No âmbito da prática eclesiástica cristã, é possível observar a presença de variados perigos. Alguns destes são de natureza sutil, enquanto outros se manifestam de forma explícita e notória. A identificação e a mitigação desses riscos são imperativas, exigindo a implementação de soluções eficazes para sua erradicação ou, ao menos, para sua atenuação. A seguir, serão delineados alguns desses aspectos.
Primeiro perigo, a carência de conhecimento ou um conhecimento distorcido e mal interpretado.
É possível identificar diversos perigos, sendo a carência de conhecimento um dos mais significativos, visto que, como é sabido, o saber confere poder. A importância do conhecimento ecoa nas Escrituras, a exemplo da exortação de Oséias 6:3: "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor". Torna-se, pois, imperativo o conhecimento do Senhor e de Sua Palavra. Conforme asseverou Jesus em João 5:39: "Examinai as Escrituras, porquanto nelas julgais ter a vida eterna; e são elas que testificam de mim". Mateus 22:29, por sua vez, assinala que o erro radica na ignorância das Escrituras e do poder de Deus. Desse modo, o conhecimento de Deus, de Sua Palavra e sua correta interpretação, sob a supervisão e a iluminação do Espírito Santo, são elementos de suma importância. A proliferação de heresias, aberrações e interpretações equívocas tem gerado constrangimentos e aflições a inúmeras pessoas. Tais dissabores são, em grande parte, decorrentes da carência de conhecimento e de sua aplicação inadequada.
Em segundo lugar, convém abordar a questão da conformidade com o mundo e seu sistema perverso, conforme instruído em Romanos 12: "não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus."
O cristão, em contrapartida, não deve amoldar-se nem se adequar ao sistema mundano, que se manifesta como pagão e diabólico, orquestrado e dirigido por forças malignas. Pelo contrário, é imperativo que se conforme à Palavra de Deus e ao Seu Reino, assumindo a forma de seus preceitos e valores, envidando esforços contínuos nesse sentido.
Observa-se que muitos cristãos, inadvertidamente, cedem à carência de conhecimento, absorvem o conteúdo disseminado pelas mídias e pelos diversos sistemas – político, econômico, social, artístico e religioso. Permitem-se, ainda, aceitar heresias e iniquidades. Torna-se, pois, imperativo que o fiel não ceda a essa conformidade; ao invés disso, deve empenhar-se constantemente na renovação de sua mente, pautando-se na Palavra de Deus, por meio da oração, do jejum e da incessante busca pela iluminação do Espírito Santo.
Além das considerações sobre conhecimento e conformidade, impõe-se a preeminência da oração. A ausência de prática devocional por parte do fiel pode redundar em um declínio espiritual significativo. A oração constitui uma fonte de poder inestimável. Ela estabelece um vínculo indissolúvel que nos une ao Criador. É imperativo que haja um número crescente de homens e mulheres dedicados à oração. Por meio dela, alcançamos uma profunda intimidade e comunhão com Deus. A oração tem o poder de transpor barreiras e desmoronar muralhas, auxiliando no nosso fortalecimento interior. É um bálsamo, um nutriente essencial, capaz de curar, nutrir e fortificar. Ela nos aproxima do Eterno e da Divindade, neutralizando toda forma de mal. A oração é, portanto, o meio pelo qual podemos e devemos cultivar uma maior intimidade com Cristo e com Deus. Ore!
O quarto ponto a ser abordado, somado à carência de conhecimento e à negligência da oração, concerne à ganância, essa insaciável busca por poder e riqueza. Vivemos em uma época em que a generosidade e a gratuidade são raras em nossas igrejas e eventos; em contraste, observamos a proliferação de atitudes gananciosas. Embora as Escrituras afirmem que o obreiro é digno de seu salário e que pastores e líderes devem receber dupla honra e um bom sustento, observamos que muitos enriquecem de forma desmedida através do Evangelho de Cristo, enquanto outros padecem necessidade e fome. Muitos desses líderes ostentam luxo, fama e poder, exibindo bens como relógios exorbitantemente caros, em evidente contraste com numerosos fiéis que, dentro da própria comunidade evangélica, enfrentam dificuldades e necessitam de auxílio e amparo. A ganância, a ausência de um espírito de doação e a desenfreada busca por dinheiro e poder representam um perigo iminente e intrínseco ao cristianismo contemporâneo.
Entre os diversos desafios que permeiam o cenário cristão contemporâneo, podemos elencar a insuficiência de conhecimento bíblico, o perigo da negligência na oração, a conformidade com o pecado e as influências seculares, bem como a cobiça desmedida por poder e riquezas. O quinto e mais premente desses perigos, para o cristianismo, reside na estagnação do aperfeiçoamento dos santos.
É imperativo que o ser humano, e de forma particular o cristão, busque um crescimento contínuo e um aprimoramento incessante. A Epístola aos Efésios, de modo inequívoco, enfatiza a necessidade do aperfeiçoamento dos santos, conclamando-os a se tornarem mais íntegros e a otimizarem seus princípios morais e cristãos. Isso implica uma melhoria multifacetada, abrangendo todas as esferas da existência: como indivíduo, como cristão e como profissional.
