Inspiração,
revelação e iluminação
Inspiração, revelação e
iluminação - Estes três conceitos caminham bem juntos, mantendo uma estreita
ligação entre si, e são necessários para uma melhor compreensão do ensino das
Escrituras. A declaração de W. C. Taylor, missionário batista pioneiro no Brasil,
irá nos ajudar a entender a relação destes conceitos entre si e o sentido de
cada um:
"Três doutrinas vão
sempre juntas, na inteligente apreciação do valor da Escritura: revelação,
inspiração e iluminação. Para o autor (do texto bíblico) veio a Revelação; para a Escritura que ele transmite, veio a Inspiração; para o leitor, que busca saber por meio dela
a verdade e a vontade de Deus, virá, nas condições de espiritualidade, a Iluminação. Os profetas e os apóstolos foram Movidos. Suas Escrituras foram Inspiradas. Nós somos Iluminados".
O Pr. Isaltino Gomes
Coelho Filho, em sua apostila Teologia Sistemática I, define:
Inspiração
- O termo vem do latim inspiro, que significa "soprar para dentro".
"Inspiração" significa que Deus soprou para dentro do autor bíblico a
Sua verdade. O conteúdo das Escrituras não é uma especulação ou uma descoberta
humana após uma longa e cansativa pesquisa filosófica. Mas seja qual for o
método que o autor usou, ou o que Deus usou com o autor, isto é inspiração. Foi
Deus quem colocou na mente e no coração do escritor bíblico a capacidade de
apreender e de registrar Sua Palavra. Assim dizemos que a Bíblia nasceu no
coração e na mente de Deus. E Ele soprou Suas idéias para o homem. Isto é
inspiração.
Na realidade, o que é
inspirado não é o escritor humano, mas sim o texto bíblico; "Toda
Escritura é inspirada". O termo "inspirada" (theopneustos), de 2
Tm 3.16, expressa mais do que qualquer outra coisa, que o "produto final"
de todo o processo - a Escritura, é o que possui a qualidade de ser
Palavra de Deus e, portanto, autoridade divina. Os escritores humanos foram
"conduzidos" (pheromenoi) pelo Espírito Santo para registrarem o
texto "soprado por Deus", o qual possui a autoridade de Palavra de
Deus e cuja prerrogativa é ser obedecido (2 Pe 1.21, cf. 1.19).
Revelação
- O termo significa "tirar o véu" e mostrar algo que estava
encoberto. Neste sentido, "revelação" é o conteúdo registrado pela
inspiração. A relação entre os dois termos pode ser definida assim: a
inspiração é o automóvel e a revelação é o passageiro. Quando dizemos que
"Deus se revelou" estamos dizendo que Ele tirou o véu que O encobria
diante dos homens e Se deu a conhecer à humanidade. O propósito da Bíblia é
trazer a auto-revelação de Deus aos homens. Ele não revelou o futuro ao homem,
nem fatos e questões pessoais. O propósito da Bíblia é falar de Deus. Ele
revelou-Se a Si mesmo. Já sabemos que Jesus é o clímax da revelação de Deus:
"Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai,
esse o deu a conhecer" (Jo 1.18). Jesus é a maior revelação de Deus e a
finalidade da revelação é tornar Deus conhecido dos homens.
"Revelação e
inspiração estão estreitamente ligadas, mas distinguem-se em aspectos da
verdade bíblica. Nas Escrituras, a inspiração e a revelação, se combinam para
assegurar que a Bíblia é a Palavra de Deus, revelando com exatidão fatos sobre
o Senhor. A revelação foi o ato da divina comunicação aos escritores da
Escritura. Inspiração foi a obra de Deus em guiar e dirigir os escritores da
Bíblia para que eles escrevessem a verdade absoluta, mesmo quando ela estivesse
além do seu entendimento. A inspiração foi limitada à Bíblia em si, e é mais
adequado dizer que as Escrituras foram inspiradas do que dizer que os escritores
foram inspirados" (Lewis Chafer).
Iluminação -
Esta palavra significa "fazer a luz brilhar". Não somos inspirados
simplesmente porque não recebemos a revelação, mas somos iluminados para
conhecê-la: "sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais
qual seja a esperança da vossa vocação, e quais as riquezas da glória da sua
herança nos santos" (Ef 1.18). A iluminação é para que os crentes
descubram as grandes verdades reveladas por Deus na Sua Palavra e a aplicação
para as suas vidas. É através da iluminação que o Espírito Santo concede aos
cristãos a capacidade intelectual de compreenderem o que foi inspirado e
revelado nas Escrituras. É impossível entendermos a situação de pecado sem
intervenção do Espírito Santo, que produz luz em nossa consciência. A
Iluminação acontece porque o homem natural não pode discerni-la (1 Co 2.14); a
obra de Cristo na cruz faz sentido (1 Co 1.18); e o Espírito Santo ensina (Jo
14.26).
Gilsa Fernandes
Pancote
(PIB S.J. Imbassaí
(PIB S.J. Imbassaí
Fonte:
http://obereano.blogspot.com.br
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