A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religionem (religio no nominativo), mas desconhece-se ao certo que
relações estabelecereligionem com
outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao surgimento do cristianismo, religionem referia-se a um estilo de
comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
A raiz da palavra religião tem ligações com o -lig- de diligente
ou inteligente ou com le-, lec-, -lei, -leg- de "ler",
"lecionar", "eleitor" e "eleger" respectivamente.
o re- iniciar é um prefixo que vem de red(i) "vir",
"voltar" como em "reditivo" ou "relíquia" 5
Historicamente foram propostas várias
etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico
das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com
os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter
repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.)
rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando
que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a
Deus.
No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.)
afirma que religio deriva de religere, "reeleger".
Através da religião a humanidade reelegia de novo a Deus,
do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de
Lactâncio, que via em religio uma relação com "religar".
A palavra "religião" na Bíblia
‘A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai, é esta:
guardar-se incontaminado do mundo.’ — Tg. 1:27, Almeida.
RELIGIÃO tem sido definida como "expressão da crença e da
reverência do homem para com um poder sobre-humano reconhecido como criador e
governante do universo". Quem, então, logicamente tem o direito de
determinar a diferença entre religião verdadeira e falsa? Certamente tem de ser
Aquele em quem se crê e que é reverenciado, o Criador. Deus delineou claramente
em sua Palavra sua posição sobre religião verdadeira e falsa.
A Palavra "Religião" na Bíblia
A palavra grega traduzida por "forma de adoração", ou
"religião", é threskeía. No AGreek-English Lexicon of the New Testament (Léxico Grego-Inglês do Novo Testamento) esta
palavra é definida como "a adoração de Deus, religião, esp[ecialmente] conforme se expressa em ofícios ou cultos religiosos". O Theological Dictionary of the New Testament(Dicionário
Teológico do Novo Testamento) dá outros detalhes, declarando: "A
etimologia é controversial; . . . peritos modernos defendem uma ligação com therap- (‘servir’). . . . Pode-se também notar uma
distinção de significado. O bom sentido é ‘zelo religioso’ . . ., ‘adoração de
Deus’, ‘religião’. . . . Mas há também um mau sentido, i.e., ‘excesso
religioso’, ‘adoração errada’". Assim, threskeía pode ser traduzido tanto por "religião" como por "forma
de adoração", boa ou má.
Essa palavra aparece apenas quatro vezes no Novo Testamento. O apóstolo
Paulo usou-a duas vezes para referir-se à religião falsa. At. 26:5 registra sua
declaração de que, antes de tornar-se cristão, "vivi fariseu conforme a
seita mais severa da nossa religião". Em sua carta aos colossenses, ele alertou: "Ninguém se faça
árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos" (Cl. 2:18) Essa adoração de anjos
aparentemente era comum na Frígia daqueles dias, mas era uma forma de religião
falsa. Curiosamente, ao passo que algumas traduções da Bíblia traduzem threskeía por "religião", em Cl. 2:18, a maioria
usa a palavra "adoração".
"Pura e Imaculada" do Ponto de Vista de Deus
As outras duas ocorrências da palavra threskeía se dão na carta escrita pelo discípulo Tiago, membro da igreja do
primeiro século. Ele escreveu: "Se alguém supõe ser religioso, deixando de
refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A
religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado
do mundo" (Tg. 1:26, 27).
Tiago
mostra que a pessoa talvez se considere verdadeiramente religiosa, não
obstante, a sua forma de adoração talvez seja fútil. A palavra grega aqui
traduzida "fútil" significa também "ociosa, vazia, infrutífera,
inútil, impotente, desprovida de verdade". Poderia ser assim no caso de
alguém que afirmasse ser cristão mas não refreasse a sua língua nem a usasse
para glorificar a Deus e edificar outros cristãos. Estaria "enganando seu
próprio coração", e não estaria praticando "a religião pura e sem
mácula, para com o nosso Deus". (Almeida) O que vale é o ponto de
vista do Senhor.
