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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

536-A CIRCUNCISÃO





A circuncisão 

A circuncisão foi instituída por Deus nos tempos de Abraão. Circuncisão era a cerimônia onde era cortada a pele que cobre a cabeça do órgão genital masculino, também chamada de prepúcio. Algo bem parecido com a cirurgia de fimose realizada em nossos tempos (veja foto abaixo). Era realizada nos meninos ao oitavo dia de vida: “O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações…” (Gn 17.12).

Seu significado era bem mais profundo do que simplesmente um corte visível feito na carne. A circuncisão mostrava que aquela criança fazia parte da aliança de Deus feita com o povo de Israel. É claro que não era apenas o corte na carne que fazia com que a criança, e mais tarde o adulto, fosse alguém que andava na presença de Deus. Era necessário obediência às leis do Senhor para que, efetivamente, a circuncisão tivesse realmente valor.
Etapas da circuncisão cirurgica
A circuncisão também era realizada nos escravos que não tinham o sangue Israelita, mas que faziam parte do povo. “todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua.” (Gn 17. 12-13)
No Novo Testamento, a palavra circuncisão era usada para apontar para aqueles que eram Israelitas (judeus). O termo, porém, ganha um significado mais profundo nas cartas de Paulo, onde ele introduz o conceito de“circuncisão do coração”, que significa uma conversão genuína, baseada na fé e na obediência a Jesus Cristo. Deus não requer mais de nós um sinal feito na carne, mas sim um sinal feito no nosso coração
“Pelo contrário, o verdadeiro judeu é aquele que é judeu por dentro, aquele que tem o coração circuncidado; e isso é uma coisa que o Espírito de Deus faz e que a lei escrita não pode fazer…” (Rm 2. 29 – NTLH)


O que significa circuncisão? Para que servia?
Dicionário Houaiss define a circuncisão como a “retirada cirúrgica do prepúcio, praticada por razões higiênicas e/ou religiosas”.
As “razões religiosas” têm suas raízes no primeiro livro da Bíblia. A lei da circuncisão foi dada a Abraão quando ele tinha 99 anos de idade. Deus associou a circuncisão a duas das grandes promessas: Œ Ele faria uma grandenação dos descendentes de Abraão, e  Daria-lhes uma terra como herança. Deus mandou que Abraão e seus descendentes guardassem a aliança da circuncisão: “Todo macho entre vós será circuncidado. Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós” (Gênesis 17:10-11). Ele ordenou que circuncidassem os meninos no oitavo dia da vida.
Os incircuncisos não participavam dessas promessas de Deus. Não faziam parte do povo escolhido, Israel. Homens de outras nações passavam a participar dos privilégios dos judeus somente quando foram circuncidados (veja Êxodo 12:48).
Judeus que negligenciavam este mandamento do Senhor não podiam participar das festas especiais que Deus lhes deu. Um exemplo que mostra a importância da circuncisão se encontra em Josué 5. Depois da peregrinação no deserto, o povo chegou à terra prometida. Mas, eles não haviam praticado a circuncisão no caminho (5:7). Era necessário fazer a circuncisão de todos os machos (5:8). Somente depois de cumprir esta ordem, eles podiam celebrar a Páscoa, a festa que os lembrou da salvação da nação das mãos dos egípcios (5:10). No dia seguinte, começaram a comer do fruto da terra prometida (5:11-12) e, logo em seguida, começaram a conquistar a terra. Estes dois fatos, ligados especificamente às promessas da nação e da terra, reforçam o significado original da circuncisão.
Na igreja primitiva, houve contovérsias acirradas sobre a circuncisão. Alguns judeus convertidos a Cristo acharam que todos os homens teriam que ser circuncidados para participarem das bênçãos em Cristo. Talvez associaram uma outra promessa dada a Abraão (veja Gênesis 12:3) ao ato de circuncisão. Mas Deus nunca disse que as bênçãos espirituais em Cristo dependeriam da circuncisão da carne. Paulo e outros resistiram a essas idéias, e pregaram a salvação pela fé para todos, judeus e gentios (Romanos 3:28-30; Gálatas 5:2,6,11; Colossenses 3:11).
Embora a circuncisão não tenha valor religioso hoje, ainda aprendemos lições importantes das instruções dadas aos judeus. No ato da circuncisão, eles se tornaram distintos, e Deus removeu o “opróbrio” do pecado (Josué 5:9). Hoje, ele remove o pecado na circuncisão espiritual quando somos sepultados com Cristo no batismo (Colossenses 2:11-13). “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Filipenses 3:3). “Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura” (Gálatas 6:15).

