alguns grupos anti-trinitarianos estão
rejeitando o próprio substantivo para "Deus" no português, ou em
qualquer língua que não sejam aqueles substantivos da língua hebraica que se
refiram a Deus ou títulos de características dele, como "Eterno".
Eles usam uma justificativa para ambas as rejeições: estes grupos e pessoas
dizem que não aceitam tais doutrinas e palavras pois foi "Roma" que
as inventou e ludibriou dessa forma a todos os cristãos com seus erros.
Aqui por enquanto não tratarei sobre a
Trindade.
Origem do
Nome em Português
O nome "Deus" é derivado de uma
antiga raíz da hipotética língua "indo-européia" (dos povos que
formaram o povo europeu e indiano), Dyaus, que significa "claro",
"brilhante". Era o nome de uma divindade suprema entre as tribos do
Vale do Indo (região limítrofe entre a Índia e Irã), que era cultuado
frequentemente com outro título anexo àquele, Pita, que significa
"Senhor". Daí, "Dyaus Pita", Senhor do dia claro (ou céu
claro). Hoje, restam ainda vestígios no Sânscrito (língua litúrgica hindu)
deste termo como o termo para "deus", deva.
Sabe-se que os gregos e romanos tem ligações
linguísticas e étnicas muito antigas com estas tribos da Índia (chamadas de
"indo-arianas"), este termo para seu antigo deus passou para o grego
antigo nomeando a divindade suprema do Monte Olimpo, Zeus, divindade suprema
dos gregos. Podemos ver esta derivação de "Zeus" da palavra
Dyaus/Deva antigos naquela palavra declinada no genitivo grego, Dió, como em hiou Dió ("filho de Zeus").
Na antiga religião dos povos de Lácio (região
próxima à Roma, de onde veio a língua latina) ocorreu a derivação de dois
termos que também vieram claramente daqueles termos do indo-europeu e das
línguas do Vale do Indo. O primeiro deles é o termo usado para nomear um de
seus deuses, (D)ius pater,
"(Deus) Pai (que habita os) céus". Este termo evoluiu depois para um
nome próprio, "Júpiter", nomeando a suprema divindade do panteão
romano, correspondente ao "Zeus" grego. O outro termo é o nome latino
para nomear as divindades no geral, deus, que é a palavra-mãe da nossa "deus".
Já no grego antigo, a palavra para "deus", theos, não tem relação com
estas raízes antigas indo-européias como deva ou dyaus,
mas vem de uma raíz grega mesmo que significa "iluminar".
Nem a
Bíblia Escapa...
Pois bem! As pessoas que advogam tais opiniões
relatadas no início podem ler isso tudo e dizer: "Estão vendo?! É verdade!
'Deus' é um nome que derivou de um nome pagão!". Isso mesmo! Você está
correto. Aí respondem: "Então não vou usá-lo, por ser pagão!". Agora
a resposta é que você está errado agindo assim. Por que? Porque, se formos
seguir este raciocínio, não poderemos crer então na mensagem do Antigo
Testamento e, quem possui uma bíblia hebraica em casa deve rasgá-la, pois ela
está cheia de termos pagãos aplicados ao próprio Deus de Israel, e usados por
Ele mesmo inclusive. A começar pelo nome mais simples que Ele usa para nomear a
sua divindade em hebraico bíblico: "EL".
Indo para
o Oriente Próximo: A História do "EL"
As palavras no hebraico para "Deus"
ou "deus" - אלהים ('elohim) e אל ('el) são usadas
mais de 8.000 vezes na bíblica hebraica para se referir ao Deus de Israel e -
pasmem! - são todas de origem pagã! Por que? Porque eram palavras usadas por
povos cananeus, antes mesmo que qualquer trecho das Escrituras fosse sequer
escrito pelos hebreus, para designar o deus supremo de seu panteão, EL. Ele era
pai de Ba'al, deus das chuvas e colheitas, e consorte de Asherá, deusa da
fertilidade. Este termo, na sua raíz, significa "força",
"poder", e era também o termo usado pelos cananeus para designar os
deuses em geral por entender que eles eram as forças pessoais que governavam os
mares, rios, plantas, ar, pedras etc. Só para lembrar: Abraão, o primeiro
"monoteísta" conforme a tradição judaica, era arameu (da região de
Aram Naharaim em hebraico, ou Mesopotâmia em grego). Ele, então, provavelmente
falava acadiano, e não hebraico. Ah, outro detalhe: Adão não falava hebraico,
ela não é a lígnua mais antiga do mundo ou "angelical", "edenica"
(do Jardim do Éden) ou qualquer coisa assim. Ela só é a língua usada por Deus
para revelar as Escrituras a Israel, porque este na época de Moisés falava
hebraico, e nada mais além disso. Posso provar cada item aqui, mas isso daria
outro post...
E agora, qual é o problema de se usar termos
de origens pagãs na própria Bíblia, ou hoje, para designar o nome
"Deus"? Ao meu ver, nenhum! Na Bíblia, por exemplo, os hebreus se
utilizaram destes termos - que designavam as divindades pagãs - para designar
ao Deus único num ato de redenção da cultura, querendo mostrar que Ele sim é o
verdadeiro Deus (significado de "EL") e não o deus supremo do panteão
cananeu ou as forças quaisquer da Natureza. Por isso que este termo, de forma
isolada ou composta, aparece nos relatos de Abraão em Gênesis, já que ele
habitara em Canaã e esta seria a terra prometida a sua descendência. Por
exemplo, em Gn 23:33 há a expressão אל-עולם el-olam "Deus da eternidade", Gn 14:18 אל-עליון el-elion "Deus supremo" e Gn 35:7 אל־בית־אל el-beit-el "o Deus de Betel (da casa de
EL)", todos nomenclaturas tradicionais de territórios ou centros de culto
ao deus "EL", em Canaã, mas que agora estavam sendo dedicados ao Deus
de Abraão, o verdadeiro EL.
