Deus criou o homem, concedendo-lhe o livre-arbítrio
e o exercício deste livre-arbítrio é algo que só pode ser feito por nós que é a
escolha.
O direito de escolha não se aplica, por exemplo, às
situações do cotidiano, como a decisão entre um sorvete de chocolate ou de
baunilha. Isto é apenas uma questão de preferência, a qual os animais também
possuem. O livre-arbítrio, por sua vez, envolve decisões que só podem ser
tomadas pelo homem e que se refletem na maneira como conduz a sua vida, tendo
como base a imagem Divina.
O livre arbítrio inclui o princípio de que o homem
tem consciência de que pode fazer opções, não deixando simplesmente que aconteçam;
ou seja, o homem assume o controle das próprias decisões, sabendo que moldarão
a sua vida. Por isso, é preciso sempre conhecer as razões para a tomada de
decisão, os seus objetivos e, principalmente, ser responsável por suas
decisões.
Para tomar as decisões adequadas às suas
características individuais, é preciso que a pessoa se conheça. Não deve
assumir como verdadeiros idéias e pensamentos predeterminados pela sociedade, a
não ser que concorde integralmente com os mesmos. Deus espera que cada um seja
responsável por suas decisões e que as tome sempre por si mesmo e não em função
da sociedade.
Eleição: Do grego "eklegomai"; selecionar
para si; escolher.
Há diferentes
formas de interpretação quanto ao assunto "soberania de Deus e
livre-arbítrio humano"; todas envolvidas em intermináveis polêmicas e
acirradas discussões. Todavia, o que a Bíblia realmente ensina sobre o assunto?
Nesta lição, estudaremos, à luz das Escrituras, a relação entre a soberania
divina, o livre-arbítrio do homem e a salvação em Cristo. Oremos, pois, a fim
de que, através do estudo do Livro de Deus, possamos conhecer cada vez mais, o
Deus do Livro.
I. A ONIPOTÊNCIA DE DEUS
1. Deus é
Onipotente. Ele tudo pode:"... operando eu, quem impedirá?" (Is
43.13). Em Gênesis, o Senhor afirma de si mesmo: "Eu sou o Deus
Todo-Poderoso" (Gn 17.1). O verdadeiro poder pertence ao Altíssimo (Sl
62.11; 1 Pe 4.11). Ele é o Criador (Gn 1.1; Jo 1.1-4) e, pela sua força, todas
as coisas são preservadas (At 17.25,26; Hb 1.2,3; Sl 104.24). Deus é o Senhor,
Todo-Poderoso, que sustenta sua criação através das leis por Ele estabelecidas
(At 17.25; Sl 119.90,91).
2. A
Onipotência e a vontade de Deus. Os atributos de Deus revelam o seu maravilhoso
e irrepreensível caráter. Eles operam a vontade divina em perfeita harmonia e
equilíbrio. O amor de Deus, por exemplo, não anula sua justiça e vice-versa. O
Eterno jamais se contradiz e nunca entra em desacordo com sua revelação aos
homens. O mesmo se pode afirmar da onipotência de Deus e sua vontade. O Senhor
é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, todavia, só fará de fato o que está
de acordo com sua santa vontade.
Certo teólogo
afirmou que Deus "pode fazer tudo o que quer, mas não quer fazer tudo que
pode". Isso significa que o poder de Deus está sob o controle de sua sábia
vontade. Isto é, não há qualquer incoerência entre sua natureza santa e seu
poder ilimitado. O Senhor que tudo pode (Jó 42.2), só faz o que lhe agrada (Sl
115.3).
O Senhor é
poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, todavia, só fará de fato o que está
de acordo com sua vontade.
II. A SOBERANIA DE DEUS E O LIVRE-ARBÍTRIO
HUMANO
Deus, ao criar o
homem, proveu-o de livre-arbítrio. Mas... O que é "livre-arbítrio"? É
a faculdade mediante a qual o homem é dotado de poder para agir sem coações
externas, e de acordo com sua própria vontade ou escolha. Uma vez que o homem
fora criado livre, com capacidade de fazer suas próprias escolhas, como
conciliar esse direito com a vontade divina? Para responder a esta pergunta,
precisamos entender a vontade de Deus sob dois aspectos: ela é permissiva e
diretiva.
1. Vontade
permissiva e livre arbítrio. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. O que faz dele um
ser moralmente semelhante ao Criador, é justamente a capacidade de fazer suas
próprias escolhas; inclusive, aquelas que não estão de acordo com a vontade
divina. Isto é o que se entende por vontade permissiva. O Eterno tem poder para
impedir que o homem faça o mal ou bem, entretanto, lhe dá o direito de escolha
(Gn 2.15-17; 3; 4.7; Dt 30.15-20; Gl 6.7-10). Na vontade permissiva, a
soberania e a onipotência de Deus não violam o livre-arbítrio humano. No âmbito
da salvação, Deus sabe perfeitamente quem o rejeitará, embora jamais interfira
nesta decisão. A vontade de Deus é que todos os homens "se é salvem e
venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.11). Todavia, como está patente
em Is 1.19,20; Dt 30.19; Js 24.15; 1 Tm 1.19; 1 Co 10.12, o homem pode rejeitar
a salvação.
