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sexta-feira, 29 de março de 2013

416-OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO


OS ROLOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
 
Introdução

Desejo com exatidão relatar um fato histórico da arqueologia bíblica, onde
mais uma vez as Santas Escrituras veio a ser confirmada pelos cientistas.
Nesse relato, minha preocupação está voltada a levar o leitor a ter um pré
conhecimento sobre o assunto, a fim de desejar futuramente aprofundar nessa
magnificar história cientifica.


Os manuscritos do Mar Morto

Foi no inicio de 1947 que um pastor árabe encontrou numa gruta do mar Morto, vasos que continham sete antiqüíssimos pergaminhos.
Este acontecimento fortuito deu lugar à mais sensacional descoberta no campo da arqueologia bíblica.

Manuscritos do Livro de Isaías cuja antigüidade era superior a mil anos constituíam as primeiras de uma serie de descobertas de textos que se verificou formarem a biblioteca de uma comunidade monástica judaica que viveu antes da época de Cristo e durante os primeiros anos da era cristã.

A relevância da descoberta destes manuscritos na região do mar Morto ofereceu aos investigadores um material riquíssimo para o estudo das seitas judaicas, das comunidades monásticas judaicas e das origens do cristianismo.

Qumrãn ficava numa área deserta a cerca de 128 quilômetros de Jericó, foi fundado acerca de 130 a.C., por um grupo religioso que se separou do judaísmo contemporâneo.

Os escritos dos rolos do mar Morto, mostraram-se extremamente relevantes para o estudo dos períodos intertestamentário e cristãos primitivos.

Em 1947, um jovem pastor beduíno estava procurando um animal perdido nas encostas escarpadas do Wadi Qumran, a noroeste do mar Morto, quando então encontrou vários vasos cheios de rolos antigos de couro, junto com outros fragmentos de manuscritos.

Foram feitas tentativas de vender os rolos a um antiquário em Belém, e em determinada época os rolos foram separados em dois grupos para serem reunidos apenas muitos anos mais tarde.


Enquanto isso, eruditos judeus e americanos haviam descoberto que os manuscritos eram pelo menos mil anos antigos que os primeiros manuscritos conhecidos da bíblia hebraica.

Os rolos formavam a biblioteca da comunidade de Qumrãn. Pesquisas cuidadosas em 11 cavernas e outros lugares próximos ao sítio permitiram recuperar cerca de quinhentos documentos, a maioria em fragmentos.

Cerca de cem desses rolos são livros do Antigo Testamento em hebraico, incluindo uma cópia de Isaías, que é o mais antigo manuscrito de um livro completo do Antigo Testamento e talvez date de 100 a.C.

Os rolos bíblicos demostraram a exatidão da transmissão dos textos hebraicos já conhecidos.

Outros rolos dão uma idéia da vida na comunidade de Qumran. Onde ele incluí uma regra comunitária, uma coleção de hinos, comentários bíblicos e outros escritos.

Um "rolo do templo", adquirido pelos israelitas em 1.967, confirma os ensinos escritos dos elementos mais conservadores do farisaísmo.

Um comentário sobre Habacuque ilumina os objetivos da comunidade de Qumrãn.

O grupo pode ter surgido em cerca de 200 a.C., como um protesto contra o judaísmo contemporâneo, onde seus membros se estabeleceram no deserto da Judéia para estudar a Escritura sob um "mestre justo".

A comunidade se considerava o remanescente israelita fiel, destinado a fazer os preparativos para o dia do Senhor, e seus membros esperavam um profeta como Moisés (Dt 18:18), um Messias davídicos e um sacerdote arônico. O messias derrotaria os inimigos do remanescente, e o sacerdote governaria o estado.


A colônia de Qumrãn foi escavada pela primeira vez em 1.953. Os arqueólogos descobriram os lugares onde a comunidade vivia, cisternas para rituais de batismo, um sistema de aquedutos, o aposento onde os rolos foram escritos e em cemitério.