Circuncisão a tradição do corte

Símbolo da aliança divina para uns, ritual iniciático para outros, essa prática de mais de 5 mil anos tem justificativas religiosas, mitológicas e médicas.

Malek Chebel
Quando nos referimos aos rituais humanos, não é possível precisar ao certo a data e o local de sua origem. Esse é o caso da circuncisão, intervenção cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. Essa remoção, chamada também exérese do prepúcio ou peritomia (do grego peri, "em torno", e tomia, "corte"), é realizada atualmente em clínicas com condições de higiene e assepsia.

A circuncisão existe há mais de 5 mil anos. Ela é praticada numa vasta zona que vai da África subsaariana até o Oriente Próximo, incluindo a Pérsia, passando pelo Magreb, a Líbia e o Egito, a Palestina, a Síria, a Arábia e o Iêmen. Os turcos são circuncidados, assim como os muçulmanos da Ásia Menor. Judeus e muçulmanos do mundo inteiro são circuncidados, independentemente de suas convicções religiosas. Hoje em dia, o fator de integração e conformidade com a aparência física supera as crenças religiosas. Contabilizamos mais de 900 milhões de circuncidados no mundo, número que pode passar de um bilhão, se considerarmos a evolução do islamismo nas regiões sub-africanas e no Ocidente. Atualmente, as zonas de extensão da circuncisão são a Europa e os Estados Unidos. Por razões de higiene, a circuncisão ganha terreno, sobretudo, em meio laico.

Embora os historiadores tenham se limitado a conjeturas, sabemos que essa prática - como outras intervenções e marcas corporais - antecede todas as invenções da humanidade e até mesmo o monoteísmo. A Bíblia relata que na época de Abraão a circuncisão já era conhecida e praticada às margens do rio Jordão e na Samaria. 

Desde o princípio, essa prática inscreveu-se no registro do simbólico: "E a aliança que eu faço com vocês e com seus futuros descendentes, e que vocês devem observar, é a seguinte: circuncidem todos os homens. Circuncidem a carne do prepúcio. Este será o sinal da aliança entre mim e vocês. Quando completarem oito dias, todos os meninos de cada geração serão circuncidados; também os escravos nascidos em casa ou comprados de estrangeiros, que não sejam da raça de vocês" (Gênesis, XVII, 10-11).
Com exceção dos hieróglifos, estamos diante do texto mais antigo que trata de uma prática ligada ao órgão genital de mais de um bilhão de homens no mundo. Desde tempos remotos, ela envolveu inúmeros povos da Arábia-Iêmen, Etiópia-Sudão-Egito e Mesopotâmia, que estiveram entre os maiores inovadores de ritos sociais.
Heródoto confirma a antiguidade do costume: "[...] Os colquidianos, os egípcios e os etíopes são os únicos povos que sempre praticaram a circuncisão. Os fenícios e os sírios da Palestina reconhecem nesse hábito a influência dos egípcios; os sírios que vivem nos vales do Termodon declaram que esse costume foi introduzido em sua comunidade há pouco tempo pelos colquidianos". E o grande historiador de Halicarnasso conclui: "Egípcios e etíopes, eu não saberia dizer qual dos dois povos foi o primeiro a praticá-lo, pois trata-se de um costume muito antigo" (Histórias, II, 104).

Desde então, a ciência histórica não forneceu muitos dados sobre a prática da circuncisão. Afora o relato da Bíblia citado no início, não dispomos de documentos confiáveis que precisem o local de seu nascimento. "A circuncisão vem dos egípcios, dos árabes ou dos etíopes?", pergunta-se Voltaire, no século XVIII. E afirma: "Sei apenas que os padres da Antiguidade imprimiam em seus corpos marcas de sua consagração, assim como se marcava com um ferro ardente a mão dos soldados romanos" (Obras completas, tomo VII). Para responder parcialmente ao filósofo, sugerimos algumas pistas. Segundo pesquisas, a circuncisão teria nascido em solo africano e dataria de cinco a sete mil anos. Após sua implantação definitiva no leste do continente africano, ela teria migrado para o norte pelo rio Nilo, graças à dispersão de tribos estabelecidas na região.

