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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

698-TEMPO, TEMPOS E A METADE DE UM TEMPO (AP 12.14)














Em Apocalipse capítulo 12, João vê uma visão de uma mulher "vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas" (Apocalipse 12:1). Observe a semelhança entre essa descrição e a descrição que José deu de seu pai Jacó (Israel) e sua mãe e seus filhos (Gênesis 37:9-11). As doze estrelas referem-se às doze tribos de Israel. Assim, a mulher em Apocalipse 12 é Israel.

Evidência adicional para essa interpretação é que Apocalipse 12:2-5 fala da mulher estando grávida e dando à luz. Embora seja verdade que Maria deu à luz Jesus, também é verdade que Jesus, o filho de Davi da tribo de Judá, veio de Israel. Em certo sentido, Israel deu à luz (gerou) Cristo Jesus. O versículo 5 diz que o filho da mulher era "um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono". Isso está claramente descrevendo Jesus. Jesus ascendeu ao céu (Atos 1:9-11), um dia vai estabelecer o Seu reino sobre a terra (Apocalipse 20:4-6) e reinará com juízo perfeito (a "vara de ferro", ver Salmo 2: 7-9).

A fuga da mulher para o deserto por 1.260 dias refere-se ao tempo futuro chamado de Grande Tribulação. Mil duzentos e sessenta dias são 42 meses (de 30 dias cada), o que é o mesmo que três anos e meio. Na metade do período da Tribulação, a Besta (o Anticristo) colocará uma imagem de si mesmo no templo que será construído em Jerusalém. Esta é a abominação de que Jesus falou em Mateus 24:15 e Marcos 13:14. Quando a Besta fizer isso, ela quebra o pacto de paz que havia feito com Israel e a nação tem de fugir por segurança – possivelmente à Petra (ver também Mateus 24; Daniel 9:27). Esta fuga dos judeus é retratada como a mulher fugindo ao deserto.


Apocalipse 12:12-17 fala de como o diabo vai fazer guerra contra Israel, tentando destruí-la (Satanás sabe que o seu tempo é curto, relativamente falando – ver Apocalipse 20:1-3, 10). Essa passagem também revela que Deus vai proteger Israel no deserto. Apocalipse 12:14 diz que Israel vai ser protegida contra o diabo por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” ("um tempo" = 1 ano; "tempos" = 2 anos; "metade de um tempo"= meio ano; em outras palavras, três anos e meio).

Compreendendo os ''1260 dias'' em Apoc. 11-13
COMPREENDENDO OS "1.260 DIAS"
EM APOCALIPSE 11-13

João usa 3 símbolos de tempo ("dias", "meses", "tempos" ) em Apocalipse 11-13 para designar o período quando seria pisada a cidade santa, o tempo das duas testemunhas, da mulher no deserto, e do domínio da besta. Usa a frase "42 meses", "1.260 dias" e "um tempo, e tempos e metade de um tempo", como termos sinônimos que servem como elos vitais entre Apocalipse 11, 12 e 13. É útil fazer uma comparação de dois versículos paralelos de Apocalipse 12:

APOCALIPSE 12:6
APOCALIPSE 12:14
"A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias".
"E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo".

Apocalipse 12:6 e 14 descrevem ao que parece a mesma mulher e o mesmo tempo de perseguição, com símbolos ligeiramente diferentes. Estas diferenças estilísticas são significativas, porque proporcionam a oportunidade de combinar uma gama mais ampla de modelos do Antigo Testamento, o que não só enriquece o significado teológico da igreja cristã, mas também proclama a continuidade da fidelidade de Deus a seu povo do novo pacto. Da mesma maneira que Jeová tinha "levado" a Israel sobre "asas de águia" do Egito e os trouxe a ele (Êxo. 19:4), assim Deus dá à sua igreja "as duas asas da grande águia" para voar a um lugar seguro (Apoc. 12:14). O fato de que o símbolo de tempo de "1.260 dias" e seus equivalentes nos são dados 7 vezes (2 em Dan. e 5 no Apoc.) indica que é um período de importância crucial.
A pergunta é a seguinte: De onde vem este símbolo apocalíptico? A frase "um tempo, e tempos e metade de um tempo" em Apocalipse 12:14 é tomada diretamente de Daniel 7:25 e 12:7, como geralmente se reconhece. Mas poucos comentadores conectam Apocalipse 12 à sua raiz principal em Daniel 7. Porém, aqui jaz a chave secreta para descobrir os 3 ½ tempos proféticos em sua relação com o "chifre pequeno" da quarta besta de Daniel.

