O que significa nazireu e nazireado?
Esse menino prometido é
justamente Sansão. O anjo, porém, explica a mulher que esse menino que nasceria
deveria ser um nazireu. “…porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus
desde o ventre de sua mãe…” (Jz 13. 5)
Nazireu é o nome dado a
pessoa que fez um voto (uma promessa) que na Bíblia é chamado [voto de
nazireado]. Esse voto que se fazia a Deus, foi descrito de forma detalhada em
Números 6. 1-21. Abaixo os detalhes do que a pessoa que fez esse voto não podia
fazer:
- Não poderá beber
vinagre feito de vinho ou de outra bebida fermentada; (Nm 6. 3 – NVI)
- Não poderá comer nada
que venha da videira, nem mesmo as sementes ou as cascas; (Nm 6. 4 – NVI)
- Durante todo o período
de seu voto de separação, nenhuma lâmina será usada em sua cabeça; (Nm 6. 5 –
NVI)
- …Não poderá
aproximar-se de um cadáver. Mesmo que o seu próprio pai ou mãe ou irmã ou irmão
morra. (Nm 6. 6-7 – NVI)
Esse é o voto de
nazireado. Sansão, um nazireu, quebrou todas as proibições exigidas pelo voto
e, por isso, foi reprovado por Deus.
Voto do nazireu ou voto do cabelo
At 18.2
Paulo em Corinto, encontra um casal chamado Áquila e Priscila, de origem
judaica, onde a profissão dos mesmos era semelhante, ficando com eles Paulo,
ajuda no sustento do lar prestando serviços a eles. Mas devido ao orgulho
judaico e inveja referente ao ministério de Paulo, começam aparecer rumores de
que Paulo tem desprezado a lei, pregando contra a mesma. Isso se faz notório
aos ouvidos de Paulo, que junto com esse casal se entristecem, mesmo sabendo
que isso era mentira.
Como
agora Paulo poderia provar a sua inocência validando a lei de Moisés juntamente
com a sua consagração e comprimento de ambos, agora haveria uma maneira na
qual, toda a estrutura judaica se abalaria com tal prova de fidelidade a lei e
aos costumes judaicos, era o voto do nazireu conforme, sendo esse agora um argumento
irrefutável, sobre a veracidade do cumprimento da lei judaica ao pé da risca,
isso ocorre em At 18.18 “E Paulo, ficando ainda ali muitos dias,
despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e
Áqüila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto”.
No
versículo acima, vemos o apóstolo em um ato que chama a atenção para meditarmos
nas escrituras, ele toma a decisão de raspar sua cabeça, fazendo um pacto com o
Senhor, um voto que só poderia ser concluído ou entregue ao Senhor de acordo
com a lei nazireu no templo de Jerusalém em forma de sacrifício.
Vamos
agora analisar algumas referências bíblicas sobre outros nazireus existentes na
bíblia:
Números
capitulo 6 e versículos de 1 a 21 descreve-se toda a lei referente ao voto do
nazireado, vamos meditar sobre ela:
1
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E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
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2
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Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes:
Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se
separar ao SENHOR,
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3
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De vinho e de bebida forte se apartará;
vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma
beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá.
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4
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Todos os dias do seu nazireado não comerá de
coisa alguma, que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.
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5
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Todos os dias do voto do seu nazireado sobre
a sua cabeça não passará navalha; até que se cumpram os dias, que se separou
ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente o cabelo da sua cabeça.
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6
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Todos os dias que se separar para o SENHOR
não se aproximará do corpo de um morto.
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7
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Por seu pai, ou por sua mãe, por seu irmão,
ou por sua irmã, por eles se não contaminará quando forem mortos; porquanto o
nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça.
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8
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Todos os dias do seu nazireado santo será ao
SENHOR.
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9
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E se alguém vier a morrer junto a ele por
acaso, subitamente, que contamine a cabeça do seu nazireado, então no dia da
sua purificação rapará a sua cabeça, ao sétimo dia a rapará.
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10
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E ao oitavo dia trará duas rolas, ou dois
pombinhos, ao sacerdote, à porta da tenda da congregação;
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11
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E o sacerdote oferecerá, um para expiação do
pecado, e o outro para holocausto; e fará expiação por ele, do que pecou
relativamente ao morto; assim naquele mesmo dia santificará a sua cabeça.
