O
Evangelho ao gosto do freguês
Nestes
dias atuais, estamos vendo calamidade por todas as partes. Um esfriamento
profundo acerca do desejo das pessoas em buscar a Deus. São corações
angustiados, pessoas depressivas, atormentadas pelos seus pesares, mas que não
querem nada com Deus. Quando nos aproximamos delas e falamos acerca de pecado,
sentem-se como que julgadas, vítimas e passam a abominar a nossa presença. Isso
se dá porque não querem ouvir a mensagem da verdade, não querem ser conflitados
com o seu pecado, com a podridão que habita dentro de si mesma.(Romanos
3.10)
Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3.23)Falar uma
mensagem dessa para o contexto de vida das pessoas atualmente é se preparar
para perder amizade, receber criticas e ser chamado de santinho. Mais então
quer dizer que temos de fazer ao inverso do que Paulo diz: Porque,
persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse
ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. (Gálatas
1.10)
O
que se ver hoje sendo pregado por muitos homens que se dizem ser pastores, em
púlpito é teologia da prosperidade, festival de curas, bençãos, milagres, muita
festividade, movimento puro e nada do evangelho de Cristo. Cristo já perdeu
sentido para as muitas igrejas nestes arredores do mundo. A mensagem bíblica
perde espaço para uma mensagem que massageie o ego das pessoas, que não os leve
a refletir sobre a ida ao inferno caso não se arrependam. Tornam Deus um ser
submisso aos próprios caprichos, declarando: Tome posse e coisa parecida. A
igreja tem ouvido falar de líderes evangélicos da atualidade, tem
visto apóstolos, bispos e até patriarcas, pode isso? Mais é a ironia e
soberba do homem.
Assistindo
a alguns vídeos dos pregadores Paul Washer, John Piper, Charles Spurgeon, Lutero,
Jonathas Edwards e também lendo livros acerca dos homens da fé, vejo as coisas
totalmente diferentes. São homens que pregam e que pregaram realmente a Palavra
de Deus como a mesma é, não moldada as vontades dos homens. Certa vez, Jonathan
Edwards, passou 3 dias em oração e jejum, pois ele haveria de ministrar a
Palavra de Deus num auditório na Nova Inglaterra e logo que chegou a este lugar
e começou a pregar, as pessoas que ali estavam, naquele ambiente, chorando e
agarradas as colunas do lugar, clamavam dizendo: Pare! Pare! Eu não quero ir
para o inferno! Porque isso não é pregado nas igrejas hoje em dia? Evangelho
podre e imundo é este que está sendo inserido no meio das igrejas. As igrejas
preocupadas com métodos de atrair vidas e se esquecem da Bíblia, da mensagem
real do arrependimento, da necessidade se haver santidade.
Vidas
hoje querem se chegar a Deus para ter oportunidade de lhe pedir um carro do
ano, um bom emprego, uma esposa bonita, mas nada de santidade, de
arrependimento genuíno, de compromisso com a obra de Deus. Então, a igreja
verdadeiramente está pregando o evangelho de Jesus?
Parece
fácil dizermos que estamos fazendo a vontade de Deus, mas talvez ainda não
tenhamos parado para nos alisar, para visitar-nos bem lá no local mais árido do
nosso coração, mas pela nossa tão grande sujeira ocular (do coração), isso não
é possível, então cabe-nos clamar ao Espírito Santo para nos revelar o que
temos feito, o que nos falta fazer e que nos quebre, que nos ponha o prumo do
Senhor para nos guiar pelas veredas corretas.
Igreja ao gosto do freguês. Como você quer a sua?
O que muita gente
almeja é uma igreja que: satisfaça suas vontades (2 Tm 4:3), atenda suas
preferências; os aceite como estão (mesmo que em pecado), funcione como querem,
pregue o que gostam, incentive seus desejos, façam-nos sentir realizados, nutra
sua gana, lhes proponha conquistas, prometa soluções rápidas, alimente o seu
ego, assimile seus modos e os faça encontrar culturalmente a sua tribo.Essas
igrejas a “moda do freguês” e que pregam evangelhos personalizados existem e
estão disponíveis no cenário religioso de nosso país. A questão é que nem
sempre sentir-se bem num lugar que parece ser a igreja de nossos sonhos cumpre
com os reclames doutrinários e as exigências morais e espirituais da Palavra de
Deus (Mt 7:21-23) e é exatamente nesse ponto que muitos cristãos geram e
encorpam um cristianismo medíocre e crescente.
