OS ROLOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Introdução
Desejo com exatidão relatar um fato histórico da arqueologia bíblica, onde
mais uma vez as Santas Escrituras veio a ser confirmada pelos cientistas.
Nesse relato, minha preocupação está voltada a levar o leitor a ter um pré
conhecimento sobre o assunto, a fim de desejar futuramente aprofundar nessa
magnificar história cientifica.
Os manuscritos do Mar Morto
Foi no inicio de 1947 que um pastor árabe encontrou numa gruta do mar Morto, vasos que continham sete antiqüíssimos pergaminhos.
Este acontecimento fortuito deu lugar à mais sensacional descoberta no campo da arqueologia bíblica.
Manuscritos do Livro de Isaías cuja antigüidade era superior a mil anos constituíam as primeiras de uma serie de descobertas de textos que se verificou formarem a biblioteca de uma comunidade monástica judaica que viveu antes da época de Cristo e durante os primeiros anos da era cristã.
A relevância da descoberta destes manuscritos na região do mar Morto ofereceu aos investigadores um material riquíssimo para o estudo das seitas judaicas, das comunidades monásticas judaicas e das origens do cristianismo.
Qumrãn ficava numa área deserta a cerca de 128 quilômetros de Jericó, foi fundado acerca de 130 a.C., por um grupo religioso que se separou do judaísmo contemporâneo.
Os escritos dos rolos do mar Morto, mostraram-se extremamente relevantes para o estudo dos períodos intertestamentário e cristãos primitivos.
Em 1947, um jovem
pastor beduíno estava procurando um animal perdido nas encostas escarpadas do
Wadi Qumran, a noroeste do mar Morto, quando então encontrou vários vasos
cheios de rolos antigos de couro, junto com outros fragmentos de manuscritos.
Foram feitas tentativas de vender os rolos a um antiquário em Belém, e em determinada época os rolos foram separados em dois grupos para serem reunidos apenas muitos anos mais tarde.
Enquanto isso,
eruditos judeus e americanos haviam descoberto que os manuscritos eram pelo
menos mil anos antigos que os primeiros manuscritos conhecidos da bíblia
hebraica.
Os rolos formavam a
biblioteca da comunidade de Qumrãn. Pesquisas cuidadosas em 11 cavernas e
outros lugares próximos ao sítio permitiram recuperar cerca de quinhentos
documentos, a maioria em fragmentos.
Cerca de cem desses rolos são livros do Antigo Testamento em hebraico, incluindo uma cópia de Isaías, que é o mais antigo manuscrito de um livro completo do Antigo Testamento e talvez date de 100 a.C.
Os rolos bíblicos demostraram a exatidão da transmissão dos textos hebraicos já conhecidos.
Cerca de cem desses rolos são livros do Antigo Testamento em hebraico, incluindo uma cópia de Isaías, que é o mais antigo manuscrito de um livro completo do Antigo Testamento e talvez date de 100 a.C.
Os rolos bíblicos demostraram a exatidão da transmissão dos textos hebraicos já conhecidos.
Outros rolos dão
uma idéia da vida na comunidade de Qumran. Onde ele incluí uma regra
comunitária, uma coleção de hinos, comentários bíblicos e outros escritos.
Um "rolo do templo", adquirido pelos israelitas em 1.967, confirma os ensinos escritos dos elementos mais conservadores do farisaísmo.
Um "rolo do templo", adquirido pelos israelitas em 1.967, confirma os ensinos escritos dos elementos mais conservadores do farisaísmo.
Um comentário sobre Habacuque ilumina os objetivos da comunidade de Qumrãn.
O grupo pode ter surgido
em cerca de 200 a.C., como um protesto contra o judaísmo contemporâneo, onde
seus membros se estabeleceram no deserto da Judéia para estudar a Escritura sob
um "mestre justo".
A comunidade se
considerava o remanescente israelita fiel, destinado a fazer os preparativos
para o dia do Senhor, e seus membros esperavam um profeta como Moisés (Dt
18:18), um Messias davídicos e um sacerdote arônico. O messias derrotaria os
inimigos do remanescente, e o sacerdote governaria o estado.