Tudo recai
sobre Constantino!
Sobre a alegação que Roma levou os cristãos a
estes erros linguísticos, não há nada mais sem base! Não houve nenhum tipo de
ação engenhosa de Constantino ou de qualquer autoridade romana - como o suposto
plano de uso de nomes pagãos para designar ao Deus de Israel e dos
cristãos - para colocar pagãos sob a nova fé do Império (a qual
Constantino aderira no início do séc. IV). Pelo contrário, o nome
"deus" em latim era a única palavra usada para se referir a alguma
divindade, e por isso não seria diferente usá-la para se referir ao Deus
supremo e verdadeiro. Da mesma forma ocorreu com os gregos, que desde séculos e
séculos usavam a palavra theós para
se referir a "deus" ou "divindade" (como os filósofos
antigos) e, quando a Septuaginta e Novo Testamento foram escritos em grego
koiné (língua do povo e do comércio), muitos gregos passaram a servir ao Deus
de Israel lendo estas versões das Escrituras, e então "theós" passou
a ser usado também para se referir ao nosso Deus de forma extremamente comum.
E o
Judaísmo nisso tudo?
Alguns alegam também que os judeus tem usos
peculiares de nomes dados a Deus, e por isso devemos imitá-los neste sentido,
seguindo seus costumes "bíblicos" ou mais "próximos da
verdade" na referência ao Senhor. Um destes costumes é a utilização de um
apóstrofo na palavra Deus (ficando assim: D'us). Mas isso não seria uma forma
deles de rejeitar este nome, mas sim deles consideram que nenhuma língua, nem
mesmo o hebraico - a Língua Sagrada -, pode descrever quem Deus é, então eles
"tiram" ou substituem uma letra nestes nomes por indicar isso. Por
exemplo, judeus ultra ortodoxos não chamam Deus de "elohim" אלהים, mas de "eloqim" אלקים, por
causa deste mesmo princípio. Perceba que essa idéia - de que o próprio nome
"Deus" deprecia ao nosso Deus, alegada no início do post - sequer é concebida no judaísmo,
sendo totalmente estranha e alheia a ele. Da mesma forma os títulos como o
"Eterno" (ha'olam), o "Nome" (hashem), o
"Infinito" (Ein-Sof) ou o "Lugar" (hamakom) são usados
quase que exclusivamente por linhas mais estritas do judaísmo ultraordoxas e
pós-iluministas, como os hassidim,
que muitas vezes se referem dessas formas a Deus por
causa de uma concepção mística, para não falar cabalística, sobre Ele,
vendo-o como incomensurável, infinito e sem contato com a Criação de
forma plena ou direta, mas somente por intermediários angelicais ou sefirot. Acho que não há nada
mais anti-bíblico ou anti-cristão, e até mesmo pagão (um tipo de gnosticismo
judaico!) em concepções por trás de nomes aplicados a Deus!
Além do mais, os títulos "o Nome" ou
"o Eterno" não dizem nada a respeito de Deus ou quem Ele é de fato,
como ser divino. Não se referem a Sua divindade, e por isso não podemos usá-los
como substitutos para "Deus" ou "divindade". Estas palavras
no português estão aí para expressar estes conceitos de forma clara e que
compreendida por todos, não precisando então importarmos do judaísmo - que
sequer abomina o termo "Deus"! - outros termos que só dentro dele são
inteligíveis, como "o Nome", "Hashem". Isso é descontextualizar
uma cultura por outra, sem o menor motivo realmente sério ou estritamente
necessário.
Fonte:
http://kakatuv.blogspot.com.br/2011/03/o-nome-deus-e-pagao.html
A
origem da palavra DEUS.
Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto seu diminutivo, que vem a
simbolizar divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para deus,
divindade ou deidade.
Português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma
nominativa original com o final do substantivo em "us",
diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua
que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu, ser idolatrado. O latim deus
e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do
Proto-Indo-Europeu *deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a
divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς
(Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a
qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. E atualmente no mundo cristão
é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo Deus sit
vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja
convosco". O hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum
Laudamus "A Vós, ó Deus, louvamos". A expressão que advém da tragédia
grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, Deus trará um
fim à isto. O grito de guerra utilizada no Império Romano Tardio e no Império
Bizantino, nobiscum deus, Deus está conosco, assim como o grito das cruzadas
Deus vult, assim quer Deus, esta é a vontade de Deus.
○Em latim existiam as expressões interjectivas:
"O Deus meus" e "Mi Deus" correspondentes às seguintes
formas neolatinas e germânicas:
○Pt.: (Oh) meu Deus! (Ah) meu Deus! Deus meu!
○Cat.: Déu meu!
○Esp.: ¡(Ay) Dios mio!
○Arag.: Ai ridiós!
○Fr.: (Oh) Mon Dieu!
○Bret.: Ma Doue!
○It.: Dio Santo! Dio mio!
○Ro.: (O) Doamne! Dumnezeule!
○Ing.: Oh my God! As variações Oh my Gosh!, Oh, My! Oh my Goodness! se dão
devido ao forte tabu cristão.
○Al.: (Ach)/(O) mein Gott!
○Hol.: O, mijn God!
○Din.: Åh Gud!
○Nor.: Herregud! Herre Gud!
○Sue.: Oh Herregud! Oh min gud!
○Esperanto: Mia Dio!
Dei é uma forma flexionada ou declinada de deus, usada em expressões utilizadas
pelo Vaticano, como as organizações católicas apóstólicas romanas Opus Dei
(Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei
Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de
deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di.
Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
A palavra "Deus," através da forma declinada "Dei," é a
raíz de deísmo, pandeísmo, panendeísmo, e polideísmo, ironicamente tratam-se
todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da
vida humana. . Essa circunstância curiosa originou-se do uso de
"deísmo" nos séculos XVII E XVIII como forma contrastante do
prevalecente "teísmo", crença em um deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir
a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou
a expressão "the Deus" para deixar claro de que a entidade discutida
não trata-se de um "Deus" teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu
romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo Deus substituiu God
no longínquo século XXXI, pois God veio a ser associado com fanatismo
religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים , אלהים) para o
latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na
filosofia cartesiana, a expressão deus deceptor é usada para discutir a
possibilidade de um Deus malévolo que proccura iludir-nos. Esse personagem tem
relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito
mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento.
Outra é deus otiosus ("deus ocioso"), um conceito teológico para
descrever a crença num deus criador que se distancia do mundo e não se envolve
em seu funcionamento diário. Um conceito similar é deus absconditus ("deus
absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino. Ambas referem-se à uma
divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de
contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus
otiosus frequentemente sugere um deus que extenuou-se da ingerência que tinha
neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que
efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um deus que
conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus
cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica
"ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída
da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa
também "chamar" ou "invocar".[4]
A forma capitalizada "Deus" foi primeiramente usada na tradução
gótica de Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego
"Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar
uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no
politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o
Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo
"Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode
significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo
primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.
Fonte: Wikipédia
A palavra latina Deus, em inglês God,
bem como suas traduções em outras línguas, a exemplo Θεός em grego, Бог em eslavo, Ishvara em sânscrito, ou Alá em árabe, são normalmente usadas para toda
e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome
próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais,
isto significa que a palavra representa o tetragrama específico.7
Deus também pode ser reverenciado por nomes próprios que
enfatizem a natureza pessoal desse em correntes monoteísticas do hinduísmo,
alguns remontando a referências primitivas como Krishna-Vasudeva na Bhagavata, posteriormente Vixnu e Hari,8 , ou mesmo mais recentementes, caso do
termo Shakti.
Nas religiões monoteístas atuais, a citarem-se o Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í, o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo,
infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de
todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraico como יהוה (oTetragrama YHVH), que quer dizer "Yahweh", que
muitos pronunciam em português como "Jeová" . Mas com o tempo
deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de
associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Senhor",
"O Salvador", "O Todo-Poderoso", "O Deus
Altíssimo", "O Criador" ou "O Supremo", "O Deus
de Israel",
ou títulos similares.
Um bom exemplo desse tipo de associação entre Deus e suas
características ou ações, bem como da expressão do relacionamento dos homens
com deus, ainda fazem-se explícitas em alguns nomes e expressões hebraicas,
como Rafael, "curado
- (Raf) - por Deus - (El)"; e árabes, por exemplo em "Abdallah", "servo - (abd)
- de Deus - (Allah)".
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a
inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS),
substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o
uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se
tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica
era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
·
a
Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
·
a
Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
·
a
Onisciência: poder de saber tudo.
·
a
Onibenevolência: poder da bondade infinita.
Essas características foram reveladas aos homens através de
textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:
·
o Avesta, dos
zoroastrianos;
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens
escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de
seu tempo, tais como:
O Tetragrama
Sagrado YHWH (יהוה, na
grafia original, o hebraico), refere-se ao nome do Pai de Israel em sua forma
escrita játransliterada e, pois, latinizada, como
de uso corrente na maioria das culturas atuais.
A forma da expressão ao declarar o nome do Pai YHVH (ou Yaué na
forma da transliteração do nome latinizada) deixou de ser utilizada há milhares
de anos na pronúncia correta do hebraico original (que é declarada como uma
língua quase que completamente extinta). As pessoas perderam ao longo das
décadas a capacidade de pronunciar de forma satisfatória e correta, pois a
língua precisaria se curvar (dobrar) de uma forma em que especialistas no
assunto descreveriam hoje em dia como impossível.
Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e
lido horizontalmente, da direita para esquerda יהוה; ou
seja, YHVH. Formado por quatro consoantes hebraicas — Yud י Hêi ה Vav ו Hêi ה ou יהוה, o Tetragrama YHVH tem sido latinizado para JHVH já por muitos séculos, mais o
verdadeiro nomes esta na transliteração no sentido hebraico que se cham Yaué o
nome do Pai e o nome do seu filho é
I´M M´L = Emanuel.
Hebraico
|
Pronúncia
|
Letra
|
י
|
Yodh ou Yud
|
"Y"
|
ה
|
He ou Hêi
|
"H"
|
ו
|
Waw ou Vav
|
"V"
|
ה
|
He ou Hêi
|
"H"
|
Os nomes YaUÉ (vertido em português para IAUÉ), ou Yeué (vertido em português para Jeová), são transliterações possíveis nas línguas portuguesas e
espanholas, mas algunseruditos preferem o uso mais primitivo do nome das
quatro consoantes YHVH; já outros eruditos favorecem o nome
Javé (Yahvéh ou JaHWeH). Ainda alguns destes estudiosos concordam que a
pronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH), seja correcta, sendo esta última a pronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.
(Letras Hebraicas י (yod) ה (heh) ו (vav) ה
(heh), ou Tetragrama YHVH
Na Bíblia Hebraica e
Septuaginta Grega
A antiguidade e legitimidade do Tetragrama como "O Nome do
Pai" para os judeus pode ser comprovada na conceituada tradução para o grego da Bíblia Hebraica, chamada Septuaginta Grega, onde o Tetragrama aparece escrito em hebraicoarcaico ou páleo-hebraico. Foram encontrados fragmentos de
cópias primitivas da LXX (Papiro LXX Lev. b, Caverna n.º 4 deQumran,
datado como sendo do Século I a.C.) onde o Tetragrama YHWH é representado em
letras gregas (Levítico 3:12; 4:27).
Estudos revelam que apenas em cópias posteriores da Septuaginta Grega, datadas do final do Século I d.C. em diante, os copistas começaram a substituir o Tetragrama YHWH
por Kýrios, que significa
SENHOR (em letras maiúsculas) e por Theós, que significa DEUS.1 e por Theós, que significa Deus 2 Essa foi a razão de YHWH ter desaparecido
graficamente do texto doNovo
Testamento em
algumas traduções bíblicas.
