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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

546-NÃO HÁ TESTEMUNHAS, SÓ TESTEMUNHOS

Não há testemunhas, só testemunhos

São muitos os exemplos de tradições machistas e patriarcais que aparecem nos livros da Bíblia, tanto na língua e nos costumes, como nas leis e no conteúdo da teologia. Um exemplo curioso é o que lemos no livro do Génesis (24,1-4), quando Abraão diz a um dos seus servos: "Põe a tua mão debaixo da minha coxa e jura por Yahvéh, o Deus do Céu e da Terra…" assim fazia Abraão os juramentos e todos os patriarcas da Bíblia. Mas o "coxa" é um eufemismo: onde os homens que eram empossados punham a mão era nos testículos. Agarrando os testículos de outro o compromisso ficava selado.

Também durante o império romano os homens estavam acostumados a levar a mão direita aos seus órgãos genitais, símbolo de masculinidade, virilidade e coragem, quando faziam uma promessa ou estabeleciam um contrato. Os orgãos produtores de sémen davam credibilidade à palavra empenhada.

Esta prática, entre muitas outras, reflecte a discriminação contra as mulheres: como elas não têm testículos, não podiam testemunhar, não podiam dar testemunho nem herdar em testamento.

 Na terra de Jesus, a mulher não contava para nada nos tribunais. Da cultura judaica à língua portuguesa, todas estas palavras - "testemunho", "testemunha”, testamento" - têm a mesma raiz (testículos) e provêm da mesma cultura patriarcal. Ainda hoje, nos melhores dicionários, não existe a palavra "testemunha" como que insinuando que uma mulher não o pode ser, que a sua palavra não vale nada, que seus juramentos são sempre questionáveis.

Durante séculos e em todos os países, as mulheres não tiveram direito à propriedade ou herança, não assinavam, não decidiam, não elegiam, não votavam. Tudo isto mudou, mas não sem grande esforço, luta, sofrimento e sangue.

 

Fonte:


http://memoriasfuturass.blogspot.com.br/2012/07/informacoes-complementares-entrevistan.html

545-EL SHADDAI







El Shaddai (em hebraico: אל שדי) é um dos nomes judaicos de Deus, com sua etimologia vindo da influência da religião ugarítica no judaísmo moderno. El Shaddai é convencionalmente traduzido como Deus Todo-Poderoso. Enquanto a tradução de El como "deus" na linguagem Ugarit/cananeia é simples, o significado literal de Shaddai é tema de debate.

Shaddai como um topônimo

O termo pode significar "Deus das planícies", referindo-se à divindade mesopotâmica montanha. O termo foi um dos nomes patriarcais para o deus tribal dos mesopotâmicos. Em Êxodo 6:3, El Shaddai é identificado explicitamente com o Deus de Abraão e com YHWH. O termo aparece principalmente na Torá. Isso também poderia se referir a permanência do acampamento israelita noMonte Sinai, onde Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos.
Shaddai era uma cidade amorita do final da Idade do Bronze, nas margens do rio Eufrates, no norte da Síria. O sítio do monte de sua ruína é chamado Tel eth-Thadyen: "Thadyen" sendo a tradução árabe moderna do original semítico ocidental "Shaddai". Especula-se que El Shaddai era, portanto, o "Deus de Shaddai" e associado a tradição com Abraão e a inclusão das histórias de Abraão na Bíblia hebraica pode ter trazido o nome do norte com eles.

Qual o verdadeiro sentido de “Shaddai”?

Embora a tradução comum de "El Shaddai” seja “Deus Todo-Poderoso”, alguns lingüistas contestam tal fato alegando que, conforme o acádico, o correto seria “Deus da Estepe” (ver Bíblia de Jerusalém – p. 52). Há os que afirmam que “Shaddai” vem do hebraico “shad”, que significa, ao pé da letra, “seio, mama”. Neste caso, “El Shaddai” seria “o Deus que sustenta”, “o Deus que nutre”, “o Deus que satisfaz”. Há também aqueles que o façam derivar de uma raiz cujo sentido é “acumular benefícios ou vantagens”, remetendo à noção de um Deus que beneficia os patriarcas e pastores”. Existem ainda alguns que vêem em “Shaddai” o significado de “o Deus das Montanhas” (ver Bíblia Vida Nova – p. 20). Já o Dicionário Hebraico-Português, de Rifka Berezin, publicado pela Universidade de São Paulo, corrobora a idéia de que “Shaddai” significa realmente “Todo-Poderoso (Deus)”. Tal termo, no hebraico, é escrito com três letras: “shin” (transliterada por “sh”), “dalet” (transliterada por “d”) e “iud” ou “iod” (transliterada por “y” ou “i”). Ou seja: “Shadai” ou “Shaddai”.
SHADAI ou EL SHADDAY – aparece 48 vezes nas Escrituras hebraicas (31 em Jô, 9 no Pentateuco e 8 nos demais livros).