Tiago não enumera todas as coisas que Deus exige com relação à adoração
pura. Em consonância com o tema geral de sua carta, que é a fé provada por meio
de obras e a necessidade de manter-se livre da amizade com o mundo de Satanás,
Tiago realça apenas dois requisitos. Um deles é "cuidar dos órfãos e das
viúvas nas suas tribulações". Isto envolve o verdadeiro amor cristão. Deus
sempre tem demonstrado preocupação amorosa pelos órfãos e pelas viúvas. (Dt.
10:17, 18; Ml. 3:5) Uma das primeiras medidas dos apóstolos da Igreja do
primeiro século, foi em favor de viúvas cristãs. (At. 6:1-6) O apóstolo Paulo
deu instruções detalhadas a respeito de zelar amorosamente pelas viúvas idosas,
necessitadas, que se haviam mostrado fiéis ao longo dos anos e que não tinham
família que as ajudasse. (ITm. 5:3-16).
"Guardar-se incontaminado do Mundo"
O segundo requisito para a religião verdadeira mencionado por Tiago é
"guardar-se incontaminado do mundo". Jesus declarou: "Meu reino
não é deste mundo"; coerentemente, seus seguidores verdadeiros não fariam
"parte do mundo". (Jo. 15:19; 18:36)
Outros Traços da Religião Verdadeira
9 Se religião é ‘reverência a um poder sobre-humano reconhecido como
criador e governante do universo’, certamente a religião verdadeira tem de
dirigir a adoração ao Deus verdadeiro. O apóstolo Pedro declarou: "E não
há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome
(Jesus Cristo), dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos" (At. 4:8-12) Portanto, a religião pura que oferecerá sobrevivência
para o novo mundo de Deus tem de inspirar fé em Cristo e no valor de seu
sacrifício expiatório. (Jo. 3:16, 36; 17:3; Ef. 1:7) Além disso, tem de ajudar
os adoradores verdadeiros a se submeterem a Cristo qual Rei reinante de Deus e
ungido Sumo Sacerdote. — Sl. 2:6-8; Fl. 2:9-11; Hb. 4:14, 15.
A
religião pura tem de basear-se na revelada vontade do único Deus verdadeiro e
não em tradições ou filosofias criadas pelo homem. Nada saberíamos sobre Deus e
seus propósitos maravilhosos, nem sobre Jesus e seu sacrifício, se não fosse a
Bíblia. Os cristãos instilam no povo uma inabalável confiança na Bíblia. Além
disso, demonstram por meio de sua vida diária que concordam com a declaração do
apóstolo Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra" — IITm. 3:16, 17.
A Religião Verdadeira — Um Modo de Vida
Jesus declarou: "Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com
espírito e verdade." (Jo. 4:24) A adoração pura é espiritual, baseada na
fé. (Hb. 11:6) Esta fé, porém, tem de ser apoiada por obras. (Tg. 2:17) A
religião verdadeira adere às normas da Bíblia sobre moral e bons costumes (ICo.
6:9, 10; Ef. 5:3-5. Seus praticantes empenham-se sinceramente em produzir os
frutos do espírito de Deus na sua vida familiar, no trabalho secular, na
escola, e até mesmo na recreação. (Gl. 5:22, 23) Os cristãos tentam jamais se
esquecer do conselho do apóstolo Paulo: "ortanto, quer comais, quer bebais
ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (ICo.
10:31). A religião cristã não é mero formalismo; é um modo de vida.
Naturalmente,
a religião verdadeira envolve atividades espirituais. Estas incluem oração
pessoal e em família, o estudo regular da Palavra de Deus e de ajudas para o
estudo bíblico, e assistir às reuniões da igreja cristã. Estas são iniciadas e
encerradas com um cântico de louvor a Deus e uma oração (Mt. 26:30; Ef.
5:19).
Vimos anteriormente que certos estudiosos ligam a palavra grega
traduzida por "forma de adoração" ou "religião" com o verbo
"servir". Curiosamente, o equivalente em hebraico, `avodháh, pode ser traduzido por "serviço" ou
"adoração". Para os hebreus, adoração significava serviço. E é isto o
que significa para os verdadeiros adoradores hoje. Um sinal identificador muito
importante e distintivo da religião verdadeira é que todos os que a praticam
participam do serviço piedoso de pregar "E será pregado este evangelho do
reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações" (Mt. 24:14; At.