Há centenas de anos, a circuncisão teria evoluído no Egito faraônico de forma considerável a ponto de ser "codificada". Prova disso é a descoberta por arqueólogos de representações de falos circuncidados em uma necrópole de Tebas datando do Novo Império (1500 a.C.). Embora o clero egípcio não seguisse as religiões monoteístas que iriam popularizar a circuncisão, em particular o judaísmo, ele era circuncidado e exigia que os novos adeptos o fossem igualmente. Essa codificação era obra de padres e médicos que seguiam o exemplo dos faraós, os quais conferiam à circuncisão uma indiscutível função iniciática e sacerdotal. Não deveria Pitágoras ser circuncidado antes de ingressar na grande biblioteca de Alexandria para se iniciar nos mistérios órficos? Graças a Titus Flavius Clemens ou Clemente de Alexandria (150-215), sabemos que esses "mistérios" constituíam a base dos ensinamentos de Orfeu, personagem mítico da Trácia antiga, que, além de seu conhecimento científico e mágico, inventou a cítara. Sobre essas diferentes iniciações, Jâmblico (240-325), filósofo neoplatônico, forneceu uma brilhante interpretação em sua obra Os mistérios do Egito. E o historiador fenício Sanconiaton relata, em sua Teogonia fenícia, que Cronos, o primeiro rei desse povo, praticara a circuncisão em seus companheiros e em si mesmo.

Desde então, a circuncisão vem adquirindo importância crucial para aqueles que a praticam. É um ritual que soube agregar em torno de si uma quantidade de significados de alcance universal: religiosos, iniciáticos, profiláticos, estéticos e medicinais.
Entre os hebreus, o mohel ou moël é o responsável pela circuncisão, chamada hatâna. O rabino inicia o ritual com uma bênção para legitimar a exérese do prepúcio, possibilitando a denominação da criança. A circuncisão judaica, além de permitir o acesso à lei divina, representa o sinal da aliança com o povo eleito: "Minha aliança estará marcada na carne de vocês como aliança eterna" (Gênesis, XVII, 10-13).

Durante os dois primeiros séculos da era cristã, uma controvérsia acirrada atravessou a nobreza da Roma antiga. Seria ou não necessário circuncidar os novos cristãos para que fossem totalmente integrados à comunidade cristã? O debate atingia grandes proporções, à medida que os judeus e uma parte dos primeiros cristãos eram habitualmente circuncidados. A questão era ao mesmo tempo dogmática e doutrinal: se a circuncisão fazia parte da identidade coletiva judaica e de sua aliança com Deus, o cristão deveria aceitá-la como símbolo comum, sem perder sua identidade? E também sua alma.

Os apóstolos Pedro e Paulo levantaram a questão da contradição, mas finalmente a concepção paulina triunfou, levando a uma nova orientação do culto. Não era suficiente estar circuncidado na carne, se a alma permanecesse pecadora. Era necessário que o espírito também o estivesse, de modo que observasse escrupulosamente as leis divinas. E o apóstolo acrescenta: "Os verdadeiros circuncidados somos nós que prestamos culto movidos pelo espírito de Deus. Nós colocamos nossa glória em Jesus Cristo e não confiamos na carne" (Carta aos Filipenses, III, 3). Surge assim o batismo, originário do grego baptisma, "conversão do coração". Desde então, o significado religioso da circuncisão não mudou, apesar da proliferação da circuncisão laica e da perseguição aos judeus durante o nazismo, quando se verificava se os homens eram ou não circuncidados.

No que se refere à circuncisão entre os árabes, desde tempos imemoriais os habitantes da península Arábica, formada por Iêmen, Omã, Iraque e Palestina, praticam a circuncisão em meninos de 13 anos. Sabemos que esse costume originou-se com a circuncisão de Ismael, o antepassado dos árabes, filho do patriarca Abraão, que foi circuncidado aos 13 anos. A Bíblia, contrariamente ao Alcorão, relata esse episódio.

