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A SUPREMA ASPIRAÇÃO DO CRENTE
(Fp 3.12-17)
INTRODUÇÃO
Nesta lição destacaremos quais eram as aspirações do apóstolo Paulo,
veremos também as atitudes que ele deveria tomar para alcançar este objetivo.
Analisaremos ainda, nas palavras do próprio apóstolo que, assim como o atleta
numa corrida tem como motivação a recompensa, semelhantemente ele prosseguia
para o alvo “pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14-b). Por fim,
estudaremos quais as três fases da perfeição cristã.
I - ASPIRAÇÕES QUE PAULO DESEJAVA ALCANÇAR
Em (Fp 3.11-17) encontramos algumas aspirações do apóstolo Paulo. O
Aurélio define a palavra “aspiração” como: “desejo intenso de alcançar um
objetivo, um alvo”. Vejamos nas palavras do próprio apóstolo quais eram estasaspirações:
1.1 A ressurreição. Paulo sabia que, estando preso em Roma, poderia
estar perto da morte (Fp 2.17). Apesar disso, podia dizer com convicção:“...Cristo será, tanto agora
como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fp 2.20-b). Se permanecesse
vivo até que Cristo voltasse, ansiava por receber um corpo glorioso (Fp 3.21).
E, se viesse a morrer aspirava por participar da ressurreição dos mortos“Para ver se de alguma maneira
posso chegar à ressurreição dentre os mortos” (Fp 3.11). Biblicamente essa é
chamada de primeira ressurreição e ocorrerá por ocasião
do arrebatamento da igreja (I Co 15.23,24; 51,52; I Ts 4.16,17).
1.2 A perfeição futura. O apóstolo Paulo como um cristão equilibrado
afirmava não haver alcançado ainda a perfeição, no entanto, diz que era isso o
que ele tinha como suprema aspiração “Não que já a tenha alcançado, ou que
seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso
por Cristo Jesus” (Fp 3.12). A expressão “perfeição” usada pelo apóstolo neste texto no
grego é teleiõsis que denota“realização, conclusão, perfeição, um fim realizado
como o efeito de um processo” (VINE, 2002, p. 869). De acordo com o Novo
Testamento, a perfeição absoluta do caráter cristão somente há de ser atingida
por ocasião da volta do Senhor. No presente momento, fomos perdoados elibertos dos pecados (Rm 4.7,8; I Jo
2.12; Rm 6.12-14; 16-19), porém, na glorificação do corpo seremos livres da presença do pecado (I Co 15.53-57).
1.3 A perfeição presente. As palavras paulinas nos mostram que existe uma
perfeição futura que só alcançaremos na volta do Senhor para buscar a sua
igreja, mas também há uma perfeição presente que pode ser atingida “Por isso todos
quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de
outra maneira, também Deus vo-lo revelará” (Fp 3.15). Essa palavra “perfeitos” se deriva da mesma palavra
básica usada por Paulo em (Fp 3.12). No entanto, esse termo é usado pelo
apóstolo em sentido secundário de “maturidade”. E, por sua vez, alguém maduro
é uma pessoa “plenamente desenvolvida”. Nesse aspecto, o apóstolo
deseja que como cristãos “sintamos isto mesmo”, ou seja, busquemos tal idoneidade espiritual (Cl
1.12; II Tm 2.21).