1:8; 5:42). Que outra religião é conhecida mundialmente por seu testemunho
público sobre o Reino de Deus como única esperança da humanidade?
O que é Religião:
Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um
culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes
sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas buscam a satisfação
nas práticas religiosas ou na fé, para superar o sofrimento e alcançar a
felicidade.
Religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de
doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores
numa mesma comunidade moral, chamada Igreja.
Todos os tipos de religião têm seus fundamentos, algumas se baseiam
em diversas análises filosóficas, que explicam o que somos e porque viemos ao
mundo. Outras se sobressaem pela fé e outras em extensos ensinamentos éticos.
Religião, no sentido figurado, significa
qualquer atividade realizada com rígida frequência. Ex: Ir para a academia todos os dia, para ele é uma
religião.
Cristianismo
Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa Messias, pessoa
esperada, o redentor. É uma doutrina que acredita que Deus é o criador do
universo e de toda a vida do planeta. O Cristianismo é um desdobramento do
Judaísmo. Todas as formas de cristianismo obedecem às mesmas escrituras,
veneram o Deus de Israel e consideram Jesus como o Cristo, Filho de Deus e
Salvador da humanidade.
O cristianismo tem na Bíblia o livro sagrado dos cristãos e na
Igreja o local da pregação dos ensinamentos de Cristo, através de seus
Sacerdotes. As principais religiões ligadas ao Cristianismo são o Catolicismo,
a Ortodoxa e o Protestantismo.
Catolicismo
Catolicismo é a religião dos cristãos, uma vertente do cristianismo,
formado pela Igreja Católica Apostólica Romana, que tem seu centro no Vaticano
e reconhece a autoridade suprema do Papa. O catolicismo é uma doutrina que além
do culto a Jesus, enfatiza o culto a Virgem Maria e a diversos Santos.
A religião católica ou catolicismo tem a Bíblia como seu Livro
Sagrado, e através dele transmite os ensinamentos do Evangelho de Cristo. O
crucifixo é o símbolo maior da catolicismo, pois simboliza a cruz na qual Jesus
Cristo morreu.
O catolicismo é uma doutrina que acredita na preparação dos fieis
para a salvação de sua alma, que após a morte subirá ao paraíso, onde gozará o
descanso eterno.
Religião ortodoxa
Religião ortodoxa é uma doutrina que teve sua origem no
cristianismo, com a divisão da Igreja Católica em Católica do Ocidente e
Ortodoxa do Oriente. A Igreja Ortodoxa é portanto um ramo da Igreja Católica,
com pequenas diferenças em seus dogmas.
A religião ortodoxa ou Igreja Católica Ortodoxa, se define como a
correta e verdadeira Igreja criada por Jesus Cristo, e que se manteve fiel a
verdade, transmitida desde os Apóstolos até os dias de hoje.
A Igreja Ortodoxa é formada por várias igrejas autônomas e
Patriarcados autocéfalos, onde a autoridade suprema é uma junta governante, o
Santo Sínodo Ecumênico, onde a unidade tem origem na doutrina, na fé, nos
cultos e sacramentos.
Protestantismo
Protestantismo é uma religião que adotou as doutrinas desenvolvidas
na Europa, no século XVI, como resultado dos movimentos para reformar a Igreja
Católica. O protestantismo é um dos ramos do cristianismo, que surgiu do
movimento que rejeitou a autoridade romana e estabeleceu reformas nacionais em
vários países do norte da Europa, como o Luteranismo na Suécia e parte da
Alemanha, o Calvinismo na Escócia e em Genebra e o Anglicanismo na Inglaterra.
Protestantes seriam então, aquelas igrejas
oriundas da Reforma, que apesar de surgirem posteriormente,
obedecem aos princípios gerais do movimento reformista.
Judaísmo
O judaísmo é a religião dos judeus. É a mais antiga das religiões
monoteístas do mundo. O judaísmo acredita na existência de um único Deus, que
criou o universo. De acordo com algumas correntes do Judaísmo, Jesus Cristo foi
um bom professor e para outros, foi um falso profeta.