Há dois outros elementos importantes que contribuíram para a aceitação islâmica da circuncisão. Por um lado, o profeta Maomé (570-632) - nascido circuncidado segundo a lenda - nunca a proibira, e, por outro, a circuncisão tornara-se um privilégio matrimonial. Até o início do século XX, os jovens iemenitas de 16 anos deviam ser circuncidados perante suas prometidas, testemunhas da coragem e do estoicismo de seus futuros esposos.
No entanto, cabe enfatizar o propósito, talvez apócrifo, atribuído ao califa Umar (581-644), que dizia: "Maomé foi enviado ao mundo para islamizá-lo e não para circuncidá-lo". Seja como for, desde a chegada do islamismo e da sua extraordinária propagação, ela atingiu todos os países seguidores do culto de Alá. 

Finalmente, servindo de base a todas as razões mencionadas e parecendo legitimá-las, a questão da higiene é recorrente no campo da peritomia. A própria circuncisão muçulmana a encerra em seu nome: tahara (purificação) no Magreb; sounna (tradição) no Sudão e no Egito, khotên na Turquia e na Pérsia e enfim taziinet (embelezamento) na Mauritânia. 

Mas se a circuncisão é uma prática "fortemente recomendada", não é uma condição religiosa stricto sensu do islamismo nem uma prescrição da doxa. Ela é adotada em terra islâmica, inclusive pelos novos convertidos, mas não faz parte das cinco condições exigidas para ser um bom muçulmano: profissão de fé, prece, doação, jejum e peregrinação à Meca.

Já o continente africano contempla dois tipos de circuncisão: a animista - a mais antiga - e a monoteísta, praticada nas regiões islâmicas. Em vários países africanos, a circuncisão - como o uso da barba e, no caso das mulheres, do véu islâmico - é considerada como um elemento de adesão ao culto maometano. Em outros países, como a Etiópia ou o Egito, os coptas - descendentes do povo do Antigo Egito - a praticam por mimetismo social, em vista de sua integração na comunidade circuncidada do entorno. Vários grupos étnicos importantes seguem essa prática: os dogons, os malinkés, os soninkés, os bambaras, os kabiyés do norte do Togo, os iorubás, os bozos, os pigmeus da África equatorial e os mossis. Os etnólogos que abordaram essa questão, com base nos mitos autóctones, apresentam duas explicações quanto à origem da circuncisão africana. 

A primeira, de ordem cosmogônica, afirma que a origem da circuncisão encontra-se na criação do mundo como sinal de separação inicial dos indivíduos (supressão da androgenia) e de fixação no sexo ao qual eles pertencem. A segunda, de ordem sociopolítica, está vinculada à transmissão do poder no seio de uma comunidade africana sob domínio de um chefe tradicional. Essas duas grandes razões estão intrinsecamente ligadas à preocupação constante da fecundidade.

Um rito, três justificativas

A circuncisão é justificada por três tipos de discursos. Cada cultura segue aquele que mais se enquadra a suas tradições e costumes

Mitológica
É aquela aplicada às tribos africanas e aos povos que seguem a circuncisão pré-monoteísta e profana, como ocorre nas ilhas de Vanuatu, na Austrália e ao sudeste da Nova Guiné. Diz uma lenda do arquipélago que um dia um jovem rapaz e sua irmã decidiram ir ao bosque colher frutas. Após terem cortado cachos de bananas, o rapaz descansou ao pé de uma árvore, enquanto a irmã terminava a colheita do dia. 

Mas, ao descer da árvore, o machado caiu de sua mão e cortou o prepúcio do irmão. Uma vez curado, o rapaz teve relação sexual com uma moça do vilarejo, que, satisfeita com o desempenho do amante, contou o que ocorrera a suas amigas. Despertou então o desejo de todas elas em dormir com o jovem, causando inveja aos homens da tribo. Curiosos, eles perguntaram a suas companheiras o motivo de tal interesse e elas responderam unânimes: "Só dormiremos com vocês, se estiverem como ele".

Religiosa
A circuncisão hebraica é o melhor modelo dessa vertente explicativa. De fato, o judaísmo considera a supressão do prepúcio como uma validação ou confirmação da adesão ao dogma. Fala-se, nesse caso, em "sinal de aliança" e "ingresso na Torá".

Quanto ao cristianismo, a circuncisão não é preconizada, mas sublimada a uma vocação espiritual. Lembremos da linha de demarcação introduzida pela literatura patrística. Filastro de Brescia fala da "circuncisão do coração", enquanto Tertuliano evoca a "circuncisão espiritual".