Outros
conceitos sobre o Pai YHWH
Outros estudiosos encaram YHWH como um Pai da natureza adorado
no Sul de Canaã e pelos nômades dos desertos circundantes, intimamente
ligado ao Monte Horebe, na Península
do Sinai. Segundo o
livro bíblico de Gênesis, foi o Pai YHWH que se revelou ao semita Abrão (depois chamado
de Abraão) em Ur, na
Baixa Mesopotâmia. Historicamente, surge aqui o princípio do monoteísmo hebraico no interior de uma sociedade
fortemente politeísta.
O Pai YHWH é deste modo identificado como a Divindade que causou
o Dilúvio Bíblico. É o Pai de Adão, de Abel, de Enoque e de Noé. É o
Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonai (Soberano Senhor), Elohim (O Pai, e não deuses, visto que
trata-se de plural majestático3 e cristãos têm afirmado que a forma plural
teria o sentido de plural
majestático4 ), HaAdón (o [Verdadeiro] Pai), Elyón ( Altíssimo) e El-Shadai (Todo-poderoso).
Assim, o Pai YHWH se assume como um Pai de familiar, o "O
Pai de Abraão, de Isaque e Jacó", protector da linhagem do "descendente" [ou
"semente"] de Abraão. De seguida, torna-se no o Pai das 12
tribos de Israel. É o
Pai Libertador do povo de Israel da escravidão no Egito e quem o faz conquistar a terra de Canaã. Para tal, revela-se a Moisés, a quem entrega seus Dez Mandamentos no monte Sinai. Para sua adoração e cumprimento de sua
Lei, são constituídos sacerdotes os da tribo de Levi, ou Levitas, sob a liderança do Sumo Sacerdote, da linhagem de Aarão.
Com o estabelecimento da Monarquia do Antigo Israel, e mesmo após a divisão do
Reino, emerge o papel dos profetas do Antigo Testamento como porta-vozes especiais do Pai YHWH.
Tornam-se desse modo figuras-chave na vida religiosa, com uma autoridade única.
Também consolidam a ideia da vinda do Messias como o "Ungido" de YHWH,
descendente da Tribo de Judá e da Casa Real de David.
Temerosos em
transgredir a Lei do Pai
Para alguns estudiosos da literatura judaica, o nome do Eterno era impronunciável, e segundo a explicação
científica dos judeus, passaram a não pronunciar o nome do Eterno Todo Poderoso
porque sentiam-se temerosos em transgredir o terceiro mandamento do Eterno no Decálogo:
"Não tomarás o nome de YHWH, teu Pai, em vão, pois YHWH
não considerará impune aquele que tomar seu nome em vão." Êxodo 20:7
Assim, em determinado período, surgiu entre os judeus uma ideia supersticiosa, de que era errado até mesmo pronunciar o
Tetragrama YHWH. Não se sabe exatamente em que se baseou a descontinuidade do
uso deste nome. Alguns sustentam que o nome era considerado sagrado demais para
ser proferido por lábios impuros. Mas uma pesquisa no Velho Testamento não revela nenhuma evidência de que
quaisquer dos adoradores de YHWH alguma vez hesitassem em proferir o nome Dele.
Documentos hebraicos não-bíblicos, tais como as chamadas Cartas de
Laquis (escritas
em fragmentos de cerâmica encontradas em Tell ed-Duweir em 1935 e outras três em 1938), mostram que YHWH era usado na
correspondência comum na Palestina na última parte do Século VII A.C. Em todas as cartas legíveis se encontram expressões como:
"Que יהוה [YHWH] faça que meu senhor ouça hoje mesmo
notícias de paz." Provando que o Nome nunca foi esquecido. Lachish Ostracon IV, Ancient Near
Eastern Texts, p. 322.5 .
Outro conceito sustenta que se pretendia impedir que povos
não-judeus (gentios) conhecessem "O Nome" e possivelmente o usassem
mal. Todavia, o antigo Testamento afirma que o próprio YHWH faria com que Seu
nome "fosse declarado em toda a Terra", para ser conhecido até mesmo
pelos seus adversários. (Êxodo 9:16; Isaías 64:2; Jonas 1:1,17) O Nome do Pai de Israel era conhecido
e usado por nações pagãs (politeístas) tanto antes da Era Cristã como nos primeiros séculos dela.6 . "Como é impossível que YHWH minta,
só quem mentiu foi o seu povo dizendo que esquecera a pronúncia!".
Já outros não-judeus (gentios) que desejem se agregar à crença à
YHWH são orientados (pelo Judaísmo) de maneira bem diferente quanto ao trato com o nome do Pai
YHWH ("Lei de
Noé" Nº 01:
"Não cometer idolatria"), o que é interpretado principalmente como
preservar o nome YHWH, assim como explicam, não tomando o nome em ocasiões ou
cultos vãos.
A origem da superstição
Não existem certezas do(s) motivo(s) originalmente
apresentado(s) para se descontinuar a pronúncia correcta do Tetragrama YHWH,
assim como também há muita incerteza quanto à época em que tal conceito supersticioso se iniciou. Alguns afirmam que começou após
o Exílio
Babilónico. Mas o
profeta Malaquias foi um dos últimos escritores do Velho Testamento na última metade do Século V a.C., e dá grande destaque ao Nome Divino.
Outras obras de referência sugerem que O Nome deixou de ser
usado por volta de 300 a.C.. Evidência para esta data foi supostamente encontrada na
ausência do Tetragrama (ou de uma transliteração dele) na tradução Septuaginta Grega, iniciada por volta de 280 a.C.. É verdade que as cópias mais completas dos manuscritos da
Septuaginta Grega agora conhecidas seguem uniformemente o costume de substituir
o Tetragrama YHWH por expressões substitutas. No entanto, estes manuscritos
principais remontam apenas ao Século IV e ao século V. Descobriram-se recentemente cópias mais antigas da Septuaginta
Grega que continham o Tetragrama YHWH, embora em forma fragmentária.
