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quarta-feira, 16 de abril de 2014

641-A EXPRESSÃO "LIVRE ARBÍTRIO" SE ENCONTRA NAS ESCRITURAS?.EXISTE LIVRE ARBÍTRIO?











Deus criou o homem, concedendo-lhe o livre-arbítrio e o exercício deste livre-arbítrio é algo que só pode ser feito por nós que é a escolha.

O direito de escolha não se aplica, por exemplo, às situações do cotidiano, como a decisão entre um sorvete de chocolate ou de baunilha. Isto é apenas uma questão de preferência, a qual os animais também possuem. O livre-arbítrio, por sua vez, envolve decisões que só podem ser tomadas pelo homem e que se refletem na maneira como conduz a sua vida, tendo como base a imagem Divina.

O livre arbítrio inclui o princípio de que o homem tem consciência de que pode fazer opções, não deixando simplesmente que aconteçam; ou seja, o homem assume o controle das próprias decisões, sabendo que moldarão a sua vida. Por isso, é preciso sempre conhecer as razões para a tomada de decisão, os seus objetivos e, principalmente, ser responsável por suas decisões.

Para tomar as decisões adequadas às suas características individuais, é preciso que a pessoa se conheça. Não deve assumir como verdadeiros idéias e pensamentos predeterminados pela sociedade, a não ser que concorde integralmente com os mesmos. Deus espera que cada um seja responsável por suas decisões e que as tome sempre por si mesmo e não em função da sociedade.
Eleição: Do grego "eklegomai"; selecionar para si; escolher.

Há diferentes formas de interpretação quanto ao assunto "soberania de Deus e livre-arbítrio humano"; todas envolvidas em intermináveis polêmicas e acirradas discussões. Todavia, o que a Bíblia realmente ensina sobre o assunto? Nesta lição, estudaremos, à luz das Escrituras, a relação entre a soberania divina, o livre-arbítrio do homem e a salvação em Cristo. Oremos, pois, a fim de que, através do estudo do Livro de Deus, possamos conhecer cada vez mais, o Deus do Livro.

I. A ONIPOTÊNCIA DE DEUS

1. Deus é Onipotente. Ele tudo pode:"... operando eu, quem impedirá?" (Is 43.13). Em Gênesis, o Senhor afirma de si mesmo: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso" (Gn 17.1). O verdadeiro poder pertence ao Altíssimo (Sl 62.11; 1 Pe 4.11). Ele é o Criador (Gn 1.1; Jo 1.1-4) e, pela sua força, todas as coisas são preservadas (At 17.25,26; Hb 1.2,3; Sl 104.24). Deus é o Senhor, Todo-Poderoso, que sustenta sua criação através das leis por Ele estabelecidas (At 17.25; Sl 119.90,91).
2. A Onipotência e a vontade de Deus. Os atributos de Deus revelam o seu maravilhoso e irrepreensível caráter. Eles operam a vontade divina em perfeita harmonia e equilíbrio. O amor de Deus, por exemplo, não anula sua justiça e vice-versa. O Eterno jamais se contradiz e nunca entra em desacordo com sua revelação aos homens. O mesmo se pode afirmar da onipotência de Deus e sua vontade. O Senhor é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, todavia, só fará de fato o que está de acordo com sua santa vontade.
Certo teólogo afirmou que Deus "pode fazer tudo o que quer, mas não quer fazer tudo que pode". Isso significa que o poder de Deus está sob o controle de sua sábia vontade. Isto é, não há qualquer incoerência entre sua natureza santa e seu poder ilimitado. O Senhor que tudo pode (Jó 42.2), só faz o que lhe agrada (Sl 115.3).

O Senhor é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, todavia, só fará de fato o que está de acordo com sua vontade.