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12
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Então separará os dias do seu nazireado ao
SENHOR, e para expiação da transgressão trará um cordeiro de um ano; e os
dias antecedentes serão perdidos, porquanto o seu nazireado foi contaminado.
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13
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E esta é a lei do nazireu: no dia em que se
cumprirem os dias do seu nazireado, trá-lo-ão à porta da tenda da
congregação;
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14
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E ele oferecerá a sua oferta ao SENHOR, um
cordeiro sem defeito de um ano em holocausto, e uma cordeira sem defeito de
um ano para expiação do pecado, e um carneiro sem defeito por oferta
pacífica;
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15
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E um cesto de pães ázimos, bolos de flor de
farinha com azeite, amassados, e coscorões ázimos untados com azeite, como
também a sua oferta de alimentos, e as suas libações.
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16
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E o sacerdote os trará perante o SENHOR, e
sacrificará a sua expiação do pecado, e o seu holocausto;
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17
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Também sacrificará o carneiro em sacrifício
pacífico ao SENHOR, com o cesto dos pães ázimos; e o sacerdote oferecerá a
sua oferta de alimentos, e a sua libação.
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18
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Então o nazireu à porta da tenda da
congregação rapará a cabeça do seu nazireado, e tomará o cabelo da cabeça do
seu nazireado, e o porá sobre o fogo que está debaixo do sacrifício pacífico.
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19
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Depois o sacerdote tomará a espádua cozida do
carneiro, e um pão ázimo do cesto, e um coscorão ázimo, e os porá nas mãos do
nazireu, depois de haver rapado a cabeça do seu nazireado.
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20
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E o sacerdote os oferecerá em oferta de
movimento perante o SENHOR: Isto é santo para o sacerdote, juntamente com o
peito da oferta de movimento, e com a espádua da oferta alçada; e depois o
nazireu poderá beber vinho.
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21
|
Esta é a lei do nazireu, que fizer voto da
sua oferta ao SENHOR pelo seu nazireado, além do que suas posses lhe
permitirem; segundo o seu voto, que fizer, assim fará conforme à lei do seu
nazireado.
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Mais
duas passagens sobre o mesmo voto podemos ler a seguir:
Juizes
13.5 “Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja
cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o
ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus”.
I Sm
1.11 “e Ana e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! se
deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua
serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por
todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha”.
Como é
fascinante esse voto que era feito pelos judeus, a seguir podemos agora
entender, através de um estudo sistemático, como esse voto se dava e qual era a
sua origem e importância no comprimento total do mesmo.
O Nome
A forma
mais correta da palavra é nazireado, nazireu, embora alguns grafem, em outras
línguas, nazarita. A palavra portuguesa vem do hebraico nazir, derivada de nazar, separar, consagrar, abster-se.
Além disso, há a considerar o termo nezer, diadema, coroa de Deus, termo
algumas vezes aplicado à cabeleira não-tosquiada dos nazireus, cabeleira essa
considerada sua coroa e adorno. E dessa outra palavra hebraica que alguns
pensam que se deriva a forma nazarita. Comparar isso com I Cor. 11:15.
O
nazarita ou nazireu (2), do hebraico nazir distinguia-se do nazareno, do
hebraico também neser, aplicado a Cristo em Mt 2.23. Embora parecidas as
palavras nas línguas modernas, diferem bastante no hebraico por serem
diferentes as consoantes médias. Assim, por nazireu entendia-se todo aquele que
se separava e distinguia por qualquer modo invulgar para se dedicar a Deus,
fazendo um voto especial, quase sempre por determinado tempo. Por isso o
radical hebraico implica em separação e consagração, como podemos ver em
Deuteronômio e Números 33.16, a propósito de José, que “se separou” de seus
irmãos.
O voto
do nazireado envolve a consagração especial de pessoas ou coisas a Deus (ver
Gên. 49:26; Deu. 33:16). Está especificamente em pauta o caso dos nazireus, cujos cabelos compridos
serviram de emblema de sua separação ao serviço do Senhor, cabelos esses que
eram reputados a coroa de glória deles. Ver Núm. 6:7. Comparar com II Sam. 14:25,26.