Uma delas, descoberta no Egito, são
os restos fragmentários dum rolo de papiro da LXX com uma parte de Deuteronómio (32:3,6) identificado comoPapiro
Fouad Inventário
n.° 266. Apresenta 49 vezes o Tetragrama YHWH, escrito em caracteres hebraicos
quadrados, em cada ocorrência no texto hebraico traduzido. Registram-se mais
três ocorrências de YHWH em fragmentos não identificados (116, 117 e 123). Os
peritos datam este papiro como do Século I a.C. , e neste caso, foram escritos quatro ou
cinco séculos antes dos manuscritos já mencionados.
Comentando que os fragmentos mais antigos da Septuaginta Grega
realmente contêm YHWH, o Dr. P. Kahle diz:
"Sabemos
agora que o texto grego da Bíblia [a Septuaginta], no que tange a ter sido
escrito por judeus para judeus, não traduziu o nome divino porKýrios, mas o Tetragrama escrito com
letras hebraicas ou gregas foi retido em tais manuscritos. Foram os cristãos
que substituíram o Tetragrama porKýrios, quando o nome divino em letras
hebraicas não era mais entendido'."7
Assim, pelo menos em forma escrita, não existe evidência sólida
de qualquer desaparecimento ou abandono da pronúncia do Tetragrama YHWH no
período a.C..
No Século I, surge pela primeira vez alguma evidência duma atitude
supersticiosa para com esse nome. Flávio Josefo, historiador judeu que descendia duma
família sacerdotal, após narrar a revelação que o Pai forneceu a Moisés no local do espinheiro ardente, ao falar
sobre pronúncia do Nome do Pai do Tetragrama YHWH menciona apenas:
"O
Nome sobre o qual estou proibido de falar."8
Esta mudança ocorreu nas traduções gregas da Septuaginta nos
séculos que se seguiram à morte de "Cristo" (Yaéshua) e de seus apóstolos. Na versão grega de Áquila, que data do século II d.C., e na Hexapla de Orígenes, que data por volta de 245, YHWH ainda aparecia em caracteres hebraicos.9
"E
encontramos o nome de Deus, o Tetragrama, em certos volumes gregos mesmo hoje,
expresso em letras antigas."10
A pronúncia do Tetragrama
YHWH
Na segunda metade do primeiro milénio na nossa era, os escribas conhecido por massoretas introduziram um sistema de sinais vocálicos para facilitar a leitura do texto consonantal em hebraico que
poderia conduzir a inúmeros significados e em vez de inserir os sinais
vocálicos corretos de YHWH, colocaram outros sinais vocálicos para lembrar ao
leitor que ele devia dizer Adhonai ("Soberano Senhor") ou Elohím ("Deus").11
O Códice
de Leningrado, do Século XI, tem no Tetragrama YHWH, sinais vocálicos para orar a Yehvíh, Yehváh e Yehováh.
A edição de Ginsburg do texto massorético tem sinais vocálicos para que ore a Yehováh. (Gênesis 3:14) Os
hebraístas em geral são a favor de Yahvéh como a pronúncia mais provável.
Salientam que a forma abreviada do nome é Yah (ou Jah, na
forma latinizada), como noSalmo 89:8 e na expressão HaleluYah (que significa "Louvai a
Jah!"; em português, é vertida por Aleluia). Também as formas Yehóh, Yoh, Yah e Yahu, encontradas na
grafia hebraica dos nomes Jeosafá, Josafá, Sefatias e outros, podem todas ser derivadas de Yahwéh. As
transliterações gregas feitas pelos primitivos escritores cristãos indicam uma
direcção algo similar. Ainda assim, de modo algum há unanimidade sobre o
assunto entre os peritos. O nome de Jeová é realmente baseado
em uma equivocada tradução do texto bíblico feita pelos estudiosos cristãos
antigos que foram educados em língua hebraica, mas não estava a par de certas
tradições judaicas ao escrever as vogais da palavra ’adonai, “Senhor”, com as
consoantes do nome de Yahweh, conhecido como “Tetragrama” e eles erroneamente
leram esta palavra híbrida como Yehowah, ou Jehovah (Jeová), em inglês.12
Palavra mal pronunciada do hebreu IHVH, nome de Deus. Esta forma
é gramaticalmente impossível. É uma invenção nova. A forma Jehovah é uma
impossibilidade filológica”.13
Significado
O significado exato do Tetragrama YHVH ainda é objeto de
controvérsia entre os especialistas.Mas, em muitas bíblias, esse nome significa
Ele Causa Que Venha a Ser, ou Jeová. Em Êxodo 3:14, YHVH disse a Moisés: “Ehiéh ashér
ehiéh.” Segundo muitas
traduções da Bíblia, esta expressão, encontrada no texto hebraico significa: “Serei o que Serei.” – Almeida
Revista e Atualizada. E
assim também compreenderam os tradutores da Versão
dos Setenta: "Ego eimi ho ôn".
Disse Deus a Moisés: "Eu
sou Aquele que é". Disse mais: "Assim
dirás aos filhos de Israel: 'EU SEREI me enviou até vós.' " - Bíblia
de Jerusalém.
Esta expressão “Eu
sou o que sou” é usada como
título para Deus, para indicar que ele realmente existia. Isso corresponde a "Eu sou aquele que é", "Eu sou o existente".
YHVH estaria assim confirmando sua própria existência.