Quanto ao processo da descoberta, como vimos, um pastor beduíno, Muhammad Dib, da tribo dos Ta'amirech, foi quem achou por acaso os rolos, quando procurava por ovelha desgarrada pela ravinas rochosas da costa do mar Morto, e encontrou sem saber um verdadeiro tesouro real da tradição bíblica.

Muhammad quando encontrou a fenda de difícil acesso e vendo a possibilidade de sua ovelha estar lá, buscou ajuda e adentrou, encontrou ao invés de sua ovelha cântaros de barro.

Julgando ter neles um tesouro, quebrou-os imediatamente, contendo apenas rolos de pergaminho e papiro, envoltos em panos de linho.


Levaram os rolos pensando que pudessem vendê-los, e assim os velhos documentos iniciaram uma extraordinária peregrinação pelo mercado negro de Belém, nas mãos dos antiquários, colecionadores judeus e árabes.

Mas um pacote de rolos e um punhado de moedas foram para as mãos do arcebispo ortodoxo de Jerusalém, Yeshue Samuel.

No mosteiro de São Marcos, peritos da American School of Oriental Research entraram em contato com os documentos e perceberam que se tratava de um achado arqueológico extraordinariamente antigo.

Entre eles encontrava-se um rolo de sete metros de comprimento com o texto do Livro de Isaías sem lacunas, em hebraico.

Perfazendo todo o caminho percorrido pelos documentos, chegaram a tribo de Ta'amirech e finalmente até a caverna de Uadi Qumram, sendo proibido em 1.948 quando estourou uma guerra árabe-judaica.

Em 1.948, um observador belga da ONU, Philipper Lippens em conjunto com um inglês Harding, conseguiram interessar os oficiais da legião árabe pela caverna do achado, onde depois de diversas buscas encontraram a caverna, e junto com o padre dominicano Roland de Vaux puderam ir ao local.

Ficaram decepcionados, ao notar que o local havia sido visitado e que não constatava mais nenhuma prova do que buscava, mas a paciência dos dois observadores levaram a esgaravatar o solo com as mãos à procura dos restos dos manuscritos, onde reunidos chegaram a conclusão que eram de origem heleno-romana, do periodo de 30 a.C. à 70 d.C., seiscentos pequenos fragmentos de pergaminho e papiro permitiram reconhecer ainda anotações manuscritas do Primeiro e do Quinto Livros de Moisés e do Livro dos juízes, em hebraico.

Pedacinhos do tecido de linho que servira para envolver os rolos completaram a magra coleta.

Em 1.949 o arcebispo Yeshue Samuel viajou para os Estados Unidos com os rolos, para um exame, sendo levantado a polemica da autenticidade, os documentos foi enviados ao conselho de um cientista atônico.

Já o Professor Libby foi encarregado de realizar a pesquisa com o pedaço do tecido linho em que estava envolvido o rolo do livro de Isaías, concluiu que o tecido era do tempo de Cristo, e que os documentos escritos eram mais antigos, comprovando que Isaías encontrado na caverna de Qumrãn foi escrito por volta do ano de 100 a.C., comprovando o texto da bíblia hebraica antigo, a tradução grega dos Septuaginta e a Vulgata Latina. Onde o texto hebraico escrito a cerca de mil anos mais antigo estava em concordância textualmente com a relação atual, porém tal pergaminho pressupõe que seja a mesma que Jesus utilizou na sinagoga de Nazaré (Lc. 4.16-17).

Novas pesquisas foram feitas no Uadi Qmran resultando no encontro de grande número de cavernas com restos de manuscritos mas com obras diferentes, tal como restos de uma colônia da seita judaica dos essênios nos quais foram achados moedas do tempo dos procuradores romanos até a guerra dos judeus, nos meados de 66-70 d.C., e uma coleção espantosamente de texto bíblicos para preserva-los dos romanos pagãos, comprovando ser os trinta e oito rolos a disposição com textos de dezenove livros do Velho Testamento, escritos sobre o pergaminho e papiro em hebraico, aramaico e grego.

