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O assunto bebidas alcoólicas e cristãos é bem
polêmico. Resolvi fazer este artigo por dois motivos: Primeiro, porque vejo
muitos cristãos perdidos sem saber muito o que pensar sobre esse tema. Segundo,
por ver alguns crentes causando muitos estragos por causa da forma com que
fazem uso das bebidas alcoólicas, sem refletir muito. Os motivos abaixo são os
meus motivos. Espero que possam servir para reflexão e, quem sabe, de direção
para algumas pessoas que se sentem perdidas nesse tema.
1) Cristo me libertou, sou livre
Jesus Cristo me libertou de quaisquer
imposições que a sociedade, a carne ou o diabo possam colocar sobre mim. A
liberdade que Cristo me dá é suficiente para que eu tenha plenas condições de
dizer “não” a qualquer coisa que achar inconveniente, mesmo se me for licita
biblicamente. A Bíblia não me manda tomar bebidas alcoólicas, por isso, tenho a
liberdade de dizer “não” se enxergo que ela não me convém, sem ser condenado
por isso.
2) A linha entre o beber “socialmente” e
a embriaguez é difícil de ser traçada
Apesar de concordar que a Bíblia proíba apenas
a embriaguez, me pergunto: Quanto de bebida é necessário para que eu me
embriague? Ainda não encontrei alguém que respondesse satisfatoriamente essa
questão. Além do mais, o consumo de bebida alcoólica pode facilmente me enganar
e me levar à embriaguez. É o que acontece com a maioria. Toda pessoa embriagada
diz saber o limite. Nesse sentido, o organismo de cristãos ou não cristãos é
igual. O limite é quase sempre desconhecido.
Alguns países estabelecem limites que
determinam o que é estar embriagado ou não. O interessante é que esses
“limites” são bem diferentes entre eles. Qual seria o real? Não sei! Não existe
um consenso. Por isso, prefiro não brincar com algo tão forte e viciante quanto
o álcool.
3) Onde moro a bebida é mal vista na vida de
um cristão
No lugar onde moro, bebida alcoólica não é
associada com uma vida correta diante de Deus. Eu sei que Deus vê o meu
coração, mas não posso desconsiderar que sou sal e luz. Não posso desconsiderar
que, como crente, devo pastorear os mais fracos na fé e ser um testemunho
positivo na vida de quem ainda não conhece a Deus. Pra mim o espiritual vem
antes do material. Se algo material traz um mal espiritual a mim ou a outra
pessoa, tenho plena liberdade em Cristo de abrir mão dele, mesmo que me seja
licito. É o que Jesus fez: Abriu mão de si mesmo pelo próximo.
Além disso, algumas questões me levantam
dúvidas: Que exemplo estou dando aos mais jovens ou as pessoas de minha
comunidade? Quando eles me veem bebendo, será que entendem a forma correta de
usar a bebida ou entendem de uma forma negativa o meu ato? Com meu testemunho
estou levando mal ou bem para a vida das pessoas, baseado na forma como a minha
cultura entende a bebida na vida do crente? E aquela parcela de pessoas que têm
tendência ao alcoolismo, será que não posso ser uma pedra de tropeço a elas?
Por mais esse motivo, não me envolvo com
bebidas alcoólicas.
4) Bebidas alcoólicas fazem bem a saúde?
Já vi médicos defendendo certas doses de bebida
alcoólica como saudáveis. Mas já vi também médicos defendendo que a bebida é
bastante prejudicial. Novamente se debate a respeito de qual seria a quantidade
exata que faria bem. E também se seria aplicada a qualquer organismo. Outra
coisa que me preocupa: Será que a indústria da bebida não move seus pauzinhos
para fazer a bebida “aparentar” algo bom com o propósito de manter seus lucros?
Não sei! Mas é uma possibilidade.
Deus me deu um corpo para eu cuidar. Diante
dessas questões, prefiro ainda não beber bebidas alcoólicas.
5) Existem outras opções
A bebida está associada na maioria das vezes a
comemorações, a momentos de lazer, a “rebater” o calor .Porventura não há
outras opções? Não há uma diversidade de bebidas que pode substituir a
alcoólica e me trazer o mesmo prazer sem maiores complicações? É evidente que
há! O problema é que muitas pessoas já estão viciadas e acham que estão se
controlando. Isso é um sério problema. Por mais esse motivo me abstenho das bebidas
alcoólicas.
Que Deus nos ajude a enxergar os nossos atos
com mais profundidade! E que os nossos atos sejam canal de benção e não de
maldição para nós e para as pessoas.
Crente pode beber socialmente, regularmente ou de vez em quando?
Infelizmente estamos vendo igrejas e
mais igrejas aparecerem com novas revelações e pseudos ensinamentos
doutrinários. Já existem igrejas para quem gosta de beber sua cerveja sem
álcool, para quem gosta de fumar seu "cigarrinho" sem nicotina, para
quem gosta de mais de uma mulher, para quem gosta de prostituir praticando o
homossexualismo ou o lesbianismo, enfim tem "igrejas" para todos os
gostos. É um verdadeiro menu de igrejas! O mais triste é que esses redutos
heréticos se consideram cristãos e ainda se intitulam de evangélicos. É a
famosa tática do diabo que diz: "Se não podemos com eles, juntemo-nos à
eles".
E me responda uma coisa: crente pode beber socialmente? O velho hábito do velho homem de sentar-se a mesa com amigos e falar besteiras para muitos ainda sugere uma bebida. Alguns preferem restaurantes, outros a mesa da própria casa. Ao invés de refrigerante, que tal um vinho depois da rodada de massas ou uma cerveja depois do futebol. Por que não? Pois é, apesar de no Brasil ser quase consenso entre a maioria que os crentes em Jesus não devem beber, muitos deles consomem bebidas alcoólicas. Agora, assumir... nem todos. Há muita gente usando a máscara da hipocrisia quando o assunto é bebida. Pastores, bispos e líderes pregando sobre drogas e álcool no entanto os mesmos bebem, como quem diz: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Quantos crentes tem sido pedra de tropeço para os novos na fé quando são porventura vistos em restaurantes, bares e festas bebendo, sob o pretexto de que apenas bebem socialmente. Grande parte dos crentes que faz uso de bebida alcoólica fundamenta sua escolha com base na própria palavra de Deus que diz “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Cor 6:12). Melhor explicando: podem beber, só não podem se embriagar... Muitas são as justificativas encontradas para o crente poder consumir bebida alcoólica...é lamentável tamanha falta de vergonha na cara.
Pra quem não sabe o vinho era uma bebida tradicional na cultura dos judeus porém hoje vivemos numa cultura na qual o consumo de bebida alcoólica não é visto como edificante. É certo que na bíblia não existe uma proibição expressa quanto ao uso de bebida alcoólica, apenas quanto ao fato desta levar a embriaguez. O álcool sempre teve como consequências problemas físicos, emocionais, familiares, sociais e espirituais gravíssimos.
Vejamos a lei dos homens, prevê no Código Nacional de Trânsito, penalidades para o motorista que tiver ingerido doses ainda que em pouca quantidade, sendo comprovado que pode comprometer suas habilidade e reflexos. A dosagem alcoólica se distribui por todos os órgãos e fluidos do organismo, mas concentra-se de modo particular no cérebro. Cria um excesso de autoconfiança, reduz o campo de visão e altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio. Com o álcool, a pessoa se torna presa de uma euforia que, na verdade, é reflexo de anestesiados centros cerebrais controladores do comportamento.
E me responda uma coisa: crente pode beber socialmente? O velho hábito do velho homem de sentar-se a mesa com amigos e falar besteiras para muitos ainda sugere uma bebida. Alguns preferem restaurantes, outros a mesa da própria casa. Ao invés de refrigerante, que tal um vinho depois da rodada de massas ou uma cerveja depois do futebol. Por que não? Pois é, apesar de no Brasil ser quase consenso entre a maioria que os crentes em Jesus não devem beber, muitos deles consomem bebidas alcoólicas. Agora, assumir... nem todos. Há muita gente usando a máscara da hipocrisia quando o assunto é bebida. Pastores, bispos e líderes pregando sobre drogas e álcool no entanto os mesmos bebem, como quem diz: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Quantos crentes tem sido pedra de tropeço para os novos na fé quando são porventura vistos em restaurantes, bares e festas bebendo, sob o pretexto de que apenas bebem socialmente. Grande parte dos crentes que faz uso de bebida alcoólica fundamenta sua escolha com base na própria palavra de Deus que diz “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Cor 6:12). Melhor explicando: podem beber, só não podem se embriagar... Muitas são as justificativas encontradas para o crente poder consumir bebida alcoólica...é lamentável tamanha falta de vergonha na cara.
