Amados, vamos analizar o artigo do blog do Mauricio Zagari, artigo muito interessante, peço que leiam e divulguem!!!!.
Cristão deve fazer tatuagem?
Antes de entrar pelo assunto em si
explico por que disse que é “assunto secundário e de menor importância para o
Evangelho”. Nos dias de hoje, em que a Igreja padece com o destemor dos seus
membros, a falta de devocionalidade, o menosprezo pela oração, o posicionamento
da leitura bíblica em segundo plano, a falta de amor ao próximo, a total
irreverência pelas coisas de Deus, o uso de palavras torpes por pastores em
púlpito visto com naturalidade, o mundanismo invadindo o santuário por todas as
frestas, o desprezo pelo fruto do Espírito, a supervalorização e o mau uso dos
dons, o esfarelamento do Corpo em facções e panelinhas… algo como aplicar tinta
sobre a pele continua sendo visto como um assunto importante. Quando me
perguntam se eu gostaria de visitar a Disneylândia, respondo: “Claro, depois de
visitar 238 lugares antes”, simplesmente porque não tenho o menor interesse em
gastar meu tempo naquele parque de diversões. Prefiro antes conhecer Israel, a
Grécia, a Rússia, o Japão. Gosto de História, quero ver castelos e ruínas. Não
desmereço quem acha a Disneylândia o must, mas para mim o interesse é mínimo. Do mesmo
modo, muitos setores da Igreja acham que a questão das tatuagens está entre o
top ten das preocupações de Deus. E quando vejo a falta de amor ao próximo, a
egolatria e a agressividade que têm crescido assustadoramente entre os cristãos
olho para o tema das tatuagens e penso “como isso pode ocupar tanto a
preocupação de tantos? Há 238 preocupações maiores”. Mas tudo bem, vamos lá.
Biblicamente
não há qualquer proibição a se tatuar. Sim, eu sei, aí imediatamente alguém se
levantará para citar Levítico 19.28: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne;
nem fareis marca nenhuma sobre vós. Eu sou o Senhor”. A primeira vista, parece
óbvio: Deus manda não fazer nenhuma marca no corpo, a tatuagem é uma marca no
corpo, logo é pecado se tatuar. Só que para entender esse texto temos que
entender o contexto.
Por que Deus estabeleceu essa norma
para os israelitas? A resposta é que havia um povo, chamado caldeu, que tinha
como hábito religioso cortar a carne de seus próprios corpos e fazer marcas com
lâminas afiadas na pele como parte dos seus rituais aos falsos deuses que
seguiam (a exemplo do que ocorre atualmente em muitas tribos africanas). Eram
marcas que denunciavam idolatria. Em outras palavras, o que Deus está dizendo é
que os hebreus não deviam cometer as práticas idólatras dos povos pagãos com
que tinham contato. Se fosse em nossos dias, seria mais ou menos como dizer
“Não poreis despacho na encruzilhada” ou “Não rezareis para santos mortos”.
Essa
orientação era tão direta e específica para aquele povo que se formos ler o
versículo imediatamente anterior, teríamos hoje de cumprir o que ele determina:
“Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba”
(Lv 19.27). Bem, não vejo nenhum pastor pregar contra cabelos arredondados ou
contra fazer a barba – pelo contrário, em denominações como a Assembleia de
Deus é até mal visto usar barba, a ponto de a Casa Publicadora dessa
denominação apagar no photoshop a barba de indivíduos cujas fotos são
publicadas em seus jornais e revistas. Ou, ainda, teríamos hoje de
guardar o sábado, visto que dois versículos depois, em Levítico 19.30, Deus
especifica: “Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu
sou o Senhor”. O contexto hermenêutico deixa claro que eram leis
específicas para os israelitas daquela época e o contexto cultural mostra a
razão de o Altíssimo proibir marcas nos corpos: não cometer as práticas
religiosas idólatras dos povos vizinhos. Não tem rigorosamente nada a ver com
tatuagens não-rituais e muito menos Lv 19.28 se aplica à Nova Aliança.
A
conclusão é que, biblicamente, não: o ato de se tatuar em si não constitui
pecado.
Ok, agora virá alguém e dirá que
nosso corpo é templo do Espírito e que fazer tatuagens nele seria pecar contra
o mesmo. A esse respeito há alguns aspectos: primeiro, se fazer qualquer coisa
que prejudique nosso corpo é um atentado contra o templo, não poderíamos comer
comida salgada, ingerir açúcar (muito menos adoçantes), comer pizza (cheia de
gordura que causa obesidade e entope artérias), tomar refrigerante (das coisas
que ingerimos uma das mais maléficas) ou comer torresminho (um pedido explícito
para se ter um AVC). Comer no McDonald´s então seria pecado sem perdão. Logo,
devemos olhar esse argumento com muito cuidado. Segundo, no contexto de 1
Coríntios 6.19, que diz “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do
Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não
são de si mesmos?”, o que está sendo tratado aqui são questões de natureza
sexual.