O islamismo não trouxe mudanças importantes ao rito. Para essa religião, a circuncisão implica uma purificação corporal, uma "prova" necessária ao fiel quando passa a freqüentar a mesquita. Dessa forma, sua função espiritual é relegada ao segundo plano. A explicação religiosa da circuncisão resume-se ao conceito de privar o homem de fatores exógenos que possam desviá-lo do caminho espiritual.

Médica
A explicação mais comum para os partidários atuais da circuncisão seria o fator higiênico. Em realidade, essa tese data de Filon de Alexandria (13 a.C. - 54 d.C.), filósofo judeu de origem grega que, em sua obra De circumcisione, chama a atenção para o fato de que a circuncisão garantiria uma maior higiene ao órgão genital masculino, evitando uma série de afecções como sífilis, fimose, herpes, balanopostites, falsa gonorréia, concentração de esmegma.

Nesse sentido, podemos afirmar que a circuncisão é o único tratamento válido para a fimose (estreitamento anormal e doloroso do prepúcio) e a parafimose (estrangulamento da base da glande do pênis por um prepúcio estreito demais). A história relata que após ter passado quatro anos em abstinência sexual por ter contraído fimose, o rei Luís XVI optou pela circuncisão.
É importante termos uma noção sobre a circuncisão dos judeus, bem como os tipos de pureza que a Lei mosaica exigia. Pois na verdade, estamos apresentando apenas um pequeno esboço sobre estes assuntos.
     O substantivo grego peritome (circuncisão) significa literalmente «um corte em volta».Circuncisão em hebraico é berit, que significa «aliança». A Circuncisão é o ato em que consiste em cortar o prepúcio, do órgão masculino, operação que podia ser praticada pelo chefe da família, às vezes pela própria mãe (Êx 4.25), ou por qualquer outro dos israelitas. Em tempos posteriores, usava-se uma autoridade designada, um especialista para esta operação chamado de mohel (corta-fora). Para os judeus, a circuncisão é um dos mais importantes dos seus 613 mandamentos. Era um rito de iniciação na família de Yahweh, representadas em Abraão, para que o indivíduo participasse dos privilégios e promessas contidas no concerto, ou pacto celebrado por Yahweh. Foi instituído por Yahweh como rito da religião judaica, e aplicado primeiramente a Abraão e todos os de sua casa, quer adquirido por compra ou não.  O tempo próprio para esta operação ritual era o oitavo dia depois do nascimento do menino, compreendendo, ainda, os escravos (Gên 17.12,13). Entretanto, os nascidos antes da instituição deste rito, podiam ser circuncidados em qualquer época de sua idade. É o caso, por exemplo, de Abraão e Ismael, o primeiro circuncidado aos 99 anos, e o último aos 13 anos (Gên 17.11-27). Durante a estada no Egito, os israelitas não encontraram dificuldades na observância do rito, porquanto, entre os egípcios, a circuncisão era considerada como sinal distintivo e honroso. Os egípcios a praticavam a mais de 3000 anos a.C. Não só entre os judeus, mas ainda entre os maometanos a circuncisão é observada religiosamente.
    A circuncisão era um rito exterior, um «sinal de pacto», a ser posto em todos os descendentes masculinos de Abraão, a fim de ficar como memorial da Aliança que Yahweh, assim, estabelecia com seu povo. Significava um compromisso tanto com o povo de Israel, como com o próprio Deus de Israel. Rejeitar a circuncisão resultava em ser «expulso» do seu povo (Gên 17.10-14). Os estrangeiros que desejavam entrar na comunhão com o povo de Israel, e com o seu Deus, bem como celebrar a Páscoa e participar de outras bênçãos, tinham de submeter-se a este rito, a circuncisão, qualquer que fosse a sua idade (Gên 34.14-17,22; Êx 12.48).
   A circuncisão foi tornada um requisito obrigatório da Lei mosaica. «E, no oitavo dia, se circuncidará o menino a carne do seu prepúcio» (Lev 12.13). Isto era tão importante que, se oitavo dia caísse no altamente respeitado Sábado, ainda assim se devia realizar a circuncisão (João 7.22,23). Jesus, João Batista e Paulo foram circuncidados ao «oitavo dia» (Luc 1.59; 2.21; Filip 3.5). Já no 1º século parece ter sido costumeiro dar nome ao menino no dia da circuncisão (Luc 1.59,60; 2.21). -  Durante a peregrinação de 40 anos no deserto, não se realizou a circuncisão. Assim, depois de atravessarem o Jordão, Josué fez com que todos os varões fossem circuncidados, para que pudessem celebrar a Páscoa de Yahweh (Josué 5.2-9).
                        