Pra quem não sabe o vinho era uma bebida tradicional na cultura dos judeus porém hoje vivemos numa cultura na qual o consumo de bebida alcoólica não é visto como edificante. É certo que na bíblia não existe uma proibição expressa quanto ao uso de bebida alcoólica, apenas quanto ao fato desta levar a embriaguez. O álcool sempre teve como consequências problemas físicos, emocionais, familiares, sociais e espirituais gravíssimos.
Vejamos a lei dos homens, prevê no Código Nacional de Trânsito, penalidades para o motorista que tiver ingerido doses ainda que em pouca quantidade, sendo comprovado que pode comprometer suas habilidade e reflexos. A dosagem alcoólica se distribui por todos os órgãos e fluidos do organismo, mas concentra-se de modo particular no cérebro. Cria um excesso de autoconfiança, reduz o campo de visão e altera a audição, a fala e o senso de equilíbrio. Com o álcool, a pessoa se torna presa de uma euforia que, na verdade, é reflexo de anestesiados centros cerebrais controladores do comportamento.
O Decreto 6.488, já publicado,
regulamentou a nova lei 11.705, sancionada pelo presidente da República
Federativa do Brasil, Luiz Inácio (Lula) da Silva, que restringe a venda de
bebidas alcoólicas e proíbe o motorista de dirigir após ingerir álcool e outras
substâncias que comprometam o grau de consciência. O decreto estabelece limite
de duas decigramas por litro de sangue, equivalente a menos de um copo de
cerveja.
Interessante é que a própria lei dos homens foi editada após ter comprovado que a bebida ainda que em pequenas doses se revela nociva. Já alguns crentes defendem o inocente consumo alegando que não estão sendo dominados por coisa alguma.
A Palavra de Deus diz que nosso corpo é templo do Espírito Santo, e isso significa que nosso corpo não é movido a álcool. O pastor João Flávio Martinez, do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), defende que o crente não deve colocar uma gota de álcool na boca. Segundo ele, interpretar que a bíblia proíbe apenas a embriaguez não é correto. “Essa tem sido a desculpa mais esfarrapada que já vi quando um crente quer dar seus golezinhos”.
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Cor 6:19)
Interessante é que a própria lei dos homens foi editada após ter comprovado que a bebida ainda que em pequenas doses se revela nociva. Já alguns crentes defendem o inocente consumo alegando que não estão sendo dominados por coisa alguma.
A Palavra de Deus diz que nosso corpo é templo do Espírito Santo, e isso significa que nosso corpo não é movido a álcool. O pastor João Flávio Martinez, do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), defende que o crente não deve colocar uma gota de álcool na boca. Segundo ele, interpretar que a bíblia proíbe apenas a embriaguez não é correto. “Essa tem sido a desculpa mais esfarrapada que já vi quando um crente quer dar seus golezinhos”.
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Cor 6:19)
Vejamos os exemplos bíblicos:
Noé - A Bíblia descreve os maus
efeitos da bebida embriagante na história de Noé. Ele plantou uma vinha, fez e
bebeu o vinho. Isso o levou à embriaguez e à indiscrição.
Ló e suas filhas - Nos tempos de Abraão, o vinho contribuiu para o incesto que resultou na gravidez das filhas de Ló.
Filhos de Arão - Nadabe e Abiú entraram no templo com seus incensários, mas por terem ingerido bebidas fortes, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu.
Os profetas e sacerdotes na época de Isaías - Eles consumiam vinho e foram criticados: “...erram na visão e tropeçam no juízo” (Is 28.7).
A embriaguez dos coríntios - Usaram vinho fermentado na Santa Ceia e isso não agradou nem a Deus, nem ao apóstolo.
Bebida alcoólica na Igreja de Éfeso - Paulo condena a embriaguez com vinho.
Paulo e Timóteo - O apóstolo recomendou a Paulo que tomasse uma taça de vinho para se curar.
Bebida alcoólica, ainda que moderada, poderá escandalizar ou fazer tropeçar ou enfraquecer ou dar aparência do mal para as pessoas que nos vêem como referencial de conduta.
Paulo recomenda que não nos apoiemos apenas na nossa própria opinião para fazer ou deixar de fazer, mas no amor. Ou seja, nossa liberdade não deve ser tropeço para os mais fracos. Pais que bebem moderadamente em casa podem facilitar o caminho para que seus filhos adolescentes comecem a beber prematuramente e sem critério.
Análise de 1Timóteo 3:2-3
Ló e suas filhas - Nos tempos de Abraão, o vinho contribuiu para o incesto que resultou na gravidez das filhas de Ló.
Filhos de Arão - Nadabe e Abiú entraram no templo com seus incensários, mas por terem ingerido bebidas fortes, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu.
Os profetas e sacerdotes na época de Isaías - Eles consumiam vinho e foram criticados: “...erram na visão e tropeçam no juízo” (Is 28.7).
A embriaguez dos coríntios - Usaram vinho fermentado na Santa Ceia e isso não agradou nem a Deus, nem ao apóstolo.
Bebida alcoólica na Igreja de Éfeso - Paulo condena a embriaguez com vinho.
Paulo e Timóteo - O apóstolo recomendou a Paulo que tomasse uma taça de vinho para se curar.
Bebida alcoólica, ainda que moderada, poderá escandalizar ou fazer tropeçar ou enfraquecer ou dar aparência do mal para as pessoas que nos vêem como referencial de conduta.
Paulo recomenda que não nos apoiemos apenas na nossa própria opinião para fazer ou deixar de fazer, mas no amor. Ou seja, nossa liberdade não deve ser tropeço para os mais fracos. Pais que bebem moderadamente em casa podem facilitar o caminho para que seus filhos adolescentes comecem a beber prematuramente e sem critério.
Análise de 1Timóteo 3:2-3
“Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho”
“Vigilante” (NEPHO) realmente
significa ser abstêmio, ser sempre livre da influência de intoxicantes, ser
sempre de mente alerta e vigilante, ser sóbrio, comedido, temperante.
“Sóbrio” (SOPHRONA) realmente
significa ser sempre de mente sã, prudente, em controle próprio.“Não dado ao
vinho”
Vejamos então os versículos em que a
Palavra nos veta esse malefício:
“ Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória” (Hb.2:15-16).
“ Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória” (Hb.2:15-16).
“Mas também estes cambaleiam por
causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o
profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho,
desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no
juízo” (Is.28:7).
“Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos
reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e
se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito” (Pv.31:4-5).
“O vinho é escarnecedor, e a bebida
forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não é sábio” (Pv.20:1).
“Não olhes para o vinho quando se
mostra vermelho (fermentado), quando resplandece no copo e se escoa suavemente”
(Pv.23:31).
"Não se embriaguem, pois a
bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus." (Ef
5.18)
Fica aqui um alerta: Crente
que é crente deve se encher é do Espírito Santo de Deus, e abandonar as velhas
práticas mundanas.
Bebedices - Vinho e bebida
forte.
Bebedices!
A
palavra grega methai, “bebedices”, refere-se à pessoa que se embriaga na busca
de sensualidade ou prazer. No mundo antigo tratava-se de um vício comum. Os
gregos bebiam mais vinho do que leite. Até as crianças bebiam vinho. A
embriaguez, contudo, transforma homens em feras.
Bebidas Alcoólicas
Muito
se tem falado sobre o uso de bebidas alcoólicas por parte dos cristãos. Alguns
têm defendido ardorosamente que "um pouco" de álcool de modo algum é
prejudicial, e que beber com moderação é recomendado pelas escrituras (I
Coríntios 10.31-33). Já outros se posicionam em campo oposto, rejeitando
completamente o uso de bebidas alcoólicas, mas por vezes ficam desarmados
frente a várias passagens bíblicas que, frente a um exame superficial,
autorizariam o uso do vinho.