O Erro de Separar o Símbolo de Tempo de seu Contexto

Alguns expositores apelam à tradição judia que usa o termo "3 anos e meio" como um modismo para um "longo tempo" indefinido ou para "muitos dias".1 O termo aparece ali para expressar "a metade de um septênio" ou, como dizem outros, "a metade de uma década" sem nenhuma outra precisão. As passagens do Lucas 4:25 e Tiago 5:17 são interessantes, porque neles a frase "três anos e meio" usa-se para o tempo da seca nos dias de Elias, enquanto que em 1 Reis 18:1 só declara que durou "muitos dias" e que a seca terminaria "no terceiro ano".
Esta designação de tempo pode significar um mínimo de 14 ou 18 meses, segundo a tradição rabínica,2 ou possivelmente 3 anos. O fato de que tanto Jesus (Luc. 4:25) como Tiago (5:17) falam deste período como "três anos e meio" poderia ser uma adaptação do modismo popular em seu tempo. Entretanto, um documento rabínico dá a leitura de "três anos e meio".3Enquanto que se pode reconhecer a tensão dentro do conteúdo do Antigo Testamento e do Novo Testamento com respeito ao tempo de prova real da seca profetizada por Elias, tudo isto se distingue da designação do tempo nas profecias de Daniel e Apocalipse. Aqui o princípio guiador não é o modismo, a não ser o contexto imediato e o contexto remoto da profecia.
O livro de Daniel proporciona a fonte e a localização dos "3 ½ tempos" dentro da história das salvação. O falhar em situar os 3 ½ tempos proféticos adequadamente dentro do tempo contínuo de Daniel 7, ignora a convocação ordenada deste período de tempo na história. Como Daniel 7 aplica a quarta besta simbólica ao quarto império mundial, ou Roma Imperial, o "chifre pequeno" que cresceu desta besta não pode representar ao rei selêucida Antíoco IV que perseguiu os judeus e profanou o templo desde dezembro do ano 167 a.C. até dezembro do 164 a.C. (1 Macabeus 1:41-61; 2 Mac. 10:5). Induz a engano afirmar que o tempo simbólico de Daniel de 3 ½ tempos "levantou-se durante a abominação do Antíoco Epifanes" conforme afirma Ezell,4 já que a profanação do templo durou exatamente 3 anos (2 Mac. 10:5) e não "quase exatamente 3 ½ anos". Semelhantes conjeturas com respeito à frase de tempo que Daniel emprega falham porque separam o símbolo do tempo de seu marco original dentro de Daniel 7.