Veja
os versículos anteriores, a partir do 15: “Vocês não sabem que os seus corpos
são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma
prostituta? De maneira nenhuma! Vocês não sabem que aquele que se une a uma
prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: “Os dois serão uma só
carne”. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fujam da
imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os
comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo”. E aí vem o
versículo em questão: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do
Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não
são de si mesmos?”. Logo, o que está sendo discutido aqui é o corpo como
santuário do Espírito de Deus no que tange à imoralidade sexual, não tem nada a
ver com tinta aplicada sobre a pele.
Sob o aspecto cultural, a repulsa
que a Igreja sempre mostrou a essa prática vem do fato que, até algumas décadas
atrás, nas sociedades ocidentais, os grupos que se tatuavam geralmente
apresentavam um comportamento bastante mundano. Eram, em especial, marinheiros,
que quando aportavam em alguma cidade podiam ser vistos em prostíbulos ou
bastante bêbados, com atitudes bastante réprobas. Logo, sempre que a sociedade
“bem-comportada” via essas pessoas tatuadas era em situações de devassidão, mau
exemplo ou pecado. Assim, essa visão foi sendo passada de geração em geração e,
para um grupo como os cristãos, para quem prostituição e beber álcool são o
supra sumo da pecaminosidade, gente tatuada passou a ser sinônimo de gente
pecadora. Só que o problema desses indivíduos não eram as tatuagens, era seu
comportamento antibíblico.
O
tempo passou e nos nossos dias a tatuagem perdeu essa conotação. Hoje há muitas
e muitas pessoas de vida honesta que se tatuam. A associação de tatuados com
baderneiros arruaceiros e gente de má fama deixou de existir. Então, com o
passar do tempo, na sociedade ocidental aplicar pigmentos sobre a pele perdeu
aquele aspecto negativo de décadas e séculos passados. Mas, por uma tradição
cultural, as novas gerações herdaram das antigas que se tatuar é sinônimo de
devassidão anticristã e por isso, sem conhecer as origens da questão, dão
continuidade ao que aprenderam de seus pais, sem nem ao menos saber explicar as
razões. Bem, aqui expliquei.
Portanto,
não podemos dizer que biblicamente ou culturalmente haja condenação para o uso
da tatuagem.
Mas, antes que os tatuados saiam
dando gritinhos de alegria, temos que dar atenção a outros fatores, em especial
no meio cristão. É de suma importância aos olhos de Deus a unidade do Corpo.
Por isso, em diversas passagens da Bíblia somos alertados que existem coisas
que “são lícitas mas não nos convém”. Devemos estar atentos para não levar os
irmãos à murmuração, ao escândalo, ao julgamento. Muitas vezes o fazem por
tradição, outras por ignorância ou mesmo por diferença de gerações, mas,
indepentente da razão, o que importa é termos paz com todos. Romanos 14.13ss,
nos alerta: “Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos
o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.
Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum
alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele
é impuro. Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não
está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem
Cristo morreu. Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de
maledicência”.
Repare as palavras de Paulo: é mais
importante não gerar maledicência ou escândalo entre os irmãos do que fazer
aquilo que não tem nenhum problema segundo a Bíblia. O mesmo ele repete pouco
depois, no capítulo 14: “Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena
convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é
impuro. Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está
agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem
Cristo morreu. Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência.
Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no
Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado
pelos homens. Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à
edificação mútua. Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento
é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É
melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve
seu irmão a cair. Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas
coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se
condena naquilo que aprova”.
O
que essas passsagens nos dizem? Tatuar-se biblicamente é pecado? Não. Tatuar-se
culturalmente no Brasil é sinal de devassidão moral? Não. Mas ainda há aqueles
que se escandalizam ao ver na igreja quem se tatue? Sim. Portanto, o grande
problema de o cristão se tatuar não passa por “poder ou não poder”, passa pelo
amor ao próximo.
É o mesmo caso de mulheres usarem
saias ou calças em igrejas mais conservadoras. Esse hábito surgiu porque
décadas atrás, no início do século 20, calça era roupa exclusivamente de
homens. Absolutamente todas as mulheres no Brasil usavam saia. As décadas se
passaram e a calça, entre os anos 50 e 60, deixou de ser traje exclusivo de
homens e foi adotado pelas mulheres. Ninguém mais se escandaliza em nossa
sociedade ao ver uma mulher, por exemplo, de terninho. Porém, nessas igrejas o
costume foi passando de geração a geração, os mais antigos foram morrendo e os
mais novos, sem saberem explicar a origem da proibição de calças na igreja por
mulheres apenas mimetizam o que aprenderam, sem saber as origens ou as razões.
E aí criamos um bando de estranhos ao século 21, que acreditam que mulher usar
calça é pecado – quando não é, se for uma calça decorosa.