Sua etimologia indica que o nome pode derivar do acádio “SHADU”, “Rocha”, “Montanha” (Deus Das Montanhas), ou ainda ,” SHE-DAY”(aquele que é suficiente a si mesmo)

Mas estudos recentes demonstraram que “SHADU” = “MONTANHA” pode significar “seios”, “mamas” (em hebraico, shaddayim – Gn 49,25): por EL SHADDAI... benção das mamas e dos seios; Gn 17,2; 27,1s. 35,11; 49,25 – denominação de EL SHADDAI ligada à fecundidade.

Em nossas Bíblias tem o significado de ação de um SER FORTE.
Gênesis 17:1

     EL SHADAY é o Deus onipotente, aquele que realiza o impossível, é quem nos satisfaz e  é suficiente para nós.
      O nome de EL SHADAY está ligado a EL (ELOIM) com relação ao poder, mas EL-SHADAY é mais abrangente no sentido de que Deus tem tudo o que precisamos e não há impossíveis para Ele.

      A palavra SHADAY se relaciona a ‘campo’ que fala de abundância e sustento, mas também pode ser traduzida por ‘seio’ expressando como a mãe cuida e protege o filho. A mão é tudo o que o filho tem e  precisa, quando está em seus braços. Assim é Deus para conosco.
     EL SHADAY mostra que quando estamos com Deus temos tudo e sem Deus não temos nada (Salmo 91.1). “Se você perder tudo e te restar somente a oração, então você ficou simplesmente com tudo” porque “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).
     Jó experimentou isso, ele perdeu tudo e todos, mas permaneceu crendo em EL-SHADAY e Deus lhe deu tudo em dobro. O nome EL SHADAY aparece 48 vezes na Bíblia e destes 30 estão no livro de Jó, “Senhor bem sei que tudo podes e nenhum dos Teus planos pode ser frustrado”  (Jó 42.2).
    Jesus também se revela como EL SHADAY, fazendo o impossível, curando, expulsando demônios e dizendo: “todo poder me é dado no céu e na terra” (Mateus 28.18).
Você crê em EL SHADAY na hora do impossível?
Creia que Jesus tem todo o poder!

Fonte:







domingo, 27 de outubro de 2013

544-O JURAMENTO " DEBAIXO DA COXA "





Não há testemunhas, só testemunhos

São muitos os exemplos de tradições machistas e patriarcais que aparecem nos livros da Bíblia, tanto na língua e nos costumes, como nas leis e no conteúdo da teologia. Um exemplo curioso é o que lemos no livro do Génesis (24,1-4), quando Abraão diz a um dos seus servos: "Põe a tua mão debaixo da minha coxa e jura por Yahvéh, o Deus do Céu e da Terra…" assim fazia Abraão os juramentos e todos os patriarcas da Bíblia. Mas o "coxa" é um eufemismo: onde os homens que eram empossados punham a mão era nos testículos. Agarrando os testículos de outro o compromisso ficava selado.

Também durante o império romano os homens estavam acostumados a levar a mão direita aos seus órgãos genitais, símbolo de masculinidade, virilidade e coragem, quando faziam uma promessa ou estabeleciam um contrato. Os orgãos produtores de sémen davam credibilidade à palavra empenhada.

Esta prática, entre muitas outras, reflecte a discriminação contra as mulheres: como elas não têm testículos, não podiam testemunhar, não podiam dar testemunho nem herdar em testamento.

