Qual o
Significado do Número da besta, 666?
Em atenção ao pedido de um leitor, registro aqui alguns comentários a respeito do número da besta, conforme Apocalipse 13.18:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número
da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e
seis”. Apocalipse 13.18
Primeiro
comentário:
Sobre Apocalipse 13.18, veja o seguinte comentário: "No Apocalipse, o
Anticristo tem um nome:"a
besta", mas ele também tem um número: 666.
Muitos comentaristas estão de acordo que, nas Escrituras, "seis" é o número do homem e "três" é o número de Deus. Sendo assim, três
vezes seis DEVE referir-se a um homem que se apresenta como se fosse Deus.
Assim como os imperadores romanos e muitos outros, antes e depois deles, o
anticristo julga-se um deus" (Bíblia de Estudo Pentecostal).
Segundo
comentário:
"Este versículo é um criptograma tipicamente apocalíptico. Seiscentos e
sessenta e seis é um número triangular, mas a maioria dos leitores antigos não
sabia disso. Achou-se que fosse uma paródia do número divino, sete; isso é
possível, mas os eruditos se voltam com mais freqüência para outra explicação.
Contar um nome ou palavra era uma prática fácil em grego e hebraico, que usavam
letras como números específicos (mais tarde mestres judaicos passaram a jogar
freqüentemente com os valores numéricos das palavras; essa forma de cálculo
passou a ser conhecida como gematria). Muitas sugestões engenhosas têm sido
feitas em torno do significado de "666". Irineu,
erudito cristão do segundo século, listou entre as possibilidades "Lateiros" (Roma como o Reino final). Mas a
sugestão mais popular entre os eruditos de hoje é . Embora seu nome venha a dar
no número 1.005 em grego (o que teria sido óbvio, porque um jogo de palavras
conhecido, baseado na numerologia do seu nome, circulara em todos os grafitos
do Império), seu número resulta no número "666" se transliterado para o hebraico. Se o
que João pretende aqui é uma alusão a Nero, esperam que seus leitores saibam
recorrer às letras do hebraico (provavelmente com a ajuda de membros mais
habilitados da congregação), ou ele e os demais já haviam usado o número "666" desta maneira (esse cálculo requer que
se use a pronúncia grega Neron-Kaisar em alfabeto hebraico, com valores
numéricos apropriados N = 50, r = 200, n = 6, K = 100, s = 60, s = 200. O
hebraico só usava consoantes. Mas os oráculos "Sibilinos",
documento composto em grego, faz a sua gematria nessa língua, e não no
hebraico; a maioria de seus leitores só teria condições de ler o primeiro,
sendo incapaz até mesmo de transliterar um nome em caracteres hebraicos
apropriados. Eruditos judeus que utilizavam o hebraico incorporaram muitas
palavras tomadas de empréstimo ao grego, mas os leitores de João precisariam ou
de alguma ajuda ou de conhecimento prévio para discernir a intenção dele)
(Comentário Bíblico Atos - Novo Testamento, Craig S. Keener).
Terceiro comentário:
"A marca da besta
reproduziu ou o seu nome, ou o número formado, juntando os valores numéricos
representados pelas letras do seu nome (em grego e hebraico não existem nomes
numerais separados; as letras do alfabeto têm que servir também a esta
finalidade). Seiscentos e sessenta e seis é o número. As soluções deste ENIGMA quase alcançam esse número. Gunkel e
muitos outros insistem em que ele não representa o nome de um indivíduo; a
frase "é o número de um homem" (Ap
13.18), significa simplesmente "é uma computação humana",
em distinção de um cálculo sobrenatural. Tais intérpretes frequentemente
consideram o número como símbolo de ficar constantemente aquém da perfeição por
parte do anticristo, posto que cada algarismo é um menos que sete; indica-se
que os Oráculos Sibilinos (1:328) dizem que o número do nome de Jesus Cristo é
888, um além da perfeição. O próprio Gunkel não aceita esta sugestão, mas acha
que o número serve para identificar o Imperador Romano com o monstro do caos,
de que o retrato do dragão e da besta é tirado neste livro ( em hebraico dá
666). A idéia tem sido indevidamente reduzida ao mínimo no terreno em que os
leitores de João mal podiam ter encontrado uma tal remota solução, posto que
eles conheciam só o grego. Por conseguinte, o exegeta hodierno favorece antes a
solução , escrito defeituosamente em hebraico. Mas, se aquele seria
ininteligível ao povo que fala grego, de igual modo seria este, se bem que ,
transcrito em hebraico de uma grafia latina, dê o número alternativo 616, que
se encontra em alguns manuscritos. A sugestão de clemente - , escrito em grego,
é atraente;não só dá p 666,que se requer, mas dá o alternativo 616. Estranho
como pareça, não é impossível que todas as soluções acima estejam certas. É
provável que, desde que João usou uma fonte hebraica neste capítulo, o número
original foi hebraico, e o número não foi inventado por ele. Como ele conhecia
o mito do caos, e era um hebreu, o nome Tehom Qadmonah, , não lhe seria
impróprio. Outrossim, é sugerido em nossa interpretação de 17.8, 11 que o
profeta fundiu os mitos do monstro do caos e Nero Redivivus, para formar o seu
retrato do anticristo; os adversários da Igreja encarnaram tão perfeitamente o
poder antigo do mal, que ambos poderiam ser descritos sob o mesmo sumário
histórico, isto é, já foram e não são, e estão para subir do abismo e ir para a
perdição. Um número, portanto, que denotasse esse princípio mau, tão bem como o
império e o indivíduo em que ele deva ser encarnado, era mais do que o coração
podia desejar, uma perfeita representação de bruxaria ou arte diabólica"
(O Novo Comentário da Bíblia, volume II, Edições Vida Nova, 1990, p. 1470).