2. Vontade
diretiva e predestinação. A vontade diretiva de Deus opera em conformidade com sua
sabedoria e soberania. Ele rege o curso da história, e controla o universo de
acordo com seus eternos propósitos (Sl 33.11; At 2.23; Ef 1.4-9). Tudo o que
planejou certamente será executado: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou;
e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem
impedirá?" (Is 43.13). Ler Is 14.26,27.
Absolutamente
nada escapa à vontade diretiva de Deus. É nesse ponto que nos deparamos com a
doutrina da predestinação. O Eterno, em seu profundo e inigualável amor,
predestinou todos os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao
lago de fogo que, conforme bem acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e
seus anjos (Mt 25.41). Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não
lhe garante essa bem-aventurança. É necessário que creia no Evangelho. Somente
assim poderá ser considerado eleito. Tudo depende de como recebemos o
chamamento do Evangelho: quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê
será condenado. Deus predestinou a Igreja para ser "conforme à imagem de
seu Filho" (Rm 8.29); para "filhos de adoção em Cristo" (Ef
1.5).
A vontade
divina é permissiva e diretiva. As duas vontades operam em conformidade com os
atributos divinos e com o livre-arbítrio humano.
III. PREDESTINAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO
1. A
predestinação e o livre-arbítrio. A Bíblia enfatiza tanto a doutrina da
predestinação divina, quanto o ensinamento do livre-arbítrio humano. Todavia,
não encontramos nas Escrituras uma predestinação fatalista, em que uns são
destinados à vida eterna e outros, à perdição. Da mesma forma, ela também não ensina
uma livre-escolha absoluta, como se a salvação dependesse de obras, esforços ou
méritos humanos. Os extremos nesse assunto são muito perigosos e acabam
afirmando o que a Palavra de Deus não ensina. Portanto, devemos evitar dois
graves erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-escolha
humana; e enfatizar o livre-arbítrio humano em prejuízo da soberania divina.
A ênfase
inconsequente à soberania de Deus leva o indivíduo a crer que sua conduta nada
tem a ver com a sua salvação. Enquanto que a ênfase exagerada à livre-vontade
do homem conduz a pessoa ao engano de que a salvação é dependente de boa
conduta e obras humanas.
2. A obra
redentora e a presciência de Deus. Uma interpretação bíblica livre de qualquer
preconceito mostrará claramente que Deus predestinou todos os homens à
salvação, mediante a obra redentora de Jesus (1 Tm 2.4; Is 55.1; Mt 11.28,29; 2
Co 6.2). A despeito de Deus conhecer, antecipadamente, os que rejeitarão seu
plano salvífico, sua presciência não interfere nem viola o livre-direito de
escolha do homem. A predestinação é para os que desejam a salvação em Cristo,
conforme lemos em 2 Ts 2.13: "elegidos desde o princípio para a
salvação". Isso concorda com o que Paulo escreveu a Timóteo: "Tudo
sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação"
(2 Tm 2.10).
Portanto, a
predestinação fatalista contradiz dois atributos divinos: a justiça e o amor.
Primeiro, porque torce a justiça divina, pois, nesse caso, Deus destinaria as
pessoas antes mesmo de seu nascimento à perdição eterna. E segundo, porque põe
em dúvida o ilimitado amor de Deus, por ensinar que o Senhor destinou os
pecadores ao inferno sem lhes dar o direito e a oportunidade de
arrependerem-se.
Devemos evitar
dois erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-escolha; e o
livre-arbítrio em prejuízo à soberania divina.
DEUS DEU TOTAL LIVRE ARBÍTRIO AOS
SERES HUMANOS
INTRODUÇÃO: Passagem bíblica para estudo: Gênesis
2:9, 15-17
1. A árvore da ciência
do bem e do mal aponta para o fato de que Adão e Eva foram criados livres, eles
eram agentes morais livres para escolher o que quisessem.
2. A árvore do
conhecimento do bem e do mal indica que Adão e Eva foram orientados que
poderiam, mas não deveriam comer do seu fruto sem sofrer as consequências.
3. A árvore proibida
no paraíso do Éden revela que Adão e Eva estavam em um ambiente onde poderiam
escolher a opção de obedecer a Deus porque O amavam ou desobedecer-Lhe,
insistindo na própria vontade deles em oposição à de Deus.
I. A ÁRVORE DA CIÊNCIA
OU CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL NÃO ERA MALIGNA OU VENENOSA – Gênesis 2:15-17
1. Deus dirigiu a
proibição aos seres humanos, não aos animais:Provavelmente animais comiam do fruto
da árvore do conhecimento do bem e do mal e nada lhes acontecia. Com esta
proibição Deus informa aos seres humanos que eles têm total livre
arbítrio, podem escolher livremente entre o bem e o mal.