Caracterização Geral
Os
nazireus formavam grupos ascéticos no judaísmo. Eles tomavam vários votos,
como abster-se de vinho, não entrar em contacto com qualquer coisa imunda, ou
não aparar os cabelos. Entre os antigos hebreus, esses votos eram vitalícios
(ver a história de Sansão). E o trecho de Amos 2:12 sugere que os nazireus eram
muito prestigiados em Israel.
A
legislação posterior, entretanto, permitia que tais votos fossem limitados
quanto ao tempo (ver Josefo, Guerras 2:15,1). Mas, um elemento que
nunca foi abandonado foi o de um severo ascetismo. O voto do
nazireado aparece em Núm. 6:1-20. Ninguém podia fazer tais votos por um período
inferior ao de trinta dias. Sansão, Samuel e João Batista (de acordo com muitos
eruditos), foram nazireus vitalícios. A instituição do nazireado tinha por
intuito tipificar a separação e um modo de viver santificado e restrito. A
cabeleira crescida simbolizava a virilidade e virtudes heróicas.
As
madeixas de cabelos simbolizavam uma simplicidade infantil, poder, beleza e
liberdade. Maimônides, um sábio judeu sefardi (falecido em 1204), referiu-se à
dignidade dos nazireus como equivalente à de um sumo sacerdote. E antes dele,
Eusébio, o grande historiador eclesiástico da Igreja antiga, asseverou, em
termos enfáticos, que os nazireus tinham acesso ao Santo dos Santos, em Israel (História
Eclesiástica 2,23).
Os pais
podiam dedicar seus filhos homens a esse grupo religioso separatista.
Entretanto, os nazireus não viviam em comunidades separadas, e nem lhes era
vedada a associação com outras pessoas, ou de se ocuparem em atividades comuns.
Viviam na comunidade de Israel como símbolos de dedicação especial a Yahweh.
Essa era a principal função dos nazireus. E eles mostravam-se ativos no serviço
religioso e nas práticas ritualistas.
Origem do Nazireado
O sexto
capítulo do livro de Números fornece-nos as regras acerca da questão, embora
alguns estudiosos suponham que temos ali uma confirmação e regularização da
prática, e não um começo absoluto da mesma. É possível que, a certa altura dos
acontecimentos, a prática tenha penetrado no corpo da legislação mosaica. E os
argumentos que dizem que a prática do nazireado foi tomada por empréstimo de
povos pagãos, como os egípcios, não convencem e nem têm sido acolhidos pela
maioria dos eruditos.
Provisões do Voto
O leitor
deve examinar o sexto capítulo do livro de Números. Esse voto podia variar
quanto à sua duração. Podia ser imposto às crianças, por seus pais, que as
dedicavam à vida do nazireado, como foi o caso de Sansão (ver Juí. 13:5,14), e
talvez de Samuel (ver I Sam. 1:11) e de João Batista (Luc. 1:15). A Mishna
afirma que esses votos eram tomados por um mínimo de trinta dias, e que o
período de sessenta dias era o mais comum. O voto tomado por Paulo, conforme
está registrado em Atos 18:18, provavelmente foi um voto temporário de nazireu.
Proibições. Os nazireus
precisavam abster-se de vinho, de todas as bebidas alcoólicas, de vinagre, e
até de uvas e passas de uvas. A experiência humana exibe claramente os
debilitantes efeitos espirituais das bebidas alcoólicas. Além disso, esses
votos provavelmente eram um protesto contra as práticas pagãs, onde as bebidas
alcoólicas eram usadas para agitar aos adoradores, levando-os a cometerem toda
sorte de excessos. Um forte exemplo dessa adoração, era a embriaguês exercidas
pelos adoradores do deus Baco ou Bako, sendo ele tido pelos pagãos como o deus
do vinho. Essa adoração era dada através do consumo axagerado de vinho pelos
seus fiéis misturadas com muitas músicas e batuques, originando daí o tão
famoso carnaval dos dias atuais.
