos especialmente gratos por haver uma tradução exata em línguas modernas, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, agora disponível na íntegra ou em parte em mais de 40 línguas. A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referência contém centenas de notas de rodapé arremetendo à Septuaginta e a outros manuscritos antigos. De fato, a Septuaginta continua a ser de interesse e de valor para os estudantes da Bíblia nos nossos dias.
Durante o reinado de Nabucodonosor (1), as Escrituras Sagradashebraicas foram perdidas, por ocasião do cativeiro imposto ao povo judeu, que em aproximadamente 587 a.C. foi deportado de Jerusalém para a Babilônia. As Escrituras foram novamente constituídas no tempo do Profeta Esdras, durante o reinado de Artaxerxes (cf. Esd 9,38-41).
O conjunto de manuscritos hebraicos mais antigos que chegaram até nosso tempo, é conhecido como Texto Massorético. Nesta compilação das Escrituras, o texto foi transcrito com a omissão das vogais. Com origem no séc. VI, o Texto Massorético possui este nome por ter sido desenvolvido por um grupo de judeus conhecidos como Massoretas; que deste então se tornaram os responsáveis em conservar e transmitir o texto bíblico hebraico.
Bem anterior ao Texto Massorético, se conservou até nosso tempo, a versão Grega das Escrituras Hebraicas conhecida como Septuaginta ou Versão dos Setenta (LXX). Vertida, aproximadamente no séc. III a.C. para grego a partir dos mais antigos manuscritos hebraicos (hoje não mais disponíveis), o valor histórico da Septuaginta é inestimável e de profunda importância para a identificação do Cânon Bíblico Cristão.
Origem da Septuaginta
Ptolomeu II Filadelfo (287-247 a.C.), rei do Egito, encomendou especialmente para sua Biblioteca em Alexandria (2), uma tradução grega das escrituras sagradas dos judeus. Esta foi a primeira tradução feita dos livros hebraicos para uma outra língua. A tradução do hebraico para o grego, segundo a tradição, foi feita por 72 escribas durante 72 dias, por isso possui o nome Septuaginta que significa “Tradução dos Setenta”.
A primeira menção à versão da Septuaginta encontra-se em um escrito chamado “Carta de Aristéias”. Segundo esta carta, Ptolomeu II Filadelfo tinha estabelecido recentemente uma valiosa biblioteca em Alexandria. Ele foi persuadido por Demétrio de Fálaro (responsável pela biblioteca) a enriquecê-la com uma cópia dos livros sagrados dos judeus. Para conquistar as boas graças deste povo, Ptolomeu, por conselho de Aristéias (oficial da guarda real, egípcio de nascimento e pagão por religião) emancipou 100 mil escravos, de diversas regiões de seu reino. Então, enviou representantes (entre os quais Aristéias) a Jerusalém e pediu a Eliazar (o Sumo Sacerdote dos judeus) para que fornecesse uma cópia da Lei e judeus capazes de traduzi-la para o grego. A embaixada obteve sucesso: uma cópia da Lei ricamente ornamentada foi enviada para o Egito, acompanhada por 72 peritos no hebraico e no grego (seis de cada Tribo (3)) para atender o desejo do rei. Estes foram recebidos com grande honra e durante sete dias surpreenderam a todos pela sabedoria que possuíam, demonstrada em respostas que deram a 72 questões; então, eles foram levados para a isolada ilha de Faros e ali iniciaram os seus trabalhos, traduzindo a Lei, ajudando uns aos outros e comparando as traduções conforme iam terminando. Ao final de 72 dias, a tarefa estava concluída. A tradução foi lida na presença de sacerdotes judeus, príncipes e povo, reunidos em Alexandria; a tradução foi reconhecida por todos e declarada em perfeita conformidade com o original hebraico. O rei ficou profundamente satisfeito com a obra e a depositou na sua biblioteca.
Comumente se acredita, que a Carta de Aristéias foi escrita por volta de 200 a.C., 50 anos após a morte do Rei Filadelfo.
Não há ainda entre os estudiosos um consenso sobre a origem e autenticidade desta carta. Embora a grande maioria considere seu conteúdo fantasioso e lendário, questiona-se se não há algum fundamento histórico disfarçado sob os detalhes lendários.
Por exemplo, hoje se sabe com certeza que o Pentateuco foi mesmo traduzido em Alexandria.
Luciano, sacerdote de Antioquia e mártir, no início do séc. IV publicou uma edição corrigida de acordo com o hebraico; tal edição reteve o nome de koiné, edição vulgar, e, às vezes, é chamada de Loukianos, após o nome de seu autor.