Este
grave problema que se põe, a aparente contradição das escrituras que ora
repudiam e ora enaltecem o uso do vinho, faz com que passagens bíblicas possam
ser interpretadas de acordo com propósitos colocados nos corações daqueles que
as lêem, não levando em conta o propósito divino com que foram escritas,
propósito este que deve ser devidamente obtido através do contexto teológico,
histórico, gramatical, usando-se assim de perfeita exegese bíblica.
(Exegese é a interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário.
A palavra exegese é oriunda do grego exegeomai, exegesis: ex tem
o sentido de retirar, derivar, ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por e
"hegeisthai" o de conduzir, guiar).
Os Problemas Causados Pela Ingestão de Bebidas
Alcoólicas
Inúmeros
são os problemas causados na vida das pessoas pela ingestão de bebidas
alcoólicas. Estes problemas afetam desde o convívio social do indivíduo até a
manutenção de sua vida e de pessoas próximas. Existem estatísticas alarmantes
sobre o desastre causado na vida das pessoas pelo consumo do álcool, que o
tornam o inimigo público número um, chegando a matar 25 vezes mais que todas as
drogas ilegais juntas!
O
álcool pode atingir todos os tecidos do organismo célula por célula, pelo fato
de ser completamente miscível em água, causando com isto inúmeras desordens
físicas e psíquicas. O uso do álcool pode provocar aumento de peso, dependência
química, impotência sexual, vários tipos de câncer e pode estimular o
surgimento de outras doenças físicas graves, como por exemplo, úlceras, cirrose
hepática, hepatite alcoólica e a esteatose hepática.
Foi
comprovada uma relação direta entre o aumento do número de homicídios e o
aumento do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. Segundo o IBGE, o consumo
de cerveja passou de 25 litros por habitante para 48,4 litros por habitante
entre 1979 e 1999, havendo um aumento do número de homicídios por 100.000
habitantes em quantidade proporcionalmente equivalente. Segundo o Núcleo de
Estudos da Violência da USP a receita mais comum para um assassinato é uma arma
na mão e alguns goles de qualquer bebida alcoólica na cabeça. Segundo o mesmo
estudo, 40% dos assassinatos ocorrem sob a influência de bebidas alcoólicas.
Além
disto, o álcool está envolvido em 65% dos afogamentos, 22% dos acidentes
domésticos, 77% das quedas, 40% dos assaltos, 35% dos crimes sexuais e em 30%
dos suicídios.
O
uso de álcool está também estreitamente ligado às mortes por acidentes de
trânsito. Segundo estudos feitos a partir de dados obtidos no Instituto Médico
Legal do Estado de São Paulo no ano de 1999, foi constatada alcoolemia positiva
em 47% das vítimas fatais de trânsito, e deste total, 96,8% estavam com um teor
alcoólico em seu sangue acima de 0,6 g/litro (limite máximo estabelecido pelo
Código Nacional de Trânsito).
Nos
Estados Unidos, os custos financeiros causados por acidentes envolvendo
indivíduos alcoolizados somaram em 1994 a exorbitante quantia de 45 bilhões de
dólares, havendo mais de 13.560 mortos e 1,73 milhões de feridos!
Dados
indicam também que uma em cada quatro famílias tem em seu seio problemas
relacionados ao uso do álcool, como crianças com deficiências mentais,
divórcios, violência no lar, doenças, crimes e mortes.
São
números impressionantes, e levam à conclusão que a ingestão de bebidas
alcoólicas é um dos mais sérios problemas da humanidade e tem causado o
infortúnio e a derrota de milhões de pessoas.
Origem e Significado da Palavra Vinho
Hoje
a palavra vinho passou a ter um único significado, qual seja o líquido
resultante da fermentação etílica da uva, ou de outras frutas, conforme pode-se
observar pela definição encontrada no dicionário Michaelis (Líquido alcoólico,
resultante da fermentação do sumo da uva ou ainda de outros frutos. Licor
fermentado que se extrai dos vegetais).
Mas,
cabe aqui uma análise mais profunda sobre a origem da palavra
"vinho", isto porque esta palavra não teve sempre este único
significado, como fazem supor alguns. A palavra vinho origina-se da palavra
latina vinum, que por sua vez tem origem na palavra grega oinos. Retirando-se
os sufixos tem-se os radicais de cada palavra:
oin(os)
= oin
vin(um)
= vin
vin(ho)
= vin
Nota-se
assim a clara ascendência etimológica da palavra vinho, e fica patente sua
origem na palavra latina vinum que tem o mesmo significado da palavra grega que
a originou: oinos.
Segundo
o léxico de latim de Lewis & Short, os significados da palavra
"vinum" são:
Uvas.
Vinum pendens (vinho pendente), conforme encontrado na obra de Márcio Plauto,
Trinummus (Videira, vinha, Vinho feito de uvas, vinho frutado).
A
primeira e a segunda definições fazem a própria fruta, a uva, e a planta, a
videira, serem também vinho.
No
Thesaurus Linguae Latinae tem-se as definições da palavra "vinum"
suportadas pelo conteúdo das obras de diversos autores clássicos. Entre estas
definições duas chamam atenção: Aigleuces vinum ("vinho doce") e
Defrutum vinum ("vinho fervido"), ambas são descritas como vinhos não
fermentados (não alcoólicos).
Já
o Phraseologia Generalis define a palavra latina "mustum" (mosto)
como "vinho novo", e a frase vinum pendens como "vinho ainda no
pé". Vale aqui ressaltar a definição atual da palavra mosto, conforme o
dicionário Michaelis, qual seja: Sumo da uva, antes de se completar a
fermentação. Suco, em fermentação, de qualquer fruta que contenha açúcar. Mosto
virgem: sumo que corre das uvas e outras frutas, antes de serem pisadas.
Também
se nota na palavra mosto a perda do significado original que seria "o suco
fresco de uvas". Aristóteles
em seu livro Metereologica informa o sentido da palavra oinos (vinho) ao
definir glukus, um suco de uvas adocicado, da seguinte forma: "embora
chamado vinho (oinos), ele não tem os efeitos do vinho, apesar de ter o sabor
do vinho ele não intoxica como o vinho comum".
Em
outra passagem Aristóteles diz o seguinte: - "Alguns tipos de vinho
(oinos), como por exemplo o mosto (gleukos), se solidificam quando
fervidos".
Na
Septuaginta, tradução do Velho Testamento do hebraico para o grego, os
tradutores com grande frequência traduziram a palavra hebraica
"tirosh" que significa suco de uvas fresco como oinos (vinho) sem
qualquer adjetivação, mesmo havendo uma palavra que alguns poderiam afirmar ser
"uma melhor tradução" para o suco de uvas fresco, no caso gleukos
(mosto). Estes fatos indicam de forma inequívoca a qualquer que se proponha a
estudar de forma séria esta questão que a melhor tradução para "suco de
uvas recém espremido" em grego é mesmo oinos (vinho).
Assim
temos demonstrado que as palavras que deram origem à palavra "vinho"
devem ser interpretadas tanto como suco de uvas não fermentado, quanto como
suco de uvas fermentado.
Sob
esta ótica, a palavra "vinho" deveria ter este mesmo significado.
Mas, o que se observa é a palavra vinho significando somente o suco de uvas com
fermentação etílica. Deduz-se desta forma que em algum ponto do nosso passado
houve uma mudança no significado original da palavra. O Dicionário
luso-brasileiro Lello Universal traz várias definições para o vinho, sendo uma
delas a do "vinho abafado" como sendo: "o vinho doce proveniente
de uma fermentação parcial do mosto, sustada pelo calor, ou pelo anidrido
sulfuroso ou por outro processo que não altere o valor higiênico do vinho, mas
em que não intervenha a alcoolização."
Este
dicionário apesar de indicar o vinho como sendo "bebida alcoólica que se
obtém da fermentação, total ou parcial, do sumo de uvas frescas (mosto)"
traz uma exceção, o vinho abafado, que é um vinho não alcoólico, bem como
resgata o significado original de mosto: "sumo de uvas frescas".