Aplicações Futuristas dos 1.260 dias

G. Ch. Aalders, um erudito holandês do Antigo Testamento, estava convencido de que os 3 ½ tempos de Daniel 7 devem conectar-se com o reinado do anticristo, que ele viu levantar-se da quarta besta como o Império Romano. Rechaçou os "esforços" de alguns que aplicavam a designação de anticristo ao papado ou à lei romana (como formas de continuação do Império Romano) como "cerâmica sem valor".5 Aalders também considerou intranscendente esperar algum "reaparecimento reavivado" do Império Romano no tempo do fim. O anticristo, afirmou Aalders, obterá um desdobramento espantoso de poder político no mundo cultural do futuro. Tratará de assumir a soberania do mundo da própria mão de Deus ao mudar os "tempos e a lei" (Dan. 7:25; cf. 2:21). Isto significa que o anticristo tem o propósito de proscrever todos os fundamentos cristãos e "tirar todo elemento religioso" do mundo cultural, "no espírito que motivou a Revolução Francesa" ou os governos comunistas ateus.6 Dessa maneira Aalders identificou o anticristo com algum governante político ateu do futuro.
Com respeito ao "tempo, e tempos e meio tempo" de Daniel 7:25, Aalders interpretou esta frase para dizer que a opressão dos crentes cristãos ocorrerá em 3 etapas: (1) Primeiro um período de perseguição em aumento; (2) depois, um período de opressão mais longo e intensificado; e (3) finalmente, um breve período de perseguição que será abreviado abruptamente por Deus por causa de seus escolhidos (referindo-se ao Mat. 24:22). Projetou esses "tempos" do anticristo, que não são exatos, ao futuro distante, atribuindo um intervalo surpreendente de tempo de mais de 1.500 anos (da queda de Roma até nossos dias) na era da igreja. Por outro lado, reconheceu que o futuro reino do anticristo está ampliado adicionalmente por Paulo em 2 Tessalonicenses 2:4 e também em Apocalipse 13:5 e 6.7
O erudito norte-americano do Antigo Testamento, Edward J. Young, explicou Daniel 7 em uma forma similar a de Aalders. Resumiu dizendo: "Dessa forma, em um quadro notável, dá-se todo o curso da história da aparição do Império Romano histórico até o fim do governo humano".8 Interpretou os "10 chifres" da quarta besta de Daniel 7 como os reinos (10 é "o número da totalidade") que "surgem historicamente do antigo Império Romano... A Europa moderna pode, em um sentido muito legítimo, ter surgido de Roma".9Mas Young projeta o anticristo (o décimo primeiro chifre) ao futuro indefinido, quando "tratará de desgastar (consumir, afligir, humilhar) os santos do Altíssimo". "Essa tirania durará um período definido, um tempo e tempos e a metade de um tempo".10
Young rechaça a crença dispensacionalista de que os 3 ½ anos ou 1.260 dias devem equiparar-se com a última meia semana das 70 semanas de Daniel, o período da grande tribulação. Declara que a frase de tempo do Daniel "é em si mesmo uma expressão cronológica indefinida".11 Conclui dizendo: "Este período, 'um tempo, e tempos, e a metade de um tempo', aparentemente representa um período de prova e juízo que será abreviado por causa dos escolhidos de Deus (cf. Mat. 24:22)".12 Tanto Young como Aalders projetam o anticristo exclusivamente na fase final do futuro da era da igreja.
É curioso observar que o reformador João Calvino em suas populares Conferencias sobre Daniel de 1561,13 sugeriu que essa frase de tempo do Daniel 7:25 indicava 3 fases: Primeiro, um período de um tempo "algo assim como 10 anos"; depois tempos, "algo semelhante a 50 ou 100 anos", e finalmente "meio tempo", como uma indicação de que Deus coloca um limite repentino à grande aflição. Refere-se a Jesus, que havia predito um encurtamento da tribulação em Mateus 24:22. Entretanto, Calvino aplicou todos os chifres da besta do Daniel 7 a vários imperadores do Império Romano (como Júlio César, Nero e Trajano).
Em seu Commentary on Daniel, o dispensacionalista Leão J. Wooddeclara que "o fato de que esta besta tinha 10 chifres significa que antes desta indicação deve reconhecer-se a existência de um grande intervalo de tempo".14Wood apóia este intervalo de tempo tão tremendo sobre a hipótese errônea de que os 10 chifres ("10 reis contemporâneos") devem ser parte de um Império Romano reavivado do futuro, "pode ser uma confederação de estados europeus", com Roma como sua cidade principal.15 Só então, diz Wood, o décimo primeiro chifre, como "a falsificação de Satanás do soberano mundial", começará a perseguir os judeus (que são os santos de Deus) por 3 ½ anos literais,16 período de tribulação que é idêntico à metade do período de 7 anos da tribulação final de Daniel 9:26 e 27. Esta opinião apenas repete a que aparece na New Scofield Reference Bible [A Nova Bíblia de referência Scofield], páginas 909 e 1362. O ponto de vista dispensacionalista está determinado por um literalismo estrito de todos os símbolos de tempo proféticos a pesar do fato de que estes símbolos estão unidos a imagens simbólicas (Dan. 7; Apoc. 11-13). Também, a teoria do intervalo do futurismo está em conflito com o contínuo-histórico descrito em Daniel 2 e 7.