Mas os
nazireus também não podiam tocar em coisas imundas, como um cadáver, mesmo que
se tratasse de um parente próximo. E cumpre-nos observar que os sumos
sacerdotes de Israel também não se podiam contaminar desse modo.
Requisitos. Um nazireu não podia cortar os cabelos durante todo o tempo em
que perdurasse a sua consagração. As referências literárias mostram que os
cabelos de uma pessoa eram considerados a sede da vida, e até mesmo a habitação
de espíritos e de influências mágicas. Talvez por essa razão é que, terminado o
voto do nazireado, a pessoa precisava raspar seus cabelos e queimá-los, como
medida eficaz para anular quaisquer poderes que os cabelos fossem tidos como
possuidores.
Violação. Se os votos do nazireado fossem violados em qualquer sentido
(até mesmo por acidente, como quando um nazireu entrava em contacto com um
cadáver), ele precisava renovar todo o conjunto de ritos purificadores, e
começar de novo os seus votos.
Término. Ao fim do tempo marcado, um nazireu precisava oferecer vários
sacrifícios, cortando rente os seus cabelos e queimando-os no altar. Em
seguida, o sacerdote oficiante efetuava certos ritos determinados, e o homem
estava desobrigado de seu voto ao Senhor.
Problemas e Modificações
Alguns
estudiosos pensam que o sexto capítulo de Números pertence à fonte informativa P.(S.), o código sacerdotal, que
pertenceria aos tempos exílicos, ou mesmo depois. Essa legislação posterior,
conforme eles supõem, permitia votos específicos relativamente breves. Mas,
mais antigamente, conforme ainda argumentam, um voto era feito por toda a vida.
Sansão e Samuel foram exemplos da prática mais antiga.
É
possível que Absalão tivesse sido posto sob esse voto, o que explicaria sua
vasta cabeleira. Entretanto, Jesus não foi um nazireu, e, sim, um nazareno (ver Mat. 2:23), embora isso
não concorde com o que dizem alguns intérpretes.
João
Batista, em contraste com Jesus, pode ter sido um nazireu verdadeiro, o que
explicaria certos aspectos ascéticos de sua vida (ver Luc. 1:15). A prática
posterior entre os judeus fez com que esse voto envolvesse apenas atividades
religiosas ritualistas, conforme se via, para exemplificar, no farisaísmo; mas
isso já representava uma perversão religiosa, que o Senhor Jesus combateu.
Interessante é observar que o judaísmo moderno está completamente alicerçado
sobre o farisaísmo, embora com certas evoluções medievais e modernas.
O
nazireado era um voto feito por pessoas que procuravam alívio para as suas
enfermidades ou aflições, conforme nos informa Josefo (Guerras, 11.15,1). Até mesmo Berenice, a
incestuosa esposa-irmã do rei Herodes Agripa, fez tal voto, segundo Josefo
menciona naquele trecho de sua famosa obra. A Mishna, Nazir V. 5, demonstra como a questão
acabou se desintegrando. De acordo com esse comentário judaico, era possível
alguém tomar voto até
em relação a uma dívida assumida em uma aposta. As informações dadas por Josefo
mostram-nos que os nazireus constituíam uma característica comum na vida
judaica de seus dias.
Nazireado e o apóstolo Paulo
Atos
18:18: Paulo, tendo ficado ali ainda muitos
dias, despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, e com ele Priscila e
Âquila, havendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto.
Este
voto foi feito pelo próprio Paulo, inicia-se aqui neste versículo, raspando a
cabeça, Paulo está declarando a todos que o seu foto iniciou-se, isso teria um
grande efeito sobre a cupola judaíca em Jerusalém que estava julgando ele como
um herege, ou apóstata da fé, devido rumores espalhados por toda a província.
Josefo,
grande historiador judeu do tempo apostólico, informa-nos de que o voto do
nazireado se completava quando os cabelos eram raspados. (Ver também Núm.
6:5,18). Assim diz Josefo (verGuerras
dos Judeus, II.
15:1): Aqueles que sofrem de alguma enfermidade, ou que de alguma outra maneira
caem em infortúnio, costumeiramente fazem um voto de que, por trinta dias,
antes de oferecerem algum sacrifício, abster-se-ão de vinho, e de rasparem a
própria cabeça.