II. A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO

Deus, ao criar o homem, proveu-o de livre-arbítrio. Mas... O que é "livre-arbítrio"? É a faculdade mediante a qual o homem é dotado de poder para agir sem coações externas, e de acordo com sua própria vontade ou escolha. Uma vez que o homem fora criado livre, com capacidade de fazer suas próprias escolhas, como conciliar esse direito com a vontade divina? Para responder a esta pergunta, precisamos entender a vontade de Deus sob dois aspectos: ela é permissiva e diretiva.
1. Vontade permissiva e livre arbítrio. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. O que faz dele um ser moralmente semelhante ao Criador, é justamente a capacidade de fazer suas próprias escolhas; inclusive, aquelas que não estão de acordo com a vontade divina. Isto é o que se entende por vontade permissiva. O Eterno tem poder para impedir que o homem faça o mal ou bem, entretanto, lhe dá o direito de escolha (Gn 2.15-17; 3; 4.7; Dt 30.15-20; Gl 6.7-10). Na vontade permissiva, a soberania e a onipotência de Deus não violam o livre-arbítrio humano. No âmbito da salvação, Deus sabe perfeitamente quem o rejeitará, embora jamais interfira nesta decisão. A vontade de Deus é que todos os homens "se é salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.11). Todavia, como está patente em Is 1.19,20; Dt 30.19; Js 24.15; 1 Tm 1.19; 1 Co 10.12, o homem pode rejeitar a salvação.
2. Vontade diretiva e predestinação. A vontade diretiva de Deus opera em conformidade com sua sabedoria e soberania. Ele rege o curso da história, e controla o universo de acordo com seus eternos propósitos (Sl 33.11; At 2.23; Ef 1.4-9). Tudo o que planejou certamente será executado: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Is 43.13). Ler Is 14.26,27.
Absolutamente nada escapa à vontade diretiva de Deus. É nesse ponto que nos deparamos com a doutrina da predestinação. O Eterno, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que, conforme bem acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41). Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante essa bem-aventurança. É necessário que creia no Evangelho. Somente assim poderá ser considerado eleito. Tudo depende de como recebemos o chamamento do Evangelho: quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê será condenado. Deus predestinou a Igreja para ser "conforme à imagem de seu Filho" (Rm 8.29); para "filhos de adoção em Cristo" (Ef 1.5).

A vontade divina é permissiva e diretiva. As duas vontades operam em conformidade com os atributos divinos e com o livre-arbítrio humano.

III. PREDESTINAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO

1. A predestinação e o livre-arbítrio. A Bíblia enfatiza tanto a doutrina da predestinação divina, quanto o ensinamento do livre-arbítrio humano. Todavia, não encontramos nas Escrituras uma predestinação fatalista, em que uns são destinados à vida eterna e outros, à perdição. Da mesma forma, ela também não ensina uma livre-escolha absoluta, como se a salvação dependesse de obras, esforços ou méritos humanos. Os extremos nesse assunto são muito perigosos e acabam afirmando o que a Palavra de Deus não ensina. Portanto, devemos evitar dois graves erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-escolha humana; e enfatizar o livre-arbítrio humano em prejuízo da soberania divina.
A ênfase inconsequente à soberania de Deus leva o indivíduo a crer que sua conduta nada tem a ver com a sua salvação. Enquanto que a ênfase exagerada à livre-vontade do homem conduz a pessoa ao engano de que a salvação é dependente de boa conduta e obras humanas.
2. A obra redentora e a presciência de Deus. Uma interpretação bíblica livre de qualquer preconceito mostrará claramente que Deus predestinou todos os homens à salvação, mediante a obra redentora de Jesus (1 Tm 2.4; Is 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2). A despeito de Deus conhecer, antecipadamente, os que rejeitarão seu plano salvífico, sua presciência não interfere nem viola o livre-direito de escolha do homem. A predestinação é para os que desejam a salvação em Cristo, conforme lemos em 2 Ts 2.13: "elegidos desde o princípio para a salvação". Isso concorda com o que Paulo escreveu a Timóteo: "Tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação" (2 Tm 2.10).
Portanto, a predestinação fatalista contradiz dois atributos divinos: a justiça e o amor. Primeiro, porque torce a justiça divina, pois, nesse caso, Deus destinaria as pessoas antes mesmo de seu nascimento à perdição eterna. E segundo, porque põe em dúvida o ilimitado amor de Deus, por ensinar que o Senhor destinou os pecadores ao inferno sem lhes dar o direito e a oportunidade de arrependerem-se.

Devemos evitar dois erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-escolha; e o livre-arbítrio em prejuízo à soberania divina.

DEUS DEU TOTAL LIVRE ARBÍTRIO AOS SERES HUMANOS

INTRODUÇÃO: Passagem bíblica para estudo: Gênesis 2:9, 15-17
1. A árvore da ciência do bem e do mal aponta para o fato de que Adão e Eva foram criados livres, eles eram agentes morais livres para escolher o que quisessem.
2. A árvore do conhecimento do bem e do mal indica que Adão e Eva foram orientados que poderiam, mas não deveriam comer do seu fruto sem sofrer as consequências.
3. A árvore proibida no paraíso do Éden revela que Adão e Eva estavam em um ambiente onde poderiam escolher a opção de obedecer a Deus porque O amavam ou desobedecer-Lhe, insistindo na própria vontade deles em oposição à de Deus.