Abrangem os 1.260 dias Toda a Era Cristã?

Nas últimas décadas, ganhou apoio uma nova interpretação dos "1.260 dias". Afirma que por meio desta frase de tempo, João pretendeu "representar a 'experiência do deserto espiritual' da igreja durante o período entre a ressurreição e a volta de Cristo".17 Este erudito batista sustenta que João escolheu dar uma forma nova à designação do tempo de Daniel como 42 meses e 1.260 dias para simbolizar o tempo que os filhos de Israel estiveram no deserto durante 42 anos. "Os novos filhos de Israel experimentarão sua peregrinação como peregrinos por um período pitorescamente simbolizado como 42 meses".18 Ele se refere a Apocalipse 12:6 e 14.
Mas o Antigo Testamento nunca menciona 42 anos para a experiência de Israel no deserto; só fala de 40 anos. Lemos que desde o segundo mês de sua partida do Egito, "comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que chegaram a terra habitada; maná comeram até que chegaram aos limites da terra de Canaã" (Êxo. 16:35; cf. Deut. 2:7; 8:2-4; 29:5; Nee. 9:21; Sal. 95:10; At. 7:36). Em nenhum lugar da Bíblia se estiram estes 40 anos a 42. Além disso, Daniel e Apocalipse não conectam os 3 ½ tempos proféticos com a idade messiânica ou com a era da igreja como tal, e sim somente com o reinado de terror do anticristo (Dan. 7:24, 25; Apoc. 13:5-8), conexão exegética que foi reconhecida pelo expositor batista George R. Beasley-Murray. Raciocina que as frases de tempo em Apocalipse 12 não devem ser separadas de seu contexto em Apocalipse 13, porque...
"...faz violência à intenção de João. Os três anos e meio são o tempo da cólera do anticristo (13:5), e portanto da exposição da igreja a seus intentos de esmagar sua existência (11:1 e seguintes; 3-13). Isto não caracteriza o período da igreja- entre a ascensão e a parousia de Cristo".19
Como se mostrou antes, o apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 2 colocou o anticristo profetizado no futuro, de fato, depois do desaparecimento do Império Romano (ver o cap. VII desta obra). Por conseguinte, os 3 ½ anos não podem aplicar-se às perseguições de alguns imperadores romanos como Nero, Domiciano, Décio e Diocleciano. Os tempos daniélicos de perseguição estão entrelaçados exclusivamente com o reinado do anticristo (Dan. 7:24, 25). E enquanto que os perseguidores históricos do povo de Deus, como Nabucodonosor, Antíoco IV, Nero e outros, podem ser considerados como representantes dos tempos opressores dos gentios, podem considerar-se só como protótipos ou precursores do anticristo predito na profecia.
O que se denomina "tempos dos gentios" (em Luc. 21:24) pode ser considerado como se abrangesse todo o período da supremacia hostil sobre o povo do pacto de Deus que termina só com a libertação por ocasião da segunda vinda de Cristo. Mas os 3 ½ anos do Daniel ou os 1.260 dias de João constituem uma parte restringida desses tempos gerais de sujeição política, o período específico da supremacia do anticristo bíblico sobre os santos de Deus. E porque o reinado do anticristo não se estende sobre toda a era cristã, de igual maneira os 1.260 dias não compreendem toda a era cristã.

