O cristão pode ser rico?.
É errado o cristão ser rico? E
viver atolado em dívidas?
Cinco termos
hebraicos que descrevem a prosperidade no Antigo Testamento
1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum
para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom
resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade".
Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33)
e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material
ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A
Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar".
A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de
um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para
desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A
prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta
Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou
abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada
junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas
folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a
soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).
2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro
termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa
"viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos
contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e
vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e
de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não
morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o
rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei
em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se
refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se
da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também
relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é
traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".
3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo
Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio",
"agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta
palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em
todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar
a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do
hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco",
"imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e
loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era
sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos
de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38).
Nabal não agiu com śēkel, isto é, "sabedoria",
"prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve
sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu
sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio
Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1
Sm 18.14 ler vv.12,15). Nesses versículos temos a relação mútua entre dois
conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente
em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era
com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio
e prudente.
4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras
"tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar
descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo
também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que
pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que
pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha
prosperidade [shālâ]: Não vacilarei
jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá
origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias
fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência
fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade
que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o
louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte:
"Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida
para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após
o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema, o rapsodo fala a
respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranquilo e
impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu
orgulho e confiança na riqueza foram abatidos. A confiança na estabilidade da
prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve,
Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10). O
patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade"
advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades:
"Descansado [shālâ] estava eu, porém
ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem
pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza
das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A
prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode
produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez
23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na
prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas
promessas das Escrituras.
5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos
prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu.
Literamente significa "engordar", "ser gordo" e,
consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica
Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo
"gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo,
diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres
lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades
concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da
prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam
prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras,
necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagens como essas eram
frequentes no Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado, sempre gordo,
refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários,
enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os
judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade
utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do
interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho:
"Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da
abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida).
Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo
"gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra".
Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo
semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz
respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema
felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).
Eu recomendo muito o uso do dinheiro, pois é um bem sem o qual é
muito difícil viver! Ao contrário do que muitos cristãos acreditam, o dinheiro
não é absolutamente a raiz de todos os males, a Bíblia diz que o dinheiro é a
raiz de todos os males!?." Você está enganado. Em 1 Timóteo 6:10, a Bíblia diz:
"Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e
nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com
muitas dores."[ênfase adicionada].
Veja, o dinheiro é uma parte necessária a vida e certamente não
é intrinsecamente mau nem bom. Ele é uma das muitas "coisas" na vida
de um cristão das quais o Senhor, na verdade, é o dono, mas permite que usemos
como Seus mordomos. Quando utilizamos corretamente as "coisas" que
Ele coloca ao nosso dispor, e mantemos uma atitude correta com relação a elas,
Ele freqüentemente as multiplica. Quando adotamos a atitude errada com relação
às "coisas" é que entramos em problemas. Se desenvolvermos um amor,
um desejo desordenado por essas coisas, isso se torna um pecado em nossas
vidas. Novamente, o dinheiro e os outros bens materiais não são pecaminosos em
si mesmos. Na verdade, são muito bons e, se nos comportarmos e praticarmos a
boa mordomia, Deus pode achar adequado permitir que usemos parte deles! No
entanto, deixe-me dizer logo que não existem garantias. O "Evangelho da
Prosperidade" que alguns estão pregando é tão falso e vazio quanto uma
nota de três reais. É um fato que Deus prometeu prosperidade espiritual e
financeira aos israelitas no Antigo Testamento, mas ambas eram condicionadas à
obediência a Ele. Em nenhum lugar você encontrará uma promessa semelhante para
os cristãos no Novo Testamento. Na verdade, a Bíblia nos diz que nosso caminhar
com Cristo será duro e quanto mais perto procurarmos estar dEle, mais difícil
ficará essa caminhada. Neste aspecto, o cristianismo é absolutamente diferente
em comparação com todas as religiões do mundo.
Em 2 Timóteo 3:12, a Bíblia diz: "E também todos os que piamente
querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.".
Embora seja verdade que a riqueza é uma bênção de Deus, a
pobreza não deve ser vista como desfavor, pois em certo sentido, liberta o
indivíduo de tremendas responsabilidades e tentações. Lucas 12:48b diz: "... a qualquer que muito for dado,
muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe
pedirá." O
ensino do Novo Testamento tem muito a dizer sobre qual deve ser nossa atitude
com relação às coisas que Deus confiou aos nossos cuidados. Vejamos:
Na parábola do Semeador, em Lucas 8:14, o Senhor diz o seguinte sobre a semente que cai
entre espinhos:
"E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e,
indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e
não dão fruto com perfeição."