   A circuncisão era um ato de purificação religiosa, e em sua real significação, quer dizer abandonar todas as paixões carnais. O crente em Jesus Cristo segundo o N.T., passou por uma circuncisão espiritual, a saber: o despojar «do corpo da carne». Trata-se de um ato espiritual, mediante o qual Cristo remove nossa velha criação irregenerada e rebelde, e nos comunica a vida espiritual e ressurreta de Cristo (Col 2.11-13). Paulo escreveu aos cristãos de Filipos dizendo: «Porque a circuncisão somos nós que servimos a Deus no Espírito...» (Filip 3.3a). Paulo declara que a verdadeira circuncisão é uma obra do Espírito no coração da pessoa, pelo qual o pecado e o mal são cortados (ver em Rom 2.25-29 e no A.T., em Deut 10.16 e Jer 4.4; 9.26). «Circuncisão do coração»; significa regenerá-lo de modo a extinguir toda a resistência às influências santificadoras, habilitando-o para amar a Deus (Deut 30.6; 1 Cor 7.18,19; Gál 5.6; 6.14.15). Tudo isso é simbolizado (sinal externo) pelo Batismo em água, apropriado pela fé (Rom 6.1-11, Col 2.12). Portanto, o Batismo em certo sentido toma o lugar da circuncisão na Nova Aliança. Este é o nosso sinal de pacto para com Cristo Jesus, e, é claro num sentido ainda mais relevante do que a circuncisão dos judeus.
                       