A Bíblia
Enfatizada, de Joseph Bryant Rotherham, em inglês, verte Êxodo 3:14 como segue: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei
aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel:
Tornar-me-ei enviou-me a vós.” A
nota ao pé da página, sobre este versículo, diz em parte: “Hayah [palavra vertida acima
‘tornar-se’] não significa ‘ser’ essencial ou ontologicamente, mas
fenomenalmente. . . . O que ele será não é expresso — Ele estará com eles,
ajudador, fortalecedor, libertador.” De
modo que esta referência não é à auto-existência de Deus, mas, antes, ao que
ele pensa tornar-se para com os outros. - 15 Ou: Mostrarei
ser o que eu mostrar ser. - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Outros famosos eruditos do grego e do
hebraico que também criticam a Tradução do Novo Mundo são: Dr. Edgar J.
Goodspeed, Dr. Paul L. Kauffman, Dr. Charles L. Feinberg, Dr. Walter Martin,
Dr. F.F. Bruce, Dr. Ernest C. Colwell, Dr. J. Johnson, Dr. H.H. Rowley e Dr.
Anthony Hoekema.16
Para estes estudiosos, isto significa que YHVH podia adaptar-se
às circunstâncias, e que, o que quer que ele precisasse tornar-se ou mostrar
ser em harmonia com seu propósito, ele podia tornar-se e se tornaria ou
mostraria ser. Explicam que o verbo hebraico ha•yáh,
do qual deriva a palavra Eh•yéh,
não significa simplesmente “ser”.
Antes, significa “vir a ser;
tornar-se”, ou “mostrar
ser”. Entendem que segundo a raiz do Tetragrama na língua hebraica, o Tetragrama pode significar “Ele Causa que Venha a Ser ou
Mostrar Ser”, quer dizer, com respeito a Si mesmo e com respeito ao que Ele
se tornará ou mostrará ser, e não com respeito a criar coisas. Para estes
tradutores, Deus não estaria apenas confirmando sua própria existência, mas
ensinando o que esse nome implica. YHVH ‘mostraria ser’, faria com que ele
mesmo se tornasse o que quer que fosse preciso para cumprir as suas promessas.
A nota ao pé da página sobre Êxodo 3:14 de “O Pentateuco e as Haftorás”, texto hebraico com tradução e explanação em inglês, editado
pelo Dr. J. H. Hertz comenta: “A
maioria dos modernos segue Rashi em verter ‘Serei o que eu for’; ou, nenhumas
palavras podem resumir tudo o que Ele será para o Seu povo, mas a Sua
fidelidade eterna e sua misericórdia imutável manifestar-se-ão cada vez mais na
orientação de Israel. A resposta que Moisés recebe nestas palavras, portanto, é
equivalente a: ‘Salvarei do modo em que eu salvar.’ É para assegurar aos
israelitas o fato da libertação, mas não revela a maneira.” — 17
Entende-se que este nome sagrado, na realidade, é um verbo, a
forma causativa, indefinida, do verbo hebraico hawáh. Assim, segundo estes
estudiosos, o Tetragrama YHVH significa “Ele
Causa que Venha a Ser”. Mostre
Ser ou: Mostrará Ser, incorporando em
si mesmo um propósito. Assinala o Portador deste nome exclusivo como Aquele Que
Tem um Propósito.
Assim, os eruditos não estão totalmente de acordo a respeito do
significado do nome de Deus. Muitos traduzem a expressão encontrada no texto
hebraico: Eu sou o que sou.
Outros, depois de extensas pesquisas sobre o assunto, acreditam que o nome é
uma forma do verbo hebraico hawáh (tornar-se, vir a ser), significando “Ele Causa que Venha a Ser”.
Frequência nos escritos
originais
Muitos eruditos e tradutores da Bíblia defendem que se siga a
tradição de eliminar o nome de Deus. Alegam que a incerteza a respeito da
pronúncia do Tetragrama YHWH justifica a eliminação, e também sustentam que a
supremacia e a existência ímpar do Verdadeiro Deus tornam desnecessário que Ele
tenha um nome específico para se diferenciar dos "demais deuses". Mas
este conceito não encontra apoio na Bíblia, quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento.
O Tetragrama YHWH ocorre 6.828 vezes no texto hebraico da Bíblia Hebraica de Kittel (BHK) e da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS). A frequência em que aparece o
Tetragrama atesta a sua importância. Seu uso em todas as Escrituras ultrapassa em muito, o de quaisquer
nomes-títulos, tais como "Soberano Senhor (em hebr. Adhonai)", "o
[Verdadeiro] Senhor" (em hebr. Ha
Adhóhn), Altíssimo (em hebr.Elyón) "o [Verdadeiro] Deus"
(em hebr. Ha Elohím) e
"Deus" (em hebr. Elohím).
É digno de nota a importância atribuída aos nomes próprios entre os povos semíticos.
O Prof. George Thomas Manley indica:
"O
nome não é simples rótulo, mas é representativo da verdadeira personalidade
daquele a quem pertence. ... Quando uma pessoa coloca seu nome numa coisa ou em
outra pessoa, esta passa a ficar sob sua influência e proteção."18
·
Alguns
exemplos do uso dos nomes próprios nas Escrituras Hebraicas:
|==Uso moderno== Algumas versões da Bíblia, transcrevem o Tetragrama como Yahweh, Jeová ou Jave:
·
A Bíblia
de Jerusalém - edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição
de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem:
·
Transcreve
o nome pessoal de Deus como Yahweh.
·
BÍBLIA
Mensagem de Deus (Edições Loyola de 1983):
·
Transcreve
o nome pessoal de Deus como Javé, exceto nos Salmos ao falar sobre as adaptações no Livro:
"Sem
falar em certas adaptações como o uso da palavra Senhor em vez de Javé, que de
modo algum corresponderia à sensibilidade cristã."19
Versões da Bíblia que transcrevem o Tetragrama como Jeová:
·
Traduz
o nome de Deus na forma Jeová 6.828 vezes coerentemente no Antigo Testamento a
partir da primeira ocorrência do Nome Divino em Gênesis 2.4.