 Na terra de Jesus, a mulher não contava para nada nos tribunais. Da cultura judaica à língua portuguesa, todas estas palavras - "testemunho", "testemunha”, testamento" - têm a mesma raiz (testículos) e provêm da mesma cultura patriarcal. Ainda hoje, nos melhores dicionários, não existe a palavra "testemunha" como que insinuando que uma mulher não o pode ser, que a sua palavra não vale nada, que seus juramentos são sempre questionáveis.

Durante séculos e em todos os países, as mulheres não tiveram direito à propriedade ou herança, não assinavam, não decidiam, não elegiam, não votavam. Tudo isto mudou, mas não sem grande esforço, luta, sofrimento e sangue.

 

Fonte:


http://memoriasfuturass.blogspot.com.br/2012/07/informacoes-complementares-entrevistan.html

sábado, 26 de outubro de 2013

543-COSTUMES DIVERSOS





Costumes Diversos

O juramento com a mão sob a coxa. Gênesis 24.2
              Significava então submissão, obediência irrestrita. Longe de ser malicioso, esse ato oficializava um acordo, um pacto. Era, portanto a garantia de que uma promessa seria cumprida (cf. Gn 47.29-31). Por isso Deus tocou a coxa de Jacó! (Gn 32.24-32). Realmente, dali para frente Jacó tornou-se um homem de Deus. Até seu nome foi mudado!
Rasgar as vestes. Gênesis 37.34
Era demonstração de luto, lamento, tristeza. Há 28 ca­sos na Bíblia. Os sacerdotes não podiam fazer isso (Lv 10.6), mas, o de Mateus 26.5 o fez, sem razão. Esse ato de rasgar as vestes obedecia a uma série de regras.




O cavalgar sobre jumentas brancas. Juizes 5.10
Era então costume que algumas espécies de jumento fossem exclusivamenta para uso real e também para transportar pessoas importantes(Gn 22.3; 1 Sm 25.23) Isso explica a passagem em apreço. Entretanto, eles foram substituídos pelas mulas como símbolo de status. O jumento veio a tornar-se gradualmente um símbolo de trabalho e paz, embora continuasse sendo sempre a montaria da pessoas comuns (Zc 9.9; Jo 12.15).


Semeadura de sal. Juizes 9.45
Esse ato significava desolação perpétua sobre o local. Castigo perene.


Pôr a aba da capa sobre alguém.  Rute 3.9
 Não havia nada de indecoroso nesta ação, pois ambas as pessoas estavam plenamente vestidas. No Oriente Médio estender o manto sobre a outra pessoa simbolizava proteção e casamento. Boaz se alegrou de que Rute quizesse se casar com ele, pois a reconheceu como uma mulher digna e piedosa. Porém havia outro parente mais próximo do que Boaz. Este não poderia fazer nada, a menos que aquele homem estivesse disposto a renunciar seus direitos e deveres. Boaz prometeu fazer tudo que estivesse ao seu alcance.


Lei do Levirato. Dt 25; Rt 4.5
Termo que procede do latim levir ( o irmão do esposo).
É uma lei hebraica pela qual ao morrer um membro sem filhos da familia, a fim de perpetuar o seu nome, a esposa teria que ser entregue a um irmão ou parente próximo (em hebraico goel).
A palavra goel significa literalmente resgatador ou redentor. Segundo a Lei, o parente próximo tinha quatro deveres:
·        Resgatar o parente que havia sido vandido como escravo;
·        Comprar o campo ou herança que ela perdera;
·        Vingar o sangue de seu parente;
·        Casar-se com a viúva de seu parente a fim de lhe dar uma descendencia que levaria o nome do falecido.
O primogenito desse novo casamento era considerado legalmente filho do esposo falecido e herdeiro de sua propriedade.


Troca de sapato. Rt 4.7
O sapato simbolizava tomada de posse do terreno (Js 1.3), e tirá-lo era renunciar a todo direito de colocar o pé no terreno.





Um odre na fumaça.  Salmo 119.83
Odres são vasilhas feitas de peles para o transporte de líquidos. Eram postas sobre a fumaça para ficarem en­durecidas pelo calor e fumaça. Isso também fazia au­mentar de resistência a espessura do couro, através do encolhimento.  Fala do estado de alma de Davi.




Fonte:
Usos e costumes dos Tempos Bíblicos/Erros que os pregadores devem evitar/A bíblia através dos séculos/Livros Históricos.