Nesse verso, o Senhor nos diz que a semente é a Palavra de Deus
e quando as pessoas a ouvem e permitem que as ansiedades, cuidados, riquezas e
deleites desta vida diluam a mensagem, deixam de amadurecer na fé. Como
cristãos, se quisermos fazer progressos no nosso caminhar com Cristo, a Palavra
de Deus precisa ser mais preciosa para nós do que qualquer coisa que o mundo
tenha para nos oferecer.
Em Mateus 6:19-21, o Senhor disse o seguinte sobre os tesouros
terreais:
"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem
tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu,
onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem
roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso
coração."
A eternidade é para sempre (!) e é tolice demais sacrificar os
tesouros do céu pelas riquezas deste mundo. No entanto, é exatamente isso que
muitos cristãos fazem rotineiramente quando ficam enamorados com os bens
materiais. Estou convencido que nosso Deus atribui soberanamente a cada um de
nós uma posição relativa na vida — nosso status financeiro e material,
juntamente com as capacidades co-relacionadas (ou a falta de capacidades)
pertinentes a essa posição. Sejamos francos, nem todos têm o intelecto ou a
capacidade de acumular riqueza e lidar com ela da forma correta. Alguns têm
essa capacidade e graças a Deus por eles poderem gozar os frutos de seu
trabalho. Outros irmãos fazem o melhor que podem, mas passam a vida inteira
lutando apenas para satisfazerem suas necessidades básicas de alimentação e
vestuário. Experimentamos a verdadeira felicidade e o contentamento espiritual
quando descobrimos qual é nosso nicho respectivo na vida e então fazemos o
melhor que pudermos, enquanto pudermos! Entramos em problemas quando não
estamos satisfeitos com a provisão de Deus e cobiçamos mais do que Ele sabe que
é melhor para nós. Ambição e desejo de progresso material somente são naturais
e corretos quando não forçamos a coisa. Se Deus quiser que prosperemos em
nossos empregos e ganhemos mais dinheiro, Ele fará isso acontecer.
Quando Ele abrir as portas, poderemos passar por elas.
Infelizmente, muitos cristãos não compreendem isso e quebram a cara ao tentarem
passar por portas que estão fechadas! Isso é enfatizado pelas palavras de Cristo
em Lucas 12:15:
"E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do
que possui.".
O perigo espiritual subjacente que está associado com o dinheiro
e com os bens materiais é que eles podem facilmente se transformar em ídolos em
nossas vidas. Muitas pessoas acham que um ídolo é somente uma figura feita de
madeira ou de pedra que é colocada em um templo e que é adorada. Não, um ídolo
é qualquer coisa que fique entre nós e Deus! Deus quer nossa total fidelidade a
Ele, exatamente como marido e mulher requerem um do outro. Ele fica ofendido
quando desviamos nosso amor e atenção dEle para qualquer outra coisa.
Esse conceito é delineado em Mateus 6:24: "Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.".
O apóstolo Paulo também falou sobre o dinheiro e os bens
materiais e, em sua primeira carta a Timóteo, adverte os cristãos,
particularmente os pregadores, sobre o uso incorreto do dinheiro. Em 1 Timóteo 6, começamos nossa leitura
no meio do verso 5 e continuamos até o verso 9, depois no verso 17:
"Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados
da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas
é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este
mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com
que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos
caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína... Manda aos ricos deste mundo que não
sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus,
que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.".
Nossa sociedade valoriza excessivamente a riqueza e os bens
materiais. As pessoas são classificadas de acordo com a renda: classe baixa,
classe média e classe alta, ou, às vezes, em classes A, B, C, D e E. Somos
constantemente bombardeados com propagandas que procuram despertar o desejo da
pessoa de "subir na escala social". Isso se tornou parte da realidade
cotidiana. Algumas propagandas recorrem ao tema: "Você merece..." ou "Você
deve isso a si mesmo..." As agências de propaganda conhecem bem a natureza
humana e a exploram habilmente para promover os produtos e serviços. Nós,
criaturas pecadoras, temos uma fraqueza natural com relação aos prazeres e aos
bens materiais e eles a exploraram para seu ganho financeiro! Como cristãos,
precisamos estar vigilantes contra esses estímulos.
É também triste observar cristãos que não têm a força de vontade
para praticar a mordomia correta daquilo que Deus lhes deu. O desejo de ter, de
obter e de usar cresceu até um ponto em que milhões de pessoas se encontram
endividadas e alguns cristãos certamente também se enquadram nessa situação.
