Eucaristia Os fatos
por trás do ritual
O significado etimológico do termo eucaristia é gratidão, agradecimento, acção de graças, como em Actos 24:3, quando Paulo se dirige ao governador Félix e lhe diz: «... com toda a eucaristia o queremos reconhecer », e quando o mesmo Paulo exorta os cristãos de Colossos: «...perseverai em oração, velando nela com eucaristia». Colossenses 4:2
A eucaristia está relacionada com a Ceia do Senhor. Quando lemos «... e tendo dado graças o partiu» 1ª Coríntios 11:23/24, a expressão «tendo dado graças» corresponde, no original grego, a uma só palavra: «eucharistêssas» ( do verbo «eucharistéou» ). Assim, praticar eucaristia é, simplesmente, «dar graças» ou «agradecer»
Pessoas no mundo
inteiro participam de forma regular dessa cerimônia — várias vezes por ano, ou
semanalmente, ou mesmo todos os dias. Apesar disso, ela é chamada de mistério
da fé, e muitos dos que participam nela admitem que não a entendem bem. É
considerada sagrada e até mesmo milagrosa.
Essa cerimônia é a
Eucaristia — a parte da Missa católica em que o padre abençoa o pão e o vinho e
os fiéis são convidados a receber Cristo em Santa Comunhão.* O Papa Bento XVI
disse que, para os católicos, essa cerimônia é “o resumo e a súmula da nossa
fé”. Não muito tempo atrás, a Igreja celebrou o “Ano da Eucaristia” como parte
de um esforço para “despertar e aumentar nos crentes a fé eucarística”.
Mesmo católicos que
têm dificuldades de aceitar todos os dogmas da Igreja consideram este ritual
muito importante. Por exemplo, num artigo recente na revista Time, uma mulher
descrita como católica jovem e progressista, escreveu: “Sejam quais forem
nossas controvérsias com as doutrinas da religião católica, ainda nos apegamos
ao que nos une na fé católica: nossa devoção à celebração da Eucaristia.”
Então, o que é a
Eucaristia? Os seguidores de Cristo precisam celebrá-la? Vamos considerar
primeiro como a tradição da Eucaristia se desenvolveu. Depois, podemos nos
concentrar numa questão mais importante: a Eucaristia realmente reflete a
cerimônia instituída por Jesus Cristo há quase dois mil anos?
A Eucaristia e a
cristandade
Não é difícil
perceber por que a Eucaristia é considerada milagrosa. O momento mais
importante da celebração ocorre durante a Oração Eucarística. Nesse momento,
segundo o Catecismo da Igreja Católica, “a força das palavras e da ação de
Cristo, e o poder do Espírito Santo” tornam o corpo e o sangue de Jesus
“sacramentalmente presentes”. O padre, depois de comer o pão e beber o vinho,
convida os fiéis a receber a comunhão, em geral por comerem apenas o pão, ou a
hóstia.
A Igreja Católica
ensina que o pão e o vinho são de maneira milagrosa transformados no corpo e no
sangue literais de Cristo — uma doutrina chamada de transubstanciação. Esse
ensino surgiu aos poucos, e a palavra foi definida e usada oficialmente
primeiro no século 13. Nos dias da Reforma Protestante, alguns aspectos da
Eucaristia católica foram questionados. Lutero rejeitou a doutrina da
transubstanciação e, no seu lugar, promoveu o ensino da consubstanciação. A
diferença é sutil. Lutero ensinou que o pão e o vinho coexistem com a carne e o
sangue de Jesus, em vez de serem transformados nessas substâncias.
Como era a
Comemoração original instituída por Jesus?
Com o tempo se desenvolveram, entre as denominações da cristandade, outras diferenças sobre o significado da Eucaristia, bem como a maneira e a freqüência com que devia ser celebrada. Apesar disso, embora seja realizado de formas diferentes, esse ritual continua tendo importância fundamental em toda a cristandade. Então, como era a Comemoração original instituída por Jesus?