Ao contrário do Cristianismo, o Judaísmo não vê Jesus como Filho de
Deus, enviado para salvar o ser humano. Por esse motivo, os crentes no Judaísmo
esperam até hoje pelo enviado de Deus para salvação do povo.
O judaísmo é um modo de vida, associado a uma combinação de fé e
convicções religiosas. O judaísmo é uma religião da família, e grande parte da
fé judaica é baseada nos ensinamentos recebidos no lar. O Torá ou Pentateuco é
considerado o livro sagrado dos judeus. Os cultos judaicos são realizados nas
sinagogas e são comandados por um rabino. O símbolo sagrado é o Menorá,
um candelabro com sete braços, que representa a luz e inspiração divina que se
propagam no mundo.
Islamismo
Islã é uma palavra árabe que significa submissão, aqueles que
obedecem Alá.
O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, nascido em Meca,
por volta de 570, na Arábia Ocidental. O que aceita a fé do islamismo é chamado
de muçulmano. O livro sagrado é o Corão, onde a palavra de Deus foi revelada ao
profeta Maomé. O templo é a mesquita.
O estudo da religião
História do
estudo da religião
Vênus de Willendorf,
do Paleolítico
As primeiras reflexões sobre a religião foram feitas pelos
antigos Gregos e Romanos. Xenofonte relativizou
o fenómeno religioso, argumentando que cada cultura criava deuses à sua
semelhança. O historiador grego Heródoto descreveu
nas suas Histórias as várias práticas religiosas dos
povos que encontrou durante as viagens que efetuou. Confrontado com as
diferenças existentes entre a religião grega e a religião dos outros povos,
tentou identificar alguns deuses das culturas estrangeiras com os deuses
gregos. O sofista Protágoras
declarou desconhecer se os deuses existiam ou não, posição que teve como
consequências a sua expulsão de Atenas e o
queimar de toda a sua obra. Crítias defendeu
que a religião servia para disciplinar os seres humanos e fazer com que estes
aderissem aos ideais da virtude e da justiça. Júlio César e
o historiador Tácitodescreveram nas suas obras as práticas
religiosas dos povos que encontraram durante as suas conquistas militares.
Nos primeiros séculos da era atual, os autores cristãos
produziram reflexões em torno da religião fruto dos ataques que experimentaram
por parte dos autores pagãos. Estes criticavam o facto desta religião ser
recente quando comparada com a antiguidade dos cultos pagãos. Como resposta a
esta alegação, Eusébio de Cesareia e Agostinho de Hipona mostraram que o
cristianismo se inseria na tradição das escrituras hebraicas, que relatavam a
origem do mundo. Para os primeiros autores cristãos, a humanidade era de início
monoteísta, mas tinha sido corrompida pelos cultos politeístas que
identificavam como obra de Satanás.
Durante a Idade Média, os pensadores do mundo muçulmano
revelaram um conhecimento mais profundo das religiões que os autores cristãos.
Na Europa, as viagens de Marco Polo permitiram conhecer alguns aspectos das
religiões da Ásia, porém a visão sobre as outras religiões
era limitada: o judaísmo era condenado pelo facto dos judeus terem rejeitado
Jesus como messias e o islão era
visto como uma heresia.
O Renascimento foi
um movimento cultural e artístico que procurava reviver os moldes da Antiguidade.
Assim sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos deixaram de ser vistos
pela elite intelectual e artística como demónios, sendo representados e
estudados pelos artistas que os representavam. Nicolau de Cusa realizou um estudo comparado entre o
cristianismo e o islão em obras como De
pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marsílio Ficino encontra-se um interesse em estudar as
fontes das diferentes religiões; este autor via também uma continuidade no
pensamento religioso. Giovanni Pico
della Mirandola interessou-se
pela tradição mística do judaísmo, a Cabala.
As descobertas e a expansão européia pelos continentes, tiveram
como consequência a exposição dos europeus a culturas e religiões que eram
muito diferentes das suas. Os missionários cristãos realizaram descrições das
várias religiões, entre as quais se encontram as de Roberto de Nobili e Matteo Ricci, jesuítas que conheceram bem as
culturas daÍndia e
da China,
onde viveram durante anos.