A partir de 1.950, começou aparecer na Jordânia grandes quantidades de escritos e fragmentos do século II a.C. sendo oferecidos a preços exorbitantes a diversos instituições interessadas.

Já os árabes ao descobrir os valores dos documentos puseram-se a explorar em segredo por conta propria, tomando a caça um mercado negro.


Com uma constante busca o Padre De Vaux reuniu-se com um árabe no final de 1.951 e com o Harding partiram do Uadi Qumram, chegando ao Uadi Murabba'at, um lugar mais desertos da Palestina, onde com uma única caverna contou quarenta e cinco figuras armadas.

Em janeiro de 1.952 a exploração metódica das caverna foi iniciada onde foi contratado escavadores furtivos. Os fragmentos de manuscritos encontrados são principalmente em grego, aramaico e hebraico do século II d.C.

Um deles constituiu um papiro escrito em hebraico do século VI a.C., quanto aos textos bíblicos, foram encontradas partes do Gêneses, Êxodo e do Deuteronômio, entre muitos escritos hebraicos.


Até então, só uma parte insignificante dos novos e numerosos testemunhos escritos antes e depois de Cristo foi estudado, onde diversos documentos achados aumentou o material existente.

Tudo está em andamento, e é possivel que estejamos diante de novas e revolucionarias descobertas que nos aproximem do tempo de Cristo e das primeiras comunidades cristãs e de sua vida.

Depois dos manuscritos e das pedras dos tempos bíblicos, as construções, as residências, os palácios reais e os fortes da Palestina, depois dos testemunhos de antigos acontecimentos egípcios, assírios e babilônicos, levantam agora também a voz dos manuscritos de dois mil anos.

Concluindo que os textos achados são nada mais do que semelhantes dos que se encontram em nossas bíblias aceitas pelo cânon e fielmente reproduzida.

Parecer Final

A descoberta dos rolos em 1.947 serviu para enriquecer a autenticidade das Escrituras Sagradas, e confirmando com exatidão, a historia judaica, onde a comunidade Khirbet Qumran  situado no noroeste do mar Morto, veio a tona, revelando o serviço prestados em seu tempo.

O pequeno conjunto  de construções escavados na década de 50 abrangia uma sala de manuscritos, refeitórios e salas de reunião, fornos de cerâmicas e depósito, e um cemitério. Onde na sala dos manuscritos foram achados bancos e mesas e dois recipientes para tinta.

A literatura, ou seja os manuscritos do mar morto datados no periodo de 200 a.C. a 100 d.C encontrada em diversas cavernas consistiam em:

» Cópias integrais ou parciais de todos os livros canônicos do Antigo Testamento (com exceção de Ester);

» Comentários das Escrituras;

» Material dos livros apócrifos e pseudepígrafes do periodo intertestamentário;

» Manuscritos das regras e doutrinas da seita ( como a espera por dois messias, um secular e um religioso, e a esperança do julgamento iminente dos maus a serem feitos por Deus);

» Textos sobre outros assuntos, como o Rolo do Templo e o tesouro oculto descrito no Rolo de Cobre.

Por fim, as semelhanças entre algumas doutrinas dos essênios e as do cristianismo, por se basearem ambos no AT, tem numerosas  diferencias.

Tal documento, é pouco para que leitor possa com profundidade conhecer o fato histórico da arqueologia bíblica, mas fica uma base do que venha a ser o famoso "Manuscritos do mar Morto".