542- O JURAMENTO




JURAMENTO
o uso do juramento é freqüente nos pactos e confederações solenes. No A.T. este uso era reconhecido pela Lei (Êx 20.7 – Lv 19.12) – aparece nas promessas do próprio Deus (Gn 26.3) – usa-se nas convenções entre o rei e seus súditos (1 Rs 2.43), entre patriarca e povo (Gn 50.25), entre senhor e servo (Gn 24.2 a 9) – entre povo e povo (Js 9.20), entre indivíduo e indivíduo (Rt 1.17) – e é empregado nas promessas feitas a Deus (Gn 14.22,23). Encontram-se na Bíblia muitas formas de juramento, sendo esta a mais usual: ‘assim Deus me faça e outro tanto’ com as suas variações (1 Sm 3.17 – 1 Rs 2.23). Uma maneira de fazer juramento está escrita em Gn 24.2 a 9. o método mais usual consistia em levantar a mão direita para o céu (Gn 14.22 – cp com Sl 106.26). No N.T. as palavras de Jesus Cristo em S. Mateus (5.33 a 37) não são contra os juramentos judiciais, mas, sim, contra o uso profano e negligente de fazer juramento nos simples casos da vida temporal (*veja também 23.16 a 22 – Tg 5.12). o próprio Jesus, quando foi interrogado, respondeu sob esconjuração (Mt 26.63,64 – Mc 14.62). Expressões da natureza de juramentos se acham nas epístolas de S. Paulo (Rm 1.9 – 1 Co 15.31 – 2 Co 1.18 – Gl 1.20).


Declaração juramentada referente à veracidade do que se disse, ou de que a pessoa fará ou não fará certa coisa; freqüentemente envolve um apelo a alguém superior, especialmente Deus.

Nas Escrituras Hebraicas empregam-se duas palavras para denotar o que chamamos de juramento. Shevu‛áh significa “juramento ou declaração juramentada”. (Gên 24:8; Le 5:4) O aparentado verbo hebraico shavá‛, que significa “jurar”, deriva da mesma raiz que a palavra hebraica para “sete”. De modo que “jurar” originalmente significava “vir a estar sob a influência de 7 coisas”. (Theological Dictionary of the New Testament [Dicionário Teológico do Novo Testamento], editado por G. Friedrich; tradutor e editor: G. Bromiley, 1970, Vol. V, p. 459) Abraão e Abimeleque juraram sobre sete cordeiras ao fazerem o pacto junto ao poço de Berseba, que significa “Poço do Juramento; ou: Poço de Sete”. (Gên 21:27-32; veja também Gên 26:28-33.) Shevu‛áh refere-se a uma declaração juramentada por parte de alguém no sentido de que fará ou não fará certa coisa. A palavra em si não tem a conotação duma maldição a sobrevir àquele que jura, caso deixe de cumprir o juramento. Esta é a palavra usada para o juramento ou declaração juramentada feita a Abraão por Yehowah, que nunca deixa de cumprir sua palavra e sobre quem nunca poderia vir uma maldição. — Gên 26:3.

A outra palavra hebraica usada é ’aláh, que significa “juramento, maldição”. (Gên 24:41 n) Pode também ser traduzida por “juramento de obrigação”. (Gên 26:28) Um léxico hebraico e aramaico de Koehler e Baumgartner (p. 49) define o termo como “maldição (ameaça de calamidade em caso duma má ação), lançada sobre uma p[essoa] por ela mesma ou por outros”. Nos antigos tempos hebraicos, era considerado um assunto bem sério fazer um juramento. O juramento devia ser cumprido, mesmo em prejuízo de quem jurou. (Sal 15:4; Mt 5:33) A pessoa era considerada culpada perante Yehowah se fizesse irrefletidamente uma declaração juramentada. (Le 5:4) A violação dum juramento podia ter por consequência a mais severa punição da parte de Deus.

Entre as primitivas nações, e especialmente entre os hebreus, um juramento, em certo sentido, era um ato religioso, que envolvia Deus. O uso do termo ’aláh, pelos hebreus, por dedução, tornava Deus partícipe no juramento e professava a prontidão de incorrer no julgamento que ele se agradasse de infligir em caso de infidelidade de quem jurou. Este termo nunca é usado por Deus com relação aos seus próprios juramentos.