·
Traduz
o nome de Deus em sua forma moderna: Jeová em 29 ocorrências, por exemplo em:
Gênesis 22:14, Êxodo 6:2,3,6,7,8,29; 17:15; Juízes 6:24; e Ezequiel 48:35
·
Manteve
o nome de Deus em sua forma moderna e amplamente utilizada de JEOVÁ em
maiúsculo para representar o Tetragrama, em lugares tais como Salmo 68.4, 83.18; Isaías 12.2 dentre outros, e extensivamente, no
livro de Isaías, Jeremias e Ezequiel.20
·
Traduz
o Tetragrama na forma Jeová coerentemente 6.826 vezes em todo o Antigo
Testamento a partir de Gênesis 2.4
·
Transcreve
quatro vezes como o nome pessoal de Deus (todos em textos considerados de
importância), por exemplo, Êxodo 6:3; Salmo 83:18; Isaías 12:2; Isaías 26:4; e três vezes junto a nomes de
lugares: Gênesis 22:14; Êxodo 17:15; e Juízes 6:24.
·
Traduz
consistentemente o Tetragrama como Je-ho’vah em todos os 6.823 lugares onde
ocorre nas Escrituras Hebraicas.
·
Publicada
pela imprensa da Universidade de Oxford, 1970, por
exemplo Génesis 22:14; Êxodo 3:15,16; 6:3; 17:15; Juízes 6:24 ;
·
Empregou
milhares de vezes na forma JEHOVAH, como se pode ver na reimpressão, de 1870, da
edição de 1693. A
Edição Revista e Corrigida (1954) retém o Nome em sua forma moderna (Jeová)
em lugares tais como Salmo 83:18; Isaías 12:2 dentre outros, e extensivamente, no
livro de Isaías, Jeremias e Ezequiel.22
·
Traduz
quase todas as vezes integralmente como Jehova.
Visto que a pronunciação original de יהוה é desconhecida, e visto que já por
séculos o uso da tradução Jeová passou a ser amplamente divulgado e
estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar em
muitos idiomas, várias denominações
cristãs, mais
notavelmente as Testemunhas
de Jeová, continuam a
usá-la, ainda que outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvé,
ou mesmo o título SENHOR.
Vaticano
Em uma carta datada de 29 de junho de 2008, o Vaticano emitiu uma nota oficial, orientando para
que o nome de Deus deixe de ser utilizado no serviço litúrgico católico romano.
A medida não afetaria significativamente a linguagem litúrgica, uma vez que o termo não consta das traduções oficiais dos
missais romanos, mas implicaria na modificação de alguns hinários. O nome YHWH
continuaria a ser utilizado na leitura do Lecionario e de Bíblias católicas romanas.23 24 .
Outros usos de YHWH
Sendo amplamente conhecido, durante séculos antes
da era comum não havia dúvidas quanto à sua pronúncia, o que explica a
ausência de um abjad - um sistema de escrita com símbolos das letras que representam
as consoantes.
A tradição religiosa dos judeus, especialmente a sua tradição
esotérica e mística, a cabala,
considera o Nome de Deus tão sagrado quanto impronunciável. Não se sabe ao
certo a origem de tal tradição, ou como ela se desenvolveu com o tempo. Crê-se que
se tenha originado no alegado receio de desobedecer o 3º dos Dez Mandamentos, ou Decálogo, dados a Moisés. "Não pronunciarás em falso o nome de Yeová [YHWH] teu
Deus, porque Yeová [YHWH] não deixará impune aquele que pronunciar em falso o
seu nome." (Êxodo 20:7, BJ - A proibição seria sobre o mau uso do
"Nome Divino", não sobre o seu uso.)
De qualquer maneira, os judeus em algum período pós-exílico,
adotaram a palavra hebraica 'Adho.nái (que
significa "Soberano Senhor") ao pronunciarem o Tetragrama Sagrado.
Assim, YHWH recebeu sinais vocálicos - colocados por copistas judeus chamados massoretas - de forma que fosse pronunciado Adonai. Sendo assim, ficou
reservado apenas aos copistas e sacerdotes a correta pronúncia de YHWH
codificada num sistema de sinais vocálicos.
Na Cabala
judaica
Segundo a Cabala Judaica, a Torá teria sido revelada a Moisés no alto do Monte Sinai, e ele teria registrado de forma escrita
aquilo que só poderia ser entendido directamente de Deus, garantindo assim que
permaneça impronunciável. Afirmam uma eventual relação do Tetragrama com o nome
de Adão (Yode) e Eva (Chavah) no Génesis, já que Yode-cHaVaH é exactamente YHWH, o Tetragrama
Sagrado, dando a entender uma relação mais profunda ainda entre o "Senhor Deus"
e sua obra.
Com o decorrer do tempo, os judeus adoptaram outras expressões
substitutas para se referir ao Tetragrama Sagrado: "O Nome", "O
Bendito" ou "O Céu".
Na Cabala, as palavras correspondem a valores que são calculados
usando-se uma atribuição de valores às letras do alfabeto hebraico. Isto
chama-se gematria. É considerado um dos mais importantes
mecanismos de interpretação do texto bíblico usados pelos cabalistas e místicos
judeus. Usando gematria, os cabalistas calculam o valor numérico do Tetragrama
Sagrado como sendo 26 (Yode = 10, Hê = 5, Vau = 6, Hê = 5; 10 + 5 + 6 + 5 = 26
), cujo número menor é 8 (2+6). Para os rabinos, o
número 26 também é sagrado pois identifica-se com o Tetragrama YHWH. Os
ocultistas interpretam o Tetragrama YHWH e outros símbolos cabalisticos como
signos mágicos poderosos capazes de abrir as portas da consciência humana.
“Jeová” ou
“Javé”?
Apesar da discussão sobre sua origem e significado, muitos
afirmam que os sons vocálicos originais do Tetragrama YHWH jamais serão
conhecidos [carece de fontes], estando perdida a pronúncia original. Tal posição tem levado a debates
apaixonados sobre o assunto, tanto por parte de eruditos como de religiosos, o
que têm produzido interessantes conclusões.