Têm crentes que vivem
de fantasias, difundindo conjecturas, disfarçando encantos, elucubrando mantras
evangelicais, idealizando loucuras, sendo omissos e libertinos (2
Tm 2:3-4); uns montões se tornam adeptos de roupas e saias compridas, já outros
suportam toda a indecência do mundo; uns são contra o divórcio, alguns aprovam
o novo casamento sem exceções; uns aceitam mulheres no ministério pastoral;
alguns utilizam sal grosso, rosas e objetos consagrados em seus cultos; outros
crêem na atualidade dos dons espirituais, enquanto que outros não; têm aqueles
formais, “gelados” e escravos de um culto com liturgia ensaiada, em
contrapartida há outros que não tem a menor idéia do que vai acontecer em suas
reuniões por tanta “efervescência espiritual” borbulhando no ambiente com gente
caindo, dando gargalhadas, correndo de um lado para o outro e etc.
O crente é criação e reflexo de sua igreja
local e a pergunta inquietante é? Quais são as igrejas que estão pregando e ensinando a seus
integrantes todos os ensinos da Palavra de Deus em meio a esse emaranhado
teológico, ideológico e cultural de nossos dias? Resposta
não muito fácil, pois todas as igrejas correm o risco de negligenciarem alguma
parte dos ensinos bíblicos (Ap 2:1-7; 2 Tm 2:2; Mt 5:19); e isso se dá quando
em suas exposições oficiais e regulares é dada maior ênfase a uma particular
doutrina ou interpretação em detrimento de outras que também são importantes e
necessárias (fazendo isso apenas para levantar uma bandeira distintamente
denominacional). As igrejas desta nação precisam cumprir o papel
neotestamentário de serem a coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3:15), e esse é
o grande desafio em dias tão desanimadores e com poucas referências
convincentes.
Biblicamente não
existe “evangelho incompleto” ou variante (At 20:27; 2 Tm 3:16; Jo 17:17); o
que existe são doutrinas de homens (Mt 15:9) e até de demônios (1 Tm 4:1) que
ignoram posições claras da Palavra de Deus, subtraindo admoestações e
substituindo-as com irreais promessas de bonança, espalhando pedras de
tropeços, prendendo pessoas a heresias e desenvolvendo estultícia religiosa que
conduz a perdição (Ap 22:18-19). É ilógica a tentativa de submeter ensinos da
Palavra de Deus ao nosso modo de vida cada vez mais temporal, secular e
horizontal, extinguindo o cumprimento de mandamentos óbvios e neutralizando
ensinos e conseqüências que as Escrituras expõem e asseveram sobre os nossos
atos e escolhas (Gl 4:7).
Quem quiser seguir a
Jesus terá que renunciar a si mesmo, deverá abdicar de seus “direitos”, abrir
mão de sua vontade, humilhar-se, perdoar que lhe ofende, considerar os outros
superiores a si mesmo, amar a inimigos, fazer o bem,
ser bom marido, pai e cidadão, não se prostituir, não adulterar, furtar ou
mentir, viver na contra-mão do mundo pois viverá uma vida justa e santa. Enfim
isso é um pouquinho do que o verdadeiro evangelho nos propõe. Que Deus nos
ajude a vivê-lo! (Fp 2:15).
DEFENDENDO A FÉ BÍBLICA EM MEIO AO DESAFIO DA RELATIVIZAÇÃO
Em meio a
uma cultura de relativização, onde tudo é relativo, e cada um defende sua
“verdade”, fazer apologética é essencial na vida de todos os cristãos
verdadeiros, pois somos desafiados a provar a nossa fé constantemente. Devemos
responder com sabedoria e com mansidão, mas com firmeza também sobre a razão da
esperança que há em nós (I Pe 3:15) aos que nos inquirem. Essa firmeza refere-se à credibilidade do
argumento utilizado. Se não demonstrarmos firmeza e consistência em nossas
argumentações, nossos oponentes não se darão conta de quão absurdas são as
ideias que defendem.
É urgente
a necessidade de nos levantarmos e lutarmos no combate aos os desvios
doutrinários que vem ocorrendo em muitas comunidades que se dizem servas do
Deus altíssimo, mas, no entanto desautorizam a Palavra Revelada, propagando um “Evangelho ao gosto do freguês” como bem
trabalhou o Pr. Renato Vargens em seu livro com esse título.
Nesse
crítico contexto faz-se necessário:
1. Defender a
fé através da pregação
A
pregação deve ser fundamentada na Bíblia que é a Palavra de Deus viva e eficaz
(Hb. 4.12), e deve denunciar o pecado e anunciar a salvação somente em Jesus
Cristo. A ausência disto tem gerado muitas heresias dentro das igrejas, a
exemplo da maléfica teologia da prosperidade. Martin Lutero nos adverte quando
diz: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser
rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. Sejamos como os
crentes de Beréia (Atos 14.10-11) que examinavam as Escrituras quando Paulo e
Silas pregavam.
A Igreja
precisa de uma nova reforma. Precisa voltar às Escrituras. Antes de mostrar ao
mundo o caminho a seguir, a Igreja precisa reencontrar o seu. Precisamos de
pregadores, comprometidos com Deus e com sua Palavra, que clamem como o profeta
Habacuque “Aviva Senhor a tua obra”. Precisamos e devemos rejeitar o
modernismo teológico, que deturpa a Palavra de Deus colocando-a a serviço de
interesses próprios.