Ora, se
essa norma foi seguida por Paulo, isso significaria que o apóstolo estava então
iníciando um período de dias, durante o qual Paulo não tornaria a cortar os
cabelos. Mais tarde o apóstolo remiria o seu voto, oferecendo o sacrifício
apropriado, no templo de Jerusalém, no desenrolar da festa da páscoa.
Em Atos
21:15-26, podemos entender melhor como se encerraria o voto do nazireu, quase
no final da sua segunda viagem Paulo faz esse voto, e vemos depois disso a sua
pressa em chegar logo a Jerusalém para entregar o seu voto como sacrifício:
15
|
¶ E depois daqueles dias, havendo feito os
nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
|
16
|
E foram também conosco alguns discípulos de
Cesaréia, levando consigo um certo Mnasom, cíprio, discípulo antigo, com quem
havíamos de hospedar-nos.
|
17
|
E, logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos
nos receberam de muito boa vontade.
|
18
|
E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em
casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.
|
19
|
E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo
o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios.
|
20
|
E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e
disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e
todos são zeladores da lei.
|
21
|
E já acerca de ti foram informados de que
ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés,
dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da
lei.
|
22
|
Que faremos pois? em todo o caso é necessário
que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo.
|
23
|
Faze, pois, isto que te dizemos: Temos quatro
homens que fizeram voto.
|
24
|
Toma estes contigo, e santifica-te com eles,
e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo
que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu
mesmo andas guardando a lei.
|
25
|
Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já
nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se
guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da
prostituição.
|
26
|
Então Paulo, tomando consigo aqueles homens,
entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem
já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um
deles a oferta.
|
A origem
da prática do voto do nazireado é anterior aos tempos de Moisés, e para
nós é obscura.
Sabemos,
entretanto, que os semitas e outros povos antigos não cortavam os próprios
cabelos e nem faziam a barba quando tinham de ocupar-se de alguma questão
importante, o que servia de sinal de que solicitavam a ajuda divina.
Posteriormente ao período de voto, porém, os cabelos eram raspados, sendo
queimados em algum lugar sagrado, como uma oferta a Deus ou aos deuses. Entre
as tribos árabes até hoje há reflexos desse antiquíssimo costume. (Ver A. Lods, Israel, 1932, pág. 305. Examinar também
o trecho de Juí. 5:2).
Séculos
mais tarde, esse voto veio a significar alguma consagração especial a Deus, o
que, evidentemente, podia perdurar por muitos anos, embora também pudesse
envolver um período mais curto de tempo, dependendo da intenção com que um voto
fosse feito. Alguns indivíduos se tornavam nazireus por toda a vida, como se
deu no caso de Sansão, que foi consagrado como tal desde o berço. (Ver Juí.
13:5,6). Samuel, mais ou menos da mesma maneira, ainda que seu voto não
envolvesse a abstinência de vinho, ocupava a mesma posição de nazireu. (Ver I
Sam. 1:11). João Batista também cumpriu o espírito desse voto, posto que,
aparentemente, o seu compromisso não envolvia a necessidade de deixar os
cabelos crescerem perpetuamente, sem cortá-los. Ver Luc. 1:15.
De fato,
os nazireus representavam simbolicamente aquilo que é exigido, em termos
espirituais, de todos os crentes (excetuando os símbolos físicos), visto que
todos os crentes no Senhor Jesus devem apresentar-se como um sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus (Rom.
12:1).
Quando
da conclusão do voto do nazireado, contanto que esse não fosse fixado para a
vida terrena inteira, os devotos ofereciam um sacrifício pelo pecado, uma
oferta queimada (o que subentendia a sua autodedicação) e uma oferta pacífica,
juntamente com pães asmos. (Este último aspecto fala de ação de graças por
parte do ofertante).
