ADORAÇÃO A ASERÁ, A DEUSA DA ÁRVORE DE NATAL
Um pouco de Estória
Embora admita que o costume
derive de cultos pagãos da região central da Europa, a literatura católica
atribui a adoção e difusão do uso "cristianizado" da árvore de natal
a Martinho Lutero e outros protestantes. Ao rejeitar em sua doutrina todo o uso
de imagem, teriam eles recorrido a um outro símbolo para recordar o Natal.
Assim, a árvore que hoje
recorda o nascimento de Jesus, simbolizaria uma nova Árvore da Vida, como
aquela que existiu no Éden, da qual se colhe hoje o fruto da Salvação, que é
presente de Deus para os homens.
Depois que o costume se
espalhou pelo mundo através dos imigrantes protestantes, dizem esses
historiadores que o uso da árvore de natal, como ícone cristão, teria sido
finalmente adotado também pelos católicos. Desde então, na praça de São Pedro
em Roma, junto ao presépio, ergue-se uma elevada árvore profusamente decorada,
que é enviada como presente ao Papa, exatamente por comunidades católicas de
países da Europa Central.
A História verdadeira
A História verdadeira
Pesquise
em sua Bíblia e outras versões com uma concordância bíblica e, com certeza,
você encontrará muitas referências a Asera, a Deusa Árvore ou Árvore
Sagrada, no Antigo Testamento.
A palavra hebraica
"asherah" é usada tanto para referir-se a Asera, deusa da
fertilidade, conhecida tanto como mãe de Baal como por mulher dele, quanto para
identificar uma árvore sagrada, ou poste-ídolo, que a representasse. Assim, a
adoração pagã de Asera (também chamada Astarte, Astorete ou Asterote) estava
ligada ao culto de árvores em bosques sagrados pelos semitas.
Já naquele tempo procurava-se
justificar a idolatria relacionando-se, em textos e gravuras, o culto a Asera a
um suposto retorno à Árvore da Vida. Entenda-se, porém, 'vida" nesse
contexto como fertilidade, reprodução e prazer. Os troncos de árvores em que
imagens dessa deusa eram esculpidas, ou suas representações em metal (foto à
esquerda), preservavam parte de seus galhos para assumir a forma de
"árvore da vida" nesse sentido, sexual. Observe atentamente o
"galho" central na figura ao lado.
Árvore proibida
Obviamente, nem todas as
representações de Asera eram tão explícitas. Mas bastava uma árvore frondosa ou
mesmo um tronco com parte dos galhos para que a ligação mental surgisse. Foi
por isso que Deus proibiu expressamente a presença de qualquer árvore junto ao
Seu altar: "Não estabelecerás
poste-ídolo, plantando qualquer
árvore junto ao altar do
SENHOR, teu Deus, que fizeres para ti.” Deuteronômio 16:21.
É consenso entre os comentaristas
bíblicos que essa recomendação divina visava a impedir toda a conformidade com
os costumes idólatras dos gentios. Os israelitas estavam proibidos de se
ajuntar com os pagãos para participar de seus cultos, não deveriam visitar seus
bosques sagrados, nem curvar-se diante de suas imagens nos lugares altos, mas
isso não é tudo. Estavam também proibidos de manter bosques ou mesmo uma única
árvore próxima a um altar dedicado a Deus, para que o culto ao Deus verdadeiro
fosse completamente diferenciado da adoração aos falsos deuses.
Os bosques ao redor dos lugares de
culto dos pagãos serviam para ocultar os adoradores enquanto participavam das
orgias e sacrifícios humanos que ali eram oferecidos. No culto ao Deus de
Israel, não havia necessidade de que nada fosse feito em segredo. Não era
preciso nem permitido nenhuma árvore ou tronco próximos ao altar divino. Nem
havia necessidade de qualquer representação ou símbolo da divindade, porque
Deus não divide Sua glória com nenhum ídolo ou objeto de culto.
Quem adorava Baal adorava também a
Asera, através de seus postes-ídolos, feitos com pedaços de tronco de árvore ou
árvores vivas, em que se começou a esculpir a figura de Asera, posteriormente
chamada Astarte. Essas esculturas evoluíram a ponto de adquirirem formas cada
vez mais humanas, mas eram posicionadas sempre junto a "árvores
sagradas", como as citadas em Jeremias 17:2; 1 Reis 14:23; 2 Reis 17:10.
Apesar de todas as advertências
divinas, houve culto a árvores (postes-ídolos) nos mais sagrados santuários
hebreus, em Samaria (2 Reis 13:6), em Betel (2 Reis 23:15) e até no templo de
Jerusalém (2 Reis 23:6). O ato que coroou a reforma promovida pelo rei Josias
foi a destruição de todos esses objetos de culto pagão (2 Reis 23:4-15).