A colônia de Qumrãn
foi escavada pela primeira vez em 1.953. Os arqueólogos descobriram os lugares
onde a comunidade vivia, cisternas para rituais de batismo, um sistema de
aquedutos, o aposento onde os rolos foram escritos e em cemitério.
Quanto ao processo
da descoberta, como vimos, um pastor beduíno, Muhammad Dib, da tribo dos
Ta'amirech, foi quem achou por acaso os rolos, quando procurava por ovelha
desgarrada pela ravinas rochosas da costa do mar Morto, e encontrou sem saber
um verdadeiro tesouro real da tradição bíblica.
Muhammad quando encontrou a fenda de difícil acesso e vendo a possibilidade de sua ovelha estar lá, buscou ajuda e adentrou, encontrou ao invés de sua ovelha cântaros de barro.
Julgando ter neles um tesouro, quebrou-os imediatamente, contendo apenas rolos de pergaminho e papiro, envoltos em panos de linho.
Muhammad quando encontrou a fenda de difícil acesso e vendo a possibilidade de sua ovelha estar lá, buscou ajuda e adentrou, encontrou ao invés de sua ovelha cântaros de barro.
Julgando ter neles um tesouro, quebrou-os imediatamente, contendo apenas rolos de pergaminho e papiro, envoltos em panos de linho.
Levaram os rolos
pensando que pudessem vendê-los, e assim os velhos documentos iniciaram uma
extraordinária peregrinação pelo mercado negro de Belém, nas mãos dos
antiquários, colecionadores judeus e árabes.
Mas um pacote de rolos e um punhado de moedas foram para as mãos do arcebispo ortodoxo de Jerusalém, Yeshue Samuel.
Mas um pacote de rolos e um punhado de moedas foram para as mãos do arcebispo ortodoxo de Jerusalém, Yeshue Samuel.
No mosteiro de São
Marcos, peritos da American School of Oriental Research entraram em contato com
os documentos e perceberam que se tratava de um achado arqueológico
extraordinariamente antigo.
Entre eles encontrava-se um rolo de sete metros de comprimento com o texto do Livro de Isaías sem lacunas, em hebraico.
Entre eles encontrava-se um rolo de sete metros de comprimento com o texto do Livro de Isaías sem lacunas, em hebraico.
Perfazendo todo o
caminho percorrido pelos documentos, chegaram a tribo de Ta'amirech e
finalmente até a caverna de Uadi Qumram, sendo proibido em 1.948 quando
estourou uma guerra árabe-judaica.
Em 1.948, um observador belga da ONU, Philipper Lippens em conjunto com um inglês Harding, conseguiram interessar os oficiais da legião árabe pela caverna do achado, onde depois de diversas buscas encontraram a caverna, e junto com o padre dominicano Roland de Vaux puderam ir ao local.
Em 1.948, um observador belga da ONU, Philipper Lippens em conjunto com um inglês Harding, conseguiram interessar os oficiais da legião árabe pela caverna do achado, onde depois de diversas buscas encontraram a caverna, e junto com o padre dominicano Roland de Vaux puderam ir ao local.
Ficaram
decepcionados, ao notar que o local havia sido visitado e que não constatava
mais nenhuma prova do que buscava, mas a paciência dos dois observadores
levaram a esgaravatar o solo com as mãos à procura dos restos dos manuscritos,
onde reunidos chegaram a conclusão que eram de origem heleno-romana, do periodo
de 30 a.C. à 70 d.C., seiscentos pequenos fragmentos de pergaminho e papiro
permitiram reconhecer ainda anotações manuscritas do Primeiro e do Quinto
Livros de Moisés e do Livro dos juízes, em hebraico.
Pedacinhos do tecido de linho que servira para envolver os rolos completaram a magra coleta.
Pedacinhos do tecido de linho que servira para envolver os rolos completaram a magra coleta.
Em 1.949 o
arcebispo Yeshue Samuel viajou para os Estados Unidos com os rolos, para um
exame, sendo levantado a polemica da autenticidade, os documentos foi enviados
ao conselho de um cientista atônico.