Bibliografia:

ALLEGRO, John Marco - Os manuscritos do mar morto "coleção de estudos e documentos"
Editora Europa América, Lisboa - Portugual
DOCKERY, David S. - Manual Bíblico Vida Nova
Tradução de Lacy Yamakami e Hans Udo Fuchs
Editora Vida Nova, São Paulo - Brasil, 2.001
KELLER, Werner - "...e a Bíblia tinha razão"
Editora Circulo do Livro, Rio de Janeiro - Brasil, 1.978
HARBIN THD, Lamie Byran, artigo sobre os manuscritos de
Qunran, pela Faculdade Batista de São Paulo
Bíblia de Estudo Genebra

Traduzida por João Ferreira de Almeida
Editada por cultura Cristã e sociedade bíblica do Brasil
São Paulo - Brasil, 1.999

Fabiano Gomes
Estudante de Teologia, e Diácono da OBPC Jd da Conquista - Região Jd
Iguatemi
 

 

 

 

O Verdadeiro Tesouro dos Manuscritos do Mar Morto

“A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices [...] são mais desejáveis do que ouro, [...] em os guardar há grande recompensa [...] Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata” (Salmo 19.7,10-11; Salmo 119.72).
Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto.
Beduínos não marcam o tempo como os ocidentais, mas assemelham-se aos seus antepassados; sua concepção de tempo e momento está relacionada com outros acontecimentos. Assim, não se pode datar essa descoberta com precisão. Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C. A maior parte deles foi descoberta em cavernas de formação calcária em Qumran, situadas exatamente a noroeste do Mar Morto. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extrabíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.
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A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na
atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Na foto: as cavernas de Qumran.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).
Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.
Antes dessa descoberta, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam do século IX d.C. ao século XI d.C. Tais manuscritos constituem aquele que é chamado de Texto Massorético, termo este originado da palavra hebraica masorah que significa “tradição”. Os escribas judeus de Tiberíades, denominados massoretas, procuraram meticulosamente padronizar o texto hebraico e sua pronúncia; a obra que realizaram ainda é considerada uma referência confiável nos dias de hoje. Os manuscritos de Qumran são, no mínimo, mil anos mais antigos que o Texto Massorético. Na realidade, esses manuscritos são até mesmo mais antigos que a Septuaginta, uma tradução grega do Antigo Testamento elaborada no Egito durante o período de 300 a 200 a.C.
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Vasos encontrados em Qumran.
Comparações minuciosas têm sido feitas entre o Texto Massorético e os Manuscritos do Mar Morto. Encontraram-se diferenças insignificantes de ortografia e gramática. Os críticos e céticos em relação à Bíblia ficaram surpresos quanto à maneira pela qual o texto daqueles manuscritos se assemelha ao texto atual. Eles não encontraram nenhuma objeção evidente às principais doutrinas das Escrituras Sagradas. A parte bíblica da literatura descoberta em Qumran confirma o estilo de expressão verbal e o significado do Antigo Testamento que temos em nossas mãos na atualidade: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5.39).
Além das cópias das Escrituras do Antigo Testamento, as cavernas do Mar Morto também nos proporcionaram outras obras escritas. Esses documentos descrevem o estilo de vida e as crenças da misteriosa comunidade que viveu na região de Qumran. Embora não sejam escritos bíblicos, são registros valiosos que possibilitam a compreensão do contexto de vida e da cultura na época do Novo Testamento. Infelizmente os estudiosos dão mais atenção a essas obras de menor relevância do que às Escrituras, ainda que os textos bíblicos sejam mais importantes para os problemas da vida, pois o legítimo plano de Deus para a redenção da humanidade só se encontra no texto da Bíblia.