Os correspondentes termos gregos são hórkos (juramento) e omnýo (jurar), que ocorrem em Tiago 5:12. O verbohorkízo significa “pôr sob juramento” ou “advertir solenemente”. (Mr 5:7; At 19:13) Outros termos aparentados com hórkos significam “juramento afiançado” (He 7:20), “pôr sob solene obrigação ou juramento” (1Te 5:27), “perjuro, ou violador dum juramento” (1Ti 1:10) e “jurar sem cumprir, ou jurar falsamente” (Mt 5:33). A palavra grega anathematízo é traduzida em Atos 23:12, 14 e 21, por ‘obrigar-se com uma maldição’.

Expressões Usadas ao Jurar: Frequentemente, o juramento era feito por se jurar por Deus ou em nome de Deus. (Gên 14:22; 31:53; De 6:13; Jz 21:7; Je 12:16) Yehowah jurou por si mesmo, ou pela sua própria vida. (Gên 22:16; Ez 17:16; Sof 2:9) Os homens às vezes usavam expressões de natureza formal, tais como: “Assim me [ou: te] faça Yehowah e assim lhe acrescente mais, se . . .” eu (ou tu) deixar(es) de fazer segundo o juramento. (Ru 1:17; 1Sa 3:17; 2Sa 19:13) A asserção talvez fosse enfatizada por usar a pessoa o seu próprio nome. — 1Sa 20:13; 25:22; 2Sa 3:9.

Os pagãos apelavam similarmente aos seus deuses falsos. Jezabel, adoradora de Baal, não apelou a Yehowah, mas a “deuses” (’elohím, com o verbo no plural), assim como também fez Ben-Hadade II, rei da Síria. (1Rs 19:2; 20:10) Na realidade, por causa da prevalência universal de tais expressões, a idolatria passou a ser representada na Bíblia como ‘jurar por um deus falso’ ou por aquilo que “não é Deus”. — Jos 23:7; Je 5:7; 12:16; Am 8:14.

Em uns poucos casos muito sérios, ou quando a declaração solene era acompanhada por fortes sentimentos emocionais, as maldições ou punições resultantes do não-cumprimento do juramento eram especificadas. (Núm 5:19-23; Sal 7:4, 5; 137:5, 6) Jó, argumentando em prol da sua retidão, recapitula sua vida e declara-se disposto a sofrer as mais terríveis punições se for achado culpado de violar as leis de Yehowah, de lealdade, justiça, juízo e moral. — Jó 31.

No julgamento resultante do ciúme dum marido, a esposa, por responder: “Amém! Amém!” à leitura do juramento e da maldição pelo sacerdote, jurava assim a sua inocência. — Núm 5:21, 22.

O que importava praticamente num juramento era com freqüência expresso por se afirmar algo não somente pelo nome de Deus, mas, adicionalmente, pela vida do rei ou de alguém superior. (1Sa 25:26; 2Sa 15:21; 2Rs 2:2) “Por Yehowah que vive”, era costume dizer para dar peso à declarada determinação da pessoa ou à veracidade duma declaração. (Jz 8:19; 1Sa 14:39, 45; 19:6; 20:3, 21; 25:26, 34) Uma expressão menos vigorosa, que talvez não devesse ser considerada um juramento, mas que transmitia uma intenção muito séria e era declarada ao ouvinte como garantia, era jurar pela vida da pessoa à qual se falava, como nas palavras de Ana a Eli (1Sa 1:26) e na declaração de Urias ao Rei Davi. — 2Sa 11:11; também 1Sa 17:55.

Formas ou Ações Usadas: O mais frequente gesto usado ao se jurar parece ter sido o de levantar a mão direita em direção ao céu. O próprio Yehowah é mencionado como fazendo um juramento desta maneira, de forma simbólica. (Gên 14:22; Êx 6:8; De 32:40; Is 62:8; Ez 20:5) Numa das visões de Daniel, um anjo levantou ambas as mãos para o céu ao fazer um juramento. (Da 12:7) A respeito de perjuros se diz que sua “direita é uma direita de falsidade”. — Sal 144:8.