Satanás fez com que o crédito facilitado arruinasse o testemunho de inúmeros
cristãos. Ninguém deveria se endividar além da sua capacidade financeira de
pagar, especialmente aqueles que professam o nome de Jesus Cristo. Fazer isso é
trazer reprovação sobre si mesmo e sobre seu Salvador. Aqueles pequenos cartões
de plástico são muito fáceis de obter, mas certamente atuam como um narcótico
para algumas pessoas e, sem que percebam, as dívidas e os juros começam a se
acumular. Pessoas que nunca jogariam em um cassino contraem dívidas com seus
cartões de crédito e isso nos faz perguntar qual é a diferença essencial? Saber
que você não poderá pagar depois e precisará rolar a dívida, pagando juros
extorsivos, é pecaminoso se foi por falta de domínio próprio que você contraiu
aquela dívida. Quando considerarmos o fato que somos mordomos do Senhor e que
estamos fazendo mal uso do dinheiro dEle, isso deve colocar as coisas sob a
perspectiva correta.
Meu conselho a você que está em dívidas é sair dessa situação o
mais rápido que puder — mesmo que para isso precise se desfazer de algumas
coisas que o levaram a essa situação. (Não estamos falando aqui de
financiamentos imobiliários e outras dívidas dessa natureza, pois elas têm a
garantia do próprio imóvel). Ao enfrentar uma situação de dívida além da
capacidade financeira, o modo mais fácil de sair é declarar falência pessoal e
deixar os credores a ver navios. No entanto, Deus não permite que um de Seus
filhos faça uma coisa dessas! Pode ser legal juridicamente, mas não é ético
para o cristão. Se você estiver enfrentando uma situação dessas, faça a coisa
certa e procure renegociar a dívida com os credores, alargando os prazos ou
reduzindo os juros — mesmo que precise passar o resto da vida trabalhando em
dois empregos para corrigir a situação! Eles não torceram seu braço,
obrigando-o a contrair as dívidas; a culpa pelos gastos excessivos foi sua.
Agora, o mínimo que você precisa fazer é um esforço honesto para pagar o que
deve. Agir de forma contrária é arruinar completamente seu testemunho e
envergonhar o nome do Senhor Jesus Cristo.
O Espírito Santo, falando por intermédio do apóstolo Paulo, tem
o seguinte conselho maravilhoso para nós:
"Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque
nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça
alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores." [1 Timóteo 6:6-10].
Quando a ênfase em nossa vida for colocada corretamente na
piedade, obteremos o contentamento pessoal como resultado. Afinal, o que pode
ser melhor que ter nossas necessidades atendidas e dormir com uma consciência
tranqüila?
Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive
uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos.
Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito
Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão,
com oração e estudo da Bíblia.
Se você nunca colocou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim
dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode
fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como
seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode
ter a certeza de que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente.
Fonte:
http://teologiaegraca.blogspot.com.br/2007/11/prosperidade-no-antigo-testamento-cinco.html
1. Tsālēach: a prosperidade como fruto de uma vida bem-sucedida. No Antigo Testamento a palavra hebraica mais comum para descrever a prosperidade é tsālēach, isto é,"ter sucesso", "dar bom resultado", "experimentar abundância" e "fecundidade". Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias "buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar". A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2 Cr 26.7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a "árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl 1.3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade (confira shālâ).
2. Chāyâ: a prosperidade de uma vida longeva. Um outro termo hebraico que descreve a vida próspera é chāyâ. Literalmente a palavra significa "viver" ou "permanecer vivo", entretanto, em certos contextos significa "viver prosperamente": "Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de trigo e de mosto, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras, de azeite e de mel; e assim vivereis e não morrereis" (2 Rs 18.32). Em 1 Samuel 10.24, a frase "Viva o rei!", quer dizer "Viva prosperamente o rei!"; "Viva o rei em prosperidade". Nesses dois contextos, chāyâ se refere à "fartura de dias", "longevidade", "livrar-se da morte" e, consequentemente, "prosperidade". O termo também relaciona-se à saúde física e a cura de enfermidades. Em Js 5.8, o termo é traduzido por "sarar", "recuperar a saúde".
3. Śākal: a sabedoria que traz prosperidade. Um outro termo muito significativo no Antigo Testamento é śākal. Textualmente significa "ser sábio", "agir sabiamente" e, por extensão, "ter sucesso". Esta palavra está relacionada à vida prudente, ao agir cautelosa e sabiamente em todos os momentos e circunstâncias. Um exemplo negativo que serve para ilustrar a importância do que estamos afirmando é o marido de Abigail. Nabal, do hebraico nābāl, ipsis litteris, "louco", "imprudende", "tolo", demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1 Sm 25.10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1 Sm 25.37,38). Nabal não agiu com śēkel, isto é, "sabedoria", "prudência"; não procedeu prudentemente, portanto, "não teve sucesso", "não foi próspero". Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: "E Davi se conduzia com prudência [śākal] em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele" (1 Sm 18.14 ler vv.12,15). Nesses versículos temos a relação mútua entre dois conceitos: O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Em alguns textos śākal diz respeito à prosperidade que advém do comportamento sábio e prudente.