Uma Exatidão Maravilhosa

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O grande rolo de Isaías, encontrado quase intacto em Qumran.
O Manuscrito do Livro [i.e., rolo] de Isaías encontrado na caverna 1 da região de Qumran oferece um sensacional exemplo da transmissão exata do texto na tradução. Acredita-se que esse extraordinário manuscrito date de cem anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Foi um manuscrito semelhante a esse que Jesus utilizou na sinagoga da aldeia de Nazaré, quando leu a seguinte passagem das Escrituras: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lucas 4.18; Isaías 61.1). Ele continuou a leitura até determinado ponto. Em seguida, devolveu o livro [i.e., rolo] ao assistente da sinagoga e se sentou. Enquanto todos tinham os olhos fitos em Jesus, Ele declarou que aquela porção das Escrituras acabara de se cumprir diante dos ouvintes. Dessa forma, Jesus afirmou claramente ser Ele mesmo o Messias de Deus, vindo ao mundo para conceder a salvação a todo aquele que O receber.
A mesma passagem bíblica traduzida diretamente a partir do Manuscrito do Livro de Isaías descoberto em Qumran (o qual é cerca de mil anos mais antigo do que o manuscrito hebraico [i.e., o Texto Massorético] no qual se basearam as outras traduções), é praticamente idêntica: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque YHVH [N. do T., o tetragrama sagrado em hebraico que se refere ao nome supremo de Deus: Yahveh ou Javé] me ungiu para pregar as boas novas aos quebrantados”. A integridade da reivindicação de Cristo, conforme está escrita em nossas Bíblias, se confirma.
É fascinante que os manuscritos achados com mais freqüência em Qumran, sejam completos, sejam na forma de pequenos fragmentos, referem-se aos mesmos livros da Bíblia geralmente citados no Novo Testamento: Deuteronômio, Isaías e Salmos. Tal fato desperta um interesse ainda maior à luz das próprias palavras de Jesus concernentes às Escrituras Hebraicas:
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24.44).
Muitos outros exemplos poderiam ser citados. O fato principal acerca da Bíblia e desses rolos de manuscritos resume-se naquilo que um grande expositor das Escrituras, o inglês G. Campbell Morgan (1863-1945), certa feita compartilhou: “Não existe vida nas Escrituras em si mesmas, porém, se seguirmos a direção para onde as Escrituras nos levam, elas nos conduzirão até Ele e assim encontraremos a vida, não nas Escrituras, mas nEle através delas”.[1]
“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Is 40.8).
Infindáveis argumentações e debates têm surgido acerca desses manuscritos. Contudo, os crentes em Cristo podem estar certos de que tais manuscritos bíblicos antigos ratificam, apóiam e dão credibilidade à Bíblia que temos nos dias de hoje. A Palavra de Deus continua a ser a única fonte legítima da fé e da doutrina para todo aquele que busca recompensa eterna.
“São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Salmo 19.10-11).
Sendo assim, pobre Muhammad! Ele tinha esperança de encontrar os tesouros deste mundo, mas achou apenas pergaminhos despedaçados que só prestavam para fazer correias de sandálias! Lamentavelmente o lucro deste mundo é uma prioridade que absorve a pessoa completamente. O mundo considera as Escrituras Sagradas como algo sem valor; ou com alguma utilidade, de vez em quando, para serem citadas como “palavras da boca pra fora”, mas nunca para serem aceitas pela fé e praticadas. Todavia, nós, os salvos em Cristo, temos um conhecimento mais apurado. Temos conhecimento suficiente para não desprezar o tesouro verdadeiro e incalculável que só pode ser descoberto quando se faz uma escavação no solo da Palavra de Deus:
“E, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2.3-5). (Peter Colón - Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br)

http://www.beth-shalom.com.br/artigos/imagens/manuscritos_mar_morto04.jpgA Mais Antiga das Antigüidades

A cópia mais antiga das Escrituras do Antigo Testamento conhecida até o dia de hoje foi descoberta em 1979. São dois minúsculos rolos de manuscritos feitos de prata, que eram usados como talismãs e foram descobertos dentro de um túmulo em Jerusalém. O texto de sua inscrição foi cunhado em hebraico antigo. O manuscrito, surpreendentemente, continha uma citação da benção sacerdotal registrada em Números 6.24-26:
“O Senhor te abençoe e te guarde;o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.
A inscrição data do século VII a.C., por volta da época do templo de Salomão e do profeta Jeremias. Portanto, esses versículos, provenientes do quarto livro da Torah [i.e., do Pentateuco], são cerca de 400 anos mais antigos do que os Manuscritos do Mar Morto.