Os "3 ½ tempos" Dentro de seu Contexto de Daniel 7

Em Daniel 7 os 3 ½ tempos estão conectados exclusivamente ao "chifre pequeno", quer dizer, o décimo primeiro chifre que surgiu gradualmente da quarta besta. O Apocalipse continua aplicando os 3 ½ tempos proféticos e seus símbolos equivalentes de "42 meses" e "1.260 dias" ao anticristo, representado como a besta que sobe do mar de Apocalipse 13:1-8.
Durante a idade apostólica, o anticristo não se desenvolveu plenamente como declarou o apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 2. Até o ancião apóstolo João declarou que o anticristo profetizado ainda estava no futuro (em 1 João 2:18). Por outro lado, advertiram a igreja a respeito da certeza de sua vinda durante a era da igreja (At. 20:29, 30; 2 Tes. 2:3-8; Apoc. 13). É notável que o pai da igreja, Tertuliano (por volta de 200 d.C.) ensinou que o anticristo predito (de Daniel) não era o Império Romano mas sim se levantaria depois do desaparecimento de Roma pagã e depois se sentaria na igreja. Tertuliano interpretou 2 Tessalonicenses 2 afirmando que a existência presente do Império Romano retardava o surgimento do anticristo. Escreveu com respeito ao que "o freia" (2 Tes. 2:7, 8, NBE): "Qual é o obstáculo aqui, a não ser o Estado romano, a queda do qual, ao ser dividido no reino introduzirá ao anticristo sobre (ruínas próprias)?"20 Também o respeitado comentário de Daniel por Jerônimo (347-420 D.C.) ratificou a posição corrente na igreja cristã, de que em Daniel 7 se descreve o anticristo como o décimo primeiro rei, que se levantará só quando o Império Romano seja destruído e 10 reinos se repartirem entre eles o mundo romano.21
Inclusive Agostinho no ano 413 recomendou o comentário "erudito" sobre Daniel de Jerônimo para a compreensão de Daniel 7.22 Tertuliano e Jerônimo chegaram a esta interpretação só porque foram a Daniel 7 como a raiz principal de todas as profecias do anticristo. O método fundamental de decifrar os símbolos apocalípticos do Apocalipse, rastreando sua origem nas profecias esboçadas no Daniel, deve ser também respeitado para decifrar os símbolos de tempo de Apocalipse 11 a 13.
Se se consultar Daniel 7 como a raiz principal do Apocalipse, saberemos que o "chifre" anticristão surgiria para perseguir os santos de Deus por 3 ½ tempos só depois que os "10 chifres" dividissem o Império Romano do Ocidente. Esta divisão histórica se levou a cabo durante 100 anos, até que no ano 476 o último imperador do Império Romano Ocidental, Rômulo Augústulo, foi destronado. Pelo esboço apocalíptico de Paulo em 2 Tessalonicenses 2 sabemos que não deve dar-se por sentado nenhum intervalo interminável de tempo para que ocorresse o livre desenvolvimento do anticristo e seu reino (ver seu estudo no cap. VII desta obra, a seção "O momento histórico exato do anticristo segundo Paulo").
A besta simbólica que sobe do mar de Apocalipse 13 incorpora em si mesmo as 4 bestas do Daniel 7. Além disso, os nomes de blasfêmia sobre suas cabeças (Apoc. 13:1) correspondem-se com as marcas do chifre pequeno de Daniel 7. Também os tempos de sua autoridade, "quarenta e dois meses" (Apoc. 13:5), correspondem-se com os 3 ½ tempos do chifre pequeno de Daniel (Dan. 7:25), símbolo de tempo profético que desta maneira está unido ao anticristo que se levantaria no cenário mundial quando Roma Imperial chegasse a seu fim no Ocidente, quer dizer, depois do ano 476 d.C. Entretanto, o anticristo ainda representa o Império Romano e seu espírito de perseguição. Ronald S. Wallace, um erudito bíblico em Escócia, reconheceu que, se a quarta besta de Daniel 7 representa o Império Romano, "o chifre pequeno se refere então a algum grande perseguidor anticristão da igreja verdadeira que se levanta na era cristã e dentro da civilização criada pelo Império Romano. Isto encaixaria primorosamente com a interpretação dada pelo apóstolo Paulo e o livro do Apocalipse (cf. Apoc. 13)".23