Quem solicitava de outro um juramento talvez lhe pedisse que colocasse a mão sob a sua coxa ou quadril. Quando Abraão mandou seu mordomo buscar uma esposa para Isaque, ele disse ao mordomo: “Por favor, põe a tua mão debaixo da minha coxa”, após o que o mordomo jurou que obteria a moça dentre os parentes de Abraão. (Gên 24:2-4, 9) Do mesmo modo, Jacó exigiu um juramento de José, de que não fosse sepultado no Egito. (Gên 47:29-31) A respeito do significado desta prática.

Frequentemente, um juramento estava relacionado com a celebração de um pacto. Em tais casos, era comum a expressão: “Deus é testemunha entre mim e ti.” (Gên 31:44, 50, 53) Fazia-se esta expressão também para reforçar a declaração dum fato ou duma verdade. Moisés tomou os céus e a terra por testemunhas ao considerar a relação de Israel no seu pacto juramentado com Yehowah. (De 4:26) Muitas vezes, uma pessoa ou pessoas, um documento escrito, uma coluna ou um altar ficavam como testemunha e lembrete dum juramento ou dum pacto. — Gên 31:45-52; De 31:26; Jos 22:26-28; 24:22, 24-27.

Sob a Lei: Casos em que se exigiam juramentos de certas pessoas, sob a Lei mosaica, eram: da esposa no julgamento de ciúme (Núm 5:21, 22), do fiador quando a propriedade deixada aos seus cuidados desapareceu (Êx 22:10, 11), dos anciãos duma cidade, no caso de um assassinato não solucionado (De 21:1-9). Juramentos voluntários de abstinência eram permitidos. (Núm 30:3, 4, 10, 11) Servos de Deus eram às vezes adjurados por alguém em autoridade, e eles falavam a verdade. Do mesmo modo, o cristão, quando sob juramento, não mente, mas diz toda a verdade exigida, ou se nega a responder, se isso poria em perigo os interesses justos de Deus ou de concristãos, caso em que tem de estar pronto para agüentar as conseqüências que talvez resultem da sua recusa de testificar. — 1Rs 22:15-18; Mt 26:63, 64; 27:11-14.

Em Israel, os votos eram considerados como tendo a força dum juramento, como sagrados, e para serem cumpridos, mesmo que isso resultasse numa perda para o votante. Achava-se que Deus vigiava para ver que os votos eram cumpridos, e como trazendo punição pelo não-cumprimento. (Núm 30:2; De 23:21-23; Jz 11:30, 31, 35, 36, 39; Ec 5:4-6) Os votos da esposa e de filhas solteiras estavam sujeitos à confirmação ou ao cancelamento por parte do marido ou do pai, mas as viúvas e as mulheres divorciadas estavam obrigadas a cumprir seus votos. — Núm 30:3-15.

Jesus Cristo, no seu Sermão do Monte, corrigiu os judeus na prática deles de fazer juramentos levianos, vagos e indiscriminados. Passara a ser costume entre eles jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém e até mesmo pela sua própria cabeça. Mas, visto que o céu é o “trono de Deus”, a terra é seu “escabelo”, Jerusalém era sua cidade régia e a cabeça (ou vida) da pessoa dependia de Deus, fazer tal juramento era o mesmo que jurar em nome de Deus. Não era algo a ser tratado levianamente. De modo que Jesus disse: “Deixai simplesmente que a vossa palavra Sim signifique Sim, e o vosso Não, Não; pois tudo o que for além disso é do iníquo.” — Mt 5:33-37.

Jesus Cristo não proibia com isso todos os juramentos, porque ele mesmo estava sob a Lei de Moisés, que exigia juramentos sob certas circunstâncias. Na realidade, quando o próprio Jesus foi julgado, ele foi posto sob juramento pelo sumo sacerdote, todavia não objetou a isso, mas deu uma resposta. (Mt 26:63, 64) Antes, Jesus estava mostrando que a pessoa não deve ter duas normas. Cumprir a palavra empenhada deve ser encarado como dever sagrado e ela deve ser cumprida, assim como se fosse um juramento; a pessoa deve ser sincera naquilo que diz. Ele lançou mais luz sobre o sentido das suas palavras quando expôs a hipocrisia dos escribas e dos fariseus, por dizer-lhes: “Ai de vós, guias cegos, que dizeis: ‘Se alguém jurar pelo templo, isto não é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do templo, ele está sob obrigação.’ Tolos e cegos! O que, de fato, é maior, o ouro ou o templo que santifica o ouro?” Prosseguiu, dizendo: “Quem jurar pelo céu, está jurando pelo trono de Deus e por aquele que está sentado nele.” — Mt 23:16-22.