No
trecho de Atos 21:24-27 vemos uma alusão a um voto de nazireado estrito. Paulo,
por ser caridoso, resolveu arcar ele mesmo com as despesas das ofertas, a fim
de mostrar o seu respeito pela lei mosaica. No entanto, o voto que encontramos
no trecho presente, Atos 18:18, provavelmente foi um voto de nazireado um tanto
ou quanto modificado, ainda que alguns intérpretes opinem que talvez tivesse
pertencido a outro tipo de voto, talvez uma espécie de oferta de ação de graças
pelo que Deus realizara por seu intermédio, em Corinto, pelo sucesso da obra
evangelizadora naquela cidade e pela proteção com que Deus o resguardara em segurança,
fora do alcance de todos os seus adversários. Bem poderíamos imaginar que Paulo
reiterou sua dedicação a Cristo mediante essa ação, esperando que lhe fossem
conferidas outras oportunidades de trabalhar com êxito na causa do Senhor.
Nem
mesmo durante o concilio de Jerusalém se tomou qualquer providência
de proibir aos judeus de expressarem a sua adoração sob formas judaicas;
meramente os crentes gentílicos foram liberados de tais obrigações religiosas,
não lhes tendo sido imposta essa carga que pesava sobre os ombros dos judeus.
Por sua vez, nada existe de mais evidente, em todo o livro de Atos, do que o
fato de que até mesmo os apóstolos de Cristo continuaram observando os ritos
judaicos, bem como as cerimonias e os costumes próprios do judaísmo. Não se há
de duvidar que a maior parte de todos os primitivos cristãos judeus assim
fazia. Aqueles eram os costumes religiosos consagrados pelo tempo, e foi mister
passarem-se muitos e muitos anos, até que tais práticas fossem descontinuadas
pelos cristãos.
Portanto,
não há razão alguma em supormos que Paulo fez qualquer coisa errada neste
ponto; antes, fez aquilo em um espírito autêntico de adoração e de consagração,
numa atitude de suprema dedicação a Cristo, ainda que seguisse algumas formas
externas antigas para expressar esse zelo. (Ver as notas expositivas acerca do caráter
judaico da
primitiva igreja cristã, em Atos 2:46 e 3:1 no NTI).
Alguns
estudiosos têm procurado inocentar Paulo de seu suposto lapso ou culpa,
afirmando que Ãquila, e não Paulo, é quem teria feito o voto. Mas isso não
passa de uma tentativa desnecessária de evitar a realidade. Pelo contrário, a
verdade é conforme diz Robertson (in loc): Paulo, sendo um judeu, guardou
essa observância da lei cerimonial judaica, embora se recusasse a impô-la aos
gentios.
Naturalmente
isso não quer dizer que o apóstolo Paulo tenha continuado a observar a grande
multidão de observâncias e requisitos cerimoniais do judaísmo de seus dias;
pois é óbvio que ele não agia dessa maneira. Mas antes, ocasionalmente, ele
fazia algo dessa natureza, visando algum propósito específico.
O VOTO DOS NAZIREUS Nm 6.1-21
A
maneira como a questão se apresenta leva-nos a supor que se trata duma
instituição já existente, uma vez que se acentua a diferença entre nazireus e
não nazireus. Quanto à duração do voto, não sabemos de qualquer israelita que
se tenha obrigado a ele durante a vida inteira. O caso de Sansão (Jz 13-16) é
diferente, por não se tratar dum voto propriamente dito, mas duma obrigação que
lhe foi imposta ainda antes de nascer e que o vinculava para sempre (Jz
13.5,7,13-14). Mas não era este o caso da maioria dos autênticos nazireus,
embora certos aspectos fossem semelhantes.
Para o
Cristão é de certa utilidade esta doutrina por considerar as suas relações com
tudo o que em si não é pecaminoso, mas pode trazer obstáculos ao progresso da
vida espiritual (Hb 12.1). A vida espiritual de certas pessoas pode ser muito
avançada por eles absterem-se de algumas coisas que não são más em si mesmas.
Ao mesmo tempo, nem sempre se podem forçar aqueles que desejam servir ao Senhor
a fazerem votos que não podem cumprir, com prejuízo certo para as suas almas.
Lembremo-nos da corrupção que grassava nos conventos medievais, e cujas
conseqüências funestas ainda hoje se sentem. Deus quer que todos os Seus servos
encarem a vida espiritual como coisa normal.
Condições para o voto do nazireu (Nm 6.1-8).
O vers.