II - PERSPECTIVA PAULINA PARA ALCANÇAR O ALVO DA VIDA CRISTÃ
“Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para
alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus” (Fp 3.12). Para não dar a
impressão de que já tivesse chegado, Paulo indica cuidadosamente que ainda
estava muito envolvido na corrida espiritual da vida cristã. Ele estava
advertindo a ideia errônea dos perfeccionistas que se propagava grandemente na
igreja, alegando já possuírem a perfeição absoluta. A expressão “prossigo para
alcançar” usada pelo apóstolo refere-se a um corredor na etapa final de uma
corrida. Vejamos o que é necessário fazer para conquistar o alvo da vida
cristã:
2.1 “mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam” (Fp 3.13-b). Paulo deixa claro que rumo ao seu objetivo deveria
esquecer-se do que foi no passado. Como cristão recusara valer-se de feitos
virtuosos e realizações passadas feitas antes de sua conversão a Cristo (Fp
3.4-6), ou insistir em pecados e transgressões do seu
passado (At 7.57,58; I Tm 1.13). Afinal de contas, ser desviado pelo
passado poderá enfraquecer os esforços da pessoa no presente. Agora, pelo poder
do evangelho ele era uma nova criatura (II Co 5.17; Gl 1.23,24). E, o que Paulo
era no judaísmo considerava como “escória”, “refugo”, “esterco”“para que possa ganhar a Cristo” (Fp 3.8-b). Todas as suas
credenciais religiosas judaicas que antes tinha como ganho (Fp 3.7), na verdade
eram sem valor e condenatórias. Portanto ele as contabilizou como “perdas” quando viu as glórias de Cristo “E, na verdade,
tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor” (Fp 3.8-a).
2.2 “e avançando para as que estão diante de mim” (Fp 3.13-c). Enquanto se
desprendeu do seu passado, Paulo avançava para o seu futuro. A expressão “avançar” usada pelo apóstolo neste texto,
no original grego é epekteinomai que por sua vez significa literalmente, “esticando-me”, dando a entender “um violento esforço
para a frente”. Era justamente essa postura inclinada dos corredores, que Paulo usa
como metáfora para falar do seu tremendo esforço na caminhada cristã. As coisas
que estavam diante de Paulo serviam para aumentar o seu conhecimento de Cristo
(Fp 3.8). Ele corria “olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.1-a).
2.3 “Prossigo para o alvo [...]” (Fp 3.14-a). Além de “esquecer” e de “avançar” Paulo diz que “prossegue para o
alvo”. A expressão “prosseguir” segundo Aurélio significa: “fazer seguir; dar
seguimento a; continuar”, dando a entender claramente que o apóstolo tinha
em mente a persistência na caminhada rumo ao alvo. A palavra “alvo”, neste caso
é a tradução do vocábulo grego “skopos”, usada para indicar “um sinal ou marca onde se devia
alvejar o dardo ou flecha”, embora neste texto se refira à meta que os
corredores procuram atingir, no caso do cristão sua meta é o “prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).
III – O ALVO DO APÓSTOLO PAULO
3.1 “Prossigo para o alvo, pelo prêmio [...]” (Fp 3.14-b). No original grego a
palavra prêmio é “brabeion”, que alude ao “prêmio oferecido aos atletas
vencedores”. Todavia esta palavra dava a entender qualquer recompensa, sendo este o
motivo estimulador “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na
verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o
alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar
uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (I Co 9.24,25). A Escritura
denomina esta recompensa de coroa da vida (Ap 2.9); coroa da justiça (II Tm 4.8) e coroa de glória (I Pe 5.4).
3.2 “[...] da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14-c). Essa soberana
vocação a que se refere o apóstolo é literalmente “um chamado para o alto”, indicando a sublimidade da
chamada divina. Na verdade essa “vocação” é uma “convocação a participar,
gratuitamente, dos benefícios do Evangelho com base nos méritos da morte de
Cristo” (CLAUDIONOR, 2006, p. 359). Esta é uma chamada dirigida para cima,
divina, cujo objetivo final é a glorificação. Que por sua vez é a etapa final a
ser atingida por aquele que recebe a Cristo como Salvador e Senhor da sua alma
(Rm 8.17). O texto de ouro que aponta para a nossa glorificação encontra-se em
(I Jo 3.2).
IV – OS TRÊS ESTÁGIOS DA PERFEIÇÃO CRISTÃ
Citaremos abaixo as fases da perfeição que estão baseadas na fé em
Cristo e naquilo que Ele fez, e não no que podemos fazer por Ele. Não podemos
nos aperfeiçoar. Somente Deus pode operar em nós e por nosso intermédio (Fp
1.6). Vejamos na tabela abaixo os três estágios da perfeição cristã:
ESTÁGIOS
1 - Relacionamento perfeito - Somos perfeitos por causa de nossa eterna união com
o Cristo infinitamente perfeito. Quando nos tornamos filhos de Deus, fomos
declarados “inocentes” e, portanto, justos pelo que Cristo, Seu amado Filho,
fez por nós (Rm 3.24; 5.1; I Co 6.11; Gl 3.24). Essa perfeição é absoluta e
imutável. É esse perfeito relacionamento que garante que um dia seremos
“completamente perfeitos” (Cl 2.8-10; Hb 10.8-14).