Com seios salientes e quadris largos, as figuras de Asera datadas do
décimo ao nono século encontradas em Gezer, carregam também a ideia de
exagerada fecundidade (esquerda). Abaixo, você vê uma representação moderna de
Asera, que é também chamada de "rainha do mar" e "aquela que
anda sobre as águas". Note que esse detalhe liga a inocente árvore de
Natal aos rituais do candomblé.
Porque o símbolo astrológico de Baal
era o Sol, Asera é imaginada freqüentemente como a deusa da Lua, mas seu
símbolo era realmente o planeta Vênus. Entre seus títulos, destacam-se
"rainha do céu" (Jeremias 7:18; 44:17,19); senhora dos céus, do mar,
da terra e do mundo subterrâneo; o grande princípio fêmea universal. Dizia-se
que em suas mãos estavam a vida, a morte e a renovação de toda a natureza.
O nome Astarte é uma variação de
Ishtar, deusa também chamada Ishtar-Astarte. Asera, também conhecida por Astarte,
Astorete ou Asterote, como já dissemos, era de longe a divindade mais popular
de Palestina antiga. Os principais elementos de culto dessas divindades eram
rituais sexuais, fogo e sacrifícios humanos (geralmente crianças). Ofertas de
produção, dinheiro e fornicação com as prostitutas cultuais eram consideradas
formas de culto. Cantavam-se músicas ao som da lira, batidas de palma e
castanholas, enquanto o satânico ritual acontecia.
O relato bíblico descreve parte dessa
abominável forma de culto, praticada sob as "árvores sagradas" dos
bosques de Asera. Veja Levítico 18:21-30 e Deuteronômio 12:30-32. E descobrimentos arqueológicos
proporcionaram impressionante confirmação do registro bíblico.
O trabalho do Dr.
Macalister na antiga cidade cananita de Gezer é um exemplo. Nesse local, entre os anos
1904-1909, o arqueólogo Macalister encontrou em um estrato (nível de escavação) evidências de
que os artefatos localizados pertenciam ao período dos cananitas contemporâneos
de Josué (cerca de 1.500 a.C.) e logo acima estava o estrato do período
correspondente ao dos israelitas.
Tratava-se de um
"lugar alto", que tinha sido um templo onde os cananitas praticaram a
adoração a seu deus Baal e sua deusa Asera. Havia uma espécie de muro ao redor
de 45 m por 36 m, sem cobertura. Dentro dessa parte murada, havia cerca
de dez pilares ou colunas com 1,5 m a 3,5 m de altura, com degraus para subir,
nos quais se realizavam os sacrifícios. Alguns desses pilares de pedra tinham
partes que chegaram a ficar polidas pelas roças das vestes e beijos dos
devotos.
Placas com
representações exageradas de órgãos sexuais evidenciavam a natureza sexual de
seus cultos. Escavações localizaram nesse mesmo nível um altar hebreu, com a
inscrição YHWH.
Toda a extensão desse lugar alto
revelou-se como um local de sacrifício de recém-nascidos, provavelmente meninos
primogênitos oferecidos a Baal e Asera pelos cananitas. Macalister encontrou um grande
número de vasos de tamanho grande, que continham os restos de ossos de bebês. Não poderia ser um cemitério
porque locais de sepultamento eram considerados impuros e impróprios para a
adoração.
Outra cerimônia religiosa era a
prática diabólica a que nomeavam "sacrifício para os alicerces" e que
hoje chamamos de "lançamento da pedra fundamental". Quando uma
família queria construir uma nova casa, dirigia-se a esses bosques de árvores
sagradas rodeados por colunas e muros para ali sacrificar um bebê
recém-nascido. Após a morte do bebê, seu corpo era levado para o local da
construção e misturado à massa e pedras do alicerce. Isso era feito
supostamente "para dar boa sorte à família". Muitos destes
sacrifícios foram encontrados em Gezer, Meguido, Jericó e outros lugares. Os
profetas de Baal e Asera eram os assassinos oficiais para esses meninos inocentes.
Árvore verde
Não é sem razão, portanto, que a
expressão "árvore(s) verde(s)" tem conotação negativa ao longo de
todo o Antigo Testamento. Mais de dez vezes ela aparece e, na maioria delas, a
Palavra de Deus condena a idolatria mascarada por "bosques" ou
"árvore verde":
Deuteronômio 12:2-3 -- Totalmente destruireis todos os
lugares onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas
montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore verde; e derribareis os seus
altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis as imagens
esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar.
I Reis 14:22-23 -- E fez Judá o que era mau aos
olhos do SENHOR; e o provocaram a zelo, mais do que todos os seus pais fizeram
com os seus pecados que cometeram. Porque também eles edificaram altos, e
estátuas, e imagens do bosque sobre todo alto outeiro e debaixo de toda árvore verde.
II Reis 17:9-12 -- Os filhos de Israel fizeram
contra o SENHOR, seu Deus, o que não era reto; edificaram para si altos em
todas as suas cidades, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada. Levantaram para si colunas e
postes-ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores
frondosas. Queimaram ali incenso em todos
os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles; cometeram
ações perversas para provocarem o SENHOR à ira e serviram os ídolos, dos quais
o SENHOR lhes tinha dito: Não fareis estas coisas.