    A Lei fazia distinção entre o «santo e o profano» e entre o «limpo e o imundo» (Lev 10.10). O fato de Jeová exigir a pureza de Seu povo, determina Seu «caráter», faz parte de Seu atributo; «Sede santos porque, eu sou santo...» (Lev 11.44,45). Conservar-se, puro, significa que a pessoa estava (e está) separada para fins sagrados e que, como pertencente a Yahweh, era santa e, não devia tocar o que era imundo. Além disso, a impureza é símbolo do pecado. A Lei exigia dois tipos de pureza, a saber:
   1.6. Pureza Física: As Escrituras muitas vezes usam a «pureza física» como símbolo ou representação da «pureza espiritual». Jesus recorreu ao princípio da «pureza física» quando salientou a «impureza espiritual» e a hipocrisia dos fariseus. A conduta enganosa deles foi comparada a se limpar por fora o copo e o prato, sem fazê-lo por dentro (Mat 23.25,26). Jesus usou uma ilustração similar durante a última Ceia Pascal, quando tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela, depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugar-lhes com a toalha com que estava cingido (João 13.4,5). Vemos que embora eles tivessem se banhado e seu Amo lhes tivessem lavado os pés, e eles, portanto, estivessem «inteiramente limpos», em sentido físico; todavia, em sentido espiritual, disse Jesus; «Nem todos estais limpos» (João 13.10.11), referindo-o a Judas Iscariotes.
   A «pureza física» era diferente da «pureza cerimonial», não eram sinônimas, posto que ambas às vezes coincidiam-se. A eliminação de desejos por se enterrarem os excrementos era um requisito sanitário bem à frente dos tempos (Deut 23.9-14). A exigência de freqüentes banhos e da lavagem da roupa pela nação de Israel, era sinal de «pureza física». Os hábitos pessoais dos da nação de Israel fizeram dela um povo comparativamente sadio, apesar de sua peregrinação no deserto por 40 anos. As Leis de Yahweh, que governavam a vida no acampamento, inclusive a diagnose e o tratamento de doenças, inquestionavelmente eram responsáveis pela saúde do povo. Por exemplo; nem todos os animais eram classificados como limpos para consumo.
    2.6. Pureza Cerimonial: As leis cerimoniais do A.T. eram mais exteriores. Já no N.T., o que realmente conta é a inclinação dos nossos corações. Entretanto, apesar das leis cerimoniais serem exteriores, contudo, sua exigência era um reflexo que atingia o coração de cada israelita, que se sujeitava a estas leis. Em toda história da humanidade, Deusa exigiu pureza total de Seu povo, tanto interior como exterior (1 Tess 5.23).
   A «pureza cerimonial» do AT era tão severa que era observada entre os israelitas sob pena de morte. «Assim, separareis os filhos de Israel das suas imundícias, para que não morram nas imundícias contaminando o meu tabernáculo, que está no meio deles» (Lev 15.31). Especialmente os sacerdotes tinham a obrigação de estar tanto física como cerimonialmente limpos (Êx 30.17-21; Lev 21.1-7.22.2-8). Em Números 5.2, são especificadas três causas mais comuns de impureza cerimonial envolvendo pessoas:
  a) Todo Leproso: A lepra é a doença que a Bíblia  usa freqüentemente como símbolo da podridão do pecado; os povos orientais a reconheciam como um castigo provindo de Deus. Esta era a mais repugnante de todas as doenças, e exigia medidas severas de controle, inclusive um prolongado isolamento, com cuidado e repetido exame para determinar quando se realizou a cura (Lev 13.1-59; 14; Deut 24.8). Para sua purificação a Lei exigia ablução e sacrifícios especiais (Lev cap. 14). Devia ser dada cuidadosa atenção à prescrição divina para tratar com essa enfermidade, visto que a saúde da comunidade inteira corria perigo. A lepra era contagiosa, pois o leproso tinha que se manter isolado da comunidade israelita, durante «sete dias»; assim também é o pecado, pois mantém o homem isolado de Seu Criador (Isa 59.2; Rom 3.23). Veja a lepra que Yahweh colocara em Miriã, por ter murmurado contra Moisés, e seu isolamento do arraial por sete dias (Núm 12.10-16). Temos vários exemplos bíblicos de pessoas que eram leprosas: Naamã, que foi curado ao mergulhar-se por sete vezes no Jordão (2 Reis 5.1), Geazi (2 Reis 5.27), os quatro que estavam à entrada da porta de Samaria, quando estava cercada por Ben-Hadade, rei da Síria (2 Reis 7.2), o rei Uzias, de Judá (2 Crôn 26.19), os leprosos purificados por Jesus (Mat 8.2-4, Luc 17.12-19), Simão que morava em Betânia (Mat 26.6). A lepra era termo genérico usado para descrever uma variedade de doenças da pele, até bolor ou manchas nas vestimentas e nas casas (Lev 13.47-59; 14.34-53). Não é a doença hoje chamada de mal de Hansen. Para mais pormenores sobre a lepra, o leitor deve ler as passagens citadas acima.