Nota:

1.  Citado na obra de Leon Morris, The Gospel According to John, Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1971, p. 331, nota 116.
CAVERNAS DO MAR MORTO



OUTROS LOCAIS



JERICÓ


JERUSALEM
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Caverna 1
Descoberta por um pastor beduíno que perseguia uma ovelha perdida, os Rolos do Mar Morto achados aqui mudaram o estudo do Velho Testamento.
Foram descobertos Sete rolos: - Manual de Disciplina, Guerra dos Filhos da Luz, Rolo de Ação de graças, Isaias 1 e B, Gênesis Apócrifo e Comentário de Habakkuk.




Caverna 3
O Rolo de Cobre foi achado nesta caverna em 1952.  Este era o único rolo que foi fotografado em situ.

O Rolo de de Cobre está em exibição no Museu de Amman na Jordania e lista 63 tesouros escondidos no deserto da Judeia entre a área do Mar Morto e Jerusalém.




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Caverna 4
Esta é a mais famosa das cavernas do Mar Morto. Mais de 15.000 fragmentos de mais de 200 livros foram achados, 122 rolos bíblicos (ou fragmentos) foram achados, mais que todas as outras 11 cavernas de Qumran juntas, todos os livros do Velho Testamento estão representados menos Esther. Nenhum fragmento do Novo Testamento foi encontrado.





Caverna 4 (interior)
Os rolos encontrados nessa caverna foram preservados porque eles foram armazenados em jarros. A prática dos arqueólogos de pagar aos beduinos " por pedaço " encrontrado conduziu à criação de múltiplos fragmentos que originalmente eram pedaços únicos.




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Caverna 5 (primeiro plano)
Esta corroída caverna foi descoberta pelos arqueólogos (também descobriram as cavernas 4, 7, 8, 9, e 10; os beduínos descobriram as cavernas 1, 2, 4, 6, e 11).

Ela esta num terraço perto do Mar morto no local de Qumran, estima-se que originalmente havia entre 30 a 40 cavernas nesse terraço.





Caverna 6
Esta caverna não era usada para habitação, servia apenas como depósito. Um único jarro foi encontrado nesta caverna.

Hoje esta caverna é a mais acessível para visitação (seguindo do aqueduto de Qumran para as colinas ela está à esquerda.




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Caverna 7 (à direita), 8 (à esquerda)
Todo material achado na Caverna 7 estava em Grego. A caverna desmoronou logo após os rolos terem sido escondidos.

Na caverna 8 foram descobertos 8QMezuzah, Gêneses, e cem tiras de couro pequeno com textos.





Caverna 10 (à direita de C4)
Havia muitos fragmentos nessa caverna, só foram encontrados rolos completos nas cavernas 1 e 11.

Em todas as 11 cavernas, alguns livros bíblicos foram achados em grande número:

34 cópias de Salmos
27 cópias de Deuteronômio
24 cópias de Isaias
20 cópias de Genesis




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FONTE:
http://mucheroni.br.tripod.com/
http://www.vivereparvo.com/




terça-feira, 26 de março de 2013

415-LIÇÃO 06-A VIÚVA DE SAREPTA


               MARCIO DE MEDEIROS-COMUNICADO                   

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INTRODUÇÃO



A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção de seu propósito. 



1. A fonte de Querite. Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: "Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão" (1 Rs 17.3). Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 17.7). Quem faz de "Querite" seu ponto final terá problemas porque certamente secará!





2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.





1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: "Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente" (1 Rs 17.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia. O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: "Ordenei ali a uma mulher viúva". Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4.25,26). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.



2. A providência de Deus. A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.




1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: "nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos." (1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha.  A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!