O Surgimento da Igreja-Estado Durante o Império Romano

Durante os primeiros 300 anos de cristianismo, os cristãos foram proscritos porque os imperadores romanos em seu ofício como Pontifex Maximus (supremo pontífice) protegiam a religião do Estado por causa da unidade civil na sociedade romana. "Calcula-se que três milhões de cristãos pereceram durante os três primeiros séculos da era cristã".24
Essas perseguições chegaram em duas grandes etapas: sob Décio e sob Diocleciano. Após terminar a última grande perseguição (303-312), repentinamente o imperador Constantino inverteu toda a situação com seu famoso Decreto Imperial do ano 313, que permitia que a religião cristã existisse legalmente lado a lado com a religião tradicional. No ano 321 impôs sobre todos os povos a observância civil do domingo como o Dies Solis ("dia do Sol"). Como patrocinador da igreja (ele mesmo se chamou "o bispo dos bispos"), Constantino convocou o primeiro concílio ecumênico na Nicéia no ano 325, e depois introduziu a prática de assinar-se os artigos de um credo escrito que estipulava castigos se não o aceitava. É a primeira ocorrência de um castigo da autoridade civil pelo cargo de heresia. Este imperador romano elevou assim à hierarquia católica e sua ortodoxia exclusiva como a religião do Estado do império Romano. Todas as ofensas contra a igreja agora se consideravam como delitos contra o Estado.
O historiador Edward Gibbon declarou que Constantino "sentou a cristandade sobre o trono do mundo romano".25 Do tempo de Constantino, a igreja chegou a ser a Igreja-Estado. Declarou-se Roma a corte suprema de justiça dentro da igreja para honrar a memória do apóstolo Pedro (cânon 4). O imperador também enriqueceu à igreja ao doar-lhe todos os templos pagãos e suas grandes propriedades, assim como as propriedades dos hereges. Em breve a igreja era proprietária de uma décima parte de todos os bens raízes no Império Romano.
O resultado da aliança da Igreja e o Estado foi uma igreja cada vez mais secularizada e uma sociedade nominalmente cristã. Segundo o historiador eclesiástico Ph. Schaff, "isto produziu o conflito entre a luz e as trevas, a verdade e a falsidade, Cristo e o anticristo, no próprio seio da cristandade".26O tempo de Constantino foi testemunha do começo da luta interminável na Europa entre a hierarquia da Igreja e o Estado, cada um tratando de subjugar e dominar o outro. Esta rivalidade "seguiu durante todo o conflito medieval entre o imperador e o Papa, entre o episcopado imperial e hierárquico, e se repete em forma modificada em cada igreja protestante estabelecida".27
Os imperadores "cristãos" romanos convocaram os concílios gerais da igreja, impuseram os novos credos por meio da lei sobre todos os cidadãos no império, protegeram a "ortodoxia" e castigaram a "heresia" com o braço do poder secular, o que foi considerado por alguns (como Eusébio de Cesaréia) como a restauração da teocracia davídica sobre terreno cristão. Mas outros, como o professor francês de direito, Jacques Ellul, consideram a legislação e a imposição política da unidade dogmática da igreja pelos imperadores cristãos como o começo da subversão do cristianismo e a forma principal de anticristianismo.28 A imposição política das leis humanas para estabelecer a igreja ou o reino espiritual de Cristo revela um espírito que está em conflito fundamental com o espírito de Cristo (ver João 18:36).
O lado sombrio desta aliança histórica da Igreja e o Estado dos dias de Constantino foi constituído pela perseguição dos "hereges", porque suas separações da fé da Igreja-Estado (o catolicismo trinitário) não se consideravam simplesmente como enganos religiosos, mas sim como delitos contra o Estado (cristão). Esses hereges foram castigados com o desterro, confisco de seus bens e, dos dias do imperador Teodósio (380), inclusive com a morte.29 Declara Schaff: "Por conseguinte, desde Teodósio se pode datar a teoria da perseguição de hereges pela Igreja-Estado, e sua inclusão na legislação".30 Em 385 o imperador "cristão" Máximo ordenou a execução do bispo espanhol Prisciliano, e de 5 crentes de sua seita parecida com a dos maniqueus, na cidade do Treveris.31