    b) Fluxo: Certos fluxos do corpo humano eram normais, mais causavam impureza cerimonial. Outros fluxos eram anormais e indicavam doenças. As doenças venéreas eram usualmente transmitidas através de relações sexuais promíscuas, sendo, pois, claramente associadas ao pecado. Quando um homem e sua esposa haviam tido relações sexuais, eles tinham que ser banhar e eram impuros até à tarde (Lev 15.16-18). Fluxo do hebraico zãbh, do verbo zubh«fluir». Expressão bíblica aplicável às condições dos órgãos genitais dos homens e das mulheres (Lev 15.2,19,25; Núm 5.2). Nenhum descendente masculino de Arão tinha permissão de comer «das coisas sagradas» enquanto impuros por causa de um fluxo (Lev 22.4). O termo «fluxo» às vezes se aplicava à menstruação regular, normal, da mulher (Lev 15.19-24). Todavia, era também usada para se referir a um fluxo de sangue doentio, prolongado e assim anormal (Lev 15.25-30). Neste último caso, aplicava-se ao crônico «fluxo de sangue» de uma mulher que padeceu por 12 anos antes de ser curada por Jesus Cristo (Mat 9.20-22).
    Segundo a Lei, a pessoa que tivesse um fluxo era impura, e tornava objetos e pessoas que ele ou ela tocava (quando estava impuro (a)), e assim por diante. Pelos motivos de impureza, quando os homens eram convocados para uma expedição militar, tinham que estar santificados, eles eram obrigados a abster-se de relações sexuais com suas esposas (veja em 1Sm 21.4,5; 2Sm 11.8-11). Embora que, Yahweh não tivesse incluído no estatuto da Páscoa este tipo de impureza, porém, fica evidente que os israelitas, tinham que se abster de suas relações sexuais, durante os dias de Festas solenes (Lev 15.1-33). No Monte Sinai, Yahweh exigiu dos israelitas a santificação para que pudessem assim ouvir a Sua voz, entre os requisitos para a santificação estava a «abstenção de relações sexuais», Moisés disse ao povo: «Estai prontos ao terceiro dia; e não chegueis a mulher» (Êx 19.15 ver vv. 9-14). Alguém pode até perguntar por que a Lei mosaica considerava impuro aqueles que mantinham relações sexuais, não foi Jeová Deus que as instituiu?
   No princípio, Yahweh criou os impulsos sexuais e a faculdade de procriação no primeiro homem e na primeira mulher, e ordenou-lhes que coabitassem e tivessem filhos. Todavia, quando Adão e Eva desobedeceram a Ele, não na questão de relações sexuais, mas por comerem do fruto proibido, ocorreram mudanças drásticas. De repente, sua consciência afligida pela culpa fez com que se apercebessem da sua nudez, e imediatamente cobriram seus órgãos genitais, ocultando-os da vista do Criador (Gên 1.28; 3.7,10,11). Daí em diante, o homem não podia cumprir em perfeição o mandato de procriação, em vez disso, se transmitia à mácula hereditária do pecado (Sal 51.5). Então, em tal sentido, fazer relações sexuais (entre o esposo e esposa), não é pecado, mas também não é santificação. Ainda em nossos dias atuais, é necessário sim, a abstenção sexual, ao fazermos um trabalho específico para o nosso Senhor Jesus Cristo, que seja, porém, com a sabedoria Divina (1 Cor 7.5).
   c) Contato com o «cadáver de um homem»: Este foi o tipo de impureza que impediu alguns no deserto do Sinai, de celebrarem a Páscoa de Jeová no dia «catorze do primeiro mês» (Nm 9.6,7). --  Sob a Lei mosaica, referente a cadáveres, havia graus diferentes de «impureza»; tocar em um animal morto tornava a pessoa impura apenas por «um dia»; tocar em homem morto resultava em impureza durante uma semana, isto é, por «sete dias». No primeiro caso, exigia-se da pessoa apenas lavar as vestes, ou caso tivesse comido um animal selvagem, então tinha de banhar-se, além de lavar as vestes (Lev 5.2; 11.8,24, 27.31,39,40; 17.15). A mesma injunção era imposta aos sacerdotes, com a ordem adicional de que, se comessem algo santo enquanto estavam em um estado impuro, deviam ser mortos (Lev 22.3-8). Para quem tocasse num cadáver humano, era necessário realizar uma cerimônia de purificação mais complexa. Para este fim, uma bezerra vermelha, sem defeito era sacrificada fora do arraial. O sacerdote aspergia um pouco do sangue do animal «sete vezes» em direção à tenda da congregação. Em seguida, a bezerra inteira era então queimada, e um pedaço de madeira de cedro, e um hissopo, e fibras carmíneas (carmesim) eram lançados no fogo para queimarem com a bezerra. As cinzas eram guardadas e usadas «para a água da purificação», a qual, noterceiro e no sétimo dia era aspergido para a purificação daquele que tocou no cadáver humano. Ao fim dos «sete dias» ele devia lavar suas vestes e banhar-se, e então era declarado «limpo» (Núm 19.1-13,17,19). Este rito de purificação limpava a pessoa, permitindo que ela se aproximasse novamente de Jeová.
    Sob este estatuto, todos os que estavam na casa ou na tenda em que ocorreu a morte, bem como a própria moradia e todos os vasos abertos, tornavam-se impuros. Tocar mesmo só num osso de um morto no campo de batalha ou tocar numa sepultura, ou sepulcro, igualmente tornava a pessoa impura. Esse é o motivo pelo qual, nos dias de Jesus Cristo, se costumava caiar as sepulturas antes da Páscoa, para proteger as pessoas que vinham a Jerusalém, contra inadvertidamente tropeçarem numa sepultura e assim se tornarem impuras para participar da Festa de Yahweh (Núm 19.14-19; Mat 23.27). Os sacerdotes não podiam se aproximar de um morto, a não ser no caso de um parente próximo (Lev 21.1-4).

 

Fonte:

http://www.estudosdabiblia.net

http://www2.uol.com.br/


http://www.doutrinasbiblicas.com

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