Dentre
todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem
suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e
não-cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz,
realmente, o texto bíblico?
O
Número 666: Marca Registrada da Tribulação?
A
questão central da Tribulação é: Quem
tem o direito de governar, Deus ou Satanás? Deus vai provar que é Ele quem tem
esse direito. Pela primeira e única vez na história, as pessoas terão uma data
limite para aceitarem o Evangelho. Por enquanto, todos podem aceitar ou
rejeitar essa mensagem em diferentes momentos da vida; alguns o fazem na
infância, outros no início da fase adulta, outros na meia-idade, e alguns até
na velhice. Mas, quando vier a Tribulação, as pessoas terão que tomar essa
decisão de forma imediata ou compulsória por causa da marca da besta, de modo
que toda a humanidade será deliberadamente dividida em dois segmentos. O
elemento polarizador será precisamente a marca da besta.
A
Bíblia ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso
profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa
claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A
marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado
de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um
dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com
relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não
aceitarem a marca serão mortos.
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O falso profeta vai exigir uma
"marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap
13.16).
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Toda
a humanidade será forçada a escolher um dos lados:"...todos, os
pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap
13.16). O Dr. Robert Thomas
comenta que essa construção retórica "abrange todas as pessoas, de todas
as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua condição financeira, [...]
abrangendo todas as categorias culturais [...]. As três expressões são um
recurso estilístico que traduz universalidade".[1] A Escritura é muito
específica. O falso profeta vai exigir uma "marca" em sinal de
lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre
a mão direita" – não a
esquerda – "ou sobre a
fronte" (Ap 13.16).
A
palavra "marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo,
ela é usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o
indivíduo cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É
interessante notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a idéia de
"marca" é semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio
da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que
suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio
dela". Nessa passagem, o
sinal serve para preservação, assim como o sangue espalhado nas ombreiras das
portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo da morte, como relata o
Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na fronte, semelhantemente à do
Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra "marca" ou
"sinal" (gr.
charagma) no Novo Testamento
em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à "marca
da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr. Thomas explica
o significado desse termo na Antigüidade:
A marca deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma,
semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época
de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em
exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No
Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha
de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão
ao deus Dionísio (cf. 3 Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga
prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf.
Isaías 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou
símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca") também era usado
para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas
e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as
pessoas.[2]
Alguns
se perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do
Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente
no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito
de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção
contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e
sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão
voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem,
em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será
visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma
Identificação Traiçoeira
|
Verificação da identidade pela
leitura da íris. O Anticristo fará uso da moderna tecnologia.
|
Além
de servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história
– exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem
pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da
divindade Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo
que, de uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava
demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente
denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer
seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o
auxílio da moderna tecnologia.
Ao
longo da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o
extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar.
Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada
vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada
pelo emprego da palavra grega dunétai – "possa" (Ap 13.17), que é
usada para transmitir a idéia do que "pode" ou "não pode"
ser feito. O Anticristo não permitirá que alguém compre ou venda se não tiver a
marca, e o que possibilitará a implantação desta política será o fato da
sociedade do futuro não usar mais o dinheiro vivo como meio de troca. O
controle da economia, ao nível individual, através da marca, encaixa-se
perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do controle do comércio global
pelo Anticristo, delineado em Apocalipse 17 e 18.