No
dicionário Melhoramentos de 1970 e no dicionário Globo de 1956 tem-se
basicamente a mesma definição de vinho encontrada hoje no dicionário Michaelis,
o que indica a necessidade de posicionamento da pesquisa ainda mais no passado:
O
Dicionário Prático da Língua Nacional (J. Mesquita de Carvalho) de 1945
incrivelmente não traz a descrição da palavra vinho, tão somente a da palavra
vinha, indicando contudo o vinho como sendo seu cognato.
O
Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa por Antenor Nascentes de 1932,
indica a origem da palavra vinho na palavra latina vinum, e indica vinho como
sendo, entre outros, sinônimo de videira.
No
Diccionario da Lingua Portugueza de José da Fonseca (por J. I. Roquete) de 1848
encontra-se a seguinte definição de vinho: "liquor extrahido da uva".
Procurando-se no mesmo dicionário a definição da palavra liquor tem-se as
seguintes definições: "1. Substância fluida e líquida; 2. Bebida
espirituosa". Desta forma a definição original da palavra vinho na língua
portuguesa é: Substância fluida e líquida extraída da uva. Bebida espirituosa
extraída da uva.
Significado da palavra hebraica yayin
A
palavra hebraica yayin é um termo genérico usado 141 vezes no AT para indicar
vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado e tem rigorosamente o mesmo
significado da palavra latina vinum e da palavra grega oinos, como pode ser
visto pelos seus radicais:
(Ya)yin
Oin(os)
Vin(um)
Yin
= oin = vin
A
Enciclopédia Judaica de 1971 apresenta uma descrição dos diversos usos da
palavra yayin, entre eles cabe destaque a alguns que permitem que seus diversos
significados fiquem claros:
a) Yayin mi-gat - O
vinho recém espremido antes da sua fermentação (vinho novo);
b) Yayin yashan - O
vinho fermentado do ano anterior (vinho velho);
c) Yashan noshan - O
vinho fermentado com três anos ou mais (vinho muito velho).
Tem-se
que a palavra yayin a exemplo de oinos e vinum tanto pode ser utilizada para
referenciar vinho com fermentação etílica quanto vinho não fermentado.
Significado da palavra hebraica Tirosh
A
outra palavra hebraica traduzida por "vinho" é tirosh, que significa
"vinho novo" ou "vinho da vindima". Tirosh ocorre 38 vezes
no AT; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto
não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Isaías
65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Deuteronômio 11.14; Provérbios
3.10; Joel 2.24). Brown, Driver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento)
declaram que tirosh significa "mosto, vinho fresco ou novo". A
Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces
e mosto, mas não vinho fermentado". Tirosh tem "bênção nele"
(Isaías 65.8); o vinho fermentado, no entanto, "é escarnecedor (Provérbios
20.1) e causa embriaguez (Provérbios 23.31).
Significado da palavra hebraica Shekar
Além
dessas palavras para "vinho", há outra palavra hebraica que ocorre 23
vezes no AT, e frequentemente no mesmo contexto — shekar, geralmente traduzida
por "bebida forte" (I Samuel 1.15; Números 6.3). Certos estudiosos
dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita
de suco de fruto de palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara. A Enciclopédia
Judaica (1901) sugere que quando yayin se distingue de shekar, aquele era um
tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída.
Ocasionalmente, shekar pode referir-se a um suco doce, não-fermentado, que
satisfaz (Robert P. Teachout: "O Uso de Vinho no Velho Testamento",
dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979). Shekar
relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar "beber à
vontade", além de "embriagar". Na maioria dos casos, saiba-se
que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem
que se refere às bebidas embriagantes.
Traduções da Bíblia
A
tradução da Bíblia de João Ferreira de Almeida foi desenvolvida no decorrer do
século XVII, e a este tempo a palavra vinho ainda mantinha o seu significado
original, ou seja, suco de uvas fermentado ou não, tal qual as palavras que
estavam sendo traduzidas do grego e do hebraico, oinos e yayin,
respectivamente. Não cabe, portanto, qualquer argumentação sobre a palavra
vinho significar, na Bíblia, somente o suco de uvas fermentado, pois como ficou
demonstrado, esta palavra é utilizada para definir todos os líquidos obtidos a
partir da uva.
O Vinho no Velho Testamento
Neste
ponto é importante verificar como o Velho Testamento trata a questão do vinho,
tanto com relação ao vinho fermentado quanto ao não fermentado.
O Vinho Fermentado
Não
há dúvida que com grande frequência a palavra yayin é utilizada referindo-se ao
vinho fermentado no Velho Testamento. Mas invariavelmente, quando ocorre com
este significado, diz respeito aos efeitos maléficos resultantes do uso do
vinho e à sua consequente condenação divina.
A
primeira referência aos efeitos causados pelo uso do vinho fermentado (Gênesis
9.20-21). Um pouco mais adiante na história da humanidade a Bíblia relata o
caso das filhas de Ló quando após a destruição de Sodoma e Gomorra embebedaram
o pai para deitarem-se com ele (Gênesis 19.32-35). Já a passagem a seguir
mostra a completa desaprovação de Deus ao uso do vinho, claramente referindo-se
ao vinho fermentado com sua coloração resplandecente e suave escoar (Provérbios
23.29-35).
O
Rei Salomão, inspirado por Deus, apresentou acima vários resultados ruins
decorrentes do uso do vinho, mas faz especial menção ao vício, pois apesar da
pessoa saber que sofreu graves consequências devidas à embriaguez, torna a ter
o firme propósito de repetir a carraspana.
Vários
São os Alertas Sobre os Resultados do Uso do Vinho Fermentado no Velho
Testamento:
O
vinho causa excitação (Salmo 78.65); O vinho faz cambalear (Salmo 107.27); O
vinho é zombador (Provérbios 20.1); O vinho leva à indigência (Provérbios
21.17); O vinho faz com que o que bebe se fira (Provérbios 26.9); O vinho faz
com que se rejeite a obra de Deus (Isaías 5.11-14); O vinho faz errar (Isaías
28.7).
Em
todos os casos fica patente o alerta divino sobre os malefícios causados pelo
vinho etílico, vemos que a Palavra de Deus dá claras ordens com relação à não
utilização deste tipo de vinho, cabe então ao homem obedecer ou não à vontade
de Deus.
O Vinho Não Fermentado
Referências
ao vinho não fermentado não são tão claramente documentadas na Bíblia quanto as
condenações ao intoxicante vinho fermentado. Mas, é sempre possível chegar-se
ao verdadeiro significado das palavras utilizadas através do contexto em que se
encontram.
Nas
passagens a seguir a palavra "vinho" tem o significado óbvio de
"vinho não fermentado", vejamos (Gênesis 49.11). Apesar desta ser uma
passagem profética, as figuras apresentadas são verídicas. Nesta passagem Jacó está
abençoando a seus filhos e Judá irá amarrar o seu jumentinho à vide e lavará a
sua roupa no vinho. Fica claro que não haveria como Judá extrair vinho
fermentado diretamente da vide. E mais, a construção "sangue de
uvas", em hebraico, é sinônima de vinho, e sangue de uvas é sim suco de
uvas recém espremido, ou em outras palavras, vinho não fermentado.
(I
Samuel 25.18) - Nesta passagem Abigail preparou grandes provisões para entregar
a Davi que vinha para vingar a afronta recebida de Nabal, marido de Abigail. O
que chama a atenção na passagem acima é a disparidade entre as quantidades de
mantimentos e os dois odres de vinho. Esta grande diferença de quantidade surge
como clara indicação de que o vinho estava em forma de suco de uva concentrado
(fervido), o qual para ser bebido deveria ser reconstituído com água. Este era
um método muito comum de preservação do suco de uvas na antiguidade. Pode-se
ver a mesma discrepância de quantidades na passagem a seguir (II Samuel 16.1).
(Isaías
27.2-3) - Esta é outra passagem profética, sobre uma vinha cuidada diretamente
pelo Senhor. A palavra hebraica traduzida aqui como vinho tinto é rmx (chemer)
que significa literalmente vinho puro ou vinho ainda por ser fervido, clara
referência ao suco fresco de uvas. (Lamentações de Jeremias 2.11-12) - Nesta
passagem o menino e a criança de peito desfalecendo no regaço de suas mães
perguntam pelo seu alimento costumeiro, qual seja, pão e vinho. Não se pode de
maneira alguma aceitar que este vinho seja o intoxicante vinho com fermentação
etílica, mas sim, e sem qualquer dúvida, o puro suco da vide.