Mas,
do mesmo modo que a tatuagem, se você opta voluntariamente por ser membro de
uma congregação onde a norma seja a mulher usar saia, se usar calça estará
sendo desobediente às regras da assembleia onde está e, portanto, em rebeldia –
e pecará por levar os irmãos ao escândalo e à murmuração.
A
conclusão é: se o meio que você frequenta tem usos e costumes, não afronte,
faça parte. Se discordar, saia e procure outro meio. Ou fique, adote o hábito e
tente com amor ir influenciando os irmãos no conhecimento da verdade. O
confronto jamais é o caminho. Por uma razão simples: é pecado.
E há ainda alguns pontos a ponderar.
Aqui tomo por base um texto muito bem refletido publicado no blog de Nathan
Joyce (foto à esquerda), Pastor do Heartland Worship Center,
em Paducah (EUA) e divulgado no twitter pela irmã Francine Veríssimo
(@FranVerissimo_), de quem tirei as boas reflexões que acrescento abaixo. O
artigo, originalmente em inglês, chama-se “O que tatuagens realmente dizem”.
Após mencionar que estimados 45 milhões de estadunidenses hoje são tatuados, o
autor lembra alguns pontos relevantes:
1. Você vai envelhecer e se tornar um
avô ou avó. E ninguém quer identificar seus avós como aqueles que têm “uma
caveira ou arame farpado”.
2. Lembre-se que, na medida em que
envelhece, seu corpo muda. Sua tatuagem vai acompanhar as mudanças. Cuidado,
pois ao passo que sua pele se torna mais flácida, a borboleta em seu ombro pode
se transformar num pterodáctilo e sua rosa pode virar o planeta Saturno.
3. De jeito algum tatue o nome de um
namorado ou noivo. Se o relacionamento acabar, seu futuro marido ou esposa não
vai gostar nada disso.
Joyce
se pergunta por que afinal alguém precisa tanto se tatuar. Tatuagens dizem algo
a nosso respeito. Que necessidade tentamos suprir com elas? Qual é a psicologia
das tatoos? Mais ainda: qual é a espiritualidade delas? E ele apresenta sua
conclusão: as pessoas se tatuam porque desejam desesperadamente pertencer e se
expressar. Desejamos ter vidas que digam algo, queremos nos identificar com
algo publicamente e nos marcar permite que nos expressemos e nos identifiquemos
com a imagem de nossa escolha. Certo ou errado, é uma tentativa de realizar uma
necessidade humana. Uma vez que se tatua, você assumiu um compromisso de longo
prazo com uma imagem que para sempre vai marcá-lo, ou seja, identificá-lo e
expressar algo a seu respeito para os outros. Ou seja: nos etiquetamos.
E ele continua: “De onde vem essa
necessidade? Do fato de que fomos feitos à imagem de Deus, que também ama o
pertencimento e a autoexpressão. Mesmo antes da Criação, Deus se identificava e
pertencia à Trindade e a Criação é uma autoexpressão de Deus. E assim o Senhor
nos criou do mesmo modo. Somos incompletos, a menos que pertençamos a algo ou
alguém – nosso desenvolvimento depende disso. Os humanos também almejam uma
vida que expresse legado. O problema é que o pecado atrapalhou todo o processo.
Por causa dele, nossa busca por identificação tornou-se tóxica e compulsiva e
nossa necessidade de autoexpressão deixou de ser motivada por amor, mas por
desejo de grandeza e egocentrismo. Nossa cultura ama se expressar, não porque
desejemos amar o próximo por meio dessa expressão, mas porque amamos ser o
centro das atenções”. No final, essa profunda necessidade humana de
pertencimento e expressão não será alcançada por meios humanos – somente quando
o amor passar a habitar em você. E não qualquer tipo de amor, mas o amor de
Cristo. Esse amor lhe convida a pertencer a um Deus eterno e a expressar Seu
amor e Seus propósitos eternos.
Ao
final, Pastor Joyce tem uma magnífica epifania: tatuado ou não, o amor é a
marca que identifica você com Cristo. Um amor expressado por boas obras em
benefício do próximo deixa uma marca que jamais se apagará.
Paz
a todos vocês que estão em Cristo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OLA!.EU SOU MARCIO DE MEDEIROS, SEJA BEM VINDO AO NOSSO BLOG.JESUS TE AMA E MORREU POR VOCÊ!!!.
TEMOS, 1 SITE DESTINADO A CULTURA GERAL , OUTRO SITE DESTINADO À ASSUNTO BÍBLICOS E UM OUTRO SITE DESTINADO À ENTRETENIMENTO,TEMOS:JOGOS, FILMES, ETC.USE OS LINKS ABAIXO PARA VISITAREM OS SITES.TEMOS 3 SITES E 1 BLOG.BOM PROVEITO!.
https://sites.google.com/
http://www.prof-marcio-de-medeiros.webnode.com/
http://profmarcio.ucoz.com