Porque os crentes não devem assistir
novelas
Gostaria de apresentar nesse texto alguns argumentos pelos quais
tenho dificuldades de entender como um crente ou uma crente sincera ainda
assiste a novelas ou minisséries. Há, obviamente, muitas outras coisas sujas e
igualmente porcas na programação da TV, mas, nesse momento, me atenho a falar
dessas duas programações. Gostaria de me focar principalmente em novelas e, em
particular, as da Globo, por dois motivos básicos: primeiro, porque são as que
tem mais audiência, portanto as que mais entretem, distraem e porque não dizer,
alienam. Segundo, porque são as que mais satirizam, debocham, esculacham e
hostilizam os crentes. As novelas da Record, SBT e Band não ficam muito atrás
dos mesmos níveis de prostituição, adultério, fornicação, roubo, assassinato e tantos
outros pecados exibidos pela Globo. Ressaltamos, por exemplo, o primeiro beijo
gay da teledramaturgia brasileira apresentado na novela Amor e Revolução do
SBT. Portanto, trocar as novelas da Globo pelas da Record, SBT e Band seria
apenas trocar um pecado por outro.
Gostaria de apresentar
agora alguns fatos pelos quais fazemos a pergunta: “Como uma crente ou um
crente sincero e verdadeiro ainda continua assentindo a novelas e
minisséries?”. Segundo as minhas pesquisas, a primeira vez que a Globo debochou
dos crentes foi em 1995 através da minissérie Decadência em que apresentava o
pastor evangélico Mariel (Edson Celulari), um ministro superficial,
espalhafatoso, ganancioso e prostituído. Após esse fato muitos outros se
seguiram. Em 1998 na novela Meu Bem Querer mostrava o triângulo amoroso entre
Antônio (Murilo Benício) e as duas filhas do pastor Bilac (Mauro Mendonça). Em
2005 a novela América apresentava Creusa (Juliana Paes), uma mulher apresentada
como crente, casada e que gostava de usar roupas longas, mas que, na verdade,
era uma adúltera e devassa. Em 2007 a novela Duas Caras mostrava Edivânia
(Susana Ribeiro), uma crente fanática e descontrolada e Ezequiel (Flávio
Bauraqui), um crente que vivia sendo orientado por visões que mais pareciam
premunições. Em 2008 a minissérie ‘Ó Pai, Ó’ apresentou Dona Joana (Luciana
Souza), crente fanática, desequilibrada e intrometida. Este ano (2012), a
sátira vem em dobro: primeiro temos, na novela Cheias de Charme, a diarista
Ivone (Kika Kalache), aparentemente recatada, de roupas longas e cabelo
comprido, mas que vive dando em cima do marido da amiga. Em segundo, temos na
novela Avenida Brasil, Soninha (Paula Burlamaqui), uma suposta crente e
ex-atriz pornô, a última personificação do deboche aos crentes.
Talvez alguém possa dizer que novela é cultura ou que apresenta apenas a sociedade como ela é. Com relação ao primeiro argumento podemos dizer que os princípios da palavra de Deus não estão sujeitos a qualquer cultura e o fato de uma determinada cultura pregar algo como normal não faz dessa coisa algo normal. Para a cultura nazista alemã matar judeus inocentes era algo normal. Quem diz que a cultura é quem dita o certo e o errado são os ateus relativistas. Com relação ao segundo argumento, o de que a novela apresenta apenas a realidade social, gostaria de dizer que em relação aos crentes, as novelas tem distorcido a verdadeira realidade dos fatos. Por exemplo, quando uma novela retrata a classe rica, seus personagens vivem em mansões, andam em carros de luxo, isso é a classe rica. Para retratar os pobres, teremos personagens vivendo em favela, em casas humildes e, geralmente, com dificuldades financeira, essa é a classe pobre. Esses personagens são representativos de uma classe, de um estrato da sociedade. Se a globo representa os crentes sempre como dissimulados, fanáticos, enganadores, alienados, e hipócritas, é isso mesmo que ela quer dizer que somos e isso é, em última análise, uma imagem preconceituosa.
Talvez alguém possa dizer que novela é cultura ou que apresenta apenas a sociedade como ela é. Com relação ao primeiro argumento podemos dizer que os princípios da palavra de Deus não estão sujeitos a qualquer cultura e o fato de uma determinada cultura pregar algo como normal não faz dessa coisa algo normal. Para a cultura nazista alemã matar judeus inocentes era algo normal. Quem diz que a cultura é quem dita o certo e o errado são os ateus relativistas. Com relação ao segundo argumento, o de que a novela apresenta apenas a realidade social, gostaria de dizer que em relação aos crentes, as novelas tem distorcido a verdadeira realidade dos fatos. Por exemplo, quando uma novela retrata a classe rica, seus personagens vivem em mansões, andam em carros de luxo, isso é a classe rica. Para retratar os pobres, teremos personagens vivendo em favela, em casas humildes e, geralmente, com dificuldades financeira, essa é a classe pobre. Esses personagens são representativos de uma classe, de um estrato da sociedade. Se a globo representa os crentes sempre como dissimulados, fanáticos, enganadores, alienados, e hipócritas, é isso mesmo que ela quer dizer que somos e isso é, em última análise, uma imagem preconceituosa.