Na
passagem que se segue o vinho é claramente um produto da terra e uma benção
dada àqueles que servem a Deus. É interessante notar que os lagares, que são
tanques nos quais se espremem e reduzem a líquido as uvas, venham a transbordar
de vinho, que sendo suco de uvas recém espremidas é por conseguinte vinho não
fermentado (Provérbios 3.9-10). O Velho Testamento coloca o vinho não
fermentado, seja o suco concentrado de uvas, seja o suco fresco de uvas, como
uma bênção aos que temem a Deus e fazem a Sua vontade.
O Vinho no Novo Testamento
A
crença popular de que Jesus Cristo, apesar de não ter sido um beberrão, tinha o
hábito de beber moderadamente vinho alcoólico, e não só isto, mas que tenha
também produzido deste vinho em grande quantidade nas bodas de Caná, tem
moldado a opinião e a forma de agir de muitos cristãos quanto ao hábito de
tomar bebidas fermentadas ou destiladas. A posição é esta: - "Se Cristo
fez, recomendou e tomou vinho alcoólico, os cristãos devem seguir o Seu
exemplo".
As Bodas de Caná (João 2)
Ao
analisar esta passagem é importante ter em mente qual o objetivo de Jesus ao
realizar o milagre da transformação de água em vinho, qual fosse manifestar a
Sua glória como Filho de Deus e despertar a confiança dos seus discípulos na
Sua capacidade de salvar o seu povo do pecado (João 2.11). Partindo deste
princípio, crer que Jesus, sabendo que os convidados já "haviam bebido
muito" (v.10), criou vários litros de vinho alcoólico (entre 383,28 e
574,92 litros) desrespeitando desta forma a clara vontade de Deus, é algo além
da mais desvairada imaginação (Levítico 10.9-11).
É
inimaginável o Senhor Jesus iniciar seu ministério contrariando de tal forma a
vontade do Pai, e contribuindo decisivamente para a embriaguez das pessoas
presentes àquela festa (Habacuque 2.15).
Os
modernos pesquisadores estão alertando a respeito da síndrome fetal do álcool,
que é um grupo de defeitos físicos e mentais no nascimento, resultantes do
consumo de álcool durante a gravidez. Estes defeitos incluem atraso mental,
déficit de crescimento, mau funcionamento do sistema nervoso, anomalias
cranianas e desajustes de comportamento.
Segundo
a OMS, a cada ano, no mundo, nascem 12.000 bebês com a síndrome fetal do
álcool. Alguns sintomas podem não tornarem-se óbvios até que o bebê atinja uma
idade entre 3 e 4 anos, contudo, seus efeitos são irreversíveis.
E
sendo Jesus Cristo o Filho de Deus, não seria questionar sua divindade,
sabedoria e discernimento entre o bem e o mal afirmar que Ele teria servido
vinho intoxicante em uma festa de casamento? Fica claro aqui que o que Cristo
fez foi sim o bom e puro vinho, isto é, o natural e saudável suco de uvas.
Os Odres Novos
(Lucas
5.37-39) - Esta passagem, bem como suas correlatas (Mateus 9.17) e (Marcos
2.22), trazem em si um grande problema de interpretação. Um problema não só
teológico, mas também técnico.
Uma
interpretação comum é a de que somente odres novos suportariam a pressão
causada pelos gases gerados pela recém iniciada fermentação do vinho novo. Isto
seria devido ao fato dos odres velhos não terem mais a necessária elasticidade,
rompendo-se sob pressão. Seguindo esta linha de raciocínio, Jesus estaria
sugerindo com veemência o consumo do vinho velho (com fermentação completa) por
ser este melhor que o vinho novo (com fermentação incompleta), o que concorda
com a maioria dos modernos enólogos.
Porém
o fato é que nenhum odre, seja novo ou velho, suportaria a enorme pressão
causada pelos gases gerados durante o processo de fermentação do vinho. Para
este fim eram utilizados grandes jarros cerâmicos.
Uma
aproximação tecnicamente correta do problema é a da utilização de vinho não
fermentado. Neste caso, deveriam ser utilizados odres novos besuntados com mel
para o armazenamento do vinho novo, filtrado ou fervido, sendo hermeticamente
lacrados logo a seguir. Considerando se tratar de vinho novo não fermentado,
caso fossem utilizados odres velhos, por mais limpos que estivessem, sempre
haveria em suas paredes pequenas quantidades de matéria orgânica em
decomposição, e isto seria o suficiente para iniciar um violento processo de
fermentação do vinho o que com certeza romperia o odre devido à grande geração
de gases.
Outra
teoria é a de que o vinho novo a que Jesus se referiu seria o vinho em que o
processo de fermentação estaria próximo do final, o que permitiria ao odre novo
suportar a pressão gerada. Mas, neste caso, também o odre velho poderia ser
utilizado pois da mesma forma suportaria a pequena pressão gerada neste ponto
da fermentação. Fica tecnicamente provado que Jesus estava falando de vinho não
fermentado.
Mas,
se este é o caso, o que o Mestre estava tentando dizer (v.37 e 38)? Os
discípulos de Cristo são como o vinho novo e, claro, não fermentado; Sendo
assim necessitam de um odre novo. Não pode haver renovação sem que sejam
abandonados as tradições e procedimentos fermentados praticados até então pelos
judeus. Uma nova formulação necessita ser implantada, e Cristo veio ao mundo
precisamente com este objetivo. Assim para que haja renascimento espiritual é
necessário arrependimento dos pecados, entrega total da sua vida ao Senhor e a
consequente mudança na vida do pecador. Assim, para um novo vinho (novo
espírito) é necessário um novo odre (novo homem).
O
versículo 39 traz um problema ainda maior. Este verso, se analisado de forma
precipitada, traz uma aparente contradição com relação aos versos anteriores,
além de aparentar estar completamente fora de contexto. Esta idéia é ainda mais
reforçada quando se vê que nos textos encontrados em Mateus e Marcos não há
referência alguma a esta passagem. Porém na Palavra de Deus nada está escrito
por acaso, nada está fora de contexto e não há qualquer contradição.
O
primeiro ponto a ser analisado é quem está dizendo que "Melhor é o
velho". Jesus? - Não. Quem diz "melhor é o velho" é aquele que
já tenha bebido do vinho envelhecido. Isto se deve ao fato do ser humano ao
experimentar o vinho fermentado querer mais dele. Este é o princípio básico do
vício, pois, mesmo tendo ciência dos efeitos negativos do uso da substância que
vicia, a pessoa quer mais.
Mas,
sendo o texto uma parábola, tem um sentido além do seu sentido imediato e
direto já apresentado. Qual seja: Jesus, como profundo conhecedor da natureza
humana, sabe que é um processo trabalhoso ao homem a aceitação de mudanças. Os
fariseus, a quem Jesus estava falando, tinham grande dificuldade em deixar suas
velhas tradições fermentadas e desprovidas de fé, e aceitar a nova proposta
feita por Cristo. Preferiam eles permanecer em seus rituais e tradições, a
procurar experimentar um novo nascimento, um nascimento espiritual, o que lhes
faria novos homens, vinho novo em odres novos. Daí dizerem: - melhor é o velho.
A Santa Ceia do Senhor
(Levítico
17.11) - No Velho Testamento os pecados do povo de Israel eram expiados através
de um sistema de sacrifícios onde o sangue de animais era vertido com esta
finalidade. Porém, ao contrário do que muitos pensam, o sistema de sacrifícios
não foi abolido no Novo Testamento, o que ocorreu foi uma alteração neste
sistema. Ao invés do sacrifício de animais, tem-se agora um sacrifício muito
mais excelente, um sacrifício definitivo, um sacrifício capaz de remir os
pecados não apenas do povo de Israel, mas de toda a humanidade: O sacrifício de
Jesus, o Cordeiro sem mácula, o Filho de Deus, que verteu o seu sangue como
expiação pelos pecados do mundo.