2 - Progresso perfeito - Podemos crescer e amadurecer espiritualmente à
medida que continuamos a confiar em Cristo, a aprender mais a seu respeito e a
obedecer-lhe. Nosso progresso é variável (em contraste com o nosso
relacionamento descrito acima) porque depende de nossa vida cotidiana – há
momentos na vida que amadurecemos mais do que em outros. Mas estaremos crescendo
em direção à perfeição se continuarmos avançando (Jo 15.2; II Co 3.18; Fp 3.12;
Ap 22.11).
3 - Totalmente perfeito - Quando Cristo retornar para levar-nos ao seu Reino
eterno, seremos glorificados e nos tornaremos perfeitos (I Co 15.42-44; Fp 3.20,21;
I Jo 3.2).
CONCLUSÃO
Devemos seguir o exemplo do apóstolo Paulo, que estava disposto a “esquecer-se das
coisas que para trás ficam”, “avançar para que as adiante dele estavam” e “prosseguir” para conquistar a meta da vida
cristã, a “soberana vocação de Deus em Cristo”.
Filipenses
3.12-17.
12 - Não que já a tenha alcançado
ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também
preso por Cristo Jesus.
13 - Irmãos, quanto a mim, não
julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das
coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14 - prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15 - Pelo que todos quantos já
somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira,
também Deus vo-lo revelará.
16 - Mas, naquilo a que já
chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo.
17 - Sede também meus imitadores,
irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim
andam.
INTERAÇÃO
Temos
visto, na sociedade atual, muitos cristãos lutando arduamente pela conquista de
bens materiais, fama, prestígio e poder. As pessoas querem, a todo o custo,
serem VIPs. Logo, é urgente que venhamos refletir a respeito da verdadeira
ambição do cristão. Cremos que o desejo maior do crente deve ser a conquista do
prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus. De que adianta ter todos os bens
nesta terra, ser VIP, ter prestígio e no fim de tudo não desfrutar da vida
eterna com Cristo? O que é mais precioso para o cristão? Sigamos o exemplo de
vida do apóstolo Paulo. Seu alvo era a pessoa de Jesus Cristo. Seu ideal e sua
aspiração consistiam em conhecer mais do Mestre. Que Jesus Cristo seja o nosso
maior alvo até que venhamos ouvir: “Bem está, servo bom e fiel”.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Compreender qual era a verdadeira
aspiração do apóstolo Paulo.
· Analisar a maturidade espiritual dos
filipenses.
· Conscientizar-se a respeito da
verdadeira aspiração cristã.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para introduzir a lição faça a seguinte indagação: “Qual deve ser a maior
aspiração do crente?”. Incentive a participação de todos e ouça os alunos com
atenção. Em seguida leia o texto áureo e explique que como cristãos o nosso
alvo maior deve ser a conquista do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus,
a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para conhecer mais de Cristo e em
tudo agradá-lo. Conclua enfatizando que à medida que passamos a ter um
relacionamento maior com Jesus, somos aperfeiçoados e nos tornamos aptos para
realizarmos as boas obras.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra
Chave
Aspiração: Desejo profundo de atingir
uma meta espiritual; sonho, ambição.
Na
lição de hoje, aprenderemos que o alvo da vida do apóstolo Paulo era somente
um: conquistar a excelência do conhecimento de Jesus Cristo (Fp 3.8,10).
Semelhante a um atleta, o apóstolo se esforçava para alcançar este objetivo,
pois era consciente de que o exercício de aprender cada dia mais de Jesus exige
labor e disposição para servir. Prosseguindo para “o alvo, pelo prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”, Paulo convidou os filipenses a
imitá-lo, despertando-os à esperança de um dia receberem a mesma recompensa (Fp
3.14-17).