2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: "porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho" (1 Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que "foi ela e fez segundo a palavra de Elias" (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).


1. A oração intercessória. O texto de 1 Reis 17.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porém, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração: "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um novo desafio e somente a oração provará a sua eficácia. O filho da viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu ao seu servo. 


2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs 17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.

CONCLUSÃO

A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.



1º Trimestre de 2013


Título: Elias e Eliseu — Um ministério de poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves


Lição 6: A viúva de Sarepta
Data: 10 de Fevereiro de 2013

TEXTO ÁUREO


Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4.25,26).

VERDADE PRÁTICA


Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.

HINOS SUGERIDOS


28, 126, 245.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - 1 Rs 17.4
Provisão em Querite


Terça - 1 Rs 17.12
Escassez em Sarepta


Quarta - 1 Rs 17.13
Deus em primeiro lugar


Quinta - 1 Rs 17.14
A suficiência divina


Sexta - 1 Rs 17.19
O poder da oração intercessória de Elias


Sábado - 1 Rs 17.21
O poder da oração perseverante

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Reis 17.8-16.

8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.
10 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.
12 - Porém ela disse: Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.
13 - E Elias lhe disse: Não temas; vai e faze conforme a tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho.
14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra.
15 - E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Elias.

INTERAÇÃO


Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o cuidado de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade. O Senhor não mudou, como um pai amoroso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi fiel ao Todo-Poderoso ao cumprir sua missão — confrontar a apostasia no reino do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele precisasse de um lugar seguro para refugiar-se. O próprio Deus escolheu e preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai Celeste é o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Compreender que Deus é o nosso provedor.
  • Explicitar o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.
  • Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da oração.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Prezado professor, para introduzir o tópico II da lição utilize o esquema abaixo. Reproduza-o conforme as suas possibilidades. Fale que além da viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras mulheres estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a mulher siro-fenícia comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo específico. Ele é infinito e seu Santo Espírito sopra onde quer.

A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES ESTRANGEIRAS NAS ESCRITURAS

   •    Raabe
Habitante de Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua história é narrada em Josué 2.1-22; 6.17-25. Há, sobre ela, referências claras em o Novo Testamento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua fé (Tg 2.25; Hb 11.31).

   •    Rute
Uma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4.10), um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4.3; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4.3).

   •    A mulher siro-fenícia
Mulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para curar a sua filha (Mc 7.26; cf. Mt 15.21,22).

COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Provisão: Abastecimento, fornecimento, mantimentos.

A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção de seu propósito.

I. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA

1. A fonte de Querite. Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Quente, que está diante do Jordão” (1 Rs 17.3). Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 17.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secará!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Num momento de crise Elias se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.


II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS

1. A soberania e graça de Deus. Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 17.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia.
O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4.25,26). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.
2. A providência de Deus. A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Pela sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.


III. O PODER DA PALAVRA DE DEUS

1. A escassez humana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.” (1 Rs 17.12). De fato o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. Deus, a prioridade maior. O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13), O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Na escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de Deus.


IV. O PODER DA ORAÇÃO

1. A oração intercessória. O texto de 1 Reis 17.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porém, destaca que a predição de Elias foi acompanhada de oração: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um novo desafio e somente a oração provará a sua eficácia. O filho da viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu ao seu servo.
2. A oração perseverante. Elias orou com insistência (1 Rs 17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.


SINOPSE DO TÓPICO (IV)

O clamor intercessório e perseverante confirmam o poder da oração.


CONCLUSÃO

A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS


1. Geograficamente falando, onde ficava Querite e Sarepta?
R. Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de quinze quilômetros de Sidom.

2. De que forma vemos a ação de Deus se manifestar em Sarepta?
R. Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era necessário para ela e para Elias.

3. Que lições podemos aprender do milagre na casa da viúva?
R. Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então haverá garantia para a provisão da escassez humana.