Alguns argumentam que se o nome de Deus fosse Jeová, não se
falaria aleluia (Hallelu Yah), e sim aleluieo ou Hallelu
Yeho - ("Glória a
Yehowah" ). Mas Hallelu
Yah - (Yah seja louvado").
Esta controvérsia vem sendo travada por muitos anos. Atualmente,
muitos eruditos parecem favorecer o nome “Javé” (ou
“Iahweh”), de duas sílabas. Mesmo assim, o Hebraico ou Aramaico, não se usava vogais, era
apenas composta por consoantes.
"Na
antiguidade, os pais muitas vezes davam aos filhos o nome de suas deidades.
Isto significa que pronunciavam os nomes dos filhos assim como se pronunciava o
nome da deidade. O Tetragrama foi incluído em nomes de pessoas, e eles sempre
usavam a vogal do meio."
Por exemplo, Jonatã aparece como (Yo•na•thán ou Yeho•na•thán)
na Bíblia hebraica, significa “YHWH deu”. O nome do profeta Eliasé ’E•li•yáh ou ’E•li•yá•hu. Segundo o Professor Buchanan, Elias significa: “Meu Deus é [YHWH].” Da mesma
forma, o nome hebraico para Jeosafá (Yeho•sha•phát), significa “YHWH julgou”.
A pronúncia do Tetragrama com duas sílabas, como “Javé” (ou “Yahweh”), não permitiria a existência do som da vogal 'O'
como parte do nome de Deus. Mas, nas dezenas de nomes bíblicos que incorporam o nome divino, o som desta vogal do meio aparece
tanto nas formas originais como nas abreviadas, como em Jeonatã e em Jonatã.
JEHOVA em trechos de Raymond Martin em Pugio Fidei
adversus Mauros et Judaeos de 1270 (pag. 559).
"Os
que acham que יהוה [Ye-ho-wah] era a pronúncia real [do nome de Deus] não estão
totalmente sem base para defender sua opinião. Assim se podem explicar mais
satisfatoriamente as sílabas abreviadas והי [Ye-ho] e יו [Yo], com que começam
muitos nomes próprios."
Na introdução da tradução de (Os Cinco Livros de Moisés), Everett Fox afirma:
"Tanto
as tentativas antigas como as novas, para recuperar a pronúncia ‘correta’ do
nome hebraico [de Deus], não foram bem-sucedidas; não se pode provar
conclusivamente o ‘Jeová’ que se ouve."25
Os estudos eruditos continuarão. Os judeus deixaram de
pronunciar o nome de Deus antes dos massoretas desenvolverem o sistema de pontos
vocálicos. Não há como
se provar quais vogais acompanhavam as consoantes YHWH (יהוה).
Ainda assim, os nomes próprios de personagens bíblicos fornecem
indício da antiga pronúncia do nome de Deus.
A pronúncia original de יהוה é desconhecida, mas por séculos o uso
da tradução Jeová26 , passou a ser amplamente divulgado e
estabelecido entre muitos cristãos, tornando-se uma pronúncia familiar e popular em muitos idiomas. Assim, vários grupos
religiosos, mais notavelmente as Testemunhas
de Jeová, continuam a
usá-la, ainda que muitos outros grupos religiosos favoreçam a pronúncia Javé ou Yahvéh,
ou mesmo o titulo SENHOR.
Segundo as Testemunhas
de Jeová, os diversos
nomes próprios existentes são muitas vezes pronunciados de maneiras diferentes
da língua original, e assim como ocorre com o nome "Jesus",
transliterado do original Ye·shú·a‘
ou [vindo de Josué] Yeho·shú·a‘, não
se deveria abandonar o uso do nome "Jeová" simplesmente por não se
saber a pronúncia exata deste27 .
Transcrição em diferentes
idiomas
Língua
|
Nome
|
Língua
|
Nome
|
|
Jehóva
|
|
Iehova
|
|
|
|
Ihowa
|
|
Yehóa
|
|
Iehova
|
|
Jehova
|
|
Јахве
|
|
Jihova
|
|
Jehovah
|
|
Йехова
|
|
Jihova
|
|
Jehova / Jahve
|
|
Jihouva
|
|
Jahve (/ Jehova)
|
|
Jehowa / Jahwe
|
|
Jehova / Jahwe(h)
|
|
Iavé (Javé) / Yahweh / Jeová
|
|
Jehovah
|
|
Yehowah
|
|
Jehovah / Yahweh
|
|
Иегова / Яхве
|
|
Jiova
|
|
Ieova
|
|
Jahve / Jehova
|
|
Јехова / Jehova
|
|
Yahvé / Jéhovah
|
|
Jehova
|
|
Ihovah
|
|
Yavé Yahveh /Jehová
|
|
Jehova / Jahwe
|
|
Yehova
|
|
Iehova / Yiahve Ιεχωβά / Γιαχβέ
|
|
Jehova / Jahve
|
|
Jahve / Jehova
|
|
Jehova/Yahweh
|
|
Jehova
|
|
Jehovah
|
|
Yehuwa
|
|
Jihova
|
|
Geova / Jahve
|
|
Yehova
|
|
EHOBA/YAHAWE
エホバ / ヤハウェ
|
|
Yehova
|
|
Yeohowa 여호와
Yahwe 야훼
|
|
u Yehova
|
|
Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和華/雅威/雅巍
|
|
Jehofah
|
|
Yéhéhuá / Yǎwēi / Yǎwēi
耶和华/雅威/雅巍
|
|
u Jehova
|
Fonte:
http://porquedeus.blogspot.com.br/2009/06/origem-da-palavra-deus.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tetragrama_YHVH
http://kakatuv.blogspot.com.br/2011/03/o-nome-deus-e-pagao.html