II Crônicas 27:1-5 -- Tinha Acaz vinte anos de idade
quando começou a reinar e dezesseis anos reinou em Jerusalém; e não fez o que
era reto aos olhos do SENHOR, como Davi, seu pai. Antes, andou nos caminhos dos
reis de Israel e, demais disso, fez imagens fundidas a baalins. Também queimou
incenso no vale do Filho de Hinom, e queimou os seus filhos, conforme as abominações dos
gentios que o SENHOR tinha desterrado de diante dos filhos de Israel. Também sacrificou e queimou
incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore verde. Pelo que o SENHOR, seu Deus, o
entregou nas mãos do rei dos siros, os quais o feriram e levaram dele em
cativeiro uma grande multidão de presos, que trouxeram a Damasco; também foi
entregue nas mãos do rei de Israel, o qual o feriu com grande ferida.
II Crônicas 28:1-4 -- Tinha Acaz vinte anos de
idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o
que era reto perante o SENHOR, como Davi, seu pai. Andou nos caminhos dos reis
de Israel e até fez imagens fundidas a baalins. Também queimou incenso no vale
do filho de Hinom e queimou a seus próprios filhos, segundo as abominações dos
gentios que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel. Também sacrificou e queimou
incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de toda árvore frondosa.
Isaías 57:3-8 -- Mas chegai-vos para aqui, vós,
os filhos da agoureira, descendência da adúltera e da prostituta. ...que vos
abrasais na concupiscência junto aos
terebintos, debaixo de toda árvore frondosa, e sacrificais os filhos nos vales e nas fendas dos
penhascos? Por entre as pedras
lisas dos ribeiros está a tua parte;
estas te cairão em sorte; sobre elas também derramas a tua libação e lhes
apresentas ofertas de manjares. Contentar-me-ia eu com estas coisas? Sobre
monte alto e elevado pões o teu leito; para lá sobes para oferecer sacrifícios.
Detrás das portas e das ombreiras pões os teus símbolos eróticos, puxas as
cobertas, sobes ao leito e o alargas para os adúlteros; dizes-lhes as tuas
exigências, amas-lhes a coabitação e lhes miras a nudez.
Jeremias 2:20 -- Quando eu já há muito
quebrava o teu jugo e rompia as tuas algemas, dizias
tu: Nunca mais transgredirei; contudo, em todo outeiro alto e debaixo de toda árvore verdete andas encurvando e corrompendo.
Jeremias 3:6 -- Disse mais o SENHOR nos dias
do rei Josias: Viste o que fez a rebelde Israel? Ela foi-se a todo monte alto e
debaixo de toda árvore verde e ali andou prostituindo-se.
Jeremias 3:13 -- Somente reconhece a tua
iniquidade, que contra o SENHOR, teu Deus, transgrediste, e estendeste os teus
caminhos aos estranhos, debaixo de toda árvore verde e não deste ouvidos à minha
voz, diz o SENHOR.
Jeremias 17:2 -- Seus filhos se lembram dos
seus altares, e dos seus bosques, e das árvores verdes, sobre os altos outeiros.
Ezequiel 6:13 -- Então, sabereis que eu sou o SENHOR, quando estiverem os
seus traspassados no meio dos seus ídolos, em redor dos seus altares, em todo o
outeiro alto, em todos os cumes dos montes, e debaixo de toda árvore verde, e debaixo de todo carvalho
espesso, no lugar onde ofereciam suave perfume a todos os seus ídolos.
Ezequiel 17:24 -- Assim saberão todas as
árvores do campo que eu, o SENHOR, abati a árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde e fiz reverdecer a árvore seca; eu, o SENHOR, o disse e o
farei.
Ezequiel 20:47 -- E dize ao bosque do Sul:
Ouve a palavra do SENHOR: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que acenderei em ti um
fogo que em ti consumirá toda árvore
verde e toda árvore seca; não se apagará a chama
flamejante; antes, com ela se queimarão todos os rostos, desde o Sul até ao
Norte.
Diante de tão clara recomendação
bíblica, como a de Deuteronômio 16:21 -- "Não estabelecerás
poste-ídolo, plantando qualquer
árvore junto ao altar do SENHOR, teu
Deus, que fizeres para ti" -- complementada por informações históricas e
reforçada por tantas outras passagens bíblicas citadas acima, só nos resta
lamentar a introdução de árvores de natal nos templos evangélicos, sugerindo sua
imediata retirada seguida de um pedido coletivo de perdão a Deus pela liderança
responsável e toda a congregação. Como disse o profeta Isaías: "Ajoelhar-me-ia eu ao que
saiu de uma árvore?” Isaías 44:19.
Fonte:
http://www.icmdv.org/artigos/316-adoracao-a-asera-a-deusa-da-arvore-de-natal
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