4. No episódio da ressurreição do filho da viúva, quais aspectos da oração podem ser destacados?
R. Os da oração intercessória e perseverante.

5. Segundo a lição, como devemos alcançar os nossos objetivos?
R. Com perseverança.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Geográfico

“Sarepta
Durante os três anos de seca sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pronunciado o julgamento de Israel, à cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa mediterrânea, na estrada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna Sarafand. Sarepta é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais cidades da costa (ANET, p.477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1768).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Devocional

“1 Reis 17.8-16
Aqui nós temos um relato de outra proteção que Elias recebeu e de outra provisão que lhe foi feita durante o seu isolamento.Da assolação e da fome se rirá aquele que tem Deus por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite está seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o conhecem (Sl 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não; por que Deus não o enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma variedade de formas de sustentar seu povo e não está preso a nenhuma. Deus agora proverá para ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha sido, enterrado vivo. Observe:
[...] O lugar para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude dos tempos (Lc 4.25,26). Muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (diz o Dr. Lightfoot) o primeiro profeta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At 18.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com Jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias; porém, para mostrar a ela a impotência da sua malícia, Deus encontrará para ele um esconderijo exatamente no país dela. Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 15.21).
A pessoa designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos mercadores ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma pobre viúva (isto é, ela é capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. É o modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso das coisas loucas deste mundo e honrá-las. Ele é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, M. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Josué a Ester. 1 ed., RJ: CPAD, 2010, p.512).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


A viúva de Sarepta

Uma cena curiosa aparece na narrativa de Elias: Sua ida a Sarepta, uma cidade de Sidom, e seu encontro com uma mulher viúva. Com todo o cenário de caos em Israel, Deus se preocupa com uma mulher viúva da terra natal de Jezabel a ponto de enviar Elias não apenas para se manter vivo, mas para preservar a mulher e seu filho vivos também.
O perfil da viúva de Sarepta. Aquela era uma mulher que não tinha para si um provedor. O Texto Sagrado não diz há quanto tempo ela ficara viúva, mas diz que era uma mulher que além de viúva, não tinha mais recursos para se manter, a ponto de dizer ao profeta que ela não possuía nada mais que um punhado de azeite e farinha em casa, e que os usaria para fazer a última refeição de sua vida e da vida de seu filho. Foi nesse ambiente que Deus realizou a multiplicação dos únicos bens daquela mulher.
Aquela mulher também demonstrou fé naquilo que Elias disse. Quando surgem momentos de escassez, é comum as pessoas se tornarem mais egoístas. Mas aquela viúva fez o que Elias ordenou, e viu a providência divina em seu lar no período de seca.
A atitude de Elias. Quando o filho daquela viúva morreu, ela não se lembrou, em sua dor, da providência de Deus em seu lar por causa da presença de Elias. Na verdade, ela acusou o profeta de ser o responsável por aquela morte. E Elias precisava responder àquela situação. Ele não discutiu com a mulher. Apenas pediu que ela lhe entregasse o corpo do seu filho. Indo para o seu quarto, Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à oração de Elias, realizando a primeira ressurreição da Bíblia. E quando devolveu o filho ressuscitado à sua mãe, Elias não discutiu. Em nenhum momento Elias chamou aquela mulher de incrédula, ou de ingrata (afinal, ela e seu filho estavam vivos graças à presença de Elias naquela casa). Ele agiu com mansidão, e Deus o honrou (1 Rs 17.24). Atente para o fato de que Elias agiu de forma mansa com aquela mulher, mas posteriormente agiu de forma impetuosa diante de Acabe e de sua idolatria, mostrando que há momentos certos para se ter atitudes certas diante de problemas diferentes. E por meio de Elias, o testemunho de Deus foi dado em terras estrangeiras por meio de milagres e da providência divina, a ponto de esse caso ser citado séculos depois pelo próprio Jesus.



FONTE:
http://www.escola-dominical.com
http://www.estudantesdabiblia.com.br