Tal processo de aperfeiçoamento deve ser intrinsecamente guiado pela luz do Espírito Santo e pela imutável Palavra de Deus. Impõe-se uma busca constante por elevação na oratória, na capacidade de expressão, na profundidade do pensamento, na reflexão sobre as atitudes e no aprofundamento nos preceitos divinos, aspirando-se à plenitude e excelência em todas as dimensões da vida.
O sexto perigo iminente a ser abordado aqui, este perigo gera catástrofes no meio cristão sem precedentes, falta de evangelização de bom testemunho. Como é que eu vou ganhar almas? Como é que eu vou dizer para o próximo que Jesus transforma se minha vida não foi transformada? O meu bom testemunho é uma estratégia, uma forma de evangelizar meu próximo. Como é que o meu próximo vai olhar para mim e vai querer um Jesus, um Jesus que não transformou nem a mim? Primeiro a transformação tem que vir de mim para depois vir a evangelização. E a pessoa ser impactada com o poder de Deus, com a transformação que ocorreu em mim. O bom testemunho e a evangelização andam de mãos dadas, é muito difícil evangelizar sem dar um bom testemunho, sem dar exemplos cristãos corretos, faz-se necessário e sobre a iluminação do Espírito Santo de Deus. E se você dá bom testemunho, mas também não evangeliza, isso é um perigo, muitas almas estão correndo sério risco de ir para o inferno. E Jesus disse que devemos evangelizar, pregar o evangelho a toda criatura, começando na sua casa, evangelizar seu pai, sua mãe, seu filho, seu neto, seu tio, sua prima. Convidar, pelo menos, a evangelizar através de quaisquer meios existentes ou que venham existir, através das mídias, das redes sociais, televisão, rádio, jornais, panfletos, evangelizar através do Facebook, Twitter, Instagram, através do boca a boca, evangelize, dê testemunho. A ausência disto é um verdadeiro perigo para a sociedade e para o cristianismo.
Convém enfatizar que é imprescindível haver um discipulado, além do pré - evangelismo, evangelismo, pós- evangelismo. Precisa-se de ótimos discipuladores, pessoas aptas para consolidar e formar líderes. Como vamos discipular cristãos, se não fomos discipulados. Discipulado é um processo gradual, progressivo, constante e espiritual. O discipulado gera líderes fortes e novos discipuladores. Este processo implica em crescimento, desenvolvimento, formação e serviço cristão. O discipulado gera multiplicação, conhecimento espiritual e formação de líderes cheios de conhecimento bíblico e espiritual.
Vamos orar em prol disto!
Conclusão
Em síntese, os seis perigos discorridos acarretam consequências adversas para o indivíduo cristão, para a comunidade eclesiástica e para a sociedade em geral. Essa realidade manifesta-se no mau testemunho, na ausência de genuínas conversões, em pregações e estudos deficientes, na fragilidade de pastores, líderes e jovens; culminando numa igreja sem vitalidade, poder, atitude ou influência transformadora, e num cristão estagnado, com a mente espiritualmente atrofiada.
Medite nestes 06 perigos que a igreja atravessa: A ausência de conhecimento bíblico, ou o mesmo distorcido, a conformidade com o sistema mundo e com o pecado, a falta de oração, a ganância por dinheiro, fama, status e poder, a estagnação no aperfeiçoamento do cristão na área espiritual e secular e a ausência de evangelização e discipulado, consolidando e preparando os novos convertidos.
Tais perigos, portanto, devem ser prontamente identificados e, na medida do possível, erradicados ou, no mínimo, sua influência deve ser minimizada ao máximo. É imperativo que adotemos uma postura proativa de mudança, aprimoramento e transformação. Para tanto, é fundamental que nossa conduta se paute pela luz da Palavra e do Espírito Santo. Isso exige uma sintonia diária e profunda com o Espírito Santo e com a Palavra, cultivada através da oração perseverante, do estudo diligente das Escrituras e da reflexão constante, buscando incessantemente sua orientação e iluminação.
Assim, unidos em propósito e ação, construiremos um cristianismo mais robusto, uma igreja mais vibrante, uma sociedade mais justa e um ser humano mais pleno. Medite sobre estas verdades, reflita profundamente e compartilhe com outrem.
Que a graça divina o abençoe ricamente.
Márcio de Medeiros.
13/08/2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OLA!.EU SOU MARCIO DE MEDEIROS, SEJA BEM VINDO AO NOSSO BLOG.JESUS TE AMA E MORREU POR VOCÊ!!!.
TEMOS, 1 SITE DESTINADO A CULTURA GERAL , OUTRO SITE DESTINADO À ASSUNTO BÍBLICOS E UM OUTRO SITE DESTINADO À ENTRETENIMENTO,TEMOS:JOGOS, FILMES, ETC.USE OS LINKS ABAIXO PARA VISITAREM OS SITES.TEMOS 3 SITES E 1 BLOG.BOM PROVEITO!.
https://sites.google.com/
http://www.prof-marcio-de-medeiros.webnode.com/
http://profmarcio.ucoz.com