É evidente que existem
supostos crentes, pastores corruptos, hipócritas, enganadores e com muitas
outras más qualidades morais, o próprio Jesus nos advertiu sobre o joio, os
lobos com pele de ovelha. No entanto, esses não representam os crentes, os
salvos, os lavados e remidos pelo sangue do cordeiro. O que você acha que a
Ordem dos Advogados do Brasil faria se todas as vezes que a Globo fosse
representar um advogado em suas novelas fosse através de um personagem
corrupto, enganador, fraudulento e desonesto? Se já apresentaram algum
personagem como um advogado de mau caráter, com certeza não foram todas as
vezes.
Talvez algum crente
ainda tenha a desfaçatez de dizer que o perdão, o não levar em conta as ofensas
é uma característica dos crentes, por isso, perdoa a Globo e continua
assistindo às novelas. A esses e a todos digo que há ainda algumas implicações
envolvidas ao assistirmos a uma novela que vão além de uma simples ofensa
moral. Primeira, as novelas como também filmes, desenhos e outros
entretenimentos televisivos tem o poder de suscitar sentimentos, obviamente
bons ou maus. Por exemplo, diante de uma cena de sexo ou sensualidade você terá
sentimentos eróticos; diante de uma cena de traição você sentirá ódio e por aí
vai. As novelas cultivam todos os dias sentimentos e desejos de vingança,
assassinado, desprezo, traição, trapaça e muitos outros nos corações das
pessoas.
A segunda implicação é
que quem assiste a novelas está, querendo ou não, consciente ou inconsciente,
concordando com todo o mal que está sendo exibido. Se não somos obrigados a
assistir, se não somos coagidos a assistir, se há desejo em assistir, há de se
falar também em aceitação e concordância. Seria contraditório alguém dizer que
não concorda com o que se passa nas novelas e mesmo assim assisti-las. Sei que
muitos crentes nunca trairiam seus cônjuges, nunca assassinariam, nunca se
entregariam à farra, mas é estranho dizer que esses mesmos crentes ao se
tornarem telespectadores assíduos de novelas sentem prazer ao assistirem os
mesmos pecados que reprovam e que talvez não cometeriam. Não podem dizer que
não sentem prazer nas cenas de prostituição, assassinato, fornicação e farras,
pois é isso mesmo que sentem. Para provar isso, faço a seguinte comparação: há
muita gente no Brasil que não gosta de música clássica. Por isso, posso afirmar
que não há como alguém assistir duas horas em média a programas de música
clássica de segunda a sábado se não for por prazer.
Em Gálatas 5.19-21 Paulo
assim nos diz: “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual,
impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, ira,
egoísmo, dissenções, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes…”
Seria o conteúdo das novelas algo muito diferente das obras destacadas aqui por
Paulo? Obviamente que não! Pois é com esse conteúdo que, infelizmente, muitos
cristãos tem se deleitado de segunda a sexta e, de tabela, ainda estão ajudando
as emissoras a ganharem milhões de reais com as propagandas de cerveja, vodca,
carros e tantos outros produtos que são anunciados entre um intervalo e outro das
novelas. No final do versículo 21, do texto citado, Paulo nos adverte:
“…Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.” O que seria
então daqueles que não praticam mas sentem prazer com os que praticam?
Há ainda outra
implicação que não poderia deixar de fora, a influência das novelas. Não posso
mensurar o grau de influência das novelas na vida das pessoas, mas posso dizer,
sem medo de errar, que há influência. As novelas influenciam no jeito de se
vestir, de ser, de pensar e até mesmo no jeito de falar das pessoas. Quantas
expressões já foram lançadas por personagens das novelas e que hoje fazem parte
do linguajar do povo do norte ao sul do país. As novelas estão pregando uma
moral, um jeito de se viver a vida que não é bíblico e que leva à decadência
não só do cristão, mas de toda a sociedade. Dizem que o errado é certo e que o
certo é errado. O namoro se transformou em casamento e o casamento se
transformou em namoro, a qualquer sinal de problema é só dizer que não dá mais.
Pagar o mal com o bem é coisa muito bonitinha na teoria, mas que na prática não
funciona. Se alguém lhe bater em uma das faces ofereça-lhe a outra. Face? Não!
A mão direita e bem fechada.
Já dizia o diabólico
Hitler: “Uma mentira dita cem vezes, torna-se verdade um dia”. As novelas
repetem de segunda a sexta suas mentiras sobre pensamento e conduta. Dizem que
o homossexualismo é uma escolha de cada um; que ser virgem é um mico; que
namoro sem sexo não tem graça; que se você quiser fazer as coisas sempre do
jeito certo vai quebrar a cara; que a moral depende do ponto de vista de cada
pessoa. As novelas distorcem o padrão bíblico de conduta tornando-o
ultrapassado, impróprio para nossos dias. Mas a Bíblia e a história nos dão
conta de que a destruição de uma pessoa, de uma sociedade, de uma nação sempre
começa pela desobediência aos princípios morais estabelecidos por Deus. Não foi
essa a causa da destruição de Sodoma e Gomorra, da decadência de Israel, do
Império Romano, da Grécia e de tantas outras sociedades? O mal sempre vai gerar
o mal. Nunca algo bom poderá vir de algo mal. Essa lógica nunca falha. A
trapaça, o engano, a prostituição, a vingança e tantos outros males pregados
sutilmente como aceitáveis, em determinadas situações, pelas novelas podem até
nos trazer prazeres momentâneos, mas as consequências serão desastrosas nesse
mundo e no vindouro. Para sabermos disso não precisamos ler grandes livros de
história, basta lermos a Bíblia e olharmos o noticiário da TV.
Autor: Moisés Sena
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