A
Santa Ceia foi instituída por Jesus Cristo como um memorial a este sacrifício
definitivo, e neste cerimonial foram instituídas as figuras do pão e do cálice.
Na instituição do cerimonial, Jesus nos informa que o conteúdo do cálice é o
fruto da vide (Mateus 26.27-29).
O
problema posto aqui é: Qual é na verdade o fruto da vide ao qual Jesus se
referiu? Vinho fermentado ou vinho não fermentado? Pesquisas no Velho
Testamento não nos ajudam a responder a esta questão, pois nada é dito sobre
qual bebida deve ser utilizada para libação nas instruções sobre a ceia de
Páscoa. Tem-se referências ao cordeiro, ao pão não fermentado (ázimo) e às
ervas amargas, mas, nenhuma referência à bebida utilizada como acompanhamento
desta refeição.
Porém,
a Palavra de Deus nos dá as indicações necessárias para que saibamos, sem
sombra de dúvidas, qual foi a bebida utilizada por Jesus na última ceia:
Moisés, sobre a comemoração da Páscoa, instrui o seguinte (Êxodo 12.15). O
fermento, nas escrituras, está associado ao pecado e às falsas doutrinas (I
Coríntios 5.6-7) e (Mateus 16.6 e 16.12).
O
vinho fermentado, sempre alcoólico e intoxicante4, não condiz com o pão ázimo
(não fermentado), e não condiz com a instrução de Moisés sobre o fermento, e
não condiz com a pureza necessária para que simbolizasse o sangue de Cristo. O
vinho fermentado não é um fruto da vide. É um subproduto obtido através de um
processo químico de fermentação, que atua sobre as moléculas de açúcar do suco,
alterando suas propriedades e gerando álcool etílico e dióxido de carbono.
Assim o vinho fermentado não é mais o fruto da vide, é agora o fruto modificado
em algo diferente, um subproduto.
E
como símbolo do puro e incorrupto sangue de Cristo um subproduto modificado não
seria a melhor escolha, e certamente não foi a opção de Jesus em momento algum.
Desta forma chega-se à seguinte conclusão: - O puro e natural suco de uvas,
este sim um fruto da vide, foi o líquido utilizado para representar o sangue do
Nosso Senhor na instituição da Santa Ceia.
O
apóstolo Paulo ao dar instruções sobre a ceia do Senhor à Igreja em Corinto, (I
Coríntios 11.28). Paulo deixa claro que a ceia do Senhor não é um momento
festivo, mas um momento de séria reflexão, um momento solene no qual se faz
necessária sóbria introspecção. Não cabem nesta hora a glutonaria e a bebedice
que estavam ocorrendo naquela igreja. Por esta razão o apóstolo Paulo coloca a
ceia do Senhor em sua real perspectiva, qual seja, um memorial em que cada
pessoa deve examinar-se frente ao sacrifício que o Filho de Deus fez na cruz
como paga por nossos pecados. Em um momento como este o vinho fermentado,
intoxicante e alucinógeno não é uma opção aceitável.
Por
todas estas inequívocas indicações dadas pela Palavra de Deus, tem-se que o
fruto da vide ao qual o Senhor se referiu é o próprio fruto espremido, o puro
suco de uvas, o vinho não fermentado. Este é o cálice da ceia do Senhor.
Paulo Instrui Timóteo a Tomar um Pouco de Vinho
(I
Timóteo 5.22-23) - Paulo instrui a Timóteo que não beba somente água, mas
acrescente um pouco de vinho, por razões de saúde. Alguns pontos devem chamar a
atenção: Timóteo era abstêmio, pois tomava somente água. Paulo o instrui no verso 22 a
conservar-se puro. A palavra "vinho" pode significar tanto o vinho
alcoólico como o vinho não fermentado (suco de uvas). Paulo em I Timóteo 3.2,
diz que o bispo (Timóteo era bispo), deve ser sóbrio.
Somando-se
todas estas informações a conclusão é direta: - O vinho recomendado por Paulo a
Timóteo era o vinho não fermentado. E como pode ser visto abaixo no item
"Valor medicinal do vinho não fermentado", este tem mais valor
medicinal que o vinho alcoólico.
Beber Vinho é Permitido Desde Que Não
Escandalize um Irmão?
(Romanos
14.21) - Este capítulo de Romanos trata das liberdades do cristão, não das
instruções e proibições encontradas em outras passagens. E dentro do que é
livre temos o beber moderadamente vinho não fermentado. Mas, se a passagem trata de vinho não
fermentado, por que alguém se escandalizaria com o fato de alguém bebê-lo?
Deve-se ter em mente a época em que foi escrita esta epístola, e o destinatário
da mesma. Em Roma nesta época era muito comum o oferecimento de comida aos
ídolos, daí a recomendação para o não comer, e da mesma forma era comum em
cultos pagãos beber-se muito vinho não fermentado, em verdadeiras odes de
glutonaria. Daí a recomendação para não beber o vinho não fermentado, evitando
assim ser confundido com os que praticavam o paganismo.
Instruções Sobre a Bebida Alcoólica
A
palavra de Deus dá instruções específicas quanto ao uso de bebidas que
contenham álcool. Porém antes de analisar as instruções bíblicas, seria
conveniente apresentar alguns parâmetros seculares de modo a ilustrar e a
tornar mais fácil a análise da palavra de Deus.
Ponto de Embriaguez
A
partir de que ponto uma pessoa pode ser considerada como estando embriagada? A
taxa de álcool no sangue varia de acordo com o peso, altura e condições físicas
de cada indivíduo. Porém a tabela a seguir pode ser utilizada como um parâmetro
médio:
Quantidade de álcool por litro de sangue (em
gramas) - Efeitos!
0,2
a 0,3 g/l -
equivalente a um copo de cerveja, um cálice pequeno de vinho, uma dose de
uísque ou outra bebida destilada. As funções mentais começam a ficar
comprometidas. A percepção da distância e da velocidade são prejudicadas.
0,3
a 0,5 g/l -
dois copos de cerveja, um cálice grande de vinho, duas doses de bebidas
destiladas. O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle
cerebral relaxa, dando sensação de calma e satisfação.
0,51
a 0,8 g/l -
três ou quatro copos de cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque.
Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de
luminosidade, superestimação das possibilidades e minimização de riscos e
tendência à agressividade.
0,8
a 1,5 g/l -
a partir dessa taxa, as quantidades são muito grandes e variam de acordo com o
metabolismo, com o grau de absorção e com as funções hepáticas de cada
indivíduo. Dificuldades de controlar automóveis, incapacidade de concentração e
falhas na coordenação.
1,5
a 2,0 g/l - Torpor
alcoólico, dupla visão, ação neuromuscular.
2,0
a 5,0 g/l - Embriaguez
profunda.
5,0
g/l - Coma
alcoólica.
O
mais importante a se notar nesta tabela é que mesmo um pequeno cálice de vinho
já compromete as funções mentais, com prejuízo para a percepção.
Valor Medicinal do Vinho Não Fermentado
Dois
estudos separados, um sobre os mecanismos de ação e outro sobre resultados
clínicos, publicados em jornais de pesquisas cardiovasculares, mostram os
benefícios de se tomar o suco de uvas.
Na
edição de 12 de junho de 2001 do jornal Circulation, órgão oficial da
Associação Americana de Cardiologia, os pesquisadores mostraram que beber o
suco de uvas não somente tem um efeito direto em importantes funções biológicas
como a coagulação sanguínea, mas também aparenta aumentar o nível de
antioxidantes enquanto diminui a produção de radicais livres.
"Este
estudo nos dá uma nova visão sobre como o suco de uvas pode melhorar a função
cardiovascular", explica a Dra. Jane E. Freedman, M.D., professora
assistente de medicina e farmacologia na Georgetown University e uma das
líderes do estudo. "O que nós estamos vendo pela primeira vez é que a
substância ativa do suco de uvas age de duas formas relacionadas: Primeiro, ela
tem um efeito protetor sobre a vitamina E e sobre outros antioxidantes,
permitindo que eles permaneçam ativos por mais tempo, enquanto que ao mesmo
tempo diminui a produção do radical livre superóxido-a. Segundo, esta
substância ativa também parece ter um efeito direto, positivo em um grande
número de funções biológicas como a produção de óxido nítrico e a inibição de
plaquetas, ou células que causam coágulos, ambos também importantes fatores de
proteção."