Finalmente, Hesíquio, um bispo egípcio, publicou, quase que ao mesmo tempo, uma nova revisão, difundida principalmente no Egito.
Difusão e revisões
Pelo fato de serem pouquíssimos os Judeus que ainda possuíam conhecimento da língua hebraica, principalmente após o domínio helenista (entre os séculos IV e I a.C.) onde o koiné (grego popular) era o idioma falado, a Septuaginta foi bem acolhida, principalmente pelos judeus alexandrinos que foram os seus principais difusores, pelas nações onde o grego era falado. A Septuaginta foi usada por diferentes escritores e suplantou os manuscritos hebraicos na vida religiosa (JAEGER, 1991).
Em razão de sua grande difusão no mundo helênico (tanto entre judeus, filósofos gregos e cristãos), as cópias da Septuaginta passaram a se multiplicar, dando origem a variações contextuais.
Orígenes (4), motivado pela necessidade de restaurar o texto à sua condição original, dá origem à sua revisão que ficou registrada em sua famosa obra, conhecida como Hexápla (5).
Os Manuscritos
Os três manuscritos mais conhecidos da Septuaginta são: o Vaticano (Codex Vaticanus), do séc. IV; o Alexandrino (Codex Alexandrinus), do séc. V, atualmente no Museu Britânico de Londres; e o do Monte Sinai (Codex Sinaiticus), do séc. IV, descoberto por Tischendorf no convento de Santa Catarina, no Monte Sinai, em 1844 e 1849, sendo que parte se encontra em Leipzig e parte em São Petersburgo.
Todos foram escritos em unciais (6). O Codex Vaticanus é considerado o mais fiel dos três; é geralmente tido como o texto mais antigo, embora o Codex Alexandrinus carregue consigo o texto da Hexapla e tenha sido alterado segundo o Texto Massorético. O Codex Vaticanus é referido pela letra B; o Codex Alexandrinus, pela letra A; e o Codex Sinaiticus, pela primeira letra do alfabeto hebraico (Aleph) ou S.
Os livros que estão presentes na Septuaginta
Os livros presentes na Septuaginta, conforme a ordem original: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel (1 Reis), 2 Samuel (2 Reis), 1 Reis (3 Reis), 2 Reis (4 Reis), 1 Crônicas (1 Paralipômenos), 2 Crônicas (2 Paralipômenos), 1 Esdras, 2 Esdras (Esdras e Neemias), Ester, Judite, Tobias, 1 Macabeus, 2 Macabeus, 3 Macabeus, 4 Macabeus, Salmos, Odes, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Job, Sabedoria, Eclesiástico (Sirac), Salmos de Salomão, Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Obadias, Jonas, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Epístola de Jeremias, Ezequiel, Suzana (7), Daniel, Bel e o Dragão (SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL, 2003, Xii-Xiii).
É importante notar que o conjunto de livros da Septuaginta é bem maior do que qualquer versão do AT disponível nas Bíblias Católica, Ortodoxa e Protestante. O que isto necessariamente significa? Será que o catálogo da LXX corresponderia a um cânon bíblico conhecido e utilizado pelos antigos Judeus? Jesus e os Apóstolos utilizaram este catálogo mais amplo de Escrituras Sagradas?
Notas
(1) Foi Rei da Babilônia no séc. VI a.C.
(2) Fundada por Alexandre, o Grande tornou-se o grande centro cultural e comercial do império helênico.
(3) Por ordem divina o povo de Israel foi classificado em 12 Tribos, cada uma tendo origem em dos filhos do Patriarca Jacó (cf. Gn 49).
(4) Há uma breve biografia no capítulo 5.
(5) Recebe este nome por dispor do texto do AT em 6 colunas distintas, cada uma conforme uma tradução (hebraico, a LXX, versão de Áquila, versão de Símaco, versão de Teodocião, e outra de menor importância). Foi perdida restando em nossos dias somente alguns fragmentos.
(6) Letras maiúsculas.
(7) “História de Suzana” que consta como apêndice no livro de Daniel nas Bíblias Católicas e Ortodoxas.
Bibliografia
JAEGER, Werner. Cristianismo primitivo e paideia grega. Lisboa: Edições 70, 1991. p. 19.
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Antigo Testamento Poliglota, hebraico, grego, português, inglês. São Paulo: Vida Nova, 2003.
** fragmento do livro "O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados", de autoria de Alessandro Lima, Editora ComDeus, 2007. Pgs 17-20.


Fonte:
ttp://exegesebiblica.blogspot.com.br
http://www.veritatis.com.br

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