I. A
ASPIRAÇÃO PAULINA
1. “Prossigo para o alvo”. Para participar de uma maratona, o atleta tem de
treinar muito. É preciso esforço, dedicação e trabalho para alcançar o prêmio
final. Paulo utiliza neste texto a analogia do atletismo, a fim de mostrar aos
filipenses que o crente em sua caminhada também precisa se esforçar para
conhecer mais a Cristo, deixando de lado os embaraços dessa vida e o pecado,
mantendo o foco em Jesus. Quando o crente deixa de olhar firmemente para o
“Alvo”, corre o risco de tropeçar e cair, podendo até abandonar a fé. Vigiemos,
pois, em todo o tempo, na dependência do Senhor.
2. O sentimento de incompletude de Paulo. Paulo sabia que havia muita coisa ainda a ser
conhecida. Por isso, nunca corria sem meta (1Co 9.26). Mesmo estando no
cárcere, o apóstolo declara estar disposto a avançar para as coisas que estavam
diante dele (Fp 3.13b). Paulo era um homem que confiava em Deus. E, assim,
seguia confiante, pois no Senhor ainda teria grandes desafios em seu
ministério. Sua força estava em Deus. Eis porque venceu grandes lutas e foi
fiel até o fim. Para vencer, temos que igualmente olhar para frente e “esquecer
das coisas que atrás ficam” (v.13).
3. O engano da presunção espiritual. Paulo não se deixou enganar pela falsa ideia de ter
alcançado a perfeição. Os mestres do gnosticismo afirmavam ter alcançado tal
posição e, assim, reivindicavam ser iluminados e não terem mais nada a aprender
ou que desenvolver. Paulo, contudo, refutou esse pensamento equivocado,
demonstrando que a conquista da perfeição será para aquele que terminar a
carreira e ganhar a vida eterna, pois o prêmio está no final da jornada e não
em seu início ou meio (1Co 9.24; Gl 6.9).
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
O
crente em sua caminhada precisa se esforçar para conhecer mais de Cristo,
deixando de lado os embaraços dessa vida (o pecado), mantendo o foco em Jesus.
II. A
MATURIDADE ESPIRITUAL DOS FILIPENSES (3.15,16)
1. Somos perfeitos (3.15)? O vocábulo “perfeito”, empregado por Paulo neste
texto, tem um sentido especial, pois se refere à “maturidade espiritual”. Em
termos de recebimento do benefício da obra perfeita de Cristo no Calvário,
todos nós já alcançamos tal “perfeição”. Neste sentido, a nossa salvação é
perfeita e completa. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, quando a expressão paulina
refere-se aos filipenses tratando-os de “perfeitos”, neste versículo,
apresenta-os servindo a Deus no Espírito, isto é, não confiando na carne (3.3).
2. O cristão deve andar conforme a maturidade
alcançada (3.16). Quando Paulo diz, “andemos segundo a
mesma regra”, não significa caminhar segundo os regulamentos da lei mosaica,
tão requerida pelos judeus convertidos a Cristo. Trata-se de andar conforme a doutrina
de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do Senhor. Assim, esse “andemos
segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e
comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor Jesus, que o crente deve
seguir. Aprendemos com Paulo que não basta “corrermos”, pois se realmente
desejamos progredir em nossa vida cristã, devemos conhecer e obedecer aos
preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6).
3. Exemplo a ser imitado (3.17). Paulo procurou em tudo imitar o Mestre, servindo
apenas aos interesses da Igreja de Cristo (Fp 2.17). Dessa maneira, exortou os
filipenses a que o imitassem assim como ele imitava ao Senhor (Fp 3.17). Como
obreiro de Deus, Paulo tinha um caráter ilibado e os filipenses deveriam tê-lo
como um exemplo a seguir. Se quisermos servir ao Senhor com inteireza de
coração, precisamos seguir os passos de Jesus — o nosso modelo de homem
perfeito (Hb 12.2).
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Não
basta “corrermos”, pois se realmente desejamos progredir em nossa vida cristã,
devemos conhecer e obedecer aos preceitos da Palavra de Deus até o Dia de Jesus
Cristo (Fp 1.6).