Com o tempo se desenvolveram, entre as denominações da cristandade, outras diferenças sobre o significado da Eucaristia, bem como a maneira e a freqüência com que devia ser celebrada. Apesar disso, embora seja realizado de formas diferentes, esse ritual continua tendo importância fundamental em toda a cristandade. Então, como era a Comemoração original instituída por Jesus?
A instituição da
“refeição noturna do Senhor”
O próprio Jesus
instituiu “a refeição noturna do Senhor”, ou a Comemoração da sua morte. (1
Coríntios 11:20, 24) Mas será que ele instituiu um ritual misterioso, em que
seus seguidores realmente comeriam seu corpo e beberiam seu sangue?
Jesus tinha acabado
de celebrar a Páscoa judaica e dispensar Judas Iscariotes, o apóstolo que
estava prestes a traí-lo. Mateus, um dos 11 apóstolos presentes, relatou: “Ao
continuarem a comer, Jesus tomou um pão, e, depois de proferir uma bênção,
partiu-o, e, dando-o aos discípulos, disse: ‘Tomai, comei. Isto significa meu
corpo.’ Tomou também um copo, e, tendo dado graças [grego, eukharistésas],
deu-lho, dizendo: ‘Bebei dele, todos vós; pois isto significa meu “sangue do
pacto”, que há de ser derramado em benefício de muitos, para o perdão de
pecados.’” — Mateus 26:26-28.
Para Jesus, e para
todos os servos de Deus, era costume pedir uma bênção sobre o alimento.
(Deuteronômio 8:10; Mateus 6:11; 14:19; 15:36; Marcos 6:41; 8:6; João 6:11, 23;
Atos 27:35; Romanos 14:6) Há algum motivo para crer que, além de agradecer o
alimento, Jesus também estava realizando um milagre, fazendo com que seus
discípulos literalmente comessem sua carne e bebessem seu sangue?
“Isto significa” ou
“isto é”?
É verdade que
algumas traduções da Bíblia vertem assim as palavras de Jesus: “Tomai, comei,
isto é o meu corpo” e “bebei dele todos. Pois isto é o meu sangue”. (Mateus
26:26-28, Almeida, revista e corrigida; A Bíblia de Jerusalém) Também é verdade
que a palavra grega e·stín, uma forma do verbo grego “ser”, basicamente
significa “é”. Mas o mesmo verbo também pode ter o sentido de “significar”. É
interessante que, em muitas versões da Bíblia, esse verbo é freqüentemente
traduzido por “significar” ou “representar”.# É o contexto que determina a
tradução mais exata. Por exemplo, em Mateus 12:7, e·stín foi vertido
“significa” em muitas traduções da Bíblia: “Se vós soubésseis o que significa
[grego, e·stín]: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os
inocentes.” — Al.
Nesse respeito,
muitos eruditos bíblicos respeitados concordam que a palavra “é” não traduz
corretamente a idéia que Jesus estava expressando. Por exemplo, Jacques Dupont,
levando em conta a cultura e a sociedade em que Jesus viveu, concluiu que a
maneira “mais natural” de traduzir esse versículo seria: “Isto significa meu
corpo”, ou “isto representa meu corpo”.
De qualquer forma,
Jesus não queria dizer que seus seguidores deviam literalmente comer sua carne
ou beber seu sangue. Por que não? Depois do Dilúvio dos dias de Noé, quando
Deus permitiu que o homem comesse a carne de animais, Ele o proibiu
especificamente de consumir sangue. (Gênesis 9:3, 4) Essa ordem foi repetida na
Lei mosaica, que Jesus obedeceu de forma plena. (Deuteronômio 12:23; 1 Pedro
2:22) E os apóstolos foram inspirados pelo espírito santo a repetir a ordem de
não consumir sangue, tornando-a obrigatória para todos os cristãos. (Atos
15:20, 29) Será que Jesus instituiria uma cerimônia que exigisse que seus
seguidores violassem um decreto sagrado do Deus Todo-Poderoso? Impossível!