2. Deus decretou a
proibição para que os seres humanos soubessem que eles eram livres: Liberdade
implica em responsabilidade. Se as pessoas não assumem responsabilidades por
suas escolhas, sejam certas ou erradas, elas são privadas de qualquer
característica de livre arbítrio que possa existir no ser humano. Sem liberdade
não se desenvolve a confiança, nem o amor, nem um bom relacionamento.
3. Deus estabeleceu
a proibição para que os humanos entendessem que são superiores na criação
do mundo: Deus
fez os humanos superiores aos animais. Adão e Eva tinham raciocínio, poder de
escolha, capacidade de desenvolvimento e responsabilidades intelectuais que os
animais não tinham.
a) Deus não deu todo o
conhecimento a Adão e Eva, eles deveriam adquirir mais conhecimento. Para isso
deveriam ter atividades constantes (lavrar e guardar o jardim) e fazer escolhas
(não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal).
b) Deus não deu um
caráter rígido e fixo a Adão e Eva, eles deveriam desenvolver seu caráter
agindo com responsabilidade e consciência (trabalhando e decidindo).
c) Deus não limitou a
liberdade ou livre arbítrio de Adão e Eva, eles deveriam aprimorar
exercitando-se ao trabalhar o corpo e a mente.
II. A ÁRVORE DO
CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL FOI CRIADA POR UM DEUS SÁBIO E AMOROSO – Gênesis
2:9, 16-17
1. Tal árvore não foi
criada pelo diabo: A árvore não foi criada pela serpente, por
Satanás ou por qualquer outra criatura. Satanás não é criador de nada, a não
ser o autor da rebelião contra o governo de Deus.
2. Tal árvore não foi
invenção do mal: A árvore não foi plantada com nenhuma semente
rara, distinta, elaborada por Lúcifer em algum laboratório maquiavélico
construído num lugar chamado inferno.
3. Tal árvore foi
criada por Deus: Foi Deus que fez brotar a árvore da ciência
do bem e do mal no jardim, e tudo o que Deus fez é bom (Genesis 2:9). Com esta
árvore Deus criou a liberdade de escolha para os humanos. A liberdade é boa, o
livre arbítrio também é bom; mas liberdade de escolha só existe quando é
possível exercitá-la, e para isso deve haver opções. Os resultados da
desobediência são consequências naturais por não confiar em Deus, não é uma
imposição ou vingança divina. Não haveria verdadeira liberdade se Deus não
explicasse as consequências de cada decisão que se tomasse.
III. A
ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL OBJETIVAVA O DESENVOLVIMENTO DO
INTELECTO HUMANO – Gênesis 2:16-17
1. Deus desejava que
os humanos desenvolvessem o juízo moral dado por Ele: Deus queria
que Adão e Eva desenvolvessem criteriosamente seu juízo moral, o fato de ter
dado tal ordem nos diz que o Criador dera discernimento ao ser humano, mas
deveria exercitá-lo.
2. Deus desejava que
os humanos desenvolvessem laços de confiança nEle: Deus desejava
que Adão e Eva e futuramente seus descendentes soubessem que os seres humanos,
por não serem oniscientes, não podem decidir por si mesmo o que é bom ou mal,
sem considerar a vontade revelada de Deus.
3. Deus desejava que
os humanos desenvolvessem forte relacionamento com Ele: Deus garantiu
a liberdade, mas não a independência com relação e Ele. Qualquer tentativa de
existir independente de Deus tem como consequência e extinção, a morte. Por
isso, cada pessoa deve dar satisfação de sua vida ao Criador; pois como
criaturas é impossível a existência sem o Criador.
CONCLUSÃO:
1. Somos filhos de
Deus e como dependentes devemos voltar a agir como criança, sem buscar qualquer
autonomia, pois tal atitude implica em rebelião contra nosso Criador. A morte é
a consequência certa da livre escolha humana de dar rédeas soltas à rebelião
contra o autor da vida.
2. Somos criaturas
limitadas, mas com capacidade de desenvolvimento físico, mental e espiritual;
por isso precisamos desenvolver o conhecimento e o amadurecimento que formarão
nosso caráter.
3. Somos criaturas
desenvolvíveis, nosso cérebro não é estático, ele tem capacidade de se
desenvolver, ampliar a visão e alcançar novos horizontes quando dependemos do
Criador e de Sua revelação.
APELO:
1. Aceite que
desobedecer a Deus implica em rebelião contra o autor da vida.
2. Entenda que a
verdadeira liberdade está na plena dependência de Deus.
3. Reconheça que longe
de autor da vida você se torna escravo da morte.
Fonte:
http://portal-biblico.blogspot.com.br/2012/09/deus-deu-total-livre-arbitrio-aos-seres.html
http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2008/2008_04_05.htm
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