Em 1724 Joseph
François Lafitau, um padre jesuíta, publicou a obra Moeurs des sauvages amériquains
comparées aux moeurs des premiers temps na
qual comparava as religiões dos índios, a religião da Antiguidade Clássica e o catolicismo, tendo chegado à conclusão de que
estas religiões derivavam de uma religião primordial.
Nos finais do século XVIII e
no início do século XIX parte
importante dos textos sagrados das religiões tinham já sido traduzidos nas
principais línguas européias. No século XIXocorre também a estruturação da antropologia como
ciência, tendo vários antropólogos se dedicado ao estudo das religiões dos
povos tribais. Nesta época os investigadores refletiram sobre as origens da
religião, tendo alguns defendido um esquema evolutivo, no qual o animismo era
a forma religiosa primordial, que depois evoluía para o politeísmo e
mais tarde para o monoteísmo.
Abordagens
disciplinares
O estudo científico da religião é atualmente realizado por
várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A história das
religiões, nascida na segunda metade do século XIX, estuda a
religião recorrendo aos métodos da investigação histórica. Ela estuda o
contexto cultural e político em que determinada tradição religiosa emergiu.
A Sociologia da Religião analisa as religiões como fenómenos
sociais, procurando desvendar a influência dela na vida do indivíduo e da
comunidade. A Sociologia da Religião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger.
A Antropologia, tradicionalmente centrada no
estudo dos povos sem escrita (embora os seus campos de estudo possam ser também
as modernas sociedades capitalistas), desenvolveu igualmente uma área de estudo
da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization and the
Primitive Condition of Man apresentou
um esquema evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como ausência de ideias
religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e
finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em
questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo como
a primitiva forma de religião.
A Fenomenologia
da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica
de Edmund Husserl, tenta captar o lado único da
experiência religiosa. Utiliza como principal método científico a observação,
explicando os mitos,
os símbolos e
os rituais. Ela procura compreender a religião do ponto de vista do crente, bem
como o valor dessas crenças na vida do mesmo. Por estas razões evita os juízos
de valores (conceito de epoje ou abandono de qualquer juízo de
valor). Os principais nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan
Soderblom, Garardus
van der Leeuw, Rudolf Otto, Friedrich
Heiler e Mircea Eliade.
Filosofia da
Religião
Tomás de Aquino
A filosofia da religião como uma disciplina distinta é uma
inovação dos últimos 200 anos, mas seus temas centrais como a existência e a
natureza do divino, a humanidade da relação do homem para com ele, a natureza
da religião, e o lugar da religião na vida humana, tem estado com o ser humano
desde o início da filosofia. Os filósofos têm examinado tempo a
verdade e a justificação racional para as alegações, e têm explorado tais
fenômenos filosoficamente interessantes como a fé, a experiência religiosa, e
os traços distintivos do discurso religioso. A segunda metade do século XX foi
um período especialmente frutífero, com os filósofos que utilizam novos
desenvolvimentos em lógica e da epistemologia para montar as duas defesas
sofisticadas, e ou os ataques às afirmações religiosas.21
A expressão "filosofia da religião" não entrou em uso
geral até o século XIX, quando foi empregada para se referir à articulação e
crítica da consciência religiosa da humanidade e suas expressões culturais em
pensamento, linguagem, sentindo, e prática. Historicamente, a reflexão
filosófica sobre temas religiosos teve dois focos:, atitudes, sentimentos e
práticas que se acreditava em primeiro lugar, Deus ou Brahma ouNirvana ou
qualquer outra coisa que seria o objeto do pensamento religioso , e, em segundo
lugar, o tema religioso humano, isto é, os pensamentos, atitudes, sentimentos e
a prática. O primeiro tipo de reflexão filosófica tem uma longa história. No
Ocidente, por exemplo, as discussões da natureza de Deus (se ele é imutável,
digamos, ou conhece o futuro, se a sua existência pode ser racionalmente
demonstrada, e afins) são incorporadas em tratados teológicos tais como Proslogion de Anselmo e Monologion, Summas de Tomás de Aquino, o Guia de Maimônides , e Incoerência
dos Filósofos de al-Ghazali. Também fazem parte de sistemas metafísicos
influentes como Platão, René Descartes eLeibniz.
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