Na
edição de maio de 2001 do Atherosclerosis, pesquisadores compararam os efeitos
de beber suco de uvas, vinho tinto e vinho tinto desalcoolizado em ratos de
laboratório. Eles descobriram que o suco de uvas, quando comparado com o vinho
tinto e com o vinho tinto desalcoolizado, foi no mínimo tão efetivo quanto
estes ao:
a) Baixar o colesterol
total;
b) Diminuir a taxa de
lipoproteínas de baixa densidade (tipo de colesterol danoso);
c) Reduzir a
arteriosclerose
d) Aumentar os tempos de
defasagem das lipoproteínas de baixa densidade.
"Este
estudo nos diz algumas coisas importantes", explica Joe A. Vinson, Ph.D.,
professor de química da Universidade de Scranton, e líder do estudo. “Primeiro,
que o suco de uvas ofereceu um significativo benefício de proteção
cardiovascular nos animais testados, incluindo o combate à instalação da
arteriosclerose, um efeito que nós não havíamos visto antes. Segundo, ele
sugere que o papel desempenhado pelo álcool na melhora de funções
cardiovasculares pode não ser tão significativo quanto se pensava antes."
Outro
estudo conduzido pelo Dr. John D. Folts, Ph.D., trata dos mecanismos que
aumentam ou diminuem a atividade de plaquetas e da incidência da trombose
coronária mediada por plaquetas. Em estudos preliminares nos anos 70 ele
desenvolveu um modelo de estudos, ao vivo, da formação da trombose em
constrição de artérias com danos ao endotélio. Em 1974 ele primeiro demonstrou
que a aspirina podia reduzir a incidência de trombose coronária de modo
significativo. Atualmente, ele está estudando a propriedades anti-plaquetas e
antioxidantes dos componentes encontrados no vinho tinto, em sucos de frutas e
no chá.
Estes
componentes parecem ser melhores inibidores de plaquetas que a aspirina. O foco
atual é na funcionalidade de alimentos como o suco de uvas e a cebola, os quais
tem propriedades anti-plaquetas e antioxidantes, e melhoram a função do
endotélio permitindo uma melhor dilatação arterial. Os estudos foram feitos
tanto em animais quanto em voluntários humanos, estes, tanto com fatores de
risco quanto pacientes com comprovadas moléstias cardiovasculares.
Os
estudos com voluntários humanos demonstraram que tanto a aspirina quanto o
vinho tinto reduzem as plaquetas em 45%, enquanto que o suco de uvas as reduz
em 75%. Isto mostra que os benefícios do vinho não se encontram no álcool, mas
na uva, e que os resultados são potencializados quando se utiliza diretamente o
suco de uvas. A dosagem diária recomendada foi determinada como estando entre
220 e 280 gramas (aproximadamente, um copo). "Seus dados são extremamente
convincentes", diz o Dr. Arthur L. Kastsky do Centro Médico Permanente de
Oakland, CA. sobre o estudo do Dr. Folts. O Dr. Kastsky tem se dedicado a
estudar se há benefícios para o coração na ingestão de álcool.
Todos
os estudos até agora realizados demonstraram que o suco de uvas, o vinho não
fermentado, é superior ao vinho alcoólico em suas funções medicinais, e sem
conter qualquer toxidade.
Significado de Embriaguez
A
palavra embriagado vem do latim êbrïus que significa intoxicado, bêbado,
saturado. O sinônimo mais importante nesta análise é intoxicado. Intoxicação,
conforme o dicionário Michaelis, é a introdução de uma substância tóxica no
organismo.
Assim,
passa-se a estar embriagado no momento em que ocorre a introdução de uma
substância tóxica no organismo. O álcool é uma substância tóxica que pode até
causar a morte imediata do indivíduo, dependendo da quantidade que for ingerida
e das características específicas do álcool ingerido.
Desta
forma o estado de embriaguez se estabelece no exato momento em que se ingere a
primeira dose de qualquer bebida que contenha álcool. Alguns alegam que partindo-se
deste princípio, a primeira garfada de alimento constituir-se-ia em glutonaria.
Cabe aqui, uma análise com bom senso desta alegação.
Faz-se
antes de mais nada necessário se distinguir o alimento, algo necessário para a
vida, do tóxico álcool, tomado sem qualquer objetivo vital.
Mas,
vamos entender exatamente o que é glutonaria. Conforme o dicionário Michaelis,
glutonaria é: Qualidade ou vício de glutão. Esta definição nos leva à
necessidade de saber o significado da palavra glutão, que conforme o mesmo
dicionário é: Que, ou o que come muito e com voracidade.
Sem
qualquer dificuldade vê-se que o glutão (o que comete a glutonaria) é alguém
que come além do necessário para sua subsistência, com voracidade e por vício.
Sendo pecado claramente condenado pelas Escrituras, bem como assim também o é,
o pecado da bebedice (Gálatas 5.21).
Tipos de Embriaguez
Existem
coisas que podem nos tirar dos ministérios estabelecidos por Deus para cada um
de nós, e a capacidade de ver de forma clara e distinta qual a vontade de Deus
para nossa vida (Isaías 28.7). São diversos os tipos de embriaguez que podem
produzir tal efeito sobre os ministérios. Vamos conhecer alguns:
A
embriaguez provocada pelo Orgulho -
Nos leva a pensar de nós mesmos além do que convém, e, com isso, a dirigir mal
o povo (Romanos 12.3);
A
embriaguez provocada pela Soberba -
Leva a uma exaltação que acontece como reação de nossa natureza humana aquilo
que nos é revelado, e que faz com que nos comportemos como os porta-vozes de
Deus para a geração (II Coríntios 12.7);
A
embriaguez provocada pelo Tradicionalismo -
O tradicionalismo é uma doença que ataca todos os segmentos da Igreja: há um
tradicionalismo tradicional, um tradicionalismo pentecostal, um tradicionalismo
renovado, um tradicionalismo restaurado, etc. (Lucas 5.39); (Isaías 43.19);
A
embriaguez provocada pela Ignorância -
Que nos priva de uma revelação. O grande problema relacionado com a ignorância
não está na ignorância em si mesma, mas antes em ignorarmos a ignorância.
Quando sabemos que não sabemos, então há esperança. Mas quando, em nossa
ignorância, nos consideramos possuidores de todo o conhecimento, então podemos
ter a desagradável surpresa de nos imaginarmos ricos e abastados, quando o
Senhor nos conhece como miseráveis, pobres, cegos e nus (Apocalipse 3.17-18);
A
embriaguez provocada pelo Presente Século -
Ofusca nossos olhos e nos impede de ver o caminho que o Espírito Santo está
apontando à igreja (Apocalipse 18.3); numa referência à Babilônia, que aqui
representa profeticamente o sistema que domina o “presente século”. Quando a
igreja, que absolutamente não deve viver como todas as nações (I Samuel 8.5),
começa a conviver com o mundo e a imitar seus padrões e sua maneira de ser,
então se produz essa embriaguez terrível que, em última análise, rouba do povo
de Deus sua própria razão de existir sobre a terra.
Passagens Bíblicas Que Instruem Sobre a
Ingestão de Bebidas Alcoólicas
(Provérbios
23.29-35) - Este texto é direto e incisivo: Não olhes, e obviamente não bebas,
o vinho quando se mostra vermelho, resplandecente no copo e escoando-se
suavemente (Gálatas 5.19-21). A bebedice é condenada como uma obra da carne e
quem a comete vai para o inferno. Muitos entendem como bebedice, que é sinônimo
de embriaguez, somente com o estado de depravação completa causado pelo álcool,
mas, como ficou demonstrado acima no tópico "Significado de
embriaguez", o primeiro gole de qualquer bebida alcoólica é bebedice.
(Efésios
5.18) - A passagem é translúcida: Não vos embriagueis com vinho. E novamente
entra aqui o que se entende por embriaguez, e que como apresentado, não são
somente os abjetos estados finais de intoxicação com álcool, mas todo o
processo, iniciando-se pelo o primeiro gole.