4. Shālâ: o estado de impertubabilidade da prosperidade. O vocábulo procede de uma raiz da qual se deriva as palavras "tranquilidade" e "sossego". O termo significa "estar descansado", "estar próspero", "prosperidade". O termo também diz respeito à prosperidade do ímpio (Jr 12.1). Porém, o foco que pretendo destacar é o flagrante estado de "impertubabilidade" que pode levar ao orgulho. No Salmo 30. 6 o poeta afirma: "Eu dizia na minha prosperidade [shālâ]: Não vacilarei jamais". Derek Kidner (1981, p.148) afirma que a raiz hebraica que dá origem a palavra prosperidade nesse versículo refere-se às "circunstâncias fáceis, ao ponto de vista despreocupado, ao descuido e à complacência fatal" (Jr 22.21; Pv 1.32). Provérbios 1.32 revela com muita propriedade que "a prosperidade dos loucos os destruirá". O Salmo 30 descreve o louvor pelo recebimento da cura divina e pelo livramento da morte: "Senhor, fizeste subir a minha alma da sepultura; conservaste-e a vida para que não descesse ao abismo" (v.3). A salmodia foi composta logo após o restabelecimento da saúde física do salmista. Neste poema, o rapsodo fala a respeito de sua prosperidade e de como sentia-se seguro, tranquilo e impertubável até que a calamidade adentrou nos umbrais de sua frágil vida e seu orgulho e confiança na riqueza foram abatidos. A confiança na estabilidade da prosperidade cede lugar à confiança inabalável na bondade divina: "Ouve, Senhor, e tem piedade de mim; Senhor, sê o meu auxílio" (v.10). O patriarca Jó também alude ao "descanso" e "tranquilidade" advindas da prosperidade e como de súbito foi apanhado pelas adversidades: "Descansado [shālâ] estava eu, porém ele me quebrantou" (Jó 16.12a). Paulo, muito tempo depois orienta ao jovem pastor Timóteo para que exorte os ricos a não porem a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente dá todas as coisas (1 Tm 1.17). A prosperidade anunciada por meio do vocábulo shālâ pode produzir, como afirma o teólogo Victor Hamilton, "despreocupação" (Ez 23.41; Pv 1.32). Portanto, esse termo afirma o perigo que subjaz na prosperidade. Esta não deve substituir a confiança em Deus e nas santas promessas das Escrituras.
5. Dāshēm: a prosperidade abundante. Este termo é mais frequente nos textos poéticos do que nos prosaicos. Logo, trata-se de um vocábulo poético e idiomático hebreu. Literamente significa "engordar", "ser gordo" e, consequentemente, "ser próspero". Em nossa obra, Hermenêutica Fácil e Descomplicada (CPAD) explicarmos detalhadamente o hebraísmo "gordura" nas páginas 212, 213, 214 e 215. O Salmo 63.5, por exemplo, diz: "A minha alma se farta, como de tutano e de gordura [dāshēm]; e a minha boca te louva com alegres lábios". O hebraísmo dāshēm, isto é, gordura, descreve duas verdades concernentes à prosperidade: suficiência e sentimento de bem-estar advindo da prosperidade. Em Gênesis 41 aprendemos que as vacas gordas representam prosperidade, suficiência, abundância e felicidade (vv.26,29), enquanto as magras, necessidade, escassez, fome e tristeza (vv.27,30). Imagens como essas eram frequentes no Crescente Fértil. Nos períodos áureos, o gado, sempre gordo, refletia a prosperidade da terra, trazendo alegria a seus proprietários, enquanto o rebanho magro refletia a miséria e infortúneo. Desde então, os judeus, nada afeitos a termos abstratos, preferiram designar a prosperidade utilizando-se de imagens como gordura, vacas gordas e tutanos (gordura do interior dos ossos). Veja, por exemplo, a bênção de Isaque sobre o seu filho: "Assim, pois Deus te dê do orvalho do céu, da gordura da terra, e da abundância de trigo e mosto" (Gn 27.28 Edição Contemporânea de Almeida). Na tradução, a ARA (Almeida Revista e Atualizada) omite o hebraísmo "gordura da terra", mas traduz por "exuberância da terra". Embora o termo hebraico em Gênesis seja outro, participa do mesmo campo semântico de dāshēm, gordura, assim como o vocábulo chādal, isto é, ser gordo ou próspero. Este termo, por sua vez, diz respeito a prosperidade abundande, que salta aos olhos e traz extrema felicidade e contentamento (Pv 11.25; 13.4).
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