2 define o voto do nazireu, que o homem ou a mulher podem fazer
voluntariamente, separando-se por determinado tempo, a fim de se consagrarem ao
serviço militar do Senhor. Os nazireus eram comparados com o sumo sacerdote por
se separarem até de coisas mortas. (Lv 21.1-3,10-11).
Nem o
amor da família o levaria a faltar a tal obrigação. Não é que fosse pecado
tocar nos cadáveres. Em certos casos mesmo era um sinal de respeito, pois havia
entre os judeus quem pensasse que tinha feito uma coisa santa em tocar num
cadáver para dar a alguém uma sepultura decente. Foi este princípio que
originou o livro apócrifo de Tobias. Mas ao nazireu exigia-se-lhe que de livre
vontade se abstivesse desta forma de impureza, mesmo que se tratasse de membros
de sua família. Enquanto separado e a Deus consagrado, devia permanecer santo e
puro para com dignidade se dedicar ao Culto do Senhor.
Penas destinadas às infrações involuntárias (Nm 6.9-12).
Não se
fala da infração às duas primeiras obrigações, de que falamos, por constituírem
sempre um ato voluntário e serem, portanto, inadmissíveis. A possibilidade de
alguém morrer junto dum nazireu é que o tornaria impuro legalmente, mesmo
contra a sua vontade. Neste caso ficaria sujeito às mesmas prescrições que
tornavam impuro qualquer israelita (Nm 19) e, além disso, ao sétimo dia
cortaria o cabelo e iria ao Santuário oferecer duas rolas ou dois pombinhos
para sua purificação (Lv 15.14) e, como expiação da culpa, um cordeiro. O pior
era o tempo do seu voto que seria descontado, tendo de recomeçar, como se nada
houvesse.
Esta lei
parece-nos demasiado severa para quem não cometia qualquer erro voluntariamente.
Mas a santidade de Deus exige também que sejam santos todos os que se dedicam
ao Seu serviço, de forma a evitarem toda e qualquer espécie de pecado ou
impureza que os possa macular. Purifiquemo-nos, pois, da melhor maneira para
que no serviço do Senhor tudo seja puro e santo.
Como finda o voto do nazireu (Nm 6.13-21).
Através
do vers. 13 fácil é compreender-se que o voto do narizeu terminava após um
determinado período, seguido duma série de cerimônias que davam a entender quem
era ou não nazireu. Começavam à porta da tenda da congregação e exigiam as
oferendas descritas nos vers. 14-15. Após o ritual a que presidia o sacerdote
(16-17), ainda à porta da mesma tenda o nazireu cortava o cabelo, que era
queimado no próprio fogo do sacrifício. Nada podia guardar como prova da sua
consagração anterior. Novas cerimônias levadas a cabo pelo sacerdote (19-20)
indicavam que o nazireu estava dispensado de todas as restrições que tinha
imposto a si próprio.
O vers.
21 conclui numa espécie de título, aludindo ao sacrifício do nazireu, e
frisando que esse sacrifício deve exceder o que a lei normal prescreve. É o que
dá a entender a expressão idiomática “além do que alcançar a sua mão”.
O voto
de nazireado (ou nazireato), foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro
de Números 6:1-21. Em
virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de tomar certos alimentos
e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres. Estas
exigências particulares parecem traduzir os seguintes princípios: manter-se
mentalmente são (“abster-se de vinho e de bebida fermentada”) e em sujeição a Deus (simbolizado
pelo não cortar o cabelo) e manter-se cerimonialmente puro (não tocar em
cadáveres).
Após a
conclusão do seu voto, o nazireu realizava o ritual de purificação e fazia três
oferendas no Santuário. Um voto dito “à semelhança de Sansão” era um voto para
toda a vida.
Nazireus no cristianismo
João Baptista teria sido também um nazireu, embora o Novo Testamento nunca se refira a ele usando
diretamente este termo. O seu estatuto de nazireu deduz-se devido ao seu estilo
de vidaascético; em Lucas 1:15
o anjo informa a Zacarias, pai de João, que a sua mulher dará à luz um
filho que “não beberá vinho nem bebida alcoólica”.