(I
Timóteo 3.2-4) - Nesta passagem a expressão "dado ao vinho", quer
dizer não obcecado pelo vinho, que não o procura com insistência.
Como
já foi demonstrado existem dois tipos de vinho, o fermentado e intoxicante e o
não fermentado. Como no texto a palavra sóbrio foi traduzida da palavra grega
nephaleos que tem dois significados: comedido e em ausência de álcool, fica
claro que o pastor (que deve ser exemplo para o rebanho) não deve tomar
qualquer quantidade de bebida alcoólica e ainda procurar ser comedido, não dado
ao vinho não fermentado, evitando assim a glutonaria.
Apesar
do texto ser específico ao referir-se diretamente ao pastor, as características
expostas são esperadas de qualquer cristão. Seria de se admitir que um cristão
fosse repreensível, polígamo, desatento, desonesto, inóspito, inapto para
ensinar, espancador e cobiçoso de torpe ganância? A resposta é não.
E
porque então a resposta seria sim ao se tratar a questão da bebida e de ser
dado ao vinho? A resposta continua sendo não. O cristão deve ser sóbrio e não
deve ser dado ao vinho, assim como o pastor.
(Tito
2.2) - Nesta passagem (como na passagem anterior em I Timóteo 3:2), a palavra
sóbrio foi traduzida da palavra grega nephaleos. Desta maneira, o idoso é
instruído para que se mantenha ausente do álcool (sóbrio). E isto também vale
para os jovens. Pois, pode o jovem cristão estar embriagado? Esta instrução é
para que os idosos sirvam de exemplo aos mais novos, e para que nenhum deles se
utilize do álcool!
(I
Pedro 5.8) - Esta passagem a exemplo da anterior instrui o cristão a ser sóbrio.
Mas, além disto instrui o cristão a vigiar, porque o diabo está atento e pronto
a tragar a quem possa. No tópico "Ponto de embriaguez" acima, ficou
estabelecido que o primeiro gole de uma bebida alcoólica já compromete as
funções mentais. Como, pois manter-se vigilante com as funções mentais
comprometidas?
(I
Coríntios 6.19-20) - Cada um é mordomo de seu próprio corpo, não o dono, mas
simplesmente o mordomo. Deve-se então grande cuidado para com sua manutenção.
Já que este corpo pertence a Deus aquele que o intoxica é contrário à instrução
divina. Não está, portanto, sendo um mordomo fiel deste valioso bem que Deus
lhe confiou.
(Números 6.2-4) - O elevado nível de vida
separada e dedicada a Deus, dos nazireus, devia servir como exemplo a todo
israelita que quisesse assim fazer. Deus deu aos nazireus instruções claras a
respeito do uso do vinho.
Eles
deviam abster-se "de vinho e de bebida forte"; nem sequer lhes era
permitido comer ou beber qualquer produto feito de uvas, quer em forma líquida,
quer em forma sólida. O mais provável é que Deus tenha dado esse mandamento
como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriantes e ante a
possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano. Deus não queria
que uma pessoa totalmente dedicada a Ele se deparasse com a possibilidade de
embriaguez ou de viciar-se (Levíticos 10.8-11; Provérbios 31.4-5).
Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de Deus, no tocante às bebidas alcóolicas, era abstinência total.
Beber álcool leva, frequentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo.
O padrão divino para os nazireus, da total abstinência de vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. (Amós 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: (Isaías 28.7-11). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão da total abstinência estabelecido por Deus (Provérbios 31.4-5).
Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de Deus, no tocante às bebidas alcóolicas, era abstinência total.
Beber álcool leva, frequentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo.
O padrão divino para os nazireus, da total abstinência de vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. (Amós 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: (Isaías 28.7-11). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão da total abstinência estabelecido por Deus (Provérbios 31.4-5).
A marca essencial do nazireado — sua total consagração a Deus e aos seus padrões mais elevados — é um dever do crente em Cristo (Romanos 12.1; II Coríntios 6.17-18; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à dependência de drogas ou do álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão necessário para o crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do AT (I Tessalonicenses 5.6; Tito 2.2).
(Jeremias
35.6) - Os recabitas pertenciam à tribo dos queneus, um povo de origem
midianita que habitava em Canaã.
O
principal líder dos recabitas foi Jonadabe, filho de Recabe, que lhes ordenou a
abstinência de vinho, a não terem residência fixa, a não plantarem vinhas e a
viverem em tendas, a fim de preservarem os hábitos e costumes antigos.
O
profeta Jeremias, a mando do Senhor, testou a fidelidade dos recabitas ao
mandado de Jonadabe (morto há mais de duzentos anos), pondo diante deles taças
cheias de vinho, mas eles recusaram beber. É importante destacar a justiça de
Deus nessa prova. O Senhor pediu que Jeremias fizesse o teste com os recabitas
sem a costumeira expressão “Assim diz o Senhor”, ou seja, os recabitas não
tiveram que escolher entre obedecer ao Senhor e a Jonadabe. Não foram induzidos
à desobediência a Deus. Os recabitas passaram facilmente pela prova de
fidelidade a qual foram submetidos.
(Jeremias
35.12-17) - Deus comparou os recabitas com os homens de Judá e moradores de
Jerusalém e disse que, enquanto os recabitas eram obedientes às ordens de um
homem morto, os judeus, por sua vez, não eram obedientes ao Deus vivo. Após
tantos anos Jonadabe continuava sendo honrado pelo seu povo, porém, o Deus de
Israel, que até de madrugada falava ao seu povo por intermédio dos profetas
para arrependimento de pecados, não era ouvido. O resultado seria o inevitável
cativeiro babilônico.
Como
prêmio da fidelidade dos recabitas a Jonadabe, Deus prometeu que nunca faltaria
varão da estirpe de Jonadabe que estivesse todos os dias na sua presença. Ainda
hoje existem recabitas no Oriente Médio, especialmente na Mesopotâmia e no
Yemen, na península arábica. Deus mantém a sua promessa há quase três mil anos!
Conclusão
Àquele
que foi resgatado pelo sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo é exigido que não se
intoxique com nenhuma substância alcoólica (ou qualquer outra), mesmo que em
muito pequena quantidade. A tolerância da palavra de Deus para este tipo de
bebida é nenhuma, nenhuma mesmo. As pessoas que tentam encontrar base bíblica
para a ingestão de bebidas alcoólicas, seja em que quantidade for, estão apenas
tentando encontrar base para a satisfação de seu desejo carnal ou de seu vício,
e de forma alguma estão fazendo a verdadeira vontade de Deus.
Esclarecimentos Finais
Uma
das regras de interpretação das escrituras é a regra da primeira aparição.
Segundo esta regra o sentido de uma palavra em sua primeira aparição nas
escrituras indica o seu sentido básico, e seu sentido fundamental define-se
como sendo bom ou mau.
Com
base nesta regra, a palavra terá nas escrituras sempre a mesma conotação, boa
ou má, de sua primeira aparição, exceto quando o contexto imediato claramente
informe de modo contrário.
1) Mesmo que um vinho
possua baixo teor alcoólico, não deixará de ser intoxicante. Pode-se quando
muito afirmar que ele seja menos intoxicante que outro vinho de maior teor
alcoólico;
2) Mesmo a chamada
fermentação natural é também um processo químico que altera as propriedades
originais do suco de uvas de forma radical e irreversível, transformando mesmo
o vinho etílico obtido através deste processo em um subproduto;
3) Como saber que a
palavra "vinho" neste verso significa vinho não fermentado, e que,
por exemplo, o vinho em Efésios 5.18 é o vinho fermentado? A resposta é direta:
- o contexto produz perfeita exegese. Vamos a um exemplo para maior
entendimento: "O cabo José, pegou no cabo de sua arma ao cruzar o Cabo da
Boa Esperança". Como vemos a palavra é a mesma, mas o contexto produz perfeito
entendimento do significado de cada ocorrência da palavra dentro da frase.
Fonte:
http://www.esbocandoideias.com/2011/09/5-razoes-por-que-como-crente-nao-tomo-bebidas-alcoolicas.html
http://igrejapentecostaldaanunciacao.blogspot.com.br/2013/10/bebedices-vinho-e-bebida-forte.html
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