2. Defender
a fé através da música
O que
dizer das músicas cantadas nas igrejas atualmente.Raramente ouvimos músicas que revelem a
grandeza de Deus e sua essência, que mostrem a condição pecaminosa do homem e
da sua necessidade de arrependimento, que falem do sacrifício de Jesus na cruz
e do grande amor de Deus a humanidade, que mostrem que somente através desse
sacrifício o homem pode ser perdoado e alcançar a vida eterna; dificilmente
ouvimos musicas que mostre a necessidade de viver uma vida santa e de obediência
aos princípios de Deus.
Vivemos
cercados por uma grande variedade de músicas e muitas vezes nem sequer paramos
para analisar se todas elas servem ao objetivo maior, o de unicamente
glorificar a Deus. Para que a música na igreja cumpra o seu papel principal,
ela precisa antes de tudo, ser dada pelo próprio Deus (Tg 1:17). Isso nos dará
condição de perceber o grande contraste que há entre a música dada por Deus,
para glória do seu nome, e a que só engrandece o homem, falando apenas das
vitórias que se pode alcançar. Sejamos mais críticos e seletos naquilo que
estamos ouvindo e glorifiquemos a Deus através da música.
3. Defender a
fé através da oração
A oração é
fruto do reconhecimento das nossas limitações e da necessidade que temos de
Deus; porém, não é assim que alguns a têm considerado, temos visto pessoas,
formadores de opinião até, que quando ora, reivindica, exige que Deus realize
os seus desejos e até ousam discordar de Deus dizendo que não aceitam o que
lhes está acontecendo; ouvimos constantemente: Eu não aceito a derrota! Eu sou filho do rei,
não mereço isso! Eu determino, eu decreto
A Bíblia
nos ensina o oposto dessa atitude, o próprio Jesus, antes de ser entregue, estava
muito angustiado, pois sabia do sofrimento que enfrentaria, Ele, porém,
orou assim: Pai, se possível, passa de mim esse cálice, todavia, não se
faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22.40-42). Jesus, que é
o Filho de Deus, em sua grande angústia, pediu com humildade,
colocando em primeiro lugar a vontade do Pai. Nós, como criaturas
(Is. 29.16), que só estamos aqui pela misericórdia de Deus, precisamos
aprender a orar como Jesus, para entender qual é a vontade de Deus Pai para
nossas vidas e para que a nossa fé não seja vã, pois “Ai daquele que
contende com o seu Criador!” (Is. 45.9).
Nossa
oração deve exaltar a Deus. Jesus nos diz: Pelas suas palavras serás
justificado, pelas suas palavras serás condenado (Mt. 12.37), Ele nos ensina a exercitar a fé com humildade; que
devemos pedir, crendo, que pela fé, o Pai nos ouvirá. Aqueles que passam
a determinar,
ordenar ou exigem
de Deus alguma coisa, abandonaram a fé e, “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6).
4. Defender a
fé através da vida prática.
De nada
adianta pregarmos a Bíblia, ouvirmos músicas sadias e orarmos exaltando a Deus
se nosso testemunho, nossa vida prática não condiz com o que pregamos. Precisamos viver uma vida
santa na presença de Deus, evitando os escândalos, que infelizmente tem sido
tão frequente em nossos dias, para que a sociedade perceba a mudança que Deus
fez em nossa vida. Nossa
pregação deve ser, antes de tudo, através da nossa vida, da nossa conduta
diante da sociedade para que ao olharem para nós sinta o desejo de conhecer o
Deus a quem servimos.
Sobre isso São Francisco de Assis disse: “Pregue sempre o Evangelho, se
necessário use palavras”, ou seja, vivamos o evangelho, sejamos o evangelho, e
se mesmo assim os que nos rodeiam não sentirem o evangelho em nós, então que
usemos palavras. Viver o evangelho é renunciar, passar por momentos bons e
ruins, provações das mais diversas, se sacrificar, e mesmo assim ser
extremamente feliz com o que vive (Pv. 30.1-7), pois é real a certeza de que
tudo acontece para glória de Deus e para nosso crescimento, a exemplo do que
disse o apóstolo Paulo: “porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias
em que me encontro” (Fp 4. 11-13).
Que Deus
no dê graça na defesa da nossa fé e que sejamos o exemplo de cristãos
verdadeiros e assim, nossa fé seja refletida através de nossas atitudes perante
a sociedade, levando-a reconhecer a Deus como ele o é.
Umbelina Rodrigues de Sousa
Fonte:
http://pregandooevangelho.blogspot.com.br/2011/12/o-evangelho-ao-gosto-do-fregues.html
http://artigos.gospelprime.com.br/igreja-gosto-fregues-voce-quer/
http://umbelinars.blogspot.com.br/2012/04/em-meio-ao-desafio-da-relativizacao.html
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