Estes escribas e fariseus, pelo seu raciocínio falso e seu casuísmo minucioso, conforme ali salientado por Jesus, justificavam não cumprirem eles certos juramentos, mas Jesus mostrou que tais juramentos da parte deles eram desonestos para com Deus e realmente vituperavam o nome dele (porque os judeus eram um povo dedicado a Deus). O Senhor declara explicitamente que ele odeia o juramento falso. — Za 8:17.

Tiago corrobora as palavras de Jesus. (Tg 5:12) Mas, essas declarações de Jesus e de Tiago contra tais práticas indiscriminadas não impedem que o cristão jure quando necessário, para assegurar a outros a seriedade das suas intenções ou a veracidade do que diz. Por exemplo, conforme Jesus ilustrou perante o sumo sacerdote judeu, o cristão não objetaria a jurar num tribunal, porque iria dizer a verdade, quer estivesse sob juramento, quer não. (Mt 26:63, 64) Até mesmo a decisão do cristão, de servir a Deus, é um juramento feito ao Criador, que coloca o cristão numa relação sagrada. Jesus colocou o juramento e o voto na mesma categoria. — Mt 5:33.

Também o apóstolo Paulo, para reforçar seu testemunho perante os seus leitores, faz o que equivale a um juramento, em 2 Coríntios 1:23 e Gálatas 1:20. Refere-se adicionalmente a um juramento como costumeiro e próprio para acabar com uma disputa e traz à atenção o fato de que Deus, “quando se propôs demonstrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, interveio com um juramento”, jurando por si mesmo, visto que não havia alguém maior por quem pudesse jurar. Isto dava à sua promessa uma garantia legal e uma dupla asseguração por meio de “duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta”, a saber, a palavra de promessa de Deus e seu juramento. (He 6:13-18) Além disso, Paulo salienta que Cristo foi feito Sumo Sacerdote por um juramento de Deus, e que ele foi dado em penhor dum pacto melhor. (He 7:21, 22) As Escrituras fazem mais de 50 referências ao próprio Yehowah fazer juramentos.

Na noite em que Jesus foi preso, o apóstolo Pedro negou três vezes conhecer Jesus, passando finalmente a praguejar e a jurar. Lemos a respeito da terceira negação: “[Pedro] principiou então a praguejar e a jurar: ‘Não conheço este homem [Jesus]!’” (Mt 26:74) Pedro, temeroso, tentava convencer os em volta dele que sua negação era verídica. Por jurar sobre o assunto, ele fazia um juramento no sentido de que suas palavras eram verazes e que podia sobrevir-lhe uma calamidade se não fossem.

Juramentos na Bíblia

É uma armadilha consagrar algo
precipitadamente,
e só pensar nas consequências
depois que se fez o voto. 
Provérbios 20:25
Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cum­pra o seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir. 
Eclesiastes 5:4-5
Seja o seu 'sim', 'sim', e o seu 'não', 'não'; o que passar disso vem do Maligno. 
Mateus 5:37

Outros Versículos encontrados:

Temam o Senhor, o seu Deus, e sirvam-no. Apeguem-se a ele e façam os seus juramentos somente em nome dele. 
Deuteronômio 10:20
Todos parti­lham um destino comum: o justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece sacrifícios e o que não os oferece.
O que acontece com o homem bom,
acontece com o pecador;
o que acontece
com quem faz juramentos,
acontece com quem teme fazê-los. 
Eclesiastes 9:2
"Escute isto, ó comunidade de Jacó,
vocês que são chamados
pelo nome de Israel
e vêm da linhagem de Judá,
vocês que fazem juramentos
pelo nome do Senhor
e invocam o Deus de Israel,
mas não em verdade ou retidão; 
Isaías 48:1
Eles fazem muitas promessas,
fazem juramentos e acordos falsos;
por isso brotam as demandas
como ervas venenosas
num campo arado. 
Oséias 10:4
"Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: 'Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor'. 
Mateus 5:33

Fonte:
http://biblia.com.br/dicionario-biblico/j/juramento/