Até Agostinho chegou a convencer-se depois do ano 400 que os hereges que persistissem deviam ser castigados por seus enganos religiosos. Inclusive apelou às palavras de Jesus em uma parábola que dizem: "Força-os a entrar" (Luc. 14:23). Em sua obra clássica, A cidade de Deus, Agostinho expõe o ideal católico de uma igreja universal, ou sociedade dos fiéis, que domine a sociedade universal dos infiéis. Quando a cidade de Roma foi capturada e saqueada pelo rei godo Alarico em 410, sobreviveu a igreja como o corpo dos fiéis. Agostinho afirmou que o milênio de Apocalipse 20 se estava cumprindo agora no reinado da igreja, cujos bispos devem julgar a outros, em nome de Cristo (20:9), o que proporcionou a base teórica para o Igreja-Estado do papado medieval.32 A hierarquia da igreja chegou a ser cada vez mais romana depois que Constantino transladou a capital de Roma a Constantinopla em 330. "O bispo de Roma, no assento dos césares, era agora o homem de maior influencia no Ocidente, e logo se viu constrangido a chegar a ser a cabeça tanto política como espiritual".33
Leão I ("o Grande"; 440-461) foi o primeiro papa que publicamente sustentou um papado universal. Estabeleceu sua primazia no direito divino, o direito de estar na sede apostólica em Roma. Para ele, a cristandade e o domínio universal da igreja romana eram coisas idênticas.34 Schaff o considera como "o primeiro papa no sentido próprio da palavra", isto é, com respeito a suas exigências de supremacia.35
Durante o concílio de Calcedônia, em 451, leu-se a carta dogmática do papa Leão I, e os bispos (só estiveram presentes bispos da Europa Oriental) exclamaram: "Esta é a fé dos pais... e dos apóstolos! Desta maneira Pedro falou por meio de Leão!"36
Desta exclamação histórica, Leão I e outros papas posteriores derivaram um direito a sua autoridade dogmática sobre todos os cristãos. Mas os mesmos pais do concílio atribuíram ao patriarca de Constantinopla uma autoridade igual para exercer na parte oriental do império, como a que o papa possuía no Ocidente. "O papa Leão I confirmou a confissão doutrinal do concílio, mas protestou contra o cânon 28 que colocava o patriarca de Constantinopla em um pé de igualdade com ele".37 O papa Leão enfatizou cada vez mais que os papas eram os sucessores do apóstolo Pedro e dessa maneira possuíam a sedes apostólica (sede apostólica), para estabelecer sua supremacia eclesiástica sobre o patriarca de Constantinopla. Daí em diante, cada papa alegou ser o vigário de Pedro e, portanto, ao mesmo tempo também o vigário de Cristo para toda a igreja.
O papa Leão I foi o primeiro papa que pediu às autoridades seculares que suprimissem pela força todas as igrejas cristãs heréticas na cidade de Roma. Embora toda a igreja sustentou a autoridade dos papas, este pedido só pôde levar-se a cabo em algumas partes da Itália. A igreja oriental rechaçou a reclamação de Leão I à primazia na igreja, e ainda hoje rechaça a primazia papal.
Da queda do Império Ocidental em 476, os bispos de Roma se apropriaram da função do imperador do ocidente como Pontifex Maximus, sacerdote e governante temporário, com os bispos como senadores e dirigentes do exército. O renomado historiador eclesiástico alemão, Adolfo von Harnack viu a igreja romana como "a continuação real" do Império Ocidental. Henri Pirenne, o eminente historiador belga, escreveu: "Em resumo, não foi porque era cristã, mas sim porque era romana que a igreja adquiriu e manteve durante séculos seu domínio sobre a sociedade".38
O papa Gelásio I (492-496) desenvolveu o princípio papal um passo a mais ao declarar em 494 que o imperador estava sujeito ao papa e tinha a obrigação de obedecer à disciplina da Igreja Católica. O bispo de Roma era a "autoridade suprema". Este papa começou a defender a política de "não interferência" entre a Igreja e o Estado. Seu propósito foi fazer do papa um governante religioso-político independente, com direito a mandar sobre os soberanos civis.