A
segunda metade de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número
do seu nome". Isso
significa que "o número do nome da besta é absolutamente equivalente ao
nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é escrito com letras;
mas, como número, é o análogo do nome escrito com algarismos".[5] O nome
do Anticristo será expresso numericamente como "666".
Calculando
o Número
|
O Anticristo não permitirá que
alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca.
|
Nesse
ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a
narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira
correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra
claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem
atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam
discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que
aqueles que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11;
16.2; 19.20; 20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar
essa passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com
relação a um assunto de conseqüências eternas, mostra que Deus proverá o
conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o
que essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A
passagem diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular
o número da besta.
O
principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles
saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666.
Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão
rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos
tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a
marca da besta que deve ser evitada.
Portanto,
não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma
supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem
esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânico ou místico nos
atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e
satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura
manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais.
Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia
ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A
Carroça na Frente dos Bois
Muitos
têm tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos.
Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam
ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é
para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois.
Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2
Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante a presente era da Igreja, o
Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado
somente em ocasião própria" (v.6). Ao
escolher a palavra "revelado", o Espírito Santo quis indicar que a
identidade do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que
ocorrerá em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é
possível saber quem é o Anticristo antes da "ocasião própria". O
Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o
Anticristo.
Como
apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação
todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar
a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso
onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que
venham a ser propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse
13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que
usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a
utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que
todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem
ser descartadas.
O
mais importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a
identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando
ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é
alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois
ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de
João nem a seguinte foi capaz de discerni-lo, isso significa que a geração que
poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no futuro.
No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram características e
ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos anteriores se encaixa
perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do final dos tempos.[6]
A
Relação entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos
têm feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que
ela será como o código de barras utilizado para identificação universal de
produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca
invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo, essas conjeturas não estão de
acordo com o que a Bíblia diz.
A
marca da besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um
dispositivo de biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
- a marca do Anticristo, identificada com
sua pessoa
- o número 666, não uma representação
- uma marca, como uma tatuagem
- visível a olho nu
- sobre a pele, e não dentro da pele
- facilmente reconhecível, e não duvidosa
- recebida de forma voluntária; portanto,
as pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente
- usada após o Arrebatamento, e não antes
- usada na segunda metade da Tribulação
- necessária para comprar e vender
- recebida universalmente por todos os
não-cristãos, mas rejeitada pelos cristãos
- uma demonstração de adoração e lealdade
ao Anticristo
- promovida pelo falso profeta
- uma opção que selará o destino de todos
os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
|
A marca da besta é uma opção que
selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no
lago de fogo.
|
Talvez
na história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de
cristãos e não-cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram
totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica, sabem
que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou
seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou
discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por
membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil.
Freqüentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia
bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o
intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é
colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia
não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O
fato da sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo
Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será
a marca do 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo será
aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a marca,
para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é
possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens
e biometria para implementar a sociedade amonetária do Anticristo, como um meio
de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se
não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que
mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado.
Maranata! (Thomas Ice -
Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)
1. Robert L. Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical
Commentary (Chicago: Moody
Press, 1995), pp. 179-80.
2. Thomas, Revelation
8-22, p. 181.
3. Thomas, Revelation
8-22, p. 181.
4. Sir William Ramsay, The Letters to the Seven Churches (New York: A. C. Armstrong & Son,
1904), p. 107.
5. Thomas, Revelation
8-22, p. 182.
6. Thomas, Revelation
8-22, p. 185.
Muitos fiéis e estudiosos voltam sua atenção de um modo muito
especial (e peculiar) para o último livro da Bíblia, o Apocalipse. João, servo
de Deus, recebeu de um anjo revelações sobre o tão falado fim dos tempos.
“Bem-aventurados os que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e
guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.” (Apocalipse 1:3)
João cita suas visões tais e quais as teve, cheias de
simbolismos e alegorias, em uma linguagem altamente metafórica. E justamente aí
vem uma grande confusão por parte de intérpretes da Bíblia: enquanto uns
defendem que tudo é falado simbolicamente, outros defendem que o conteúdo tem
de ser levado ao pé da letra – o que não diz respeito somente ao Apocalipse,
mas a toda a Palavra Sagrada.
Há em Apocalipse a figura do anticristo, um líder mundial que,
alegando querer manter a ordem, seria carismático a ponto de desviar os fiéis
de Deus. O mesmo texto fala da “marca da besta”, uma distinção dada a todos os
adoradores do reino do mal. Independentemente da raça ou da classe social, a
citada nova ordem mundial impõe algo a todos os seres humanos, “... faz que
lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte...” (13:16)
Tal marca seria obrigatória entre os conscientes e inconscientes seguidores da
besta, com o aval da figura de autoridade do anticristo. A identificação seria
usada como uma espécie de documento oficial, “para que ninguém possa comprar ou
vender, senão aquele que tem a marca...” (13:17)
O chip subcutâneo
Ultimamente, com o advento de aparatos tecnológicos que só
existiam na ficção científica de pouco mais de 100 anos para cá, tem sido muito
discutido o chip de identificação subcutâneo, um dispositivo eletrônico menor
que um grão de arroz que, sob a pele, traz todas as informações de seu
portador. O chip funcionaria mais ou menos como hoje funcionam os demais
documentos convencionais: carteira de identidade, cartões de crédito e débito,
crachás para entrada em empresas e instituições, entre outros. Mas também teria
caráter de localizador: com o Sistema de Posicionamento Global (Global
Positioning System – o famoso GPS), toda pessoa poderia ser localizada via
satélite.
Os cientistas que elaboram o chip, que já está inoculado em
algumas pessoas e animais para testes, alegam que ele seria muito útil para
fins de resgate, por exemplo. Ao digitar o código do chip, o satélite mostraria
onde está seu portador em meio a uma grande mata, ou mesmo em um centro urbano.
Chips em documentos
Na documentação tradicional, o microchip também já chegou.
Cartões bancários e documentos de identidade já são elaborados com as pequenas
peças de silício com todas as informações necessárias. Em alguns meses,
começarão a ser distribuídas no Brasil as novas carteiras de identidade
eletrônicas, com as informações escritas, como nas convencionais, com foto, mas
também com o histórico do cidadão em um chip na sua extremidade.
Motivo de alarme?
Cristãos de todo o mundo veem no chip subcutâneo e nas
identidades com chip sinais de que seriam as tão faladas “marcas da besta” do
Apocalipse. Muitos pensam, inclusive, em evitá-los. A série de filmes em
longa-metragem “Deixados para Trás”, lançada pelo circuito independente
norte-americano e muito popular no mercado de vídeo brasileiro, mostra o
fenômeno sobrenatural do arrebatamento e a obrigatoriedade da implantação do
chip, a ponto de que quem se recusasse a ele fosse preso pelas autoridades. Os
filmes chegam a mostrar agentes do FBI aprisionando simples cidadãos que se
negam a ter o chip sob a pele.
Especula-se que o aparelho funciona melhor no dorso da mão, ou
na testa, o que até agora não foi oficialmente comprovado.
Parecer teológico
Segundo o teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, não há
qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal
“marca da besta” – pelo menos até agora. Acontece que o Apocalipse é um livro
confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de
enigmas e metáforas – como referido no início da matéria.
Madureira explica que muito dessa confusão se dá pelas
diferentes correntes de estudiosos. “Enquanto um grupo, mais moderno, defende
que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente
mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”,
esclarece o teólogo. Jonas explica que nas décadas de 20 e 30 do século
passado, os liberais, que preferem a interpretação metafórica, ganharam
destaque. Para contrariá-los, os fundamentalistas, mais tradicionais, defendem
a literalidade dos textos bíblicos. Para completar o imbróglio, há também
correntes que, embora não sejam liberais, aceitam a interpretação baseada no
simbolismo.
Há quem ache realmente, mesmo nos círculos evangélicos, que os
quase onipresentes chips de silício são o falado selo do anticristo. Outros
defendem que a tal marca citada em Apocalipse não seria física, mas espiritual.
No tocante a ambas as interpretações, vale salientar que nada está
comprovado e que qualquer informação não passa de especulação, embora estudos
bastante sérios estejam em andamento.
Desde os tempos bíblicos, a marca que distingue o verdadeiro
cristão está tanto em suas atitudes quanto em seu coração. Quem busca verdadeiramente
a Deus tem seu futuro garantido, nestes tempos ou mesmo no fim deles.
De qualquer modo, uma dica final de João no próprio Apocalipse
resume tudo o que foi dito no livro final da Bíblia: “... Aquele que tem sede
venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (22:17)
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