III. A
ASPIRAÇÃO CRISTÃ HOJE
1. A atualidade do desejo paulino. O propósito de Paulo em relação a si e aos
filipenses deve servir-nos de instrução, pois as dificuldades, tentações e
demais obstáculos que serviam de empecilhos à vida de comunhão naquela época
continuam atuais e bem maiores. Mais do que nunca, devemos nos esforçar para
vivermos uma vida de íntima comunhão com Deus (Fp 3.12).
2. O cristão deve almejar a maturidade espiritual. Seguindo o exemplo de Paulo, reconheçamos que ainda
precisamos alcançar a perfeição. Sejamos sóbrios e vigilantes, reconhecendo
também o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior conhecimento
acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3. Rejeitando a fantasia da falsa vida cristã. Paulo era um sofredor consciente, um homem que
sabia o quanto é difícil ser fiel a Deus. Ele, porém, suportava tudo por causa
da obra de Deus (Fp 2.17). Quem quiser viver assim nos dias atuais, precisa
reconhecer que padecerá as mesmas angústias (2Tm 3.12). Semelhante ao apóstolo
Paulo, podemos ter certeza de que receberemos o “prêmio da soberana vocação de
Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14).
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
Ainda
não alcançamos a perfeição, por isso, precisamos ser sóbrios e vigilantes,
reconhecendo o quanto carecemos de maturidade espiritual e de um maior
conhecimento acerca da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Toda
a vida de Paulo era centrada na pessoa de Jesus Cristo. Ele tudo fazia para
agradá-lo. Sua grande aspiração era conhecer mais do Mestre da Galileia. Por
isso, o apóstolo podia declarar: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não
mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé
do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, L. O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
EXERCÍCIOS
1. Que analogia o apóstolo Paulo usa para ilustrar que
o crente precisa se esforçar para conhecer mais a Jesus Cristo?
R. Paulo utiliza a analogia do
atletismo.
2. O que reivindicavam os mestres do gnosticismo?
R. Os mestres do gnosticismo
reivindicavam serem iluminados e não terem mais nada a aprender ou que
desenvolver.
3. Qual o sentido do vocábulo “perfeito” empregado por
Paulo?
R. O vocábulo “perfeito”, empregado por
Paulo tem um sentido especial, pois se refere à “maturidade espiritual”.
4. O que significa a expressão “andemos segundo a
mesma regra”?
R. Trata-se de andar conforme a doutrina
de Cristo, segundo aquilo que já recebemos do Senhor. Assim, esse “andemos
segundo a mesma regra” denota modo de viver, atitudes, ações, obras, e
comportamentos em geral, semelhantes aos do Senhor Jesus, que o crente deve
seguir.
5. Qual o alvo da sua vida?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio
Teológico
“‘[...] Prossigo para o alvo,
pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus’ (3.14). Prossigo é tradução da
mesma palavra grega que ocorre no versículo 12 (‘prossigo’) e no versículo 6
(‘perseguidor’). Significa literalmente ‘perseguir’, ‘ir ao encalço de’. Paulo
está perseguindo o prêmio em Cristo com a mesma determinação, liberdade de
pesos estorvadores e empenho incessante, com que ele perseguira a igreja
anteriormente [...].
O
significado de alvo (skopon) é incerto. Pode indicar a linha de
chegada para qual o corredor corre, ou propósito definido com o que ele corre.
De acordo com a última opção, supunha-se que o corredor seguisse uma linha
branca que indicava a trajetória da corrida do ponto de partida à meta. Se
pisasse fora da linha, ele não estaria correndo de acordo com as regras, não
sendo coroado mesmo que chegasse em primeiro lugar. Prêmio sugere a coroa ou
troféu (1Co 9.24). Soberana vocação é, literalmente, ‘chamado superior’. O
cristão é chamado ‘do alto’ ou de cima (Hb 12.2). Este chamado é de Deus em
Cristo Jesus, que ao término da corrida dirá: ‘Bem está, servo bom e fiel’” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 9. RJ: CPAD, 2006, p.271).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio
Teológico
“A Santa Ambição
Ganhar
a Cristo.
Paulo considera os seus privilégios anteriores como refugo, ou lixo. Todas as
coisas juntas são lixo e escórias comparadas com o único desejo de Paulo:
ganhar o próprio Cristo. O que significa ganhar a Cristo? Significa estar em
comunhão com Ele e ter a sua presença na alma. Significa ser vinculado a Ele
como nossa Cabeça, ser enxertado nEle como nossa Videira (Jo 15.1), ser casado
com Ele como nosso Noivo (2Co 11.2), ser edificado sobre Ele como nossa Pedra
Fundamental. Ser achado ‘em Cristo’ é estar sob o seu controle, cuidado e
proteção.
Possuir
a retidão de Deus.
Quando Paulo teve uma visão de Cristo no caminho para Damasco, ficou convicto
de que era um pecador e que a sua justiça própria não passava de trapos imundos
(Is 64.6), insuficiente para vestir a alma diante do olhar de Deus, que a tudo
perscruta. O Senhor, porém, lhe deu uma justiça que aguentaria o teste da
eternidade — a justiça de Deus imputada à pessoa que realmente confia em Cristo
para a salvação. Somos considerados justos porque o nosso Representante é
justo.
Conhecer
a Cristo.
‘Para conhecê-lo’. Paulo não fala aqui de conhecimento intelectual, mas sim, em
conhecimento baseado na experiência. Há uma grande diferença entre realmente
conhecer a Cristo e meramente saber acerca dEle. Assim como se sabe o gosto da
comida ao comê-la, assim também conhecemos a Cristo ao recebê-lo” (PEARLMAN, M. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.138).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
A suprema aspiração do crente
No
capítulo três, após o apóstolo Paulo enviar o obreiro Epafrodito à Filipos, ele
abre esta seção destacando a seguinte frase: “Resta, irmãos meus, que
regozijeis no Senhor”. O tema da alegria está implícito em toda a epístola. Um
dos motivos de Paulo redigir esta carta é o sentimento nobre de alegria do
apóstolo em relação aos crentes filipenses, pois estes o amavam demonstrando
atos de amor. A alegria do Senhor dominara o coração do apóstolo. Por isso ele
convoca os filipenses a se alegrarem no Senhor, pois apesar de tudo 8 da
prisão, da perseguição e do sofrimento H o Evangelho está sendo pregado e o
relacionamento de amor entre o apóstolo e a Igreja estava intensificando-se.
Mas os filipenses devem se prevenir do ensino judaizante para preservar esta alegria.
Este
ensino era poderoso para enterrar o regozijo do Espírito e despertar um
assombroso e obscuro sentimento de tormento. Não por acaso, o apóstolo dá uma
ordem imperiosa: “guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros”. Estes
pregavam ainda a antiquada interpretação distorcida da doutrina mosaica,
ignorando a decisão apostólica registrada em Atos 15. O apóstolo ficava
enciumado pela capacidade desses falsos mestres transformarem a mensagem
libertadora de Jesus numa sentença aprisionadora judaica. Para a alegria
verdadeira imperar nos corações dos filipenses, estes, por sua vez, deviam se
prevenir dos ensinos judaizantes e encarnar nas suas vidas não a circuncisão da
carne, mas a do coração.
A
circuncisão do coração não deixa marca física, não confia na carne, mas depende
do Espírito exclusivamente. O crente circunciso de alma e coração sabe
exatamente o valor e a suficiência do calvário. Neste, ele tem a certeza de que
os seus pecados passados foram perdoados, em Cristo Jesus, o nosso Senhor. Os
presentes e futuros estão e serão perdoados pela suficiência do sacrifício de
Cristo. A consciência do discípulo é tocada pelo Espírito, pois a lei do Senhor
não está registrada apenas num papel, mas na mente e no coração do crente. Esta
é a certeza da fé que gera alegria no coração do discípulo. Assim, o discípulo
deve ficar longe dos ensinos legalista que roubam esta certeza de vida em
Cristo Jesus.
Não
há nada no céu ou na terra que posa subjugar a alegria do crente quando este se
acha completamente entregue a suficiência do Calvário. “Regozijai-vos sempre”,
diz o apóstolo.
REFERÊNCIAS
· Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
· CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
· CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. HAGNOS.
· MACARTHUR. Bíblia de Estudo. SBB.
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