O Reconhecimento da Primazia Papal por Parte de Justiniano

A política do Justiniano I, imperador do Império Romano Oriental (527-565 ) procurou reviver um Império Romano cristão governado pelo imperador de Bizâncio (Constantinopla). Como chefe verdadeiro da igreja cristã, Justiniano promulgou decretos com manifestos obrigatórios, inclusive em teologia. Seu principal problema doutrinal foi o conflito entre o ponto de vista ortodoxo do concílio da Calcedônia (451), a opinião de que em Cristo coexistem a natureza humana e a divina, e o ensino monofisista que enfatizava a natureza divina de Cristo. Esta última opinião era a que preferia sua esposa, a imperatriz Teodora, que era muito popular no Oriente. Por outro lado, o arianismo que rechaçava a deidade eterna de Cristo era a crença cristã comum entre os povos germânicos (exceto entre os francos) que povoaram o Império Romano ocidental, incluindo o norte da África.
Justiniano decidiu restaurar a unidade política e religiosa em todo o território do antigo Império Romano. Procurou a cooperação do papa para estabelecer a unidade religiosa no império bizantino. Primeiro escreveu sua carta famosa o papa João II, em 533, em que solicitava o apoio do papa para sua decisão imperial contra a heresia dos nestorianos. Em sua carta imperial o papa declarava o seguinte:
"Portanto, esforçamo-nos para unir a todos os sacerdotes do Oriente e submetê-los à sede de Sua Santidade... Porque não toleramos que nada que se refira ao estado da Igreja... seja discutido sem que antes se traga ao conhecimento de Sua Santidade, porque vós sois a cabeça de todas as santas igrejas, e porque nos esforçaremos em tudo o que possamos... para acrescentar a honra e a autoridade de vossa sede".39
Depois o imperador solicitou uma resposta do papa que condenasse aos nestorianos como ele o tinha decretado. Froom faz a seguinte avaliação deste pedido. Diz que "isto revela a compreensão plena que tinha o bispo de Roma do reconhecimento imperial da primazia da sede de Roma".40 A admissão da primazia dos papas se referia à sua autoridade e a que era "o corretor de hereges" (na carta do Justiniano ao arcebispo Epifânio, no ano 533). Entretanto, entranhava muito mais. Em sua carta imperial o papa João II, o imperador tinha reconhecido formalmente a prioridade do bispo de Roma sobre o de Constantinopla, o que foi promulgado só 12 anos mais tarde, no ano 545, no Código Civil do Justiniano.41 Froom faz este resumo:
"Desta maneira, não só codificou Justiniano as leis religiosas de seus predecessores, mas também designou especificamente o bispo de Roma como cabeça da igreja e corretor de hereges, e fez que a lei canônica da igreja até o ano 451 formasse part...



fonte:

http://www.gotquestions.org/Portugues/Apocalipse-capitulo-12.html

http://minhateca.com.br/Jonatas.Abrantes/Acervo+Teol*c3*b3gico/Profecias+do+Tempo+do+Fim*2c+As/20+-+Compreendendo+os+*27*271260+dias*27*27+em+Apoc.+11-13,65039991.doc

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