Jesus instituiu a
Comemoração da sua morte
Então, fica claro
que Jesus usou o pão e o vinho como símbolos. O pão sem fermento significava,
ou representava, seu corpo sem pecado, que seria sacrificado. O vinho tinto
significava seu sangue que seria derramado “em benefício de muitos, para o
perdão de pecados”. — Mateus 26:28.
O objetivo da
Refeição Noturna do Senhor
Jesus concluiu a
primeira Comemoração da Refeição Noturna do Senhor com estas palavras:
“Persisti em fazer isso em memória de mim.” (Lucas 22:19) Essa Comemoração
realmente nos ajuda a lembrar de Jesus e das coisas maravilhosas que sua morte
tornou possível. Ela nos lembra que Jesus defendeu a soberania de seu Pai, Jeová.
Também nos lembra que Jesus, por meio de sua morte como humano perfeito, sem
pecado, deu “sua alma como resgate em troca de muitos”. O resgate torna
possível que qualquer pessoa que exerça fé no seu sacrifício seja libertada do
pecado e ganhe a vida eterna. — Mateus 20:28.
Mas, primeiramente,
a Refeição Noturna do Senhor é uma refeição de participação em comum. Os
incluídos nela são (1) Jeová Deus, que providenciou o resgate, (2) Jesus
Cristo, “o Cordeiro de Deus”, que serviu como resgate e (3) os irmãos
espirituais de Jesus. Esses últimos, por participarem do pão e do vinho,
demonstram que estão inteiramente unidos com Cristo. (João 1:29; 1 Coríntios
10:16, 17) Também mostram que estão no “novo pacto” como discípulos de Jesus,
ungidos pelo espírito. São esses que reinarão como reis e sacerdotes com Cristo
no céu. — Lucas 22:20; João 14:2, 3; (Apocalipse) 5:9, 10.
Quando essa
Comemoração deve ser realizada?
A resposta fica
clara quando nos lembramos que Jesus escolheu uma data específica para
instituí-la — a Páscoa. O povo de Deus já vinha observando anualmente essa
data, 14 de nisã no seu calendário, por mais de 1.500 anos, com o objetivo de
comemorar a extraordinária salvação que Jeová realizou a favor do seu povo. É
óbvio que Jesus estava orientando seus seguidores a usar a mesma data para
comemorar o ato de salvação ainda maior que Deus tornaria possível por meio da
morte de Cristo. Assim, os verdadeiros seguidores de Jesus comemoram a Refeição
Noturna do Senhor todo ano na data que corresponde a 14 de nisã no calendário
hebraico.
Será que fazem isso
só porque gostam de rituais? Sinceramente, isso é o que faz muitos se sentirem
atraídos à celebração da Eucaristia. A escritora do artigo já mencionado, da
revista Time, disse: “É muito reconfortante participar em antigos rituais
praticados por tantas pessoas.” Assim como muitos católicos hoje, essa
escritora prefere que a cerimônia seja realizada em latim, como no passado. Por
quê? Ela escreve: “Quero ouvir a Missa rezada numa língua que eu não entenda,
porque muitas vezes não gosto do que ouço em inglês.”
Comemoração é a
melhor maneira de não esquecer o profundo amor de Jeová Deus e de seu Filho,
Jesus Cristo. Isso as ajuda a continuar “proclamando a morte do Senhor, até que
ele chegue”. — 1 Coríntios 11:26.
EUCARISTIA BÍBLICA
Eucaristia é uma
palavra que entrou na nossa língua por transliteração do termo grego «eucharistía»
(substantivo usado 15 vezes no Novo Testamento). Há ainda a forma verbal «eucharistéou» (
38 vezes no N.T.) e o adjectivo «eucháristos» ( l vez no N.T.).