I. A ÁRVORE DA CIÊNCIA OU CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL NÃO ERA MALIGNA OU VENENOSA – Gênesis 2:15-17
1. Deus dirigiu a proibição aos seres humanos, não aos animais:Provavelmente animais comiam do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e nada lhes acontecia. Com esta proibição Deus informa aos seres humanos que eles têm total livre arbítrio, podem escolher livremente entre o bem e o mal.
2. Deus decretou a proibição para que os seres humanos soubessem que eles eram livres: Liberdade implica em responsabilidade. Se as pessoas não assumem responsabilidades por suas escolhas, sejam certas ou erradas, elas são privadas de qualquer característica de livre arbítrio que possa existir no ser humano. Sem liberdade não se desenvolve a confiança, nem o amor, nem um bom relacionamento.
3. Deus estabeleceu a proibição para que os humanos entendessem que  são superiores na criação do mundo: Deus fez os humanos superiores aos animais. Adão e Eva tinham raciocínio, poder de escolha, capacidade de desenvolvimento e responsabilidades intelectuais que os animais não tinham.
a) Deus não deu todo o conhecimento a Adão e Eva, eles deveriam adquirir mais conhecimento. Para isso deveriam ter atividades constantes (lavrar e guardar o jardim) e fazer escolhas (não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal).
b) Deus não deu um caráter rígido e fixo a Adão e Eva, eles deveriam desenvolver seu caráter agindo com responsabilidade e consciência (trabalhando e decidindo).
c) Deus não limitou a liberdade ou livre arbítrio de Adão e Eva, eles deveriam aprimorar exercitando-se ao trabalhar o corpo e a mente.

II. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL FOI CRIADA POR UM DEUS SÁBIO E AMOROSO – Gênesis 2:9, 16-17
1. Tal árvore não foi criada pelo diabo: A árvore não foi criada pela serpente, por Satanás ou por qualquer outra criatura. Satanás não é criador de nada, a não ser o autor da rebelião contra o governo de Deus.
2. Tal árvore não foi invenção do mal: A árvore não foi plantada com nenhuma semente rara, distinta, elaborada por Lúcifer em algum laboratório maquiavélico construído num lugar chamado inferno.
3. Tal árvore foi criada por Deus: Foi Deus que fez brotar a árvore da ciência do bem e do mal no jardim, e tudo o que Deus fez é bom (Genesis 2:9). Com esta árvore Deus criou a liberdade de escolha para os humanos. A liberdade é boa, o livre arbítrio também é bom; mas liberdade de escolha só existe quando é possível exercitá-la, e para isso deve haver opções. Os resultados da desobediência são consequências naturais por não confiar em Deus, não é uma imposição ou vingança divina. Não haveria verdadeira liberdade se Deus não explicasse as consequências de cada decisão que se tomasse.

III. A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL OBJETIVAVA O DESENVOLVIMENTO DO INTELECTO HUMANO – Gênesis 2:16-17
1. Deus desejava que os humanos desenvolvessem o juízo moral dado por Ele: Deus queria que Adão e Eva desenvolvessem criteriosamente seu juízo moral, o fato de ter dado tal ordem nos diz que o Criador dera discernimento ao ser humano, mas deveria exercitá-lo.
2. Deus desejava que os humanos desenvolvessem laços de confiança nEle: Deus desejava que Adão e Eva e futuramente seus descendentes soubessem que os seres humanos, por não serem oniscientes, não podem decidir por si mesmo o que é bom ou mal, sem considerar a vontade revelada de Deus.
3. Deus desejava que os humanos desenvolvessem forte relacionamento com Ele: Deus garantiu a liberdade, mas não a independência com relação e Ele. Qualquer tentativa de existir independente de Deus tem como consequência e extinção, a morte. Por isso, cada pessoa deve dar satisfação de sua vida ao Criador; pois como criaturas é impossível a existência sem o Criador.

CONCLUSÃO:
1. Somos filhos de Deus e como dependentes devemos voltar a agir como criança, sem buscar qualquer autonomia, pois tal atitude implica em rebelião contra nosso Criador. A morte é a consequência certa da livre escolha humana de dar rédeas soltas à rebelião contra o autor da vida.
2. Somos criaturas limitadas, mas com capacidade de desenvolvimento físico, mental e espiritual; por isso precisamos desenvolver o conhecimento e o amadurecimento que formarão nosso caráter.
3. Somos criaturas desenvolvíveis, nosso cérebro não é estático, ele tem capacidade de se desenvolver, ampliar a visão e alcançar novos horizontes quando dependemos do Criador e de Sua revelação.

APELO:
1. Aceite que desobedecer a Deus implica em rebelião contra o autor da vida.
2. Entenda que a verdadeira liberdade está na plena dependência de Deus.
3. Reconheça que longe de autor da vida você se torna escravo da morte.
Fonte:
http://portal-biblico.blogspot.com.br/2012/09/deus-deu-total-livre-arbitrio-aos-seres.html
http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2008/2008_04_05.htm


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