Já o Professor Libby foi encarregado de realizar a pesquisa com o pedaço do tecido linho em que estava envolvido o rolo do livro de Isaías, concluiu que o tecido era do tempo de Cristo, e que os documentos escritos eram mais antigos, comprovando que Isaías encontrado na caverna de Qumrãn foi escrito por volta do ano de 100 a.C., comprovando o texto da bíblia hebraica antigo, a tradução grega dos Septuaginta e a Vulgata Latina. Onde o texto hebraico escrito a cerca de mil anos mais antigo estava em concordância textualmente com a relação atual, porém tal pergaminho pressupõe que seja a mesma que Jesus utilizou na sinagoga de Nazaré (Lc. 4.16-17).
Novas pesquisas foram feitas no Uadi Qmran resultando no encontro de grande número de cavernas com restos de manuscritos mas com obras diferentes, tal como restos de uma colônia da seita judaica dos essênios nos quais foram achados moedas do tempo dos procuradores romanos até a guerra dos judeus, nos meados de 66-70 d.C., e uma coleção espantosamente de texto bíblicos para preserva-los dos romanos pagãos, comprovando ser os trinta e oito rolos a disposição com textos de dezenove livros do Velho Testamento, escritos sobre o pergaminho e papiro em hebraico, aramaico e grego.
A partir de 1.950, começou aparecer na Jordânia grandes quantidades de escritos e fragmentos do século II a.C. sendo oferecidos a preços exorbitantes a diversos instituições interessadas.
Já os árabes ao descobrir os valores dos documentos puseram-se a explorar em segredo por conta propria, tomando a caça um mercado negro.
Já o Professor Libby foi encarregado de realizar a pesquisa com o pedaço do tecido linho em que estava envolvido o rolo do livro de Isaías, concluiu que o tecido era do tempo de Cristo, e que os documentos escritos eram mais antigos, comprovando que Isaías encontrado na caverna de Qumrãn foi escrito por volta do ano de 100 a.C., comprovando o texto da bíblia hebraica antigo, a tradução grega dos Septuaginta e a Vulgata Latina. Onde o texto hebraico escrito a cerca de mil anos mais antigo estava em concordância textualmente com a relação atual, porém tal pergaminho pressupõe que seja a mesma que Jesus utilizou na sinagoga de Nazaré (Lc. 4.16-17).
Novas pesquisas foram feitas no Uadi Qmran resultando no encontro de grande número de cavernas com restos de manuscritos mas com obras diferentes, tal como restos de uma colônia da seita judaica dos essênios nos quais foram achados moedas do tempo dos procuradores romanos até a guerra dos judeus, nos meados de 66-70 d.C., e uma coleção espantosamente de texto bíblicos para preserva-los dos romanos pagãos, comprovando ser os trinta e oito rolos a disposição com textos de dezenove livros do Velho Testamento, escritos sobre o pergaminho e papiro em hebraico, aramaico e grego.
A partir de 1.950, começou aparecer na Jordânia grandes quantidades de escritos e fragmentos do século II a.C. sendo oferecidos a preços exorbitantes a diversos instituições interessadas.
Já os árabes ao descobrir os valores dos documentos puseram-se a explorar em segredo por conta propria, tomando a caça um mercado negro.
Com uma constante
busca o Padre De Vaux reuniu-se com um árabe no final de 1.951 e com o Harding
partiram do Uadi Qumram, chegando ao Uadi Murabba'at, um lugar mais desertos da
Palestina, onde com uma única caverna contou quarenta e cinco figuras armadas.
Em janeiro de 1.952 a exploração metódica das caverna foi iniciada onde foi contratado escavadores furtivos. Os fragmentos de manuscritos encontrados são principalmente em grego, aramaico e hebraico do século II d.C.
Um deles constituiu um papiro escrito em hebraico do século VI a.C., quanto aos textos bíblicos, foram encontradas partes do Gêneses, Êxodo e do Deuteronômio, entre muitos escritos hebraicos.
Em janeiro de 1.952 a exploração metódica das caverna foi iniciada onde foi contratado escavadores furtivos. Os fragmentos de manuscritos encontrados são principalmente em grego, aramaico e hebraico do século II d.C.
Um deles constituiu um papiro escrito em hebraico do século VI a.C., quanto aos textos bíblicos, foram encontradas partes do Gêneses, Êxodo e do Deuteronômio, entre muitos escritos hebraicos.