A palavra
eucaristia tornou-se conhecida por designar um rito religioso, mais
precisamente um «sacramento que, segundo a doutrina católica, contém real e
substancialmente o corpo, o sangue, a alma e a divindade de Jesus Cristo, sob
as espécies de pão e de vinho». (Dicionário Enciclopédico Koogan-Larousse,
1979)
Com tal, trata-se
de um rito que, segundo a mesma Igreja, confere graça sobrenatural aos
comungantes.
Todavia o
significado etimológico do termo eucaristia é gratidão, agradecimento, acção de
graças, como em Actos 24:3, quando Paulo se dirige ao
governador Félix e lhe diz: «... com toda a eucaristia o queremos
reconhecer », e quando o mesmo Paulo exorta os cristãos de Colossos:
«...perseverai em oração, velando nela com eucaristia». Colossenses 4:2
A eucaristia está relacionada com a Ceia do Senhor. Quando lemos «... e tendo
dado graças o partiu» 1ª Coríntios 11:23/24, a expressão «tendo dado
graças» corresponde, no original grego, a uma só palavra: «eucharistêssas» (
do verbo «eucharistéou» ). Assim, praticar eucaristia é, simplesmente,
«dar graças» ou «agradecer». Ao celebrarmos a Ceia do Senhor, tomando o pão e o
vinho em Sua memória, manifestamos a nossa gratidão (eucaristia) Àquele que se
deu por nós em sacrifício, na cruz do Calvário, para nossa redenção.
Eucaristia não é um sacramento, é um sentimento. O sentimento que esteve
presente no coração daquele leproso que, de entre os dez que foram curados, foi
ao encontro de Jesus para lhe manifestar o seu reconhecimento, a sua gratidão. Lucas
17:16
Não iremos fazer alusão a todas as 54 referências à eucaristia no Novo
Testamento. Mencionamos algumas das que achamos mais representativas.
O sentimento de eucaristia deve estar presente em todos os actos da
nossa vida, pois que os motivos de gratidão (eucaristia) são imensos. O
Apóstolo Paulo recomendava: «Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de
Deus, em Cristo Jesus, para convosco». 1ª Tessalonicenses 5:18 Ele nos criou, nos sustenta,
nos conforta, nos alimenta, cuida de nós. Por tudo isso, e muito mais, Lhe
devemos profunda eucaristia! Mas, acima de tudo, «Eucaristia... a Deus pelo seu
dom inefável».2ª Coríntios 9:15 Se, a partir do
substantivo eucaristia, conjugarmos o verbo eucaristiar (agradecer,
dar graças) podemos, em uníssono com Paulo, exclamar: «Miserável homem que
eu sou!... Eucaristio a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor». Romanos 7:24/25 O mesmo Paulo, quando
chegou a Roma e se encontrou com os seus irmãos ali, «... vendo-os, eucaristiou a
Deus e tomou ânimo». Actos
28:15
O ensino bíblico é praticar a eucaristia sempre Efésios 5:20, em tudo 1ª Tessalonicenses 5:18, nomeadamente nas orações. Nestas,
não devemos apenas pedir mas também agradecer. Filipenses 4:6; Colossenses 4:2; 1ª Timóteo 2:1
Eucaristia pelo zelo, fidelidade, e cooperação dos servos do Senhor, 1ª Tessalonicenses 1:2/3. Convém que a
eucaristia esteja presente no nosso vocabulário, em vez de futilidades e
inconveniências. Efésios 5:3/4
No Além, perante o trono de Deus, os anjos adoram prostrados, e da sua
adoração faz parte a eucaristia. Apocalipse 7:11/12
Então, podemos concluir que a eucaristia, que significa gratidão, é algo
para sentir, para exercitar, para pôr em prática.
Terminamos esta síntese dum estudo bíblico, com o único texto em que
aparece a forma adjectiva: «E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados
em um corpo, domine nos vossos corações; e sede eucarísticos». Colossenses 3:15
Fonte:
http://www.estudosbiblicos.net/eucaristia.html
http://saibatananet.blogspot.com.br/2012/08/eucaristia-os-fatos-por-tras-do-ritual.html#.VAp8MvlYPQM
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