O
apóstolo Paulo, junto com outros cristãos, fizeram
também um voto temporário de nazireato. (Atos 18:18; 21:23-26).
Este
tipo de consagração é considerado pelos teólogos católicoscomo modelo
precursor do monasticismo cristão. Já outras denominações
cristãs, encaram-no como precursor do ministério religioso por tempo integral.
Nos dias de hoje
Nos dias
de hoje Deus está de fato levantando uma geração de ”nazireus”. Homens e
mulheres, crianças, jovens e velhos, pessoas dispostas a serem propriedade
exclusiva de Deus. Separados para Ele em santidade. Em 1 Pedro 2:9, lemos: “Mas
vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua
maravilhosa luz .”
Os
requisitos impostos aos nazireus tinham significado e sentido especial na
adoração de Deus. Iguais ao sumo sacerdote que, por causa do seu cargo sagrado,
não devia tocar em cadáver, nem mesmo de seus parentes mais chegados, tampouco
os nazireus o deviam fazer. Proibia-se ao sumo sacerdote e aos subsacerdotes,
por causa da séria responsabilidade dos seus cargos, beber vinho ou bebida
inebriante ao realizarem seus deveres sagrados perante Deus. – Le 10:8-11;
21:10, 11.
O Significado Espiritual
Através
de Jesus, Deus separou para si, um povo para manifestar Seu caráter, Sua
santidade. Os “nazireus” de hoje são pessoas que vão muito além das palavras e
das aparências. São pessoas que vivem e buscam verdadeiramente a santidade e a
presença de Deus.Os nazireus não podiam:
1- Beber
vinho: Os nazireus de hoje, são pessoas que não se envolvem e não se iludem com
a alegria passageira que o mundo oferece; O nosso prazer não está nas coisas
deste mundo, não está no amor humano, não está na religião, no sexo ou nas
drogas. O que verdadeiramente nos satisfaz é poder estar na presença do Senhor
gerando um sorriso nos Seus lábios; 1 Jo 2.15 “Não ameis o mundo, nem o que
no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.
2- Ter
contato com cadáveres: A morte fala de separação. E a Bíblia nos diz que o
salário do pecado é a morte. Os nazireus de hoje são pessoas que não se
contaminam com o pecado, não se deixam influenciar por outras pessoas que vivem
em pecado, por mais próximas e influentes que estas pareçam ser. Ou seja, não
nos contaminamos com o pecado nem mesmo que seja por causa dos nossos pais.
Temos tristes exemplos disso quando vemos jovens cristãos bebendo ou jogando
cartas, truco, por exemplo, só porque estão com seus pais em uma ocasião em que
estão reunidos. Abrem mão de sua santidade por alguns momentos para tentar
agradar a família, Rm 8.8 “Portanto, os que estão na carne
não podem agradar a Deus”.
Os que
realmente se separam para Deus, têm necessidade de permanecerem em comunhão com
o Espírito Santo e de obedecerem ao Senhor.
3-
Cortar o cabelo: Os nazireus de hoje têm atitudes externas que mostram que são
diferentes. São diferentes no seu modo de falar, de se vestir, de agir, de se
relacionar com outras pessoas. São verdadeiros adoradores que adoram a Deus com
todo o seu ser: espírito, alma e corpo. Eles exteriorizam o que sentem quando
adoram ao Senhor no levantar das mãos, nos saltos de alegria, nos brados e nos
dons espirituais, Jo 4.23 “Mas a hora vem, e agora é, em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o
Pai procura a tais que assim o adorem”.
Mas não
fica apenas limitado ao culto dentro da igreja, mas a sua santidade se
evidencia no dia-a-dia, os homens percebem que são diferentes porque os
nazireus continuam honrando ao Senhor em todas as suas atitudes diárias, no
trabalho, na escola, em casa, na rua, em qualquer lugar.
Eles
eram exemplos para o povo de Israel. Eles conviviam com o povo de Deus
diariamente, mas eram diferentes. Com isso, entendo que o Senhor está
despertando a nossa geração para ser exemplo não para o mundo apenas, mas
principalmente para o Seu próprio povo. Devemos em nossa vida ser Exemplos em
Santidade e Exemplos em Adoração.
FONTE:
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