Até então, só uma
parte insignificante dos novos e numerosos testemunhos escritos antes e depois
de Cristo foi estudado, onde diversos documentos achados aumentou o material
existente.
Tudo está em
andamento, e é possivel que estejamos diante de novas e revolucionarias
descobertas que nos aproximem do tempo de Cristo e das primeiras comunidades
cristãs e de sua vida.
Depois dos manuscritos e das pedras dos tempos bíblicos, as construções, as residências, os palácios reais e os fortes da Palestina, depois dos testemunhos de antigos acontecimentos egípcios, assírios e babilônicos, levantam agora também a voz dos manuscritos de dois mil anos.
Depois dos manuscritos e das pedras dos tempos bíblicos, as construções, as residências, os palácios reais e os fortes da Palestina, depois dos testemunhos de antigos acontecimentos egípcios, assírios e babilônicos, levantam agora também a voz dos manuscritos de dois mil anos.
Concluindo que os textos achados são nada mais do que semelhantes dos que se encontram em nossas bíblias aceitas pelo cânon e fielmente reproduzida.
Parecer Final
A descoberta dos rolos em 1.947 serviu para enriquecer a autenticidade das Escrituras Sagradas, e confirmando com exatidão, a historia judaica, onde a comunidade Khirbet Qumran situado no noroeste do mar Morto, veio a tona, revelando o serviço prestados em seu tempo.
O pequeno conjunto de construções escavados na década de 50 abrangia uma sala de manuscritos, refeitórios e salas de reunião, fornos de cerâmicas e depósito, e um cemitério. Onde na sala dos manuscritos foram achados bancos e mesas e dois recipientes para tinta.
A literatura, ou seja os manuscritos do mar morto datados no periodo de 200 a.C. a 100 d.C encontrada em diversas cavernas consistiam em:
» Cópias integrais ou parciais de
todos os livros canônicos do Antigo Testamento (com exceção de Ester);
» Comentários das Escrituras;
» Material dos livros apócrifos e
pseudepígrafes do periodo intertestamentário;
» Manuscritos das regras e doutrinas
da seita ( como a espera por dois messias, um secular e um religioso, e a
esperança do julgamento iminente dos maus a serem feitos por Deus);
» Textos sobre outros assuntos, como
o Rolo do Templo e o tesouro oculto descrito no Rolo de Cobre.
Por fim, as
semelhanças entre algumas doutrinas dos essênios e as do cristianismo, por se
basearem ambos no AT, tem numerosas diferencias.
Tal documento, é pouco para que leitor possa com profundidade conhecer o fato histórico da arqueologia bíblica, mas fica uma base do que venha a ser o famoso "Manuscritos do mar Morto".
Bibliografia:
Tal documento, é pouco para que leitor possa com profundidade conhecer o fato histórico da arqueologia bíblica, mas fica uma base do que venha a ser o famoso "Manuscritos do mar Morto".
Bibliografia:
ALLEGRO, John Marco
- Os manuscritos do mar morto "coleção de estudos e documentos"
Editora Europa América, Lisboa - Portugual
DOCKERY, David S. - Manual Bíblico Vida Nova
Tradução de Lacy Yamakami e Hans Udo Fuchs
Editora Vida Nova, São Paulo - Brasil, 2.001
KELLER, Werner - "...e a Bíblia tinha razão"
Editora Circulo do Livro, Rio de Janeiro - Brasil, 1.978
HARBIN THD, Lamie Byran, artigo sobre os manuscritos de
Qunran, pela Faculdade Batista de São Paulo
Bíblia de Estudo Genebra
Traduzida por João Ferreira de Almeida
Editada por cultura Cristã e sociedade bíblica do Brasil
São Paulo - Brasil, 1.999
Fabiano Gomes
Editora Europa América, Lisboa - Portugual
DOCKERY, David S. - Manual Bíblico Vida Nova
Tradução de Lacy Yamakami e Hans Udo Fuchs
Editora Vida Nova, São Paulo - Brasil, 2.001
KELLER, Werner - "...e a Bíblia tinha razão"
Editora Circulo do Livro, Rio de Janeiro - Brasil, 1.978
HARBIN THD, Lamie Byran, artigo sobre os manuscritos de
Qunran, pela Faculdade Batista de São Paulo
Bíblia de Estudo Genebra
Traduzida por João Ferreira de Almeida
Editada por cultura Cristã e sociedade bíblica do Brasil
São Paulo - Brasil, 1.999
Fabiano Gomes
Estudante de
Teologia, e Diácono da OBPC Jd da Conquista - Região Jd
Iguatemi
Iguatemi
Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto.
Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C. A maior parte deles foi descoberta em cavernas de formação calcária em Qumran, situadas exatamente a noroeste do Mar Morto. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.
A
descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que
crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na
atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.
A descoberta dos Manuscritos do Mar
Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou
seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos
testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus
permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é
provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.
Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.
Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje. Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C.
Vasos
encontrados em Qumran.
Comparações minuciosas têm sido
feitas entre o Texto Massorético e os Manuscritos do Mar Morto. Encontraram-se
diferenças insignificantes de ortografia e gramática. Os críticos e céticos em
relação à Bíblia ficaram surpresos quanto à maneira pela qual o texto daqueles
manuscritos se assemelha ao texto atual. Eles não encontraram nenhuma objeção
evidente às principais doutrinas das Escrituras Sagradas. A parte bíblica da
literatura descoberta em Qumran confirma o estilo de expressão verbal e o
significado do Antigo Testamento que temos em nossas mãos na atualidade: “Examinais
as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim” (João 5.39).Além das cópias das Escrituras do Antigo Testamento, as cavernas do Mar Morto também nos proporcionaram outras obras escritas. Esses documentos descrevem o estilo de vida e as crenças da misteriosa comunidade que viveu na região de Qumran. Embora não sejam escritos bíblicos, são registros valiosos que possibilitam a compreensão do contexto de vida e da cultura na época do Novo Testamento. Infelizmente os estudiosos dão mais atenção a essas obras de menor relevância do que às Escrituras, ainda que os textos bíblicos sejam mais importantes para os problemas da vida, pois o legítimo plano de Deus para a redenção da humanidade só se encontra no texto da Bíblia.
Uma Exatidão
Maravilhosa
O
grande rolo de Isaías, encontrado quase intacto em Qumran.
O Manuscrito do Livro [i.e., rolo]
de Isaías encontrado na caverna 1 da região de Qumran oferece um sensacional
exemplo da transmissão exata do texto na tradução. Acredita-se que esse
extraordinário manuscrito date de cem anos antes do nascimento de Jesus Cristo.
Foi um manuscrito semelhante a esse que Jesus utilizou na sinagoga da aldeia de
Nazaré, quando leu a seguinte passagem das Escrituras: “O Espírito do Senhor
está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lucas 4.18;
Isaías 61.1). Ele continuou a leitura até determinado ponto. Em seguida,
devolveu o livro [i.e., rolo] ao assistente da sinagoga e se sentou. Enquanto
todos tinham os olhos fitos em Jesus, Ele declarou que aquela porção das
Escrituras acabara de se cumprir diante dos ouvintes. Dessa forma, Jesus
afirmou claramente ser Ele mesmo o Messias de Deus, vindo ao mundo para
conceder a salvação a todo aquele que O receber.A mesma passagem bíblica traduzida diretamente a partir do Manuscrito do Livro de Isaías descoberto em Qumran (o qual é cerca de mil anos mais antigo do que o manuscrito hebraico [i.e., o Texto Massorético] no qual se basearam as outras traduções), é praticamente idêntica: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque YHVH [N. do T., o tetragrama sagrado em hebraico que se refere ao nome supremo de Deus: Yahveh ou Javé] me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados”. A integridade da reivindicação de Cristo, conforme está escrita em nossas Bíblias, se confirma.
É fascinante que os manuscritos achados com mais freqüência em Qumran, sejam completos, sejam na forma de pequenos fragmentos, referem-se aos mesmos livros da Bíblia geralmente citados no Novo Testamento: Deuteronômio, Isaías e Salmos. Tal fato desperta um interesse ainda maior à luz das próprias palavras de Jesus concernentes às Escrituras Hebraicas:
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24.44).
Muitos outros exemplos poderiam ser citados. O fato principal acerca da Bíblia e desses rolos de manuscritos resume-se naquilo que um grande expositor das Escrituras, o inglês G. Campbell Morgan (1863-1945), certa feita compartilhou: “Não existe vida nas Escrituras em si mesmas, porém, se seguirmos a direção para onde as Escrituras nos levam, elas nos conduzirão até Ele e assim encontraremos a vida, não nas Escrituras, mas nEle através delas”.[1]
“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8).
Infindáveis argumentações e debates têm surgido acerca desses manuscritos. Contudo, os crentes em Cristo podem estar certos de que tais manuscritos bíblicos antigos ratificam, apóiam e dão credibilidade à Bíblia que temos nos dias de hoje. A Palavra de Deus continua a ser a única fonte legítima da fé e da doutrina para todo aquele que busca recompensa eterna.
“São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.10-11).
Sendo assim, pobre Muhammad! Ele tinha esperança de encontrar os tesouros deste mundo, mas achou apenas pergaminhos despedaçados que só prestavam para fazer correias de sandálias! Lamentavelmente o lucro deste mundo é uma prioridade que absorve a pessoa completamente. O mundo considera as Escrituras Sagradas como algo sem valor; ou com alguma utilidade, de vez em quando, para serem citadas como “palavras da boca pra fora”, mas nunca para serem aceitas pela fé e praticadas. Todavia, nós, os salvos em Cristo, temos um conhecimento mais apurado. Temos conhecimento suficiente para não desprezar o tesouro verdadeiro e incalculável que só pode ser descoberto quando se faz uma escavação no solo da Palavra de Deus:
“E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2.3-5). (Peter Colón - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)
A Mais Antiga das Antigüidades
A cópia mais antiga
das Escrituras do Antigo Testamento conhecida até o dia de hoje foi descoberta
em 1979. São dois minúsculos rolos de manuscritos feitos de prata, que eram
usados como talismãs e foram descobertos dentro de um túmulo em Jerusalém. O
texto de sua inscrição foi cunhado em hebraico antigo. O manuscrito,
surpreendentemente, continha uma citação da benção sacerdotal registrada em
Números 6.24-26:
“O Senhor te abençoe e
te guarde;o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de
ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.
A inscrição data do
século VII a.C., por volta da época do templo de Salomão e do profeta Jeremias.
Portanto, esses versículos, provenientes do quarto livro da Torah [i.e.,
do Pentateuco], são cerca de 400 anos mais antigos do que os Manuscritos
do Mar Morto.
Nota:
1. Citado na obra de Leon Morris, The Gospel According to
John, Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1971, p. 331, nota 116.
CAVERNAS DO MAR MORTO
|
Caverna 1
Descoberta por um
pastor beduíno que perseguia uma ovelha perdida, os Rolos do Mar Morto
achados aqui mudaram o estudo do Velho Testamento.Foram descobertos Sete rolos: - Manual de Disciplina, Guerra dos Filhos da Luz, Rolo de Ação de graças, Isaias 1 e B, Gênesis Apócrifo e Comentário de Habakkuk. |
Caverna 3 O Rolo de de Cobre está em exibição no Museu de Amman na Jordania e lista 63 tesouros escondidos no deserto da Judeia entre a área do Mar Morto e Jerusalém. |
Caverna 4 |
Caverna 4 (interior) |
Caverna 5 (primeiro plano) Ela esta num terraço perto do Mar morto no local de Qumran, estima-se que originalmente havia entre 30 a 40 cavernas nesse terraço. |
Caverna 6 Hoje esta caverna é a mais acessível para visitação (seguindo do aqueduto de Qumran para as colinas ela está à esquerda. |
Caverna 7 (à direita), 8 (à esquerda) Na caverna 8 foram descobertos 8QMezuzah, Gêneses, e cem tiras de couro pequeno com textos. |
Caverna 10 (à direita de C4) Em todas as 11 cavernas, alguns livros bíblicos foram achados em grande número: 34 cópias de Salmos 27 cópias de Deuteronômio 24 cópias de Isaias 20 cópias de Genesis |
FONTE:
http://mucheroni.br.tripod